Tag: esportes

  • Boca Juniors pode ter canal de TV na Argentina

    Boca Juniors pode ter canal de TV na Argentina

     

    A Medida Provisória 984, que dá o direito de transmissão de TV à equipe mandante, mudou a maneira de os clubes brasileiros enxergarem seus canais de comunicação. No Campeonato Carioca, por exemplo, Flamengo, Vasco e Fluminense utilizaram suas contas do Youtube para transmissão de suas partidas e pedem cada vez mais engajamento da torcida.ebc

    Na Argentina, o Boca Juniors quer ter um canal próprio de televisão. De acordo com o jornal Olé, o vice-presidente do clube, Mario Pergolini, anunciou que está construindo um canal de televisão exclusivamente do Boca Juniors. O canal funcionaria em dois modelos: um de video on demand, em que o torcedor vai poder acessar o conteúdo no momento que considerar mais conveniente, e outro funcionando com material ao vivo.

    A ideia de Pergolini é ter um noticiário ao vivo, transmissão das prévias das partidas e também o pós-jogo. Além disso, o vice-presidente revelou que levará o Boca Juniors e La Bombonera ao game de futebol FiFa Soccer.

    Mario Daniel Pergolini é jornalista, produtor, radialista e grande estrela de televisão na Argentina. Ele foi o mentor e um dos apresentadores do programa CQC. O vice-presidente do Boca Juniors também é dono da estação de rádio Vorterix.

  • Tour Brasil Ride: ultramaratona de Porto Seguro é adiada para 2021

    Tour Brasil Ride: ultramaratona de Porto Seguro é adiada para 2021

     

    A UCI (União Ciclística Internacional), a CBC (Confederação Brasileira de Ciclismo) e rgãos dos governos estadual da Bahia e municipal de Porto Seguro (BA) decidiram adiar a 11ª edição da ultramaratona da Brasil Ride de Porto Seguro de outubro desse ano para o mesmo mês do ano que vem. O motivo, claro, foi a pandemia do novo coronavírus.ebc

    “O evento é muito grande. Em um fim de semana, Arraial d’Ajuda chega a receber mais de oito mil pessoas. Então, depois de todas as análises, concluímos que não é seguro, nem viável, realizarmos a prova nesse ano. Acredito que a segurança e o bem-estar das pessoas são o mais importante”, explica o fundador da Brasil Ride, Mario Roma.

    Todos os atletas que já fizeram suas inscrições estão automaticamente garantidos na prova do ano que vem. As demais etapas do calendário do Tour Brasil Ride 2020 estão mantidas até o momento: Warm Up Linhares (ES), em 30/08; Diverge Gravel Race Brasil Ride, em 07/11; Road Brasil Ride, em 08/11; Festival Brasil Ride Botucatu (SP), entre 20 e 22 de novembro; Ultra Trail Run 70k Botucatu, em 28/11; e Warm Up Costa Rica (MS), nos dias 19 e 20 de dezembro.

    Novidades

    Além do adiamento da prova da Bahia, a Brasil Ride terá outra novidade na temporada 2021. Ofertando 160 pontos no ranking mundial para os vencedores, a etapa da Serra do Cipó, em Minas Gerais, vai abrir o circuito durante cinco dias no início de março do ano que vem.


    Largada da temporada de 2021 será na Serra do Cipó (MG), em março

  • Fluminense: Wellington Silva testa positivo para covid-19 e está fora da final

    Fluminense: Wellington Silva testa positivo para covid-19 e está fora da final

     

    O Fluminense divulgou neste domingo (12) que um atleta testou positivo para o novo coronavírus (covid-19). O clube informou que o jogador já está em isolamento e é acompanhado pelo departamento médico. O nome do profissional não foi revelado, mas Wellington Silva ficou de fora da lista de relacionados para o jogo deste domingo contra o Flamengo, no Maracanã, que começa ás 16h e que é válido pela final do Campeonato Estadual.

