Tag: Energia limpa

  • Com 22% da matriz elétrica, energia solar é a 2ª maior fonte do país

    Com 22% da matriz elétrica, energia solar é a 2ª maior fonte do país

    A geração de energia solar superou a marca de 55 gigawatts (GW) de potência instalada operacional no Brasil. Desse total, 1,6 GW foi adicionado ao sistema neste ano, segundo balanço divulgado pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).

    A maior parte da geração de energia solar, 37,6 GW, vem de potência instalada na geração própria, nos telhados ou em quintais de cinco milhões de imóveis em todo o país. O restante, cerca de 17,6 GW, vem das grandes usinas solares conectadas ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

    Segundo a Absolar, a fonte solar evitou a emissão de cerca de 66,6 milhões de toneladas de gás carbônico (CO²) na geração de eletricidade. A tecnologia representa atualmente a segunda maior fonte de energia do país, correspondendo a 22,2% de toda a capacidade instalada da matriz elétrica.

    Apenas de janeiro a março, os consumidores instalaram mais de 147 mil sistemas solares, que passaram a abastecer cerca de 228,7 mil imóveis. Desde 2012, ressalta a Absolar, o setor fotovoltaico trouxe ao Brasil mais de R$ 251,1 bilhões em novos investimentos, criou mais de 1,6 milhão de empregos verdes e contribuiu com mais de R$ 78 bilhões em arrecadação aos cofres públicos.

    Estados

    De acordo com a Absolar, a geração própria solar está presente em mais 5,5 mil municípios e em todos os estados brasileiros. As grandes usinas fotovoltaicas centralizadas também operam em todos os estados do país.

    Entre as unidades consumidoras abastecidas pela geração de energia solar própria, as residências lideram, com 69,2% do total de imóveis, seguidas pelos comércios (18,4%) e pelas propriedades rurais (9,9%). Nos estados, Minas Gerais aparece em primeiro, com mais de 900 mil imóveis com geração solar própria. Em seguida, vêm São Paulo, com 756 mil, e Rio Grande do Sul, com 468 mil.

    Desafios

    Apesar da expansão da energia solar no país, a Absolar manifesta preocupações. Conforme a entidade, o crescimento poderia ser ainda maior, não fossem os cancelamentos de projetos pelas distribuidoras e a falta de ressarcimento aos empreendedores pelos cortes de geração renovável.

    Outro problema são os entraves à conexão de pequenos sistemas de geração própria solar, sob a alegação de inversão de fluxo de potência, sem os devidos estudos técnicos que comprovem eventuais sobrecargas na rede. A Absolar pede a aprovação do projeto de lei que institui o Programa Renda Básica Energética (Rebe) e atualiza a Lei 14.300/2022, que Instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída.

    No caso das grandes usinas solares, a ausência de ressarcimento pelas regras da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para os cortes de geração traz insegurança jurídica e maior percepção de risco.

  • Alckmin: ‘Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa’

    Alckmin: ‘Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa’

    Investimentos na bioeconomia, transição energética e descarbonização. Essas são algumas das prioridades da Missão 5 da Nova Indústria Brasil (NIB), apresentada nesta quinta-feira, 12 de dezembro, pelo vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante a 4ª Reunião Plenária do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável, o Conselhão.

    Isso significa promover a indústria verde e, entre outras metas, reduzir a intensidade das emissões de gases de efeito estufa por unidade de produto. O vice-presidente reforçou que um dos objetivos para 2026 é ampliar em 27% – e em 2033 para 59% -, o uso de biocombustíveis e elétricos na matriz energética de transporte. Além disso, a NIB irá ampliar o uso tecnológico e sustentável da biodiversidade pela indústria em mais de 10%, em 2026, e 30%, em 2033.

    “O Brasil continua sendo um modelo de eficiência no uso da energia limpa e o governo seguirá trabalhando para ser referência para o mundo neste tema.Qual país do mundo tem 27% de etanol na gasolina? Ninguém tem.E nós podemos subir para 30% de etanol na gasolina e depois ampliar ainda mais”, ressaltou Alckmin. “E 85% da nossa frota é flex, pode ser gasolina ou etanol. Biodiesel, biogás, hidrogênio de baixo carbono, diesel verde. São inúmeras as oportunidades na indústria mais verde. Vamos descarbonizar.”

