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  • Regras para diarista, babá e cuidador: o que mudou em 2024 e o que você precisa saber

    Regras para diarista, babá e cuidador: o que mudou em 2024 e o que você precisa saber

    Regras para diarista, babá e cuidador passaram por mudanças importantes em 2024. As alterações foram motivadas por convenções coletivas estaduais e pela adesão do Brasil à Convenção 189 da OIT (Organização Internacional do Trabalho), que reforça os direitos dos trabalhadores domésticos.

    O objetivo é dar mais proteção a profissionais que cuidam do lar e da família, garantindo remuneração justa, benefícios e condições dignas de trabalho.

    Leia também: Trabalhar por conta ou com carteira assinada? Veja os prós e contras antes de decidir

    Neste artigo, você vai entender o que mudou, quais são os direitos obrigatórios e como empregadores e trabalhadores devem se adequar.

    Piso salarial atualizado e reajuste

    Dinheiro Real - Foto Canva
    Piso salarial atualizado e reajuste

    Em estados como São Paulo, o piso salarial dos trabalhadores domésticos foi reajustado. Desde março de 2024, o mínimo para empregadas domésticas, babás e cuidadores passou a ser R$ 1.550,59 na capital e região metropolitana. Quem já estava trabalhando antes dessa data deve receber reajuste de 5% sobre o salário anterior.

    Já os diaristas, que trabalham até dois dias por semana (sem vínculo formal), passaram a ter um valor mínimo de R$ 210 por diária, sem contar vale-transporte ou alimentação, que devem ser combinados à parte.

    Diarista tem vínculo empregatício?

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    Diarista tem vínculo empregatício? Foto: Pixabay

    Essa é uma dúvida comum. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determina que, se a diarista trabalha três ou mais vezes por semana no mesmo local, ela deve ser registrada como empregada doméstica com carteira assinada, benefícios, férias e FGTS.

    Se atua até dois dias por semana, é considerada profissional autônoma — sem obrigação de registro, mas com direito a pagamento justo e ambiente seguro.

    Direitos de babás e cuidadores

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    Direitos de babás e cuidadores | Foto: Pixabay

    Além do salário base, babás e cuidadores com vínculo formal têm direito a:

    • Recolhimento de INSS e FGTS
    • Férias remuneradas com 1/3 adicional
    • 13º salário
    • Vale-transporte
    • Intervalo para descanso
    • Horas extras (se houver trabalho além da jornada combinada)

    Em 2024, a Convenção Coletiva de SP incluiu ainda o benefício de R$ 34,95 mensais (BEN+FAMILIAR) e o plano de saúde básico BRASIL MED SAÚDE PREV, pago pelo empregador caso o profissional não tenha outro plano.

    Acúmulo de função e cobrança extra

    Se a trabalhadora exerce mais de uma função de forma contínua — por exemplo, cuidar de criança e também limpar a casa — ela pode exigir um adicional de 20% no salário, referente ao acúmulo de função.

    Registro obrigatório no eSocial

    Todo empregador doméstico é obrigado a registrar o funcionário no eSocial e assinar a carteira de trabalho em até cinco dias úteis após o início do contrato. O não cumprimento pode gerar multa de até 10% do piso salarial vigente.

    Nova proteção internacional

    Em 2024, o Brasil ratificou a Convenção 189 da OIT, que fortalece os direitos trabalhistas de domésticas e cuidadores.

    A nova regra proíbe, por exemplo, a exigência de que o trabalhador more no local de trabalho, exceto se houver acordo voluntário e condições adequadas.

    Com as novas regras para diarista, babá e cuidador, o país dá mais um passo rumo à valorização do trabalho doméstico. Tanto os empregadores quanto os profissionais precisam ficar atentos às mudanças, para garantir que os direitos sejam respeitados e as relações sejam justas para todos. Informação é o melhor caminho para evitar problemas futuros e promover dignidade no dia a dia do lar.

  • Bancos poderão usar eSocial para oferecer consignado a empregados CLT

    Bancos poderão usar eSocial para oferecer consignado a empregados CLT

    O governo federal vai apresentar uma proposta legislativa para expandir a oferta de crédito consignado aos cerca de 42 milhões de trabalhadores com carteira assinada (CLT) que atuam no setor privado e têm dificuldade de acesso a este serviço financeiro. A ideia é criar uma plataforma que permita aos bancos e instituições financeiras acessarem diretamente o perfil de crédito do celetista por meio do eSocial, o sistema eletrônico obrigatório que unifica informações trabalhistas, previdenciárias e fiscais de empregadores e empregados de todo o país.

    O crédito consignado é um empréstimo que tem as parcelas descontadas diretamente do salário ou benefício do devedor. É uma modalidade de crédito que oferece taxas de juros mais baixas e é uma das mais utilizadas no Brasil, especialmente por servidores públicos e aposentados e pensionistas do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS).

    A legislação que trata do consignado já permite que trabalhadores com carteira assinada possam ter acesso a este tipo de empréstimo, descontado do salário, mas ele requer a assinatura de convênios entre empresas e bancos, o que, na prática, dificulta que pequenas e médias empresas, e muitas grandes empresas também, possam aderir ao modelo em larga escala.

    “A empregada doméstica, o funcionário que atende uma família, ele tem lá o seu registro, o seu recolhimento, mas ele não tem acesso ao crédito consignado. Ou de uma pequena empresa, uma pequena loja, uma padaria, uma farmácia. Dificilmente um empregado do Simples [regime simplificado de enquadramento de empresas], um empregado de uma pequena empresa, terá acesso ao consignado, porque exige uma série de formalidades da empresa com os bancos”, explicou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ao anunciar a proposta em entrevista a jornalistas no Palácio do Planalto.

    Segundo o ministro, o produto vai provocar uma “pequena revolução” no crédito brasileiro.  “Você vai consignar no eSocial, que é algo que toda empresa hoje tem que aderir para fazer o recolhimento do que deve ao trabalhador em termos de INSS, fundo de garantia [FGTS], imposto [de renda] retido na fonte e assim por diante. Então, o eSocial se transformou num veículo que permite o crédito consignado privado”, disse Haddad.

    O assunto foi discutido durante uma reunião com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro Haddad, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, além dos dirigentes de cinco dos maiores bancos públicos e privados do país: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú e Santander.

    “Nós vamos ter uma capacidade de fazer com que os bancos não mais precisem fazer convênios com micro, pequenas, médias e grandes empresas. Esse hoje é o grande gargalo do crédito privado. São milhões de empregadores, riscos diferenciados, setores da economia diferenciados, e os bancos não conseguem mapear o risco de crédito dos trabalhadores. Tendo uma gestão centralizada pelo e-Social, conectando nos aplicativos bancários, os bancos vão poder ofertar taxas, vão poder ofertar linha de crédito e os trabalhadores vão conseguir acessar o novo consignado”, argumentou o presidente-executivo da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Isaac Sidney.

    Para viabilizar a nova modalidade de crédito consignado, utilizando o eSocial, o governo deve editar uma Medida Provisória (MP) ainda em fevereiro, segundo o ministro do Trabalho e Emprego (MTE), embora um prazo exato não esteja definido. Não está descartado também o envio de um projeto de lei. “A decisão sobre o veículo legislativo será tomada pelo presidente Lula”, indicou.

    Regras

    As regras sobre limites do consignado para trabalhadores celetistas deverão permanecer, como o teto de 30% do salário comprometido com o empréstimo e a possibilidade de usar 10% do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o total da multa recebida por demissão sem justa causa para o pagamento dos débitos, em caso de desligamento do emprego.

    Segundo o presidente da Febraban, a massa salarial dos trabalhadores CLT do setor privado alcança cerca de R$ 113 bilhões, enquanto o volume de crédito consignado neste segmento é de apenas R$ 40 bilhões. Já a massa salarial de aposentados do INSS e servidores públicos, que gira em torno de R$ 120 bilhões, resulta em uma oferta de crédito consignado de R$ 600 bilhões.

    “Nós estamos estimando que esses R$ 40 bilhões possam triplicar, o que significa dizer que essa carteira de crédito pode chegar a uns R$ 120 bilhões, R$ 130 bilhões, desde que nós tenhamos condições de acesso a essa plataforma [eSocial] e que os aplicativos dos bancos, os canais dos bancos, também possam ser veículos de oferta desse produto. Depende da norma que vier, da regulamentação e o quanto os bancos vão poder se integrar nessa plataforma”, apontou Isaac Sidney.

  • Tributos federais poderão ser pagos utilizando o Pix

    Tributos federais poderão ser pagos utilizando o Pix

    Para ampliar a utilização do Pix, o Banco do Brasil passou a incorporar o método de pagamento ao serviço de arrecadação prestado ao Governo Federal, serviço que está sob a gestão da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil.

    O Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) passará a contar com um QR Code que permitirá ao contribuinte fazer o pagamento dos tributos federais utilizando o Pix.

    Nesta primeira fase, o sistema estará disponível apenas para as empresas obrigadas a entregar a Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais Previdenciários e de Outras Entidades e Fundos (DCTFWeb).

    A previsão é de disponibilizar a opção ao Documento de Arrecadação do eSocial (DAE), utilizado por todos os empregadores domésticos ainda neste mês.

    No início de janeiro de 2021, o QR Code do PIX será incorporado também ao Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), facilitando cerca de 9 milhões de pagamentos feitos mensalmente por Microempresas, Empresas de Pequeno Porte e Microempreendedores Individuais.

    Ao longo do próximo ano, a Receita Federal deve disponibilizar o método de pagamento em todos os documentos de arrecadação sob gestão dela. O QR Code facilitará a execução de cerca de 320 milhões de pagamentos por ano.

    Com informações da Receita Federal