    “Um atleta do Fluminense testou positivo para a Covid-19, na manhã deste domingo (12/07). O jogador já está em isolamento e acompanhado pelo Departamento Médico do clube”, disse a nota.

    Pelo lado rubro-negro, todos os atletas e membros da comissão técnica testaram negativo para covid-19, conforme comunicado no Twitter.

    “Neste domingo (12), a delegação realizou os testes moleculares no CT. Todos os 40 componentes envolvidos no jogo de hoje estão aptos a trabalhar normalmente”, diz o comunicado.

    O Flamengo passou por situação semelhante na final da Taça Rio, na última quarta (8). O lateral-direito João Lucas também foi infectado, e não foi relacionado para a decisão do segundo turno. Ele teve que ser afastado e cumprir quarentena.

  • Skate em contagem regressiva para a estreia nos Jogos de Tóquio

    Skate em contagem regressiva para a estreia nos Jogos de Tóquio

    Há 16 anos, praticantes de várias regiões do mundo festejam em 21 de junho o Dia Mundial do Skate. A data foi criada pela Associação Internacional de Companhias de Skate (IASC) para dar mais visibilidade a essa que é uma das modalidades mais praticadas no planeta. Aqui no Brasil, desde os primórdios –  lá nos anos de 1960 no Rio de Janeiro – até os dias atuais, a verdade é que o skate sempre teve muitos amantes.

    Amor que ganhou um destaque maior ainda nos últimos anos, com a confirmação da modalidade no programa olímpico dos Jogos de Tóquio (Japão), adiados para 2021. E é justamente nesta modalidade praticada sobre rodinhas que recaem muitas das esperanças de medalhas do Brasil. Entre os 22 atletas que compõem a seleção nacional estão Pâmela Rosa, Rayssa Leal, Kevin Hoefler e Lucas Rabelo. Eles competem no estilo street (obstáculos de rua são usados para as manobras). Já Dora Varella, Isadora Pacheco, Luizinho Francisco e Pedro Barros disputam as provas do estilo park (as manobras são realizadas em pista planejada).

    Para marcar esta data especial, a Agência Brasil entrevistou o skatista cearense Lucas Rabelo, de 21 anos, que neste mês voltou a integrar a seleção brasileira. O atleta segue firme na briga por um lugar na delegação verde e amarela na Olimpíada de Tóquio, no ano que vem.

    Agência Brasil – O que o skate representa para você? A modalidade ganhou ainda mais destaque nesse ciclo que marca a estreia do olímpica do skate?

    Lucas Rabelo – O Skate é a minha vida. Foi com ele que eu consegui me manter sempre no caminho do bem e chegar até aqui. Hoje, o skate é a minha profissão. Ficou mais sério. Mas nunca deixou de ser uma diversão. Pra mim, andar de skate em qualquer lugar do mundo é como voltar a andar lá no Pirambú com meus amigos. O dia Mundial do Skate representa aqueles que de alguma forma foram e são salvos pelo skate todos os dias no mundo inteiro. Estarmos na Olimpíada com o skate é algo que nunca imaginei. Ainda não deu pra assimilar muito bem o que isso representa, mas eu sei que quero estar lá.

    O cearense Lucas Rabelo briga pela vaga olímpica para representar o Brasil, no estrilo street, nos Jogos de Tóquio, no ano que vem  – Júlio Detefon/Oi STU Open/Direitos reservados

    Agência Brasil – Pode falar um pouco para o público da Agência Brasil quem é o Lucas? Como começou no skate e quais momentos e resultados considera mais marcantes até aqui?