    NOVAS METAS – Na reunião, o vice-presidente ainda apresentou as outras novas metas da Missão 5 para 2026 e 2033. Além da promoção da indústria verde, ele anunciou as cadeias prioritárias, aprovadas pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

    Nesta fase da Nova Indústria Brasil, o CNDI definiu seis cadeias prioritárias para o desenvolvimento industrial da Missão 5: diesel verde e combustível sustentável da aviação (SAF); hidrogênio de baixa emissão de carbono; biometano; aço e cimento verde; aerogeradores; e painéis solares.

    A escolha levou em conta os objetivos específicos das missões, a existência de capacidades locais construídas, o potencial de geração de exportações de alta intensidade tecnológica, o impacto para a cadeia produtiva e para a geração de empregos qualificados.

    INVESTIMENTOS – Ao todo, foram anunciados durante o Conselhão R$ 468,38 bilhões de investimentos privados e públicos para a Missão 5 da Nova Indústria Brasil, com a proposta de otimizar a eficiência energética. Deste total, R$ 88,3 bi são recursos públicos de linhas de crédito para projetos que envolvam atividades como inovação, exportação, produtividade,sendo que R$ 74,1 bilhões já foram contratados entre 2023 e 2024. Outros R$ 14,2 bilhões estarão disponíveis para 2025 e 2026.

    O vice-presidente também informou que o setor privado irá investir R$ 380,1 bilhões em projetos até 2029 relacionados à Missão 5. A previsão é de uma injeção em diversos setores, o que gera mais empregos, além de promover uma indústria mais competitiva e sustentável.

    Durante a reunião, a Finep e o BNDES lançaram chamada pública, no valor de R$ 6 bilhões, para o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis de aviação e navegação, duas janelas de oportunidade para a indústria nacional. E o Plano Mais Produção (P+P), braço de financiamento da NIB, tem R$ 507 bilhões em linhas de crédito para financiamento das ações de desenvolvimento industrial entre 2023 e 2026.

    Na linha do Mais Inovação, a Finep irá aprovar projetos que vão impulsionar a bioeconomia, energias renováveis e saneamento, resíduos e moradia. São iniciativas realizadas por empresas em parceria com Institutos de Ciência e Tecnologia (ICTs).

    ESPAÇO DE DEBATES – A 4ª Plenária do Conselhão durou todo o dia e debateu uma série de temas. : “Queria relembrar a todos uma característica deste Conselho, que não é apenas um espaço de palavras, de diálogo, de discurso, mas de ação e de produção para o governo”, afirmou o ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência, Alexandre Padilha, na abertura do evento.

    Durante as reuniões, houve um balanço de dois anos do Conselhão, incluindo uma análise dos indicadores de redução da desigualdade, além da atuação empresarial e do reposicionamento do Brasil na agenda econômica internacional.

    No segundo bloco, foram apresentados os contratos e editais já entregues pelo Governo Federal, “como a assinatura pelo presidente Lula de um decreto que recompõe o Comitê de Transformação Digital, que foi uma demanda trazida aqui pelos grupos, um dos grupos de trabalho das Câmaras Técnicas do Conselho”, citou Padilha.

    “Também temos a honra de, aqui, comemorarmos a sanção integral do novo marco regulatório de crédito de carbono no nosso país. Foi um debate que teve um envolvimento direto dos conselheiros e conselheiras”, acrescentou.

    CONSELHÃO – Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável é um colegiado composto por representantes da sociedade civil e considerado um importante espaço de fortalecimento das instituições e da democracia brasileira, pois possibilita exercer a escuta ativa de representações da sociedade brasileira, considerando sua complexidade e heterogeneidade.

    É tido como um dos mais importantes instrumentos de participação social do país, sendo um órgão de assessoramento direto ao presidente da República para a formulação de políticas e de diretrizes voltadas ao desenvolvimento econômico, social e sustentável do país.

