Tag: #EnergiaSolar

  • Sindenergia descarta possibilidade de apagão em Mato Grosso

    Sindenergia descarta possibilidade de apagão em Mato Grosso

    O presidente do Sindenergia MT, Carlos Garcia, refutou a possibilidade de um apagão devido ao alto índice de energia solar na rede elétrica de Mato Grosso. Segundo ele, a população pode ficar tranquila, pois o apagão ocorre quando a geração de energia não consegue suprir a demanda nacional, e o cenário atual é justamente o oposto. “A geração consegue atender toda a demanda do país com folga”, afirmou Garcia.

    Ele destacou que o Brasil tem capacidade para produzir mais do que o dobro da energia necessária para atender à demanda. “O que se especulou na mídia foi a possibilidade de um problema no sistema elétrico por excesso de energia solar. No entanto, com os investimentos realizados, esses problemas, que poderiam ocorrer isoladamente, são mitigados. Ainda que aconteça algum evento dessa ordem, seria pontual e não comprometeria a segurança do fornecimento de energia aos consumidores do Estado”, explicou.

    Entenda o caso

    O Operador Nacional do Sistema (ONS) divulgou o Plano de Operação Elétrica de Médio Prazo, documento que indica investimentos necessários na Rede Básica de 11 estados brasileiros para evitar problemas no sistema devido ao aumento da carga ou da geração de energia. O relatório apresenta desafios operativos e recomendações para fortalecer o sistema elétrico diante do crescimento da geração distribuída (GD) e das fontes renováveis.

    Garcia esclareceu que houve uma distorção da informação e uma interpretação equivocada do relatório por parte de alguns veículos de mídia. “O ONS não mencionou risco de apagão nesses estados, tanto que o próprio relatório não faz essa afirmação”, ressaltou.

    O presidente do Sindenergia também apontou uma pressão para limitar a geração de energia solar no país. Ele mencionou um vídeo que viralizou recentemente sobre a restrição imposta em algumas regiões de Minas Gerais, onde consumidores não poderiam gerar energia durante o dia. “Precisamos ficar atentos a esses movimentos. O direito da população e das empresas de gerar sua própria energia precisa ser preservado”, concluiu Garcia.

  • Justiça condena empresas de energia elétrica a indenizar cliente por defeito em equipamento

    Justiça condena empresas de energia elétrica a indenizar cliente por defeito em equipamento

    A juíza do 5º Juizado Especial Cível de Cuiabá, Graciene Pauliene Mazeto Corrêa da Costa, condenou duas empresas de energia solar a indenizar um consumidor por danos materiais e morais decorrentes de defeito em um equipamento.

    Com o objetivo de reduzir os gastos com energia elétrica, o consumidor adquiriu um sistema de energia solar fotovoltaica, incluindo 22 unidades de módulos fotovoltaicos com potência de 330W e um inversor de 5 KW, fabricado por outra empresa. A instalação foi realizada em julho de 2020. No final de 2023, o inversor apresentou defeito, interrompendo a geração de energia.

    O autor alega que, ao se dirigir à sede da empresa responsável pela instalação, o gerente se comprometeu a retirar o equipamento na casa do cliente para acionar a garantia junto ao fabricante.

    Como não obteve mais resposta da empresa e, para não ficar sem energia, o consumidor adquiriu outro inversor, no valor de R$ 5.200, e pagou mais R$ 400 pela instalação.

    Após arcar com os custos do novo equipamento, o consumidor encaminhou notificação extrajudicial à empresa, que fez a instalação e à fabricante do equipamento, solicitando o ressarcimento do valor. A primeira empresa não respondeu. Já a fabricante alegou que não havia sido comunicada sobre o problema no inversor.

    Insatisfeito, o consumidor recorreu ao juizado especial para reivindicar seu direito. Ao julgar o caso, a magistrada entendeu que a responsabilidade das duas empresas é solidária e fixou os danos morais em R$ 3 mil e os danos materiais em R$ 4.024,73.

  • Famato se posiciona contra cobrança retroativa de ICMS por concessionária de energia

    Famato se posiciona contra cobrança retroativa de ICMS por concessionária de energia

    A Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato) declarou sua posição contrária à cobrança retroativa de ICMS realizada pela Energisa, referente ao período de setembro de 2017 a março de 2021. A medida impacta consumidores com Geração Distribuída de Energia, incluindo produtores que utilizam energia solar e outras fontes renováveis. O posicionamento ocorreu com a publicação de uma nota por parte da entidade.

