Tag: enfermeira

  • Enfermeira morre em acidente na BR-364 um dia antes de completar 46 anos

    Enfermeira morre em acidente na BR-364 um dia antes de completar 46 anos

    Na noite de quinta-feira (25), a BR-364, entre Cuiabá e Rondonópolis, foi palco de mais uma tragédia. A enfermeira Karina Pedrão Carneiro, 45 anos, perdeu a vida em um acidente envolvendo uma motocicleta e um carro.

    O fato ocorreu no km 379 da rodovia. De acordo com informações da Polícia Civil, que foi acionada para realizar a liberação do corpo, testemunhas relataram que o motociclista atravessou o canteiro central e invadiu a pista contrária, colidindo frontalmente com um Gol.

    Com o impacto da batida, Karina, que estava na garupa da motocicleta, foi arremessada e morreu no local. Seu esposo, que conduzia o veículo, ficou ferido e foi socorrido e encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

    A tragédia comoveu familiares, amigos e colegas de trabalho de Karina. A enfermeira, que trabalhava em um hospital de Cuiabá, completaria 46 anos nesta sexta-feira (26).

    As causas dos acidentes ainda estão sendo investigadas pela Polícia Civil.

  • Mulher sob efeito de medicamentos e álcool ataca marido e enfermeira em Mato Grosso

    Mulher sob efeito de medicamentos e álcool ataca marido e enfermeira em Mato Grosso

    Em um episódio de fúria e violência, uma mulher de 39 anos, que não teve o nome revelado, atacou o marido com uma faca e agrediu uma enfermeira do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) na tarde de quarta-feira (17). O caso aconteceu no bairro Jardim Atlântico, em Tangará da Serra (Mato Grosso).

    Segundo informações do boletim de ocorrência, a mulher, que faz uso de medicamentos controlados, teria entrado em surto após consumir bebida alcoólica. Nesse estado alterado, ela partiu para cima do marido, de 58 anos, ameaçando-o com uma faca. Assustado, o homem conseguiu se esquivar das agressões e acionou a Polícia Militar.

    Ao chegarem ao local, os policiais tentaram dialogar com a mulher, mas ela se mostrou transtornada e agressiva. Diante da situação, o Samu foi chamado para prestar atendimento à suspeita. No entanto, durante o processo de contenção, a mulher reagiu com violência e chutou uma das enfermeiras da equipe médica.

    Vale salientar que, no dia anterior, a mesma mulher já havia causado transtornos na Praça dos Pioneiros, necessitando de intervenção da equipe do Samu. Com o histórico de comportamento descontrolado e o ataque à profissional de saúde, a mulher foi presa e conduzida à delegacia, junto com o marido.

    Os dois filhos do casal, de 11 e 8 anos, presenciaram a cena traumática e, por medida de proteção, foram acolhidos pelo Conselho Tutelar. A polícia investiga o caso e a mulher deve responder pelos crimes de ameaça, lesão corporal e desacato.

  • Parteiras unem tradição e ciência no cuidado com as mulheres

    Parteiras unem tradição e ciência no cuidado com as mulheres

    A tradição, que vem de um saber ancestral, e a ciência, baseada em evidências, são conhecimentos que andam lado a lado quando se fala no trabalho das parteiras. Nayane Cristina, uma parteira que atua no Sistema Único de Saúde (SUS), em Brasília, conta que desde os 4 anos já sabia que a atividade era o chamado dela. E que a história da avó, que teve oito partos em casa, a inspirou.

    “Eu me lembro muito claramente de ver minha avó no fogão de lenha ali, fazendo comida, fervendo leite, e eu sentada no banquinho, próximo do chão, ouvindo as histórias dela, e aquilo realmente acendeu em mim uma chama de entender que aquele era o meu caminho”, disse Nayane.

    O caminho de Nayane para se tornar uma parteira foi a faculdade de enfermagem e a residência em obstetrícia.

    No Brasil, a assistência ao parto por enfermeiras obstetras está prevista em uma lei de 1986 e em resoluções do Conselho Federal de Enfermagem (CFE). Pela legislação, compete às enfermeiras prestar assistência ao parto normal de evolução fisiológica e ao recém-nascido.

    Esses partos podem acontecer em hospitais, em casa ou nas casas de parto, como a da região administrativa de São Sebastião, no Distrito Federal, onde Nayane trabalha. No local, 13 parteiras assistem, em média, 37 partos por mês.

    São gestações de baixo risco e o atendimento segue um modelo respeitoso, que ajuda a diminuir as taxas de partos por cesariana.

    “Sim, partos assistidos por enfermeiras, por parteiras, reduzem o número de cesariana consideravelmente. Aqui no Distrito Federal a gente tem vários estudos que já mostraram que em locais onde nós temos a residência de enfermagem obstétrica, a gente tem redução de cesarianas e de intervenções de maneira geral”, explica.

    Dados da Fiocruz apontam que, no país, a taxa de cesariana é de 55%. Na rede particular, o índice ultrapassa os 80%.

    Foi a busca por viver um parto com mais autonomia e menos intervenções que guiou a escolha da psicóloga Marília Tomé. Mãe do Tito, de 4 anos, e da Lis, de 2, ela teve os dois partos assistidos por parteiras.

    “Como eu tive gestações saudáveis, eu pude fazer essa escolha. Eu optei mesmo por ter um parto onde eu tivesse mais autonomia. Onde eu pudesse escolher as pessoas que estariam comigo, onde eu pudesse criar um ambiente com bastante intimidade, com muita tranquilidade. Apesar de não ser um ambiente hospitalar, eu também me senti muito segura, com muita confiança nos saberes”.

    O auxílio das parteiras em todas as fases desse início do maternal foi fundamental para Marília.

    “As visitas domiciliares, todo esse auxílio com amamentação, de observação mesmo, nessas primeiras semanas, que é sempre um momento muito delicado, para a mãe, para o neném, nesse momento de chegada, de adaptação”, explicou Marília.

    É importante destacar que a escolha pelo acompanhamento com parteiras não exclui o papel dos médicos na gestação. As parteiras também atuam munindo as gestantes de informações, considerando a autonomia das mulheres.

    Para a médica obstetra Monique Novacek, as mulheres que contam com esse duplo cuidado chegam mais preparadas para o parto.

    “Ela vai fazer questão do acompanhante, vai fazer questão de um ambiente calmo e respeitoso para ela, vai fazer questão que o médico explique para ela também se precisar ir para uma cesárea, porque disso acontecer”.

    A medicina trouxe avanços que salvam vidas diariamente. Ao mesmo tempo, há beleza em ver que as tecnologias ancestrais persistem. As parteiras tradicionais, aquelas que aprenderam o ofício de forma oral, observando outras mulheres, e que atuam Brasil afora, continuarão a amparar as crianças, nas mãos modernas das mulheres que atendem a esse chamado.