Tag: Epidemia

  • Mato Grosso lidera ranking nacional de mortes por chikungunya em 2025

    Mato Grosso lidera ranking nacional de mortes por chikungunya em 2025

    Mato Grosso segue como o estado com o maior número de mortes por chikungunya no Brasil em 2025, com 37 óbitos confirmados. Os dados, divulgados nesta segunda-feira (31) pelo Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde, também apontam uma taxa de incidência de 677,1 casos a cada 100 mil habitantes, evidenciando o avanço da doença na região.

    Outros 16 óbitos estão em investigação no estado. Até o momento da publicação desta reportagem, mais de 25,9 mil casos prováveis foram registrados pelas autoridades de saúde.

    Os municípios com maior número de mortes pela doença são Cuiabá, com 20 óbitos confirmados, e Várzea Grande, que registrou sete mortes.

    Além de Mato Grosso, os estados que também contabilizaram mortes por chikungunya são: São Paulo (3), Rio de Janeiro (2), Minas Gerais (2), Mato Grosso do Sul (1), Bahia (1) e Santa Catarina (1). No total, o Brasil soma 47 mortes confirmadas pela doença, enquanto outros 51 óbitos seguem sob investigação. Mais de 56 mil casos prováveis estão sendo monitorados em todo o país.

    Sintomas da chikungunya

    Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya incluem:

    Febre;

    Dores intensas e edema nas articulações;

    Dor nas costas e dores musculares;

    Manchas vermelhas e coceira na pele;

    Dor de cabeça e dor atrás dos olhos;

    Conjuntivite não-purulenta;

    Náuseas, vômitos e dor de garganta;

    Calafrios;

    Diarreia e dor abdominal (mais comuns em crianças).

    O Ministério da Saúde alerta para a importância da prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, transmissor da chikungunya, e reforça a necessidade de eliminar possíveis criadouros do inseto para conter o avanço da doença.

  • Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    O número de mortes por chikungunya em Mato Grosso dobrou em menos de um mês, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizado pelo Ministério da Saúde. Até este domingo (9), o estado registrou seis óbitos causados pela doença, enquanto no final de janeiro eram três.

    Mato Grosso lidera o ranking nacional de mortes por chikungunya. Ao todo, o Brasil contabiliza sete óbitos, sendo o sétimo registrado em Minas Gerais. O Ministério da Saúde também investiga outra morte suspeita no estado, além de 8.104 casos prováveis da doença.

    Municípios com óbitos confirmados: Cuiabá – 4 mortes confirmadas e uma em investigação; Jaciara – 1 morte e Dom Aquino – 1 morte. Além disso, outros 13 óbitos estão sob investigação em diferentes estados do país, incluindo um em Mato Grosso.

    Emergência em Cuiabá

    Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Cuiabá decretou estado de emergência na saúde pública, válido por 60 dias. A medida busca intensificar as ações de controle e prevenção, incluindo a criação de um Comitê de Operações Emergenciais.

    Sintomas da chikungunya

    Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya incluem:

    Febre; Dores e inchaços nas articulações; Dores musculares e nas costas; Manchas vermelhas e coceira na pele; Dor de cabeça e atrás dos olhos; Conjuntivite não-purulenta; Sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia (mais comuns em crianças)

    Dengue e zika também preocupam

    Além da chikungunya, Mato Grosso também enfrenta um aumento nos casos de dengue. O estado já registrou 9.948 casos prováveis, com três óbitos sob investigação. Em relação à zika, não há casos prováveis confirmados até o momento.

  • Mato Grosso enfrenta surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave com aumento de 353,8% em 2024

    Mato Grosso enfrenta surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave com aumento de 353,8% em 2024

    Mato Grosso enfrenta uma grave crise de saúde pública devido ao aumento exponencial de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Os números oficiais da Secretaria Estadual de Saúde (SES) são alarmantes: em 2024, foram registrados 8.152 casos, um aumento de 353,8% em comparação com os 1.796 casos notificados em 2023.

    A principal causa desse surto está relacionada à circulação de diversos vírus respiratórios, como o vírus sincicial respiratório (VSR), influenza e covid-19. Além disso, um grande número de casos (7.843) ainda não tem o vírus causador identificado, o que dificulta o controle da epidemia.

    Entre os casos de SRAG com diagnóstico confirmado, a influenza A se destaca, com 249 notificações. A covid-19, embora tenha um banco de dados específico, continua a ser um dos principais agentes causadores de doenças respiratórias graves no estado.

    O aumento dos casos de SRAG tem colocado em risco, principalmente, a população idosa. Arlindo Carlos da Costa, de 81 anos, morador de Nobres, é um exemplo disso. Ele contraiu covid-19 em 2020 e, desde então, enfrenta sequelas da doença, como problemas renais.

    “Tinha com frequência infecção urinária de repetição, além de pedra nos rins, e com a covid-19 o órgão foi acometido com quadro de insuficiência renal”, relata Arlindo.

    Segundo o pneumologista Clóvis Botelho, a dificuldade em identificar o tipo de vírus respiratório em muitos casos dificulta o tratamento.

    “É importante que a população se atente aos vírus respiratórios que evoluem com celeridade para casos graves. A imunização é o principal fator de prevenção do agravamento da síndrome respiratória, então é primordial manter o calendário vacinal em dia”, alerta o médico.

    A baixa cobertura vacinal em diversos estados brasileiros é apontada como um dos fatores que contribuem para o aumento dos casos de SRAG. Especialistas recomendam que a população procure se vacinar contra a gripe e outras doenças respiratórias, especialmente os idosos, crianças e pessoas com comorbidades.

    O aumento expressivo de casos de SRAG tem sobrecarregado o sistema de saúde de Mato Grosso. Hospitais e unidades de saúde estão operando no limite, com leitos de UTI ocupados e profissionais de saúde trabalhando exaustivamente.

  • Cidade do Rio de Janeiro anuncia fim da epidemia de dengue

    Cidade do Rio de Janeiro anuncia fim da epidemia de dengue

    A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro anunciou, nesta sexta-feira (29), o fim da epidemia de dengue na cidade. Segundo o secretário Daniel Soranz, o município registrou sete mortes e 82 mil casos da doença. Nas últimas semanas, no entanto, houve uma redução grande nos casos.

    O pior período da epidemia foi entre 18 e 24 de fevereiro, quando a cidade registrou 13.511 casos. Desde então, o município vem apresentando queda. Na última semana com os dados consolidados (17 a 23 de março), foram 5.395 ocorrências, uma redução de 33% em relação à semana anterior.

    “Houve um esvaziamento nos polos de atendimento para a dengue, então a gente já pode dizer que a gente deixa o período epidêmico e a emergência de dengue na cidade”, afirmou Soranz.

    Segundo ele, cerca de 1,1 mil profissionais de saúde se envolveram na mobilização contra a dengue. Os dez polos de atendimento abertos em fevereiro começam a ser desmobilizados nesta sexta-feira.

    “A gente já pode virar essa força de trabalho para o combate à influenza e para a principal campanha vacinal do calendário, que é a vacina para a influenza”.

    Vacinação

    Soranz afirmou que esta será a última semana de imunização de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos com a primeira dose da vacina contra dengue.

    “Ainda tem 40 mil doses da vacina de dengue em estoque. Então a gente pede que os pais que ainda não trouxeram seus filhos para se proteger que procurem uma unidade de saúde para aplicar a primeira dose da vacina”.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Comissão do TCE-MT recomenda fortalecimento das estratégias de combate à dengue

    Comissão do TCE-MT recomenda fortalecimento das estratégias de combate à dengue

    Durante a sessão ordinária desta terça-feira (19), a Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) emitiu uma recomendação urgente para que o Governo Estadual e as prefeituras dos 142 municípios intensifiquem suas estratégias de combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti. O presidente da Comissão, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, ressaltou a preocupação com a transmissibilidade da doença, agravada pelo aumento das temperaturas e pelas chuvas, e defendeu a necessidade de um trabalho integrado e intersetorial.

    De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), foram confirmados 5.279 casos de dengue em Mato Grosso entre as semanas epidemiológicas 1 e 9 do ano de 2024. “Os dados se encontram acima da média esperada, configurando tecnicamente situação de epidemia”, destacou Maluf.

    Diante desse cenário alarmante, a Comissão emitiu uma nota recomendatória à SES-MT, sugerindo a realização de levantamento e monitoramento contínuo dos dados epidemiológicos, bem como a implementação de um Centro de Operações de Emergência (COE) da Dengue para agilizar o processo regulatório nas unidades de saúde.

    A nota também estabelece orientações aos municípios, incluindo a avaliação da adoção de medidas de combate ao mosquito, a identificação de áreas com maior infestação e a distribuição de pontos estratégicos para controle, como cemitérios e imóveis abandonados. Além disso, os gestores municipais são instados a promover ações educativas e orientativas para enfrentamento às arboviroses, garantindo assistência adequada aos pacientes que apresentem sintomas.

    As estratégias recomendadas estão alinhadas com as Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue, elaboradas pelo Ministério da Saúde em conjunto com os conselhos nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde. O conselheiro Maluf enfatizou a importância dessas ações, especialmente diante do crescimento significativo de casos de dengue em todo o país, evidenciando a necessidade de uma resposta eficaz e coordenada para conter a propagação da doença. “O propósito é subsidiar a formulação de planos locais, pois dashboard do Ministério da Saúde registra a ocorrência de 450.707 casos confirmados em 2024 entre as semanas epidemiológicas 1 e 8, contra 183.065 casos confirmados para o mesmo período de 2023, correspondente a um crescimento de 146%”, concluiu.

  • Brasil chega a 62 mortes e 408 mil casos prováveis de dengue

    Brasil chega a 62 mortes e 408 mil casos prováveis de dengue

    O número de casos prováveis de dengue no Brasil em 2024 chegou a 408 mil, segundo atualização de sexta-feira (9) no Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde. Já o número de vítimas confirmadas da doença atingiu 62, enquanto outras 279 mortes suspeitas estão sendo investigadas.

    A média nacional aponta 201 casos de dengue por 100 mil habitantes. Mas, em alguns estados, esse coeficiente é bem maior. O Distrito Federal, por exemplo, registra mais de 1.700 casos por 100 mil habitantes. Na sequência proporcional de casos, aparecem Minas Gerais, Acre, Paraná e Goiás.

    Em número absoluto, Minas Gerais lidera, com mais de 143 mil pessoas registradas com dengue, seguido por São Paulo, Distrito Federal e Paraná. Na outra ponta, com menos casos registrados, aparecem dois estados do Nordeste: Piauí e Paraíba. As mulheres são as mais afetadas, com 55% dos registros, contra 45% dos homens.

    O número de mortes, 62, praticamente não aumentou comparando as primeiras cinco semanas deste ano, com o mesmo período do ano passado, quando a dengue matou 61 pessoas. Já o número de casos graves mais do que triplicou. Nas cinco semanas deste ano, foram quase 4.600 casos, contra 1.355 registros, no mesmo período, em 2023.

    Edição: Vinicius Lisboa

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  • Fabricante dará prioridade da vacina contra dengue ao SUS

    Fabricante dará prioridade da vacina contra dengue ao SUS

    A farmacêutica Takeda, que produz a vacina contra a dengue (Qdenga), emitiu um comunicado nesta segunda-feira (5) para informar a decisão de priorizar o atendimento aos pedidos do Ministério da Saúde no fornecimento dos imunizantes. De acordo com o comunicado, a Takeda suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e vai limitar o fornecimento da vacina na rede privada apenas para suprir o quantitativo necessário para as pessoas que tomaram a primeira dose do imunizante completem o esquema vacinal com a segunda dose, após um intervalo de três meses.

    A medida foi tomada, segundo a empresa, diante do cenário de inclusão da Qdenga no Sistema Único de Saúde (SUS) e o agravamento da epidemia de dengue em diversas regiões do país.

    “Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI) que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025. Em paralelo, estamos buscando todas as soluções possíveis para aumentar o número de doses disponíveis no país, e não mediremos esforços para isso”, diz o comunicado.

    A decisão não prejudica compromissos previamente firmados com municípios antes da incorporação da Qdenga ao SUS, observou a empresa.

    Ainda segundo a farmacêutica, a previsão é que o fornecimento global da vacina Qdenga atinja a meta de 100 milhões de doses por ano até 2030, o que inclui um novo centro internacional dedicado à produção de vacinas, na Alemanha, previsto para ser lançado em 2025.

    Vacinação

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. O processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro, o Ministério da Saúde anunciou a incorporação do insumo no Sistema Único de Saúde (SUS).

    Na próxima semana, as doses começam a ser distribuídas a 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde para iniciar a vacinação na rede pública. As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo a pasta, são consideradas endêmicas para a doença. Serão vacinadas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, faixa etária que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos.

    Epidemia

    O Brasil vive uma explosão de casos de dengue que fez com que o Distrito Federal e três estados, além do município do Rio de Janeiro, decretassem situação de emergência por conta da doença. Na última sexta-feira (3), o Ministério da Saúde abriu o Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília.

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBCArte/EBC

  • Ministério da Saúde estuda ampliar oferta da vacina contra dengue

    Ministério da Saúde estuda ampliar oferta da vacina contra dengue

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse neste sábado (3) que o governo estuda ampliar a oferta de vacinas contra a dengue no país. A informação foi repassada durante a abertura do Centro de Operações de Emergências (COE) contra a dengue, em Brasília. Segundo a ministra, foram realizadas reuniões com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e o Instituto Butantã para tratar do tema.

    “Todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta [de vacinas]”, disse a ministra.

    O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema de saúde pública. A primeira remessa com cerca de 757 mil doses chegou ao Brasil em 20 de janeiro. O lote faz parte de um total de 1,32 milhão de doses fornecidas pela farmacêutica responsável pela Qdenga. Outra remessa, com mais de 568 mil doses, está com entrega prevista para fevereiro. A previsão é que o país receba 5,2 milhões de doses este ano. Inicialmente, a vacina será aplicada na população de regiões endêmicas, em 521 municípios. Para 2025, a pasta já contratou outras 9 milhões de doses.

    Mesmo com a ampliação, a ministra destacou que a oferta do imunizante não trará impactos imediatos para o combate à doença.

    “Elas [as vacinas] significam muito, até porque adquirimos vacinas para 2024 e 2025 e todo o nosso esforço será para ampliar essa oferta, mas não vai ter um impacto nesse intervalo inicial de poucos meses”, apontou.

    Centro de emergência

    O Ministério da Saúde informou que o COE vai ampliar o monitoramento da situação da dengue no país, para orientar ações voltadas à vigilância epidemiológica, laboratorial, assistencial e de controle de vetores. A estrutura, em coordenação com estados e municípios, vai realizar coleta e análise de dados, produção de relatórios e divulgação de informações por meio de boletins e informes epidemiológicos.

    Dados do painel de atualização de casos de arboviroses da pasta mostram que, de janeiro até agora, o Brasil registrou 243.721 casos prováveis de dengue. A doença já causou pelo menos 29 mortes confirmadas, outras 170 estão em investigação

    Epidemia local

    Durante a cerimônia, Nísia frisou que a situação da dengue é mais preocupante neste momento em alguns municípios do Acre, no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Rio de Janeiro e também no Paraná.

    “Agora, temos concentração nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul, mas isso não caracteriza um quadro de emergência nacional, quadro de epidemia nacional, mas de epidemia a nível local”, afirmou.

    O período de chuvas e as altas temperaturas no Brasil são o ambiente propício para o aumento de arboviroses, como a dengue.

    Prevenção

    O Ministério da Saúde reforça que a principal medida é a eliminação dos criadouros do mosquito. E destaca a importância de a população receber os agentes de combate a endemias e agentes comunitários de saúde, que vão ajudar a encontrar e eliminar possíveis criadouros.

    “Os sintomas de dengue, chikungunya ou zika são semelhantes. Eles incluem febre de início abrupto acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele, manchas vermelhas pelo corpo, além de náuseas, vômitos e dores abdominais”, explica.

    A orientação é procurar o serviço de saúde mais próximo de casa assim que surgirem os primeiros sintomas.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Brasil reforça ações de biossegurança para prevenir gripe aviária

    Brasil reforça ações de biossegurança para prevenir gripe aviária

    O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e avicultores estão reforçando as ações de biossegurança no país diante do aumento dos casos de influenza aviária de alta patogenicidade (vírus H5N1) na América do Sul. O Brasil nunca registrou a ocorrência da doença em seu território.

    A influenza aviária, também conhecida como gripe aviária, é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente aves domésticas e silvestres. Até o momento, foram notificados focos da doença em países vizinhos como Colômbia, Equador, Venezuela, Peru e Chile. “Em alguns limitando-se a aves silvestres e outros atingindo aves de subsistência ou de produção”, disse o Mapa.

    De acordo com a pasta, essa é a maior epidemia de influenza aviária de alta patogenicidade ocorrida no mundo, e a maioria dos casos está relacionada ao contato de aves silvestres migratórias com aves de subsistência, de produção ou aves silvestres locais.

    Em relação às infecções humanas, o Mapa ressalta que podem acontecer por meio do contato com aves infectadas, vivas ou mortas, ou ambientes contaminados com secreções respiratórias, sangue, fezes e outros fluidos liberados no abate das aves. “Já o risco de transmissão às pessoas por meio de alimentos devidamente preparados e bem cozidos é muito baixo”, disse.

    O período de maior migração de aves do Hemisfério Norte para a América do Sul acontece de novembro a abril. “Por isso, neste momento, o trabalho que vem sendo realizado é o aumento das ações de vigilância pelo serviço veterinário oficial e órgãos ambientais e o reforço das medidas de biosseguridade pelos produtores, com o objetivo de mitigar os riscos de ingresso e disseminação da gripe aviária no país”, disse o ministério.

    A intensificação das ações de vigilância inclui, por exemplo, a testagem de amostras coletadas de aves de subsistência criadas em locais próximos a sítios de aves migratórias. O objetivo é monitorar a circulação viral, permitir a demonstração de ausência de infecção e apoiar a certificação do Brasil como país livre da influenza aviária de alta patogenicidade.

    Setor produtivo

    O Mapa explicou ainda que a prevenção da gripe aviária H5N1 é responsabilidade de todos os atores da cadeia de produção, “a fim de salvaguardar a sanidade da criação avícola nacional e mitigar os impactos socioeconômicos de uma eventual ocorrência da doença em aves de produção comercial”.

    Nesse sentido, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) atualizou seu protocolo de biosseguridade com a recomendação de suspensão imediata das visitas a granjas, frigoríficos e demais estabelecimentos da avicultura do país. A decisão é válida tanto para brasileiros quanto para estrangeiros. “Apenas quem trabalha diretamente e exclusivamente na respectiva unidade produtiva deve ter o acesso autorizado”, alertou a entidade.

    A ABPA recomenda, ainda, que necessidades específicas e emergenciais sejam analisadas diante das novas recomendações e “com duplicação de cuidados”. A orientação é reforçar medidas de higienização e desinfecção em granjas e outros locais produtivos, incluindo roupas e sapatos dos profissionais e veículos que acessam as propriedades.

    Em caso de viagem ao exterior, a recomendação é que o profissional cumpra o vazio sanitário no retorno ao trabalho, como já é protocolo. Esse é um período de quarentena para atestar ausência de qualquer contaminação.

    Segundo a entidade, a expectativa é que o status sanitário do Brasil não seja afetado pelas notificações de influenza aviária de alta patogenicidade em aves silvestres, ou outras que não sejam de produção industrial, e de baixa patogenicidade em aves domésticas ou de cativeiro. Dessa forma não deve acontecer o fechamento de mercado, como prevê os regulamentos da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

    Em comunicado, a ABPA lembrou ainda que os casos registrados na América do Sul ocorreram no litoral, em aves aquáticas locais e migratórias e que existem questões geográficas que também protegem o setor de avicultura brasileiro da doença. “Mesmo assim, estamos em alerta total para manter o Brasil em sua posição como maior exportador mundial e segundo maior produtor de carne de frango, além de expressivo produtor de ovos. É uma questão setorial, mas também de interesse da sociedade, já que são duas das proteínas mais consumidas pela população brasileira”, ressaltou o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

    De acordo com dados da entidade, as exportações de carne de frango mantiveram alta em novembro, considerando produtos in natura e processados. O total exportado foi de 375,6 mil, aumento de 12,2% em relação a novembro de 2021. No acumulado do ano, as exportações brasileiras alcançaram 4,436 milhões de toneladas, com uma receita para o setor de US$ 8,976 bilhões, 29,3% a mais do que nos primeiros 11 meses de 2021.

    Notificação

    O Ministério da Agricultura alertou ainda que a primeira linha de defesa contra a gripe aviária é a detecção precoce e a notificação de suspeitas da doença. Os casos suspeitos devem ser notificadas imediatamente, presencialmente ou por telefone, aos serviços veterinários estaduais ou nas superintendências federais de agricultura. A notificação também pode ser feita pela internet, na plataforma e-Sisbravet.

    A influenza aviária de alta patogenicidade é caracterizada principalmente pela alta mortalidade de aves que pode ser acompanhada por sinais clínicos, tais como andar cambaleante, torcicolo, dificuldade respiratória e diarreia.

    Vigilância

    Em julho de 2022, a pasta publicou o novo plano de vigilância de influenza aviária, contemplando a revisão de diretrizes para o atendimento e identificação de casos suspeitos e para a vigilância permanente da doença, por parte dos serviços veterinários oficiais.

    Neste ano, já foram recebidas 34.205 amostras nos laboratórios federais de Defesa Agropecuária em São Paulo e no Rio Grande do Sul na vigilância ativa e passiva.

    O plano também amplia a vigilância em aves comerciais e de subsistência e inclui a amostragem em aves localizadas em propriedades que estejam próximas a sítios de aves migratórias no país.

    Edição: Fernando Fraga