    Rabelo – Eu comecei a andar de skate em Fortaleza (CE), no bairro Pirambú. Meus amigos todos andavam de skate na frente da minha casa e eu era um dos poucos que não andava, então eu decidi começar para estar mais perto deles. Com 13 anos, saí de casa em Fortaleza e fui morar na casa do Rafinha [Rafael Xavier da Costa, empresário do atleta] e da família dele em Porto Alegre. Moro com eles até hoje, e hoje são minha família também. O skate me deu isso também, tenho duas famílias, sou privilegiado.  Tem muitos momentos marcantes, mas um deles foi quando  machuquei o joelho pela segunda vez na final do SLS [Street League Skateboarding] em São Paulo. Lembro que na hora, enquanto faziam exames na maca, muita gente dizia que eu provavelmente teria que fazer cirurgia, e eu sabia que se isso acontecesse o sonho de ir para a Olimpíada estaria acabado. Eu estava em choque. Não conseguia acreditar naquilo. Voltei no outro dia pra casa em Porto Alegre sem saber o que ia acontecer. O Rafinha e a Cris [Cristiane Pinheiro da Silveira, esposa do Rafinha] só repetiam: ‘vamos dar um jeito’. E, menos de dois meses depois, eu tinha um campeonato super importante, que estava valendo pontuação para as Olimpíadas também. Foi então que fizemos exames e com o suporte dos médicos e toda a equipe da CBSk {Confederação Brasileira de Skate] e do Care Club [clínica médica esportiva], fizemos um tratamento intensivo durante 30 dias, sem parar. Só voltei a andar de skate duas semanas antes da competição, mas eu queria tanto que desse certo, que aquilo me deu muita confiança. Eu sabia que poderia ir bem. E fui! Lembro como se fosse hoje: precisava acertar a última manobra. Aí tinha uma dúvida se eu poderia repetir uma que eu havia errado. Fui falar com o Rafinha e um monte de gente ficava falando e gritando na arquibancada tentando incentivar, e já era minha vez. Lembro do Rafinha falar: vai lá e acerta. Só isso. Eu fui e acertei! Lembro de sentir um silêncio e depois uma explosão, o narrador e galera gritando muito. A nota demorou muito pra sair. Pois precisava de uma nota alta. E deu certo, depois de achar que estava tudo perdido, com duas semanas de skate, fiquei em terceiro lugar. Foi uma sensação incrível poder disputar um evento mundial tão grande e ficar no pódio com os melhores skatistas do mundo.

    Agência Brasil – Como está sendo o retorno à seleção? É um reflexo dos teus bons resultados e de um esforço também da CBSk para manter a estrutura oferecida a vocês?

    Rabelo – Estou muito feliz com o meu retorno. Eu fazia parte no início, mas acabei tendo uma lesão e fiquei fora da zona de classificação. Logo que me recuperei, voltei a ter bons resultados e agora fui chamado de novo. O suporte da CBSK é muito importante para todos nós.

    Agência Brasil – Como está sendo esse período de pandemia de covid-19? Você está treinando em Porto Alegre?

    Rabelo – Para falar a verdade, tá sendo difícil não poder sair para andar de skate na rua ou em lugares abertos. Mas o Rafinha e toda família estão me ajudando manter a calma e continuar focado. Estou aqui em Porto alegre. Continuo andando de skate em uma pista privada de amigos e também fazendo treinamento funcional. Mas sozinho é bem difícil.

    Agência Brasil – Acaba sendo uma mistura de sentimentos, né? O adiamento pode ter sido ruim, mas abriu outras chance para vocês brigarem pelas vagas olímpicas, não?

    Rabelo – Na verdade, o adiamento me deixou ansioso, porque eu estava me sentindo pronto para as próximas etapas, mas de certa forma, esse tempo está me ajudando a pensar mais, lembrar dos meus erros e me preparar cada vez mais para os próximos eventos. Numa competição deste nível, muito do resultado está na cabeça.

    Agência Brasil – Como foi a tua saída de Fortaleza para Porto Alegre? O que foi mais complicado em cruzar praticamente todo o país?

    Rabelo – A primeira vez que eu vim para Porto Alegre eu tinha 12 anos. Uns amigos fizeram a ponte e eu fiquei em um lugar onde não me adaptei. Foi um choque. O frio, os horários, as comidas e o estilo de vida. Então foi difícil e eu fui embora antes. Ia ficar um mês e fiquei somente uma semana. Mas, na segunda vez, com 13 anos eu vim para ficar na casa do meu empresário e foi tudo diferente. Eles me tratavam como uma pessoa da família, mesmo eu estando lá apenas por alguns dias. Eu tinha todo o suporte dele e da família. Ia ficar algumas semanas e acabei ficando meses. Na verdade nunca mais voltei de vez para Fortaleza. Pois assim que eu me juntei a eles, morar em Porto Alegre não foi mais um problema e sim uma oportunidade para eu alcançar meus sonhos e objetivos.

