Tag: Especialistas

  • Especialistas constroem protocolo preliminar para diagnóstico e monitoramento de pastagens no Brasil

    Especialistas constroem protocolo preliminar para diagnóstico e monitoramento de pastagens no Brasil

    Definir, de forma colaborativa, as bases conceituais para a avaliação das pastagens nos biomas brasileiros foi o foco da oficina sobre Conceitos e Indicadores para Diagnóstico e Monitoramento de Pastagens. O evento reuniu mais de 70 especialistas e representantes do setor produtivo, incluindo universidades, instituições de ciência e tecnologia (ICTs), ONGs, ministérios e certificadoras na Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP),  nos dias 11 a 13 de março.

    Com ampla experiência na temática, os participantes contribuíram para a construção coletiva de uma versão preliminar de um sistema para diagnóstico e monitoramento das pastagens no Brasil. A primeira versão deste protocolo de campo deve sair no primeiro semestre de 2025. Os pesquisadores da Embrapa Acre, Carlos Maurício de Andrade e Judson Valentim, participaram das discussões representando a região Amazônica.

    A oficina foi uma realização conjunta da Embrapa Pecuária Sudeste, Embrapa Meio Ambiente, Embrapa Agricultura Digital, Embrapa Acre, Embrapa Cerrados, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Grupo de Políticas Públicas (GPP) da ESALQ/USP.

    Classificação de pastagens degradadas

    Para Valentim, a oficina foi extremamente importante para alinhar conceitos e metodologias sobre a degradação de pastagens e buscar definir o que caracteriza a degradação de pastagens, os diferentes estágios desse processo e o que se considera uma pastagem degradada.

    “A ideia é  construir de forma conjunta uma metodologia para classificação das condições das pastagens que auxilie produtores na tomada de decisões. Com essa classificação, será possível determinar se uma pastagem ainda é produtiva, se está em um estado intermediário ou se já perdeu grande parte da produtividade. Isso vai permitir que o produtor saiba quando adotar técnicas de manutenção, implementar práticas de recuperação ou, nos casos mais graves, realizar a reforma completa da pastagem”, explica.

    De acordo com o pesquisador, a oficina também teve um papel fundamental ao reunir, além de pesquisadores especializados em pastagens e forrageiras, especialistas em geoprocessamento. Instituições como o INPE, o IPAM, e a Universidade Federal de Goiás, por meio do LAPIG, participaram para integrar o conhecimento sobre pastagens com tecnologias de monitoramento da dinâmica do uso da terra.

    Outro objetivo do evento foi desenvolver indicadores que possam ser usados tanto em avaliações de campo, realizadas por técnicos e consultorias ao diagnosticar a condição das pastagens em propriedades rurais, quanto em plataformas de sensoriamento remoto. Dessa forma, os mesmos critérios aplicados presencialmente para determinar se uma pastagem precisa ser renovada, recuperada ou apenas mantida poderão ser utilizados em análises feitas via satélite, permitindo um monitoramento mais amplo e preciso, abrangendo diferentes biomas brasileiros.

    Impacto em políticas públicas

    Já o pesquisador Carlos Maurício destaca que, pela primeira vez, conseguimos reunir 70 especialistas de diferentes áreas para debater metodologias e discutir os desafios na criação de indicadores para as pastagens dos seis biomas brasileiros. O encontro mostrou a complexidade desse trabalho e a necessidade de aprofundar os estudos.

    Para dar continuidade aos trabalhos, estão previstos encontros regionais que irão sistematizar as informações e aprimorar os métodos de diagnóstico e monitoramento das pastagens. “Esse esforço atenderá à demanda de monitoramento das políticas públicas ligadas ao programa de recuperação e conversão de pastagens degradadas. No final, acredito que esses estudos terão um impacto significativo na preservação e gestão sustentável dos biomas brasileiros”, reforça.

  • DPVAT volta: Senado aprova seguro obrigatório com ‘superávit’ para o governo e apenas um voto favorável de MT; especialistas alertam para aumento de impostos disfarçado

    DPVAT volta: Senado aprova seguro obrigatório com ‘superávit’ para o governo e apenas um voto favorável de MT; especialistas alertam para aumento de impostos disfarçado

    O Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (8), o retorno do seguro obrigatório para vítimas de acidentes de trânsito, DPVAT, agora chamado de Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT). A medida, que deve gerar R$ 7 bilhões em arrecadação anual para o governo, foi criticada por especialistas como um aumento de impostos disfarçado. Entre os senadores de Mato Grosso, apenas Jayme Campos (União Brasil) votou a favor, enquanto Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) se posicionaram contra. A proposta segue agora para sanção do presidente Lula (PT).

    Em uma votação apertada, o Senado Federal aprovou, nesta quarta-feira (8), o projeto de lei que retoma o seguro obrigatório para vítimas de acidentes de trânsito, conhecido como DPVAT. A medida, que agora será denominada Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), foi aprovada por 41 votos favoráveis e 28 contrários, dividindo opiniões entre especialistas e políticos.

    Críticas e preocupações:

    Especialistas alertam que o novo seguro, apesar de anunciado como “solidário”, pode na verdade representar um aumento de impostos disfarçado para os contribuintes. A estimativa é que o governo arrecade cerca de R$ 7 bilhões por ano com a medida, o que gerou críticas da oposição no Senado.

    “Essa medida não é para ajudar as vítimas de acidentes, é para aumentar a arrecadação do governo”, afirmou o senador Wellington Fagundes (PL), de Mato Grosso, que votou contra o projeto. “O governo já tem recursos suficientes para garantir indenizações às vítimas, e essa medida só vai onerar ainda mais o bolso do contribuinte.”

    Divergência entre senadores de MT:

    A votação do projeto no Senado também evidenciou a divergência entre os senadores de Mato Grosso. Jayme Campos (União Brasil) foi o único a votar a favor do retorno do seguro, enquanto Margareth Buzetti (PSD) e Wellington Fagundes (PL) se posicionaram contra.

    Próximos passos:

    A proposta segue agora para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Caso seja sancionada, o novo seguro entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025.