    “Este Conselho está aqui para incentivar e empurrar o governo para a formulação de políticas. Este governo foi eleito para enfrentar os problemas das desigualdades históricas neste país e nós estamos aqui para lembrar isso. Temos feito nosso trabalho e esperamos que o governo possa ouvir e colocar em prática as formulações que este Conselho tem apresentado”, reforçou o conselheiro Douglas Belchior, membro do Comitê Gestor do Conselhão e representante da Câmara Técnica de Combate à Desigualdade.

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  • Operação Energia Limpa detém suspeitos por furto de energia elétrica em Mato Grosso

    Operação Energia Limpa detém suspeitos por furto de energia elétrica em Mato Grosso

    Uma operação intitulada Energia Limpa, promovida pela Secretaria de Estado de Segurança Pública e a concessionária de energia elétrica no Mato Grosso, foi realizada nesta segunda-feira (02.12) em Cuiabá. Durante a ação, cinco pessoas foram conduzidas, sendo duas autuadas em flagrante por furto de energia elétrica.

    A fiscalização ocorreu em diversos bairros da capital, incluindo residências e pontos comerciais na região do bairro Osmar Cabral. A ação envolveu equipes da Polícia Civil, Polícia Militar, Politec e Energisa.

    “Essa operação é uma forma de responder à sociedade e ao nosso cliente que paga suas contas em dia, de mostrar que furto de energia é crime e que quem pratica será responsabilizado administrativamente e criminalmente”, afirmou Maria Luísa Santos, analista de Segurança e Operações Estratégicas da Energisa Mato Grosso.

    Em 2024, operações semelhantes ocorreram na região metropolitana de Cuiabá e em cidades como Rondonópolis e Sinop, resultando em diversas detenções.

    Fiscalização da Energisa em operação contra furto de energia

    No total, 52 pessoas foram conduzidas à delegacia neste ano sob acusação de furto ou fraude de energia elétrica. Em julho, uma operação conjunta em Várzea Grande identificou 650 casos de furto de energia e levou à autuação de 10 pessoas. Já em novembro, dois homens foram flagrados oferecendo serviços de ligação clandestina em Várzea Grande.

    Em Sinop, uma denúncia de desvio de energia elétrica em um estabelecimento comercial levou a uma fiscalização. A inspeção constatou sinais de adulteração no medidor de energia, incluindo lacres rompidos e fios soltos.

    “O furto de energia elétrica deve ser combatido com veemência. A conta que os criminosos não pagam, o cidadão de bem terá que pagar”, destacou Elaine Fernandes, delegada titular da Derf.

    Fonte: Secom-MT

  • Combustível do Futuro passa no Senado: ‘Vitória para o Brasil’, comemora ministro

    Combustível do Futuro passa no Senado: ‘Vitória para o Brasil’, comemora ministro

    O Senado Federal aprovou, em votação nesta quarta-feira (4/9), o texto-base do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que estabelece programas nacionais de diesel verde, combustível sustentável para aviação (SAF, na sigla em inglês) e biometano. A proposta, apresentada pelo Ministério de Minas e Energia (MME) e já aprovada pela Câmara dos Deputados, representa um avanço significativo nas políticas de incentivo ao uso de combustíveis renováveis e busca promover uma matriz energética mais sustentável no Brasil.

    O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, comemorou a aprovação do projeto, fruto do trabalho do MME. “Hoje, celebramos um passo decisivo rumo ao futuro ainda mais sustentável da matriz energética brasileira. A aprovação do Combustível do Futuro é uma demonstração clara do nosso compromisso com a inovação e a descarbonização do setor de transporte. É uma vitória para o Brasil, que se posiciona na vanguarda das soluções energéticas sustentáveis, promovendo desenvolvimento econômico e responsabilidade socioambiental para as futuras gerações”, pontuou.

    O relator do projeto no Senado Federal, senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), aprovou a proposta com a inclusão total de sete emendas, além da inclusão parcial de outras oito sugestões. Por conta disso, o texto agora retorna à Câmara dos Deputados.

    A proposta cria uma série de iniciativas de fomento à descarbonização, mobilidade sustentável e transição energética no Brasil. Dentre elas estão a implementação do Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), do Programa Nacional do Bioquerosene de Aviação (ProBioQAV) e outros incentivos para estimular o desenvolvimento de combustíveis sintéticos, etanol e biodiesel.