    Agência Brasil – Você passou por um momento difícil com a perda do seu pai. Foi complicado seguir no skate? Esse fato te impactou mais dentro ou fora do esporte?

    Rabelo – Eu perdi meu pai quando eu era super novo, eu não lembro de muitas coisas. Mas sei que ele andava de skate e me diziam que ele tinha um sonho de ser skatista profissional. Isso também me motivou no início. Hoje estou vivendo o meu sonho e está cada vez mais perto de se tornar realidade. E eu acredito que tudo que eu faço hoje, para mim, estou fazendo para minha família toda e para os meus amigos. Todos aqueles que estiveram comigo e que mesmo de longe continuam torcendo por mim.

  • Bayern de Munique vence Werder Bremen e conquista o octacampeonato

    Bayern de Munique vence Werder Bremen e conquista o octacampeonato

    Com duas rodadas de antecedência e emoção no fim da partida, o Bayern de Munique conquistou na tarde hoje (16) seu oitavo título alemão consecutivo. Os bávaros precisavam de uma vitória simples fora de casa contra o Werder Bremen para levantar a taça, e não decepcionaram: 1 a 0 com gol do artilheiro Robert Lewandowski.

     

    Os visitantes partiram pra cima logo no início do jogo. Aos três minutos, Davies cruzou na área, mas Gnabry acabou não alcançando a bola. O Werder Bremen melhorou e conseguiu controlar as ações adversárias, pelo menos até os 20 minutos do primeiro tempo. Foi quando um temporal desabou sobre o vazio Werestadion, empolgando o líder da Bundelisga, que começou a massacrar a equipe adversária. Aos 22 minutos, Coman teve oportunidade de cabeça após cruzamento de Müller. Três minutos depois, Kimmich chutou na trave. A pressão não parou até o gol sair.

    Como não era incomodado, o Bayern passou a ser só ataque, até que o zagueiro Boateng encontrou Lewandowski sozinho na área. O polonês dominou e tocou na saída do goleiro para abrir o placar.

    Na segunda etapa, o Bayern continuou muito superior e controlou a partida até os 33 minutos, quando o lateral-direito Davies recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. Lutando contra o rebaixamento, o Werder Bremen precisava atacar. O dono da casa pressionou, acuou o adversário e só não empatou devido a uma defesa milagrosa de Manuel Neuer aos 44 minutos. Bartels cruzou pela direita e Osako desviou de cabeça no canto direito. O goleiro voou para garantir o octacampeonato do Bayern de Munique e começar a festa no estádio adversário.

    Apesar da conquista, o título alemão não foi fácil. O Bayern começou mal a temporada com o técnico Niko Kovac. Após sofrer uma goleada de 5 a 1 para o Eintracht Frankfurt, o treinador croata foi demitido. Hans-Dieter Flick assumiu interinamente e oscilou no início. Com o tempo, o time encaixou e chegou ao título com 17 vitórias e um empate nas últimas 18 rodadas da Bundesliga. No próximo sábado (20), às 10h30 (horário de Brasília) o agora octacampeão recebe o Freiburg, na Allianz Arena.

  • Comitê Paralímpico elabora protocolo para volta de treinos esportivos

    Comitê Paralímpico elabora protocolo para volta de treinos esportivos

    O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) elaborou um protocolo para a retomada de atividades paradesportivas em locais onde exista permissão das autoridades sanitárias municipais e estaduais. O documento de 64 páginas, ao qual a Agência Brasil teve acesso, elenca medidas de prevenção de contágio para pessoas com deficiência, procedimentos necessários para o retorno aos treinos, orientações quanto à realização de testes, uso de máscaras, higienização, distanciamento e rotina – ida e volta para casa e acesso a estruturas esportivas, por exemplo.