    Segundo a Famato, essa cobrança inesperada coloca uma pressão significativa sobre produtores rurais, empresas e consumidores, afetando diretamente os custos operacionais e a previsibilidade financeira. A entidade acredita que a ação fere princípios fundamentais do direito do consumidor e do direito tributário, colocando em risco a segurança jurídica que deve reger as relações tributárias entre o Estado e os contribuintes, bem como entre as distribuidoras de energia e seus consumidores.

    Em defesa dos interesses dos produtores rurais e da sociedade mato-grossense, a Famato afirma estar adotando todas as medidas legais cabíveis para buscar uma solução rápida e justa. A federação reforça seu compromisso com a legalidade e a justiça, garantindo que não será tolerada nenhuma cobrança que exceda os limites estabelecidos por lei.

    Segundo a nota, a Famato continuará atuando para proteger os direitos dos produtores e da comunidade, com base no respeito às normas legais.

  • Futuro do país passa pela energia híbrida unindo hídrica com solar e eólica

    Futuro do país passa pela energia híbrida unindo hídrica com solar e eólica

    Em Mato Grosso, 51% da matriz energética é de fonte hídrica, sendo 31,3% de usinas hidrelétricas, 18,7% de Pequenas Centrais Hidrelétricas e 1,2% de Centrais Geradoras Hidrelétricas (CGH). No painel “Explorando o potencial híbrido: Vantagens e Oportunidades no armazenamento de energia em hidrelétricas” foi debatido as usinas híbridas que associam a energia hídrica com a solar e eólica, durante o XII Seminário de Energia, promovido pelo Sindenergia, de 21 a 22 de maio, na Fiemt.

    Energia híbrida

    “O futuro do Brasil é um Brasil híbrido. Não podemos mais continuar com a situação atual do setor de energia. O setor elétrico brasileiro precisa realmente conduzir as coisas para que não façamos o que se faz hoje: o mercado cativo paga para que os outros tenham energia e todos pagam caro. Então, aquele cativo não pode mais ficar cativo e nós precisamos ter liberdade para o consumo”, afirmou Pedro Dias, presidente do conselho da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH), um dos moderadores do painel.

    Para ele, as usinas híbridas podem auxiliar na integração da energia solar, eólica e hídrica e muitas regiões do país tem a necessidade de ter reservatórios de uso múltiplo com controle de cheias, com demanda de água necessária na escassez na seca e fazer o controle hídrico. Ele também abordou a situação do Rio Grande do Sul, afetado pelas recentes chuvas fortes.

    “Se nós tivéssemos reservatórios, tivéssemos as caixas dos rios desassoreadas e tivéssemos as barreiras de contenção funcionando, talvez não tivéssemos um dano tão grande mesmo numa década milenar que é uma chuva que a gente tem que considerar fora de qualquer proporção da normalidade”, disse Pedro Dias.

    Também moderador do painel, Luiz Santini trouxe a experiência da GPS Energia, em Mato Grosso do Sul da usina híbrida que tinha gerador hidrelétrico de 250 kW e aumentaram a capacidade de geração de energia colocando uma usina fotovoltaica de 200 kW nessa unidade consumidora.

    “Dentro do próprio medidor nós temos o gerador hidrelétrico e a unidade de geração fotovoltaica, uma usina híbrida. Durante épocas que nós enfrentamos períodos de seca, nós conseguimos cobrir essa geração com a usina fotovoltaica atendendo nossos clientes que precisam receber esses créditos de energia. Todas as pequenas centrais hidrelétricas e minicentrais hidrelétricas, as PCHs e CGHs têm a oportunidade de fazer uma usina híbrida utilizando a sua geração hidroelétrica com a geração fotovoltaica. Os nossos grandes desafios são as questões de concessionárias, de autorização para fazer esse aumento da potência de geração e a própria questão regulatória. Existe um vácuo em relação a esses projetos híbridos”.

    O diretor do Sindenergia e da CGH Energia, Carlos Coelho Garcia, destacou no painel a força do setor hidráulico de Mato Grosso, que tem um potencial de expansão muito grande. O maior número de PCHs estão dentro do Estado e há muitos empreendimentos ainda para serem implantados.

    “A energia híbrida hidrelétrica com solar tem um potencial imenso aqui do estado de Mato Grosso, pelas características que a gente tem de rios e a gente consegue agregar um valor maior ao negócio. No mesmo empreendimento, se otimiza as estruturas e reduz o custo por megawatt instalado desse empreendimento, além de agregar uma fonte mais barata a hidrelétrica”.

    Um dos sócios da GPS Energia, José Amorim, ressaltou que a visão da hibridização das usinas como forma de aumentar a densidade da oferta energética tem um sentido regional muito importante, porque cada região do país tem as suas potencialidades.

    “Assim como no Centro-Oeste e Sul nós temos a questão da hidráulica e da biomassa, já no Nordeste já entra a questão do gás natural e da insolação. Essa combinação de fontes é muito importante para a gente ter esse ganho de performance no sistema, maximizar os pontos de conexão e ter uma comercialização dessa energia adequada. Com isso, conseguir trazer a taxa de retorno necessária para os projetos tradicionais ou disruptivos juntando diferentes formas de gerar energia”.

    Energia para produção de fertilizantes

    Durante o painel, o presidente da Associação Brasileira de PCHs e CGHs (ABRAPCH), Pedro Dias, também apresentou soluções inovadoras para reduzir o custo dos fertilizantes em Mato Grosso e aumentar a segurança energética do estado.

    Ele alertou para o alto custo dos fertilizantes no Mato Grosso, que estão 53% acima da média nacional. Ele comentou sobre o uso de tecnologias chinesas e americanas para a produção de fertilizantes a partir de hidrogênio verde, amônia e energia hidráulica barata.

    Empresas chinesas e americanas querem vir para o Paraguai, onde o custo da energia hidráulica de Itaipu é mais barata para produzir amônia por meio do hidrogênio verde e vender o fertilizante para o Brasil, um dos maiores produtores mundiais de grãos.

    “Mato Grosso é o lugar que consome fertilizante. Então se você diminui o custo logístico, tem energia hidráulica compatível com o preço de mercado para produzir através do hidrogênio o fertilizante, é um mercado muito importante para o Estado. O Paraná também é um grande comprador de fertilizante e já pensa em construir unidades como essas. Contudo, se você tiver energia muito cara, esse modelo não para em pé”.

    Outro ponto que ele sugeriu foi a religação de cerca de 5 mil usinas hidrelétricas desativadas no Brasil para aliviar a pressão sobre o sistema elétrico. Segundo ele, muitas dessas usinas, construídas nas décadas de 60 e 70, foram desativadas devido ao baixo custo da energia de Itaipu.

    “Elas foram desativadas até pelo custo da conta de Itaipu, uma vez que era uma energia barata e que precisava ser vendida para inclusive pagar a conta de Itaipu no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Com isso, os nossos avós desligaram as pequenas usinas que têm em suas fazendas, em suas localidades, até usinas que abasteciam pequenas cidades, foram desligadas. Religá-las, reformá-las e reconduzi-las teria um custo muito baixo, tanto do ponto de vista econômico quanto ambiental”.

    Mais sobre energia solar em Mato Grosso

  • Mato Grosso: Sol Nascente da Energia Solar

    Mato Grosso: Sol Nascente da Energia Solar

    O Mato Grosso desponta como um novo astro no cenário da energia solar brasileira, atingindo a marca histórica de mais de 1,6 gigawatt de potência instalada na geração própria. Mais de 113 mil conexões energizam telhados e pequenos terrenos em todos os 141 municípios do estado, beneficiando mais de 129 mil consumidores.

    Com essa conquista, o Mato Grosso se consolida como a quinta maior potência em energia solar distribuída no país, um salto notável desde 2012. A geração própria de energia solar impulsiona o desenvolvimento social, econômico e ambiental do estado, gerando milhares de empregos, atraindo investimentos bilionários e fortalecendo a sustentabilidade.

    Energia limpa para um futuro verde:

    • Redução na conta de luz, proporcionando economia e autonomia para as famílias;
    • Diversificação da matriz energética, diminuindo a dependência de fontes fósseis e renováveis;
    • Preservação dos recursos hídricos, reduzindo a necessidade de usinas hidrelétricas;
    • Combate às mudanças climáticas, diminuindo a emissão de gases poluentes.

    Um novo horizonte para o Mato Grosso:

    • Geração de mais de 48 mil empregos, impulsionando a economia local;
    • Atração de mais de R$ 7,9 bilhões em investimentos, fortalecendo o desenvolvimento;
    • Arrecadação de mais de R$ 1,7 bilhão em impostos, beneficiando os cofres públicos.

    Oportunidades para o futuro:

    • Ampliação do uso da energia solar em programas sociais, como o Minha Casa Minha Vida;
    • Universalização do acesso à energia através do programa Luz para Todos;
    • Implementação em prédios públicos, como escolas, hospitais e outros, otimizando recursos;
    • Fortalecimento da competitividade dos setores produtivos do estado.

    O sol é a energia do futuro, e o Mato Grosso está na vanguarda dessa transformação.

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