    Além disso, a medida estabelece novos percentuais mínimos e máximos para a mistura do etanol à gasolina C e do biodiesel ao diesel, vendidos aos consumidores em postos do país. Caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) avaliar a viabilidade das metas de aumento da mistura, podendo reduzir ou aumentar o percentual entre os limites de 13% e 25%, no caso do Biodiesel, e 22% e 35%, para a mistura de etanol à gasolina.

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  • Energia limpa 24h? Empresa promete superar painéis solares em 60x

    Energia limpa 24h? Empresa promete superar painéis solares em 60x

    Uma empresa inovadora chamada WAVJA apresentou uma tecnologia promissora que pode revolucionar a forma como geramos energia. Através de minúsculas esferas que capturam luz solar e artificial, a empresa afirma ter alcançado uma eficiência 60 vezes maior do que os painéis solares tradicionais.

    Mas o que torna essa tecnologia tão especial?

    Prepare-se para o futuro: Empresa promete superar painéis solares em 60x e fornecer energia limpa 24h

    A empresa afirma o seguinte:

    • Tamanho compacto: As esferas da WAVJA são 30 vezes menores que os painéis solares, abrindo um leque de possibilidades para instalação em diversos ambientes.
    • Eficiência imbatível: Com uma eficiência 200 vezes maior que os painéis solares, as esferas capturam mais energia com menos material.
    • Versatilidade: A tecnologia funciona com luz solar e artificial, permitindo geração de energia 24 horas por dia, 7 dias por semana, independentemente das condições climáticas.
    • Aplicações amplas: As esferas podem ser utilizadas para alimentar desde dispositivos eletrônicos até grandes caminhões e máquinas voadoras, além de terem potencial para uso em drones combate a incêndios.

    O futuro da energia limpa está aqui?

    Prepare-se para o futuro: Empresa promete superar painéis solares em 60x e fornecer energia limpa 24h

    Embora a WAVJA ainda esteja buscando parceiros para implementar sua tecnologia em larga escala, o potencial dessa inovação é imenso. Se as promessas da empresa se concretizarem, as esferas minúsculas podem se tornar uma alternativa limpa e eficiente aos painéis solares tradicionais, abrindo caminho para um futuro mais sustentável.

  • Brasil e Estados Unidos fortalecem laços para geração de energia limpa e sustentável

    Brasil e Estados Unidos fortalecem laços para geração de energia limpa e sustentável

    Dando continuidade à importante cooperação entre Brasil e Estados Unidos nos temas energéticos, representantes dos dois países realizaram nesta semana um encontro bilateral no âmbito do Fórum de Energia Brasil-EUA (USBEF, sigla em inglês). Sediada pelo Ministério de Minas e Energia (MME), em Brasília, a reunião destacou uma série de iniciativas colaborativas voltadas para a transição energética e mitigação das mudanças climáticas. O grupo foi criado para discutir questões de interesse comum em diversas áreas do setor energético dos dois países.

    Os secretários Nacionais de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, Pietro Mendes, e de Transição Energética e Planejamento, Thiago Barral, representaram o ministro Alexandre Silveira no evento. “Temos um importante relacionamento estratégico na área de energia com os Estados Unidos. Quando se trata de biocombustíveis, estamos falando dos dois maiores produtores do mundo. Estamos cientes de que será necessário um esforço conjunto para superar os desafios tecnológicos para avançarmos nos nossos compromissos para alcançar o Net Zero e como o SAF [combustível sustentável de aviação] e a captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS) podem ser cruciais nestes processos”, destacou Pietro Mendes.

    Ainda no evento, o MME ressaltou a importância da parceria para avançar em análises técnicas sobre metodologias de ciclo de vida, análises de matérias-primas e rotas tecnológicas relacionadas ao combustível sustentável de aviação (SAF em inglês) e da cooperação com os Estados Unidos, considerada estratégica na atuação multilateral.

    Durante a agenda, representantes de ambos os governos revisitaram os objetivos das linhas de trabalho conjuntas e discutiram resultados iniciais dos trabalhos propostos. Entre os principais pontos, destaca-se um estudo conjunto entre o National Renewable Energy Laboratory (NREL) dos Estados Unidos e a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) do Brasil, que avalia a produção de hidrogênio verde utilizando como matéria-prima a biomassa da cana-de-açúcar.

    “A reunião nos permitiu pactuar os próximos passos dessa estratégica colaboração, incluindo esforços junto ao setor privado, para promover investimentos em soluções para a transição energéticas, tais como o desenvolvimento de hubs de energia limpa”, pontuou o secretário Thiago Barral.

    Além disso, também foram abordados os Clean Energy Hubs, os sistemas de energia de baixo carbono na Amazônia e os compromissos de redução das emissões de metano. A ideia é que o projeto conte com abordagens governamentais e também envolva parcerias público-privadas, atraindo investimentos para o Brasil. A previsão é que ainda neste ano os resultados iniciais de várias dessas iniciativas sejam apresentados em Reunião Ministerial do USBEF, em Foz do Iguaçu (PR), reforçando o compromisso de ambos os países com a sustentabilidade e a inovação energética.

    Por: Ministério de Minas e Energia (MME)

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  • Alckmin: Brasil vai liderar a transição energética no mundo

    Alckmin: Brasil vai liderar a transição energética no mundo

    O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, participou, nesta sexta-feira (24), da inauguração da maior planta de etanol de segunda geração (E2G) do mundo, da Raízen, em Guariba (SP). A nova unidade do Parque de Bioenergia Bonfim tem capacidade de produção de 82 milhões de litros por anos e investimento de R$ 1,2 bilhão.

    “Não poderia comemorar melhor o Dia da Indústria do que inaugurando esse grande complexo industrial da Raízen”, celebrou o ministro, ao destacar que a Raízen é capaz de produzir em 30 dias o equivalente à produção anual de etanol de segunda geração no resto do mundo.

    “É o maior complexo de segunda geração de produção de etanol do mundo. E ele representa bem a chamada NIB, Nova Indústria Brasil. É inovação, sustentabilidade, competitividade e exportação”, ressaltou Alckmin. A produção de etanol está alinhada à missão 5 da NIB: bioeconomia, descarbonização e transição e segurança energéticas.

    Com estimativa de criação de 17 mil novos empregos, a nova planta de E2G é uma aposta da Raízen no biocombustível para produzir a energia do futuro de forma limpa e renovável, como uma resposta para a crescente demanda global de uma economia de baixo carbono.

    Combustível do Futuro

    Com o Projeto de Lei do Combustível do Futuro, em tramitação no Congresso Nacional, o governo busca fortalecer a indústria nacional e alcançar o mercado global de energia limpa.

    “O PL fala de SAF (Combustível Sustentável de Aviação). Para trocar o querosene de todos os aviões do mundo, o caminho é o etanol de segunda geração, porque ele terá uma pegada de carbono menor e mais competitividade. Vai ter que trocar o combustível dos navios. E o Brasil estará na liderança do combustível de navegação marítima”, avaliou o ministro, que destacou ainda o potencial do etanol para o setor automotivo. “O Brasil vai ser o grande líder nessa questão do combate às mudanças climáticas”, previu.

    O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, destacou a tecnologia brasileira capaz de transformar o bagaço da cana em etanol de segunda geração, ainda mais eficiente e mais sustentável do que o etanol que atual.

    “Nós temos uma oportunidade que eu diria que é uma oportunidade espetacular. O mundo vai ter que entender que o Brasil é o país que mais pode ofertar qualquer política de combustível renovável e de energia limpa”, disse o presidente, que ressaltou a importância de valorizar as grandes iniciativas brasileiras.

    Já o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, reforçou a importância do Brasil na transição energética global e suas potencialidades naturais.

    Etanol de Segunda Geração

    De acordo com a Raízen, o E2G tem potencial para elevar em cerca de 50% a capacidade de produção com a mesma área plantada e não compete com a produção de alimentos. Além disso, a pegada de carbono é 80% menor do que a da gasolina comum brasileira e 30% menor do que a do Etanol de Primeira Geração (E1G).

    “Esta iniciativa representa uma inovação tecnológica significativa no setor de bioenergia, sendo um exemplo da economia circular rentável, destacando-se pela redução de desperdícios e impactos ambientais, uma vez que aumentamos em 50% a produção sem precisar de um hectare a mais de cana”, comentou o CEO da Raízen, Ricardo Mussa.

    A companhia já anunciou a construção de nove plantas do etanol celulósico, todas com seus volumes comercializados em contratos de longo prazo. Outras onze plantas estão mapeadas no plano da Raízen, totalizando 20 unidades de E2G que terão capacidade de produzir 1.6 bilhão de litros por ano.

    Por: Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)

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  • Haddad vê Alemanha como parceiro promissor na transição energética

    Haddad vê Alemanha como parceiro promissor na transição energética

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta sexta-feira (5) que vê a Alemanha como um parceiro promissor do Brasil no âmbito da transição energética e do desenvolvimento sustentável, ao participar do evento Phenomenal World para a América Latina, na capital paulista.

    A questão do desenvolvimento baseado no equilíbrio ecológico tem sido apresentada pelo governo federal como uma prioridade diplomática desde o lançamento, em dezembro, do Plano de Transformação Ecológica, apresentado por Haddad na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP).

    “A Alemanha está também sofrendo a ameaça de um crescimento da extrema direita. Mas hoje é o país que, do meu ponto de vista, olha para a América do Sul, em geral, e para o Brasil, em particular, com um tipo de apetite que é benéfico para os dois lados. Enxerga o Brasil, sim, como fornecedor de energia limpa”, disse o ministro.

    “E o Brasil vai poder ser um grande fornecedor de energia limpa para o mundo, mas pode também ser um parceiro que se reindustrializa ou neoindustrializa, como queiram, a partir de premissas novas, de economia socialmente sustentável, ambientalmente sustentável e economicamente sustentável”, acrescentou.

    China e Estados Unidos

    A declaração sobre a Alemanha ocorre após o ministro dizer que o Brasil não está “no radar” dos Estados Unidos e da China “como o Brasil pretende estar”. “Quando nós observamos os discursos desses países em relação ao Brasil, é um discurso que subestima, de certa maneira, o potencial de um país como o Brasil, com as peculiaridades que o Brasil tem e com o potencial inovador que o Brasil tem demonstrado, inclusive do ponto de vista institucional”.

    O ministro ressalvou, no entanto, que não vê menosprezo de China e Estados Unidos em relação ao Brasil. “Não há em nenhum momento da conversa com o [presidente da China] Xi Jinping ou com [o presidente dos Estados Unidos], Joe Biden, com o presidente Lula, algum tipo de menosprezo pelo Brasil, [como se fosse] uma potência de segunda categoria, em nenhum momento. Mas a questão da subestimação do potencial de parceria me parece notável”, afirmou.

    Haddad lembrou ainda que o país já realizou uma série de parcerias estratégicas com a Alemanha na década de 1970 e que o país europeu tomou a recente decisão, por razões de política interna, de abrir mão da energia nuclear e passar a olhar com mais atenção para o desenvolvimento sustentável.

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Brasil assume a co-presidência de iniciativa internacional de energia limpa

    Brasil assume a co-presidência de iniciativa internacional de energia limpa

    O Brasil assumiu, nesta quarta-feira (27/09), a co-presidência do Comitê Gestor da Clean Energy Ministerial (Ministerial de Energia Limpa, em tradução livre), um dos principais fóruns internacionais de colaboração para a promoção de energias limpas do mundo. O secretário Nacional de Transição Energética e Planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, representará o país nessa instância, responsável por orientar a estratégia e implementação das iniciativas.

    A co-presidência do Comitê Gestor da Clean Energy Ministerial era, até então, ocupada pelos Estados Unidos. A partir de agora, Brasil e Índia compartilharão essa liderança. “Uma grande honra, oportunidade e responsabilidade representar o Brasil nessa iniciativa e poder contribuir para moldar e fortalecer os esforços globais na promoção da transição energética, especialmente num momento em que nosso país vem criando e implementando diversas políticas que impulsionam nosso desenvolvimento econômico e social, com sustentabilidade”, destacou o secretário Thiago Barral sobre co-presidência brasileira no colegiado.

    Em 2024, o Brasil sediará a reunião ministerial do fórum, na cidade de Foz do Iguaçu (PR), em parceria com Itaipu, juntamente com a realização da reunião ministerial de transição energética do G20. Em julho deste ano, o ministro Alexandre Silveira participou da 14ª edição anual da Ministerial da Energia Limpa e destacou a dedicação do governo brasileiro para a transição energética mundial.

    “Estamos empenhados em aproveitar os resultados e mensagens desta reunião ministerial para continuar os esforços de consolidar a CEM e MI como as principais plataformas de ação para o avanço da transição energética”, pontuou Barral.

    Brasil assume a co-presidência de iniciativa internacional de energia limpa - Foto: Divulgação/MME
    Brasil assume a co-presidência de iniciativa internacional de energia limpa – Foto: Divulgação/MME

    CEM

    A Clean Energy Ministerial (CEM) é um fórum internacional de ministros de energia criado em 2010 para a promoção de políticas públicas que estimulem a adoção de tecnologias de energia limpa, o compartilhamento de lições aprendidas e melhores práticas e o incentivo à transição para uma economia global de baixo carbono. As iniciativas do CEM são baseadas em áreas de interesse comum entre os governos participantes e outras partes interessadas. Atualmente ele conta com mais de 29 países membros, entre eles o Brasil. Os ministros reúnem-se anualmente para estabelecer os compromissos e verificar o avanço dos esforços.

    Por: Ministério de Minas e Energia (MME)
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  • Aumento do consumo de energia solar traz projeções otimistas ao setor

    Aumento do consumo de energia solar traz projeções otimistas ao setor

    O setor de energia solar tem comemorado o aumento da adesão aos sistemas de produção de energia fotovoltaica no Brasil. O país ultrapassou a marca de 19 gigawatts (GW) de potência instalada da fonte solar fotovoltaica. Desse total, 13 GW são de potência instalada em telhados, fachadas e pequenos terrenos e o restante corresponde às usinas de grande porte. É um número considerado histórico pelo setor. A título de comparação, a Usina Hidrelétrica de Itaipu gera 14 GW de potência instalada.

    O número consolida a fonte solar como a terceira maior geradora de energia no país, atrás apenas das fontes hidrelétricas e eólica. A captação de luz solar por placas fotovoltaicas e a transformação dessa luz em energia representa, hoje, 9,6% da matriz elétrica do país. De janeiro a setembro, houve aumento de 46,1%, com crescimento médio de 1 GW por mês nos últimos 120 dias.

    Os dados são da  Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Com base neles, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) estima que a capacidade instalada poderá dobrar até o início de 2023. O incentivo, em forma de desconto na tarifa, para consumidores instalarem o sistema em suas casas é uma das razões para a projeção.

    De acordo com a Lei 14.300/2022, que institui o marco legal da microgeração e minigeração distribuída, os consumidores que instalarem sistema solar em suas residências e empresas até 2023 pagarão mais barato pela tarifa até 2045. A tarifa será calculada apenas sobre a diferença positiva entre o montante consumido e a soma da energia elétrica injetada no referido mês.

    A energia gerada por luz solar é uma energia limpa, que não produz resíduo ou poluição. Segundo a Absolar, esse tipo de energia evitou a emissão de 27,8 milhões de toneladas de CO2 na geração de eletricidade. O custo de instalação, no entanto, não é baixo. Para residências, o preço médio de instalação é de R$ 25 mil; para indústrias, R$ 200 mil.

    O preço vem caindo. De acordo com a Solstar, empresa do setor, os custos caíram cerca de 44% nos últimos seis anos. Existe ainda um incentivo fiscal, a isenção de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) na venda do kit completo (inversor + módulos). A Solstar destaca ainda a abertura de linhas de crédito para compra de sistemas fotovoltaicos.

    Sustentabilidade

    Para a CNI, as empresas brasileiras têm buscado adotar a agenda sustentável, indo ao encontro do compromisso firmado pelo Brasil para redução de emissões de gases de efeito estufa (GEE) estabelecidas no Acordo de Paris. O compromisso do país é reduzir 37% até 2025 e 50% até 2030.

    “Muitas empresas têm investido em projetos de eficiência energética. Isso significa usar menos energia para obter o mesmo resultado, e esse resultado pode ser alcançado por meio de melhorias tecnológicas ou de mudanças na gestão energética das empresas”, afirmou o gerente de Meio Ambiente e Sustentabilidade da CNI, Davi Bomtempo.

    Edição: Nádia Franco