     

    “Esse protocolo vai ser submetido às autoridades municipais e estaduais para que a gente vá acompanhando. O cenário muda todo dia. Um dia vai ter lockdown, no outro dia é abertura… A única coisa que dá para fazer é exatamente nos prepararmos para voltar [às atividades] quando for permitido e possível. É um documento que a gente entende que garante a segurança dos atletas, técnicos e todos envolvidos nessa operação”, afirma o presidente do CPB, Mizael Conrado, à Agência Brasil.

    O documento redigido pelo Comitê recomenda, primeiramente, atenção à curva de contágio local pela covid-19 e às estruturas disponíveis na rede privada de hospitais e pronto-socorros e no Sistema Único de Saúde (SUS). Estabelece, por exemplo, que a taxa de ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a doença não esteja superior a 90% na região.

    A orientação é que atletas e demais profissionais respondam a formulários que ajudem a detectar casos suspeitos do vírus. Em seguida, recomenda-se a realização de testes laboratoriais. “Isto buscará evitar que indivíduos assintomáticos ou oligossintomáticos sejam agentes transmissores, contaminando o ambiente e os frequentadores, além de serem possíveis agentes contaminadores”, diz o documento. Em casos suspeitos ou contato com alguém infectado, o protocolo indica que a pessoa faça o teste “em, no máximo, 72 horas após a exposição”, repetindo-o em até 10 dias e que não retorne aos exercícios sem liberação médica.

    O protocolo determina o retorno aos treinos em fases, dividindo as modalidades entre as de baixo risco de contágio (atletismo, natação e tiro com arco, entre outras), moderado (por exemplo, basquete em cadeira de rodas) e alto (lutas e esportes coletivos de contato, como judô, goalball e futebol de cinco, para atletas com deficiência visual).

    Entre as recomendações gerais, estão:

    – Reunir poucos atletas ao mesmo tempo e manter o grupo nos demais dias de treino.

    – Manter períodos curtos de atividade diária individual ou por grupo, conforme a fase do treinamento.

    – Não compartilhar equipamentos e higienizá-los com álcool em gel ou líquido.

    – Manter assistência médica, preferencialmente UTI móvel, durante os treinos.

    A fase inicial consiste em treinos individualizados ou em grupos pequenos, preferencialmente em espaços abertos. A segunda fase autoriza grupos maiores e trabalhos individuais com intensidade máxima. Avaliações científicas e fisioterapia já poderão funcionar presencialmente nesta etapa. “Esta fase só pode ser iniciada se a fase anterior for completamente cumprida, os índices da doença estejam controlados, e a localidade possua capacidade total para recepção de eventual aumento de curva de contágio pelo afrouxamento das medidas”, alerta o protocolo.

    Já a terceira e última fase é a de retorno próximo a competições. Segundo o documento, as medidas implementadas “devem ser mantidas mesmo após o período imediatamente posterior à recuperação plena da pandemia, servindo esta situação de crise para procurar novas práticas de higienização que visem prevenir uma situação equivalente”. Ainda de acordo com o protocolo, deve-se levar em consideração a realização de eventos sem público na retomada.

    Atletas e estrutura

    O protocolo também elenca orientações voltadas especificamente aos atletas e estabelecimentos. Durante a prática esportiva em ambientes abertos ou piscinas, por exemplo, o treino pode ser feito sem máscara – que deve ser recolocada assim que a atividade acabar – mantendo um distanciamento de 1,5 metros a dois metros. Em ambientes internos, a distância recomendada é maior que 2,5 metros e, no caso de modalidades mais estáticas ou de baixa intensidade, a pessoa deve manter a máscara.

    Aos atletas, também é orientado usar o mínimo possível de utensílios – como brincos, anéis e correntes – para facilitar a higienização, ir à rua com a roupa de treino, evitar transporte público ou caronas, tomar banho imediatamente após retornar para casa e desinfetar o que ficou exposto, como óculos, mochilas ou celular. O documento aconselha o isolamento social fora do período de atividades e que participações em eventos sociais ou locais com aglomeração sejam suspensas.

