Tag: energia elétrica

  • Falhas em barragem de Mato Grosso levam à multa de R$ 4,7 milhões

    Falhas em barragem de Mato Grosso levam à multa de R$ 4,7 milhões

    A Agência Nacional de Energia Elétrica ratificou a multa de R$ 4,7 milhões aplicada à Copel Geração e Transmissão S.A. (Copel-GT) pela Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Estado de Mato Grosso (Ager-MT). A sanção decorre de irregularidades constatadas na Usina Hidrelétrica (UHE) Colíder, situada no rio Teles Pires, durante uma fiscalização realizada pela Ager-MT em 2023.

    A inspeção da Ager-MT, conduzida no âmbito de um convênio de descentralização com a Aneel, revelou uma falha crucial na implementação do Plano de Ação de Emergência (PAE) da UHE Colíder. O PAE, documento essencial para a gestão de riscos e a resposta eficiente a possíveis incidentes, não estava devidamente implantado externamente, contrariando as diretrizes estabelecidas pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB).

    A Ager-MT formalizou a aplicação da multa em abril de 2024, e a decisão foi posteriormente confirmada pela diretoria colegiada da agência reguladora estadual em setembro do mesmo ano. A Copel-GT buscou reverter a penalidade por meio de recurso administrativo, o qual foi analisado e negado pela diretoria colegiada da Aneel, mantendo assim a sanção imposta pela agência mato-grossense.

    O superintendente regulador de Energia da Ager-MT, Thiago Bernardes, enfatizou a importância da segurança de barragens, especialmente em um estado como Mato Grosso, que abriga um significativo número de usinas hidrelétricas. Segundo ele, a substituição da multa por um Plano de Resultados não seria uma alternativa apropriada diante da gravidade da falha identificada na UHE Colíder.

    Bernardes ressaltou o compromisso da Ager-MT em garantir a conformidade de todo o parque de geração hidrelétrica de Mato Grosso com as obrigações da PNSB, visando a segurança de toda a sociedade. Ele destacou que a agência estadual monitora e fiscaliza as 141 usinas hidrelétricas em operação no estado, abrangendo diferentes portes, para assegurar o cumprimento das normas de segurança.

    A decisão da Aneel em manter a multa aplicada pela Ager-MT reforça a importância da fiscalização e da aplicação rigorosa das normas de segurança em barragens, especialmente em um contexto onde a segurança hídrica e energética são cruciais para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso. A medida serve como um alerta para outras empresas do setor sobre a necessidade de priorizar a implementação e a manutenção de planos de emergência eficazes.

  • Haddad descarta ampliação da isenção na conta de luz

    Haddad descarta ampliação da isenção na conta de luz

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o ministério ainda não tem estudos para ampliar a isenção na conta de luz para 60 milhões de brasileiros. Em evento no Rio de Janeiro, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, mencionou que a pasta trabalha em um projeto de lei para isentar a população que consome até 80 quilowatts-hora (kWh) por mês.

    “Na Fazenda, aqui, com certeza não têm [estudos sobre o tema], mas o Rui [Costa] me confirmou que não está tramitando nenhum projeto na Casa Civil nesse sentido, o que não impede, evidentemente, o ministério de estudar o que quer que seja. Mas, nesse momento, não há nada tramitando. Eu desconheço o assunto, e pelo que eu entendi da conversa com o ministro Rui Costa, não há nada que tenha chegado lá”, afirmou Haddad.

    Atualmente, cerca de 40 milhões de brasileiros de menor renda têm desconto na conta de luz. Caso o aumento da isenção na conta de luz se concretize, o total de beneficiados pela tarifa social subiria 50%, incluindo os descontos parciais.

    Hoje, a isenção completa do pagamento em caso de consumo de até 50 kWh vale para indígenas e quilombolas. Os idosos com Benefício de Prestação Continuada (BPC) e as famílias do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) têm direito a descontos escalonados de até 65%, caso o consumo seja inferior a 220kWh.

    Em evento no Rio de Janeiro no fim da manhã, Alexandre Silveira anunciou a intenção de ampliar a isenção na conta de luz como parte do projeto de lei da reforma do setor elétrico. Ele não explicou sobre o que será feito em relação aos descontos escalonados que hoje são aplicados para consumos até 220 kWh. Segundo ele, a ideia é subsidiar a política através da correção de “distorções internas do setor”.

    *Colaborou Vitor Abdala, do Rio de Janeiro

  • Contas de luz em Mato Grosso: Reajuste variável, com aumento mínimo para residências

    Contas de luz em Mato Grosso: Reajuste variável, com aumento mínimo para residências

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou um ajuste nas tarifas de energia em Mato Grosso, que entrará em vigor a partir de 8 de abril. A mudança, que busca equilibrar os custos da distribuição com os preços para o consumidor, traz cenários distintos para diferentes grupos.

    A grande maioria dos consumidores, enquadrados na baixa tensão, verá um aumento mínimo em suas contas, na casa de 0,34%. Para os clientes residenciais, o impacto será ainda menor, com um acréscimo de apenas 0,23%.

    No entanto, para as indústrias e grandes consumidores, classificados no grupo de média e alta tensão, o reajuste será mais significativo, alcançando uma média de 5,42%.

    Esse ajuste tarifário ocorre em um momento em que Mato Grosso se destaca no cenário nacional pelos altos investimentos em infraestrutura energética. A Energisa, concessionária responsável pela distribuição no estado, está aplicando R$ 1,6 bilhão em 2025, com foco na expansão e modernização das redes, especialmente nas áreas rurais. Esse investimento coloca Mato Grosso como o estado com o maior investimento per capita em distribuição de energia do país neste ano.

    Apesar do reajuste para alguns grupos, a Aneel destaca que, de forma geral, as tarifas de energia em Mato Grosso têm se mantido abaixo da inflação, medida pelos principais índices econômicos. Essa informação é importante para o consumidor, porque mostra que os preços de energia não tem acompanhado o aumento de outros produtos e serviços.

  • Vale a pena investir em energia solar? Descubra os benefícios, custos e retorno

    Vale a pena investir em energia solar? Descubra os benefícios, custos e retorno

    Com a alta nas tarifas de energia elétrica, investir em energia solar residencial tem se tornado uma alternativa atrativa para reduzir os gastos e contribuir para um futuro sustentável.

    Mas será que essa opção vale realmente a pena? Neste artigo, você vai descobrir como funciona a energia fotovoltaica, os custos envolvidos e os benefícios para seu bolso e o meio ambiente.

    O sistema de energia solar residencial opera por meio de painéis fotovoltaicos, que captam a luz do sol e a convertem em eletricidade. Essa energia pode ser usada diretamente no imóvel ou enviada para a rede elétrica, gerando créditos na conta de luz.

    Os principais tipos de sistemas são:

    • On-grid: conectado à rede elétrica, reduzindo a fatura de energia.

    • Off-grid: funciona com baterias, ideal para locais sem acesso à rede elétrica.

    Quais são os benefícios da energia solar?

    Fontes renováveis
    Quais são os benefícios da energia solar? © Soninha Vill/GIZ

    Redução na Conta de Luz – A economia pode chegar a 95% na fatura de energia.
    Valorização do Imóvel – Casas com energia solar são mais atrativas no mercado.
    Sustentabilidade – Energia limpa e renovável, reduzindo a pegada ecológica.
    Baixa Manutenção – Os painéis solares têm vida útil superior a 25 anos e exigem pouca manutenção.

    Quanto custa instalar energia solar?

    Energia solar
    Quanto custa instalar energia solar? – Fonte/Canva

    O custo inicial varia conforme o tamanho do sistema e a necessidade do imóvel. Em média, um sistema fotovoltaico residencial custa entre R$ 15 mil e R$ 30 mil, podendo ser financiado.

    Os fatores que influenciam no preço incluem:
    ✅ Número de painéis solares
    ✅ Capacidade do inversor
    ✅ Localização e incidência solar
    ✅ Mão de obra especializada para instalação

    Em quanto tempo o investimento se paga?

    Técnicas de ouro para fazer um forