Tag: Enrico Pierro

  • Fé — Mesmo quando tudo desaba


    Fé — Mesmo quando tudo desaba


      Eu penso muito na minha relação com a fé, e às vezes acho até engraçado. Como posso me considerar uma pessoa de fé, se vivo desesperado com as coisas? Quanto mais eu me desespero diante de uma situação, mais percebo o quanto minha fé é instável. Ou talvez nem exista.

         Porque fé, ao contrário do que muita gente pensa, não é dizer “vai dar certo” com um sorriso no rosto. Fé é seguir mesmo quando tudo indica que não vai. É caminhar no escuro, tropeçando, sem saber onde vai parar — mas ainda assim, continuar andando.

         Não acho que o conceito de fé seja maleável. Não acho que ela se encaixe ao nosso humor do dia. ou você tem, ou você não tem. E bom… se eu duvido, se me desespero, se perco a minha própria estabilidade, então talvez eu ainda esteja aprendendo a ter fé.

          Veja: se eu passo por uma dificuldade, deus sabe o porquê disso. Tudo está nas mãos dele. E se eu olhar com atenção, com honestidade, vou perceber que ele nunca me abandonou. Mesmo nos dias em que eu gritei por dentro, mesmo nos dias em que chorei em silêncio. Ele estava ali. Principalmente quando eu não o via, nem o sentia.

          Mas é difícil, né? Difícil manter a fé quando tudo desmorona. Quando você ora, pede, clama — e parece que nada muda. É aí que muitos de nós fraquejam. E talvez seja aí, justamente aí, que a fé começa a nascer. Não no milagre, mas no silêncio. Na espera. Na dor que a gente atravessa sem entender.

          Acreditar, ou ter fé, não é viver na inércia. Não é sentar e esperar. É seguir em frente, mesmo com o coração apertado. É levantar todo dia, fazer o que precisa ser feito, mas acreditando — ainda que, no fundo do fundo — que deus está vendo. E cuidando.

          A fé, no fim das contas, é a antítese do desespero. É a serenidade em meio ao caos. É o alicerce na tempestade. É aquela calma inexplicável que não vem de você, mas que te segura em pé quando tudo desaba.

         Fé é confiar. Mesmo sem provas. Mesmo sem respostas. É saber que a vida tem um propósito maior do que o que os olhos conseguem enxergar.

         Talvez eu não seja tão digno assim das graças de deus. Talvez eu tenha errado demais, duvidado demais, reclamado demais. Mas sei, lá, no fundo, que ele nunca vai deixar um filho — sim, eu mesmo, e todos vocês — desamparado. Porque um pai ama um filho. Mesmo quando o filho se afasta, mesmo quando o filho não entende.

       E talvez esteja na hora do filho também aprender a amar e confiar no pai.

          Que esse ano, a palavra para mim seja essa: fé. Não uma fé perfeita, não uma fé blindada, mas uma fé viva. Que cresce na dúvida, amadurece na dor e floresce na esperança.

  • Entre padrões e escolhas

    Entre padrões e escolhas

        Hoje em dia, as pessoas não sabem mais se o que fazem é para elas mesmas ou para os outros. É um pelo que você apara, um espirro que segura, uma ida diária à academia. Vai se moldando, se refazendo, sem nem saber ao certo se é isso mesmo que quer para a sua vida. A gente tenta se encaixar nos padrões que alguém decidiu que eram corretos. Repara na arte como o corpo mudou ao longo dos anos. O tempo muda as perspectivas, muda as realidades.

          Primeiro, dizem que a atividade física é essencial para uma vida saudável e que o bacon vai te matar. Depois, descobrem que o excesso de exercício pode fazer mais mal do que o próprio bacon. A vida segue assim, cíclica, e a gente nem percebe. Daí você quer ter o corpo padrão, a refeição padrão, a rotina padrão. E no fim, sobra o quê? Mais um. Nem melhor, nem pior e talvez, nem mais saudável do que ninguém. Onde foi parar o equilíbrio? Aquele equilíbrio gostoso entre fazer atividade física e aproveitar um x-bacon no balcão da padaria?

    Quem você é de verdade?
    Quem você é de verdade?

          A vida é feita de altos e baixos. Uma hora, você está lá em cima, no topo da montanha-russa. Subiu devagar, foi puxado, e quando chega no topo, tudo parece estável. Então vem a descida: rápida, violenta. Você cai sem nem saber onde vai parar. Tem certeza de que vai abrir um buraco no chão, e às vezes abre mesmo. Desce até achar que não tem mais como, e de repente, vem a curva para a esquerda, depois para a direita, sobe um pouco, vai reto, desce de novo e, olha só, quando percebe, está subindo outra vez. A vida é uma montanha-russa. O problema é que estamos esquecendo quem pilota. Nós mesmos. E fica difícil saber até onde estamos nesse trajeto por escolha própria ou porque fomos violentamente empurrados. Não importa se foi a sociedade ou alguém. Estamos cada vez mais perdidos dentro de nós mesmos, tão ocupados em “estar” tantas coisas que esquecemos do que é ser.

  • Vida é Jogo: Não Desista, Só Avance!

    Vida é Jogo: Não Desista, Só Avance!

    Você já jogou um vídeo game? Ou um jogo no celular? Acho que quase todo mundo já jogou, todo mundo sabe, ou deveria saber, que todo jogo tem fase. Tem umas que são fáceis, você passa rápido, tranquilo. Tem umas que você demora, às vezes dias. Você fica lá preso, tentando, até conseguir.

    Algumas fases vêm para te testar. A gente fala que são as fases com o “chefão”. Claro, depende do jogo. Mas acho que independente do jogo, eu diria que são aqueles níveis que você olha e pensa: ok, é impossível, não tem como passar. Fim de jogo, esquece. Você fica até com vontade de desinstalar. De desistir. Nessa hora algumas pessoas desistem mesmo. Desinstalam. Outras muitas, a maioria, insiste até conseguir.

    Você vai avançando. O tempo vai passando. Você segue nesses altos e baixos. Quantos momentos no jogo você não pensou que ficou meio entediante? Coisa chata, sem emoção. As fases parecem só mais do mesmo. Você vai jogando quase que por obrigação, só para não desistir. Meio sem graça. Mas insiste, persiste. Segue ali, firme e forte mesmo meio sem vontade.

    E o jogo vai indo. Quase sem fim. E isso é a vida. Esse jogo cheio de fases. Em que tem momentos fáceis, em que tudo vai indo bem, momentos entediantes em que você parece que vive e nem sabe exatamente por quê. Momentos que você atravessa e parece que é só para pagar as contas, sem muita perspectiva.

    Tantos outros momentos em que você vê tanta dificuldade em seguir em frente que tem vontade de desistir de tudo. “Desinstalar”. E quantas vezes não fazem isso? Mas você não. Está aqui ainda. “Jogando”, não é mesmo? Esse jogo que só vai acabar quando você mesmo terminar. Já parou para pensar como a vida é isso? Como ela é feita de fases iguais a um jogo de celular? Mas que você sempre, de uma forma ou de outra, passa de nível e segue jogando? Que desistir é uma besteira e que não importa a dificuldade, você sempre vai seguir jogando porque lá na frente vão ter níveis mais fáceis? E vai ser esse eterno sobe e desce? Então relaxa, olha o tanto que você já brincou até agora. Olha para frente e continua. O jogo da vida nunca acaba.

  • O amor que transcende o tempo: lições e saudades de um grande pai

    O amor que transcende o tempo: lições e saudades de um grande pai

    Talvez ele não tenha sido o primeiro a me ver ou a me segurar, mas assim que seus braços me envolveram, nunca mais me largaram. Não no sentido físico, mas no acolhimento, na segurança que ele me proporcionou. Sempre tive o privilégio de encontrar em seu abraço, meu refúgio. Quando eu estava ali, protegido e amado, nada poderia ser tão ruim. Seu abraço era o meu lar.

    Ter um pai como o meu é saber que, mesmo com o tempo nublado lá fora, haverá sempre um sol dentro de casa, irradiado pelo sorriso dele quando me vê e pergunta: “Tudo bem, filhão? Como você está?” Não era apenas uma pergunta de cortesia, era a preocupação verdadeira de alguém que se importa com o outro de forma genuína.

    Ter um pai como o meu é lembrar que, por trás das nuvens, as noites continuam estreladas. É saber que alguém sempre lutará pela sua felicidade, mesmo que, por vezes, isso signifique sacrificar a própria. É sentir-se importante, é ter certeza de que alguém se importa com você.

    Ter um pai como o meu é acordar e perceber que existe um amor tão imenso, que transborda. Ele sempre enchia meu copo, meio vazio ou meio cheio, mas nunca deixava faltar. Com ele, me senti o dono do mundo, seja em Mauá, São Paulo ou até Paris. Não importava o lugar, porque com ele eu sabia que estava seguro e em casa.

    Ter um pai como o meu é aprender a levantar após uma queda, a pedir desculpas com humildade, a olhar o outro com carinho, a viver para fazer o bem. Ele foi meu exemplo, em todos os sentidos. Foram tantos anos de amor ao próximo, de trabalho abnegado, que aprendi com ele que um sorriso e a realização de um desejo não têm preço.

    Ter um pai como o meu é saber que errar é humano e pedir desculpas é uma lição de humildade. É sorrir diante dos tropeços da vida, seja fechando a porta do carro no dedo, tropeçando na escada, ou até quebrando os óculos enquanto passeava com os cachorros. Ele sabia rir da vida, mesmo diante das adversidades.

    Não há palavras que possam descrever sua força, sua serenidade em meio ao caos, seu raciocínio sempre rápido, sua habilidade única de curar tanto o corpo quanto a alma. E ele sempre me mostrou que, em momentos de dificuldade, as ações falam mais alto que qualquer palavra.

    Hoje, ao olhar para trás, percebo a imensidão do orgulho que sinto por ter tido um pai como ele. Não há como mensurar o que vivi ao seu lado, o que aprendi com ele, o que ele me ensinou sobre ser um ser humano melhor. Você foi meu tutor quando criança, meu líder na adolescência e meu maior exemplo como adulto. Você foi tudo para mim, e sempre será.

    Agradeço a Deus por ter compartilhado minha vida com você. Foram tantos momentos, tantas lições que, embora as palavras nunca consigam traduzir, ficarão para sempre em meu coração. Agradeço por poder ter dito essas palavras enquanto você ainda estava aqui. Quantas vezes temi que um de nós não chegaria tão longe, e agora, é com a saudade que celebro a sorte de ter tido você ao meu lado.

    Por isso, aproveito para dizer: valorize os pais enquanto os tem, pois o tempo é implacável. Não espere para expressar sua gratidão ou para dizer “eu te amo”. A vida é curta demais para deixar essas palavras para depois. Eu te amo, pai, daqui até o infinito. E mesmo agora, sem você fisicamente, sei que esse amor continuará a me guiar. Te amo do infinito até aqui. Descanse em paz, meu eterno herói.

    @enricopierroofc

  • Gratidão: O Abraço Que Transmite Sentimentos

    Gratidão: O Abraço Que Transmite Sentimentos

    Estava com essa palavra na mente: gratidão. Pensando na forma como eu abracei duas pessoas que me ajudaram imensamente. E fiquei refletindo se meu abraço poderia, de alguma forma, transmitir o meu sentimento. E como sempre, me colocou para pensar.

    Esperar a gratidão dos outros é um erro nosso. Você não deve fazer algo para alguém esperando que a pessoa seja grata. Ninguém tem essa obrigação, ainda que para alguns de nós isso seja indiscutível. Existem pessoas que são muito difíceis de serem ajudadas e, talvez, por não estarem acostumadas a isso, não sabem nem como reagir. Tem a história do filho que ajudava o pai a cortar cabelos no bairro onde vivia, de forma gratuita para as pessoas que não tinham condições de pagar. E chamava a atenção do garoto que algumas pessoas saíam reclamando do corte, quase ofendidas, algumas até os xingando. O garoto então questionava o pai, do porquê ele fazia aquilo se as pessoas pareciam ser tão ingratas. Era evidente que o corte havia ficado bom. E então o pai dizia que algumas pessoas agiam dessa forma porque não sabiam ser gratas, não que elas não fossem, mas por orgulho e vaidade, preferiam tentar ferir o outro do que aceitar a ajuda, porque assim, não se sentiriam mal por isso. Bem, isso é comum na vida até quando a gente não percebe. Mas cabe a nós sabermos fazer aos outros sem esperar o retorno.

    Entramos então em outro ponto, que diz que nenhuma ação é puramente altruísta, porque você sempre vai esperar algum retorno, mesmo que seja do universo ou de Deus. Então não existe altruísmo no sentido de se fazer sem esperar retorno. Algo muito bacana de se pensar, porque é mais fácil sempre olharmos as ações dos outros do que as nossas.

    Somos, então, verdadeiramente altruístas em nossas ações? Não posso responder essa questão, mas posso afirmar que o sentimento de ser grato é delicioso. Ele vem recheado de carinho e afeto. E aí eu volto para o abraço. Eu não sou responsável pelo que o outro pensa ou faz, mas eu, como responsável pelo que sinto e pelas minhas ações, posso e devo, sim, demonstrar a minha gratidão. Seja em palavras ou em um abraço forte. E que o mundo saiba mais agradecer do que reclamar. Doar mais do que pedir. E quem sabe, um dia, eu também não te abrace e diga no teu ouvido: Obrigado!

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    Enrico Pierro
  • Existem dores que nunca passam

    Existem dores que nunca passam

    Nem toda dor é visível ou pode ser tratada. a dor emocional, muitas vezes, não desaparece.

    A dor pode ser definida em diversos níveis. Desde você ter um infarto, uma pedra no rim, até bater o dedinho na quina da cama. Mas nem toda dor pode ser mensurada, medida, explicada. Porque existem dores que simplesmente não são físicas, mas existem. E essas são as mais difíceis de serem explicadas, tratadas e curadas.

    Existem diversos remédios para se tratar uma infinidade de doenças do corpo físico. Tratamentos e mais tratamentos para se curar as feridas. Mas como você cura, por exemplo, um coração partido? Uma saudade? E você já reparou que tudo isso também dói?

    Assim como chutar um móvel em casa, descalço, sentir saudade de alguém que você perdeu também dói. E muito. Muitas vezes uma dor inexplicável. O problema é que, para essa segunda dor, não existe um remédio. E, na verdade, nem existe uma cura. Claro, tem terapia, tem remédios que podem te acalmar, hobbies que podem te distrair, o trabalho que pode te ocupar.

    Quando alguém próximo perde um parente, um animal muito querido, um cônjuge ou qualquer pessoa e fica totalmente devastado, enquanto muitos dizem que vai passar, eu chego e sou sincero. Digo: olha, eu já perdi algumas pessoas e te digo: não vai passar. Simplesmente não vai. Nunca. Sabe essa dor? Ela não vai embora. Infelizmente. Com o tempo, a única coisa que vai acontecer é que você vai se acostumar com ela.

    Duro, né? Mas é a verdade. A dor não vai embora. Ela se transforma. O que agora é a dor da falta, claro, pelo nosso egoísmo, talvez, com o tempo, vai se transformando em uma lembrança, uma nostalgia, uma saudade. Aquela dor aguda da falta, do apego, vai mudando para uma lembrança. É quando vão ficando na memória aqueles bons momentos que a gente carrega nas lembranças.

    O luto passa. A falta passa, mas só porque nos acostumamos. A dor tranquiliza, mas não some. Certas dores são eternas enquanto nós durarmos. É como bater o dedo na quina da cama todos os dias. A diferença é que o dedo se acostuma. A gente se acostuma. Mas a quina nunca vai embora.

  • o oceano que existe em nós

    o oceano que existe em nós

    Em um momento de contemplação à beira-mar, uma reflexão
    sobre como nossas emoções, ansiedades e alegrias nos conectam a algo
    maior e nos afastam da ideia de estarmos sozinhos no mundo.

    Reflexões sobre a vida, a solidão e a interconexão humana.
    o oceano que existe em nós.
    fiquei parado admirando as ondas e como o mar chegava até os meus
    pés. engraçado, pensei. às vezes ele chegava bem devagar, quase com medo
    de me tocar. às vezes vinha com pressa, quase nervoso, prestes a me arrastar.
    precisava até fincar os dedos na areia para me firmar. será que eu sou como o
    mar? que tem medo de avançar algumas vezes e em outras me atiro com a
    pressa e a ansiedade de quem precisa ir logo?
    a água era tão cristalina que eu podia ver minúsculas partículas de areia
    misturadas à água. elas vinham agitadas. não sei se haviam sido arrastadas ou
    se estavam felizes de terem vindo. resolvi me agachar e olhar mais de perto.
    havia tanto ali. percebi (ou me lembrei?) que o mar é feito de milhares, milhões
    de “coisas” misturadas, formando algo imenso, quase infinito. entre tantos
    mares e oceanos, será que somos um oceano? milhões de coisas minúsculas
    entre células e pensamentos? entre tormentos e ansiedades, e amores e
    tristezas e alegrias e mágoas, formando isso tudo, o que se vê e o que não se
    vê?
    lembrei de como sou pequeno, frente ao universo, como um grão
    daquela areia na imensidão da praia do universo. e, ao mesmo tempo como eu
    estou interligado a tudo. exatamente como a praia ou um oceano. um grão, por
    mais distante do outro, está sempre ligado de alguma forma, assim como todos
    nós. vivendo nesse planeta, como se fôssemos realmente como uma praia
    gigante, um oceano infinito. mas parece que não nos damos mais conta disso
    tudo. esquecemos do oceano, da praia, da areia. passamos a viver em ilhas
    solitárias achando que somos apenas conchas, fechados em si. isolados em
    problemas e paranoias que, para nós, são únicos. só o nosso sofrimento, só os
    nossos problemas são reais e importam. só nós sofremos como mais ninguém.
    está na hora de molharmos nossos pés no mar e olharmos a areia para
    nos lembrar, de verdade, que nunca fomos ilhas, sempre fomos oceanos.
    enrico pierro

  • Fortaleça sua fé e abrace a certeza: a dúvida não tem lugar onde a crença é firme

    Fortaleça sua fé e abrace a certeza: a dúvida não tem lugar onde a crença é firme

    “Nos Momentos de Incerteza, É Essencial Lembrar: A Fé É o Que Nos Move Para a Realização, Mesmo Diante das Dúvidas.”

    Fé.

    Ontem eu senti aquela dúvida. Aqueles momentos em que você começa a pensar em coisas como: será que vai dar certo? Eu vou conseguir? As coisas vão melhorar? E então eu parei, olhei pra mim mesmo e disse: eu sou uma pessoa de fé, então por que a dúvida?

    Veja, a fé não é um lugar de dúvidas, nem de “achismo”. Não tem espaço para ficarmos pensando que as coisas talvez deem certo. A fé é lugar de certeza. É olhar e dizer: vai dar certo. Vai melhorar. E dizer com força mesmo, porque você acredita!

    Ter seus momentos de fraqueza e dúvida é comum, e nem acho que ninguém deve se sentir culpado por isso. Mas se você tem fé, seja em Deus, no universo, na vida ou em qualquer força maior, então o que você precisa nesses momentos é olhar para dentro de você, procurar aquela centelha divina e sair da dúvida.

    Se a fé é capaz de mover montanhas, que coisas incríveis ela também não é capaz de realizar na nossa vida? Lembre-se sempre que a fé é lugar de certeza, de realizações, de mudanças. Se for para duvidar mesmo, duvide das pessoas. Essas, sim, podem te decepcionar. Uma pessoa que sabe o que quer, que acredita de verdade que vai conseguir, essa pessoa é imparável.

    E cada vez que eu, ou você, se sentir assim, meio vacilante nas certezas, pare um minutinho, respire fundo, olhe para cima, sorria e vá! Eu sei que tem sempre um sonho esperando a gente no final. E se você conseguir, eu te encontro lá!

    Enrico Pierro

  • O Equilíbrio da Vida

    O Equilíbrio da Vida

    A felicidade não está em alcançar a perfeição, mas em saber lidar com os altos e baixos do cotidiano. Em meio aos dias cinzentos e aos momentos de melancolia, encontramos o equilíbrio que faz a vida valer a pena.

    Nem tudo é esperança e calor. Existem os dias frios, a vontade de ficar embaixo das cobertas e escutar o barulho da chuva. Acho que é normal. Aquela melancolia, o dia triste. Eu sempre falo que a vida é feita de equilíbrio. É a coxinha e a Coca Zero. A gente precisa saber balancear as coisas.

    E a felicidade também tem dessas. Você pode ser feliz, mas ter lá teus dias mais ou menos, sem vontade de fazer muitas coisas. Bom, sendo sincero, eu tenho vários desses. Dias em que me arrasto de sono, dias em que estou sem ânimo, ou cansado. Dias em que não quero colocar a cara para fora de casa, nem socializar. Tem dias em que eu só consigo sorrir depois do meio-dia. E ainda assim, ouso dizer que sou feliz.

    E digo “ouso” porque parece que o mundo insiste em nos empurrar para baixo, em nos dizer que a felicidade é uma utopia. Uma conta bancária impossível de se alcançar. O emprego dos sonhos que não existe. Coisas que, honestamente, nem 1% da população vai ter. E muitas daquelas que você vê nas redes sociais, muito provavelmente são réplicas.

    A vida é um equilíbrio. Nem sempre você vai ser o melhor. O primeiro lugar. O mais bonito. O mais inteligente. Não tem nem espaço para isso, no mundo. A vida está ali, na média. Eu e você. Somos o bom, mas não o excelente, o brilhante. E, no fundo, somos nós que carregamos o mundo nas costas. Somos os que mudam as coisas e fazem do planeta um lugar melhor, mesmo que você não acredite. Porque estamos aqui, dia a dia, transformando as pequenas coisas.

    Então, não fique preocupado se alguns dias você tiver essa sensação meio melancólica, meio de dia nublado, mesmo que esteja sol lá fora. Apenas procure ser feliz. No geral. Na média. A vida é esse equilíbrio maluco, ainda que, no fundo, todo mundo seja meio desequilibrado mesmo.

  • Seja Luz

    Seja Luz

    Todos enfrentamos momentos de escuridão, mas a chave para a transformação está em nossa própria essência. Descubra como acender sua centelha interior e trilhar um caminho de felicidade e autodescoberta.

    Você já se sentiu no escuro? Acredito que hoje em dia todo mundo já passou por isso em algum momento da vida. Os problemas corriqueiros que parecem maiores do que a gente pensa que consegue suportar. Todo mundo já teve aquele momento em que se sentiu no escuro.

    Bom, eu não posso acender a luz. Ninguém pode, a não ser você, e você precisa procurar essa luz. O interruptor da vida. Claro, falar pode soar muito fácil, mas pensa comigo: o teu DNA e todas as tuas características físicas e, às vezes, até as emocionais, são fruto da ligação entre o teu pai e a tua mãe. Agora me diga: você acredita em Deus? Se sim, então você sabe que também é uma criação dele. E como uma criação, também temos um pedaço divino em nós. Uma centelha, uma luz! Isso já está dentro de você.

    Procure esse interruptor em você. Faça aquilo que for preciso: se afaste de quem não te faz bem, mude de emprego, de cidade ou procure um hobby, ou algo que te faça sentir vivo. Todo mundo tem alguma coisa que faz o coração bater mais forte e ver que vale muito a pena estar vivo. Importa cada segundo, ainda que você não perceba tudo isso.

    Agradeça os momentos em que você enfrentou algo difícil, você não teria se tornado quem você é hoje. Sabe-se lá quais caminhos a tua vida teria tomado, mas você não teria chegado tão longe. E não vale se apegar ao passado, porque ele não volta. Olha pra frente e tente, ao menos hoje, ser um pouco mais feliz do que ontem. A vida é um passo de cada vez! Eu consegui e você também consegue!