    Já entre as recomendações às estruturas esportivas, está abrir somente um banheiro masculino e um feminino, limpá-los sempre que os boxes forem utilizados e restringir acesso a espaços fechados, como academia, a exceção da piscina. Se o local recebe vários esportes, deve-se evitar o mesmo acesso às diferentes modalidades, permitir acompanhante só para atletas que necessitam de atendimento especial e marcar distâncias de segurança no solo com adesivos ou fitas, além de oferecer álcool em gel e aferir a temperatura de quem estiver no local – se estiver acima de 37,5 graus, o atleta não poderá treinar.

    Centro Paralímpico

    Fechado desde março devido à pandemia do novo coronavírus, o Centro de Treinamento Paralímpico é o principal equipamento voltado ao esporte adaptado de alto rendimento no país. O local, que normalmente abriga atividades de seleções variadas – como atletismo, natação ou tênis de mesa – e é sede do CPB, opera, atualmente, com menos de 5% dos funcionários. Segundo o protocolo, a liberação da estrutura para atletas seguirá as determinações da prefeitura de São Paulo e do Governo do Estado, que estabeleceu um processo de reabertura regional em cinco fases – quanto mais avançada, menor o risco apresentado e maior a flexibilização.

    A cidade de São Paulo está na segunda fase, que permite a reabertura de concessionárias, escritórios e shoppings – com restrições. “O retorno às atividades do CT está condicionado à adequação das diversas atividades praticadas nele e à aplicação deste planejamento, com as orientações das pelas autoridades locais. Tanto as fases de retorno quanto as zonas regionalizadas podem sofrer rápidas mudanças ao longo do tempo, sendo necessárias novas adequações aos planos, inclusive retroação de ações”, descreve o protocolo, que dedica um capítulo à retomada das atividades no local, mas ainda não crava data para a liberação.

    No capítulo, o documento descreve o procedimento de retomada dos treinos das seleções de atletismo e natação, modalidades das quais o CPB é responsável. No protocolo, o Comitê entende que o modelo poderá servir para outros esportes. A natação, por exemplo, prevê um retorno com grupos de oito atletas na piscina olímpica (50 metros) ou cinco na piscina de 25 metros, em atividades de uma hora – que, a partir da fase dois, pode chegar a duas horas. No atletismo, o grupo inicial também será de oito pessoas, com quatro velocistas, um fundista, um saltador e dois lançadores, em treinos de, no máximo, 90 minutos.

    Grupo de risco

    O protocolo ainda lembra que entre as pessoas com deficiência, há “um grupo de risco que compreende as que apresentam condições relativas à deficiência, principalmente com restrições respiratórias, dificuldades na comunicação e cuidados pessoais, além daquelas em condições autoimunes ou ainda que usem imunossupressores ou imunomoduladores”. Menciona, também, que pessoas com deficiência no quadro neurológico podem apresentar sintomas associados à covid-19 como piora brusca na saúde, perda de memória e (ou) confusão mental, redução de força, fadiga repentina e, na forma mais grave do vírus, dificuldade de resposta à pneumonia e instalação de uma doença sistêmica.

    Outro grupo destacado é de pessoas com deficiência visual, que necessitam constantemente de contato para locomoção – tanto que as atividades desse público figuram entre as de alto risco de contágio. O protocolo recomenda, por exemplo, que se priorize a utilização de bengalas e cães-guias no auxílio à movimentação ao invés de pessoas. Orienta, ainda, que os equipamentos – assim como andadores ou cadeiras de rodas, nos casos de comprometimento físico-motor – sejam higienizados uma vez ao dia e sempre após qualquer tipo de deslocamento externo.

    O documento faz, por fim, recomendações gerais sobre higiene pessoal (lavagem frequente de mãos, desinfecção obrigatória ao se entrar no estabelecimento, manter unhas curtas), sanitização de ambientes (janelas e portas abertas, remoção do lixo de duas a três vezes no dia) e reforça o distanciamento social, alertando sobre a atenção redobrada no caso de pessoas com deficiência.

  • Plataforma virtual incentiva pessoas com deficiência a se exercitarem

    Plataforma virtual incentiva pessoas com deficiência a se exercitarem

    O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) lançou uma plataforma virtual com atividades físicas voltadas a pessoas com deficiência, sejam elas acostumadas ou não a praticar exercícios. A iniciativa, batizada de “Movimente-se”, consiste em videoaulas gratuitas, acessíveis no site Movimento Paralímpico, ministradas pelos técnicos das seleções do CPB e demonstrada por atletas paralímpicos.

     

    Segundo Mizael Conrado, presidente do CPB, a ideia é incentivar a prática de exercícios para aprimorar a saúde física e mental de pessoas com deficiência. “Esse é o grupo mais afetado nesse momento de isolamento social. Uma parte importante integra o grupo de risco [do novo coronavírus], como lesionados medulares, cadeirantes por ocasião de paralisia cerebral e cegos, que utilizam muito o tato e ficam expostos ao vírus. Além disso, em sua maioria, são pessoas que integram um grupo social onde é comum utilizar o transporte público, o que as torna vulneráveis, devido à aglomeração. Queremos contemplar essas pessoas e fazer com que possam se movimentar em suas casas e recuperar a auto estima”, explicou, à Agência Brasil.

    Na primeira etapa, o programa terá seis módulos, sendo um por semana, disponibilizado às segundas-feiras. As aulas englobam aquecimento, exercício propriamente dito e relaxamento pós-atividades. Além disso, são específicas para cada deficiência: amputados, paralisados cerebrais, cadeirantes e deficientes visuais, sendo que estes últimos terão dois vídeos, um com audiodescrição e outro legendado (baixa visão). Destaques do atletismo, como Vinícius Rodrigues (amputado), Felipe Gomes (deficiente visual) e Veronica Hipolito (paralisia cerebral), além do nadador Roberto Alcalde (cadeirante), demonstram os movimentos no conteúdo inicial.

    A intenção do CPB, de acordo com Conrado, é que a plataforma , em um segundo momento, vá além do incentivo às atividades físicas. “Inauguramos com algo extremamente importante e que está em nosso DNA, que é o esporte, mas a ideia é conectar o Comitê com as pessoas com deficiência no Brasil, atletas ou não. Oferecer outros serviços, como capacitação, informação e integração, ter um canal permanente. Pretendemos buscar parceiros para integrarem essa plataforma”, concluiu.

  • ‘Combo’ Gre-Nal? Além da Copinha, dupla pode decidir Copa Santiago

    ‘Combo’ Gre-Nal? Além da Copinha, dupla pode decidir Copa Santiago

    A final da Copa São Paulo de Futebol Júnior deste sábado (25) pode não ser a única entre Grêmio e Internacional no fim de semana. Nesta sexta-feira (24), a dupla gaúcha também briga por vagas na decisão da 32ª Copa Santiago de Futebol Juvenil, disputada no Estádio Alceu Duarte de Carvalho, na cidade de Santiago (RS). Às 19h (horário de Brasília), o Colorado faz a primeira das semifinais com o Palmeiras, que garantiu vaga ao vencer ontem (23) o Figueirense por 3 a 0. A segunda semifinal da noite de hoje (24) terá início às 21h: o Tricolor Gaúcho encara o Juventude em partida com transmissão ao vivo pela TV Brasil. Se vencerem, os rivais fazem o clássico gaúcho na decisão do título no domingo (26), às 10h, também com transmissão ao vivo na TV Brasil e reprise às 21h.

    Nos elencos que estarão no gramado do Estádio Paulo Machado de Carvalho (Pacaembu) no sábado, às 10h, há vários jogadores que participaram ano passado da Copa Santiago. No Grêmio, cinco titulares e dois reservas do time da Copinha foram campeões do torneio juvenil em 2019: o goleiro Adriel, o lateral Vanderson, o zagueiro Natã, o meia Diego Rosa e os atacantes Pedro Lucas, Elias e Wesley.

    No Inter, o lateral Leonardo, o meia Praxedes e o atacante Guilherme Pato faziam parte do grupo superado pelo Athletico Paranaense nas quartas de final da edição passada da competição na cidade de Santiago –  o goleiro Emerson Júnior representou o Colorado na edição de 2018.

    “Vejo muita tradição. Há oito, 10 anos, não tinha tanto investimento (em formação) e essas competições é que seguravam a base no Brasil. Hoje, todas as equipes investem na base, mais campeonatos têm chancela da CBF”, destacou Guilherme Bossle, técnico do sub-20 gremista, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (25), no Museu do Futebol, em São Paulo.

    Vantagem colorada

    O histórico é favorável ao Internacional. Além de maior vencedor da Copa Santiago com 14 títulos, o Colorado conquistou quatro vezes a Copa São Paulo — a última em 1998, quando revelou o zagueiro Lúcio, pentacampeão mundial com a seleção brasileira em 2002. Já o Grêmio levantou a taça da competição juvenil sete vezes, mas nunca ganhou a Copinha. É a segunda vez que o Tricolor Gaúcho chega à final. Na única ocasião, em 1991, foi goleado pela Portuguesa do atacante Dener por 4 a 0.

    Jogos da Copa Santiago

    Você pode rever as partidas da Copa Santiago aqui.

  • Inter, Athletico-PR, Botafogo-SP e Corinthians avançam na Copinha

    Inter, Athletico-PR, Botafogo-SP e Corinthians avançam na Copinha

    Nesta quarta (15) foram definidos os 4 primeiros classificados para as quartas de final da Copa São Paulo de Futebol Júnior: Internacional, Athletico-PR, Botafogo-SP e Corinthians.

    O Internacional garantiu presença na próxima fase da competição após derrotar o RB Brasil por 6 a 5 na disputa de pênaltis em jogo disputado em Rio Claro. No tempo regulamentar as equipes ficaram no 1 a 1.

    O adversário do colorado será o Botafogo-SP, que também empatou em 1 a 1 nos 90 minutos. No estádio Zezinho Magalhães, em Jaú, o confronto foi para os pênaltis, onde o Londrina foi superado por 3 a 1.

    Quem não precisou ir para a disputa de pênaltis foi o Corinthians, que, com dois gols de Richard, derrotou o Mirassol por 2 a 1.

    E quem enfrenta o timão nas quartas é o Athletico, que superou o Taboão da Serra por 2 a 1.

    Oitavas de final

    As oitavas da Copinha continuam nesta quinta, com os seguintes jogos: Goiás x Vasco, Grêmio x Atlético-MG, Avaí x Oeste e São Paulo x Coritiba.

  • Copa São Paulo: Fluminense mostra futebol de favorito ao título

    Copa São Paulo: Fluminense mostra futebol de favorito ao título

    Uma estreia à altura de um pentacampeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior. O Fluminense começou na competição goleando o Socorro-SE por 5 a 0. Os gols da vitória do tricolor carioca foram marcados por Luiz Henrique, Lucas Ribeiro, Jefferson, Denílson e Jhon Kennedy.

    O treinador Eduardo Oliveira, que assumiu recentemente o Sub-20, analisou a estreia do clube nesta última quinta (2). “O maior desafio foi o pouco tempo de trabalho, tivemos que maximizar a qualidade deles e tentar minimizar as deficiências. É entender este contexto e ir tijolinho a tijolinho, sem se acomodar”, pontuou o técnico.

    O Fluminense já venceu cinco vezes (1971, 1973, 1977, 1986, 1989) a Copinha, mas a última conquista aconteceu 31 anos atrás. Será que após um início tão animador, ainda é cedo pensar em título? “O sonho existe, mas o legal é o dia a dia, o caminho pra taça é a maior satisfação do nosso trabalho”, avisa Eduardo Oliveira.

    Verônica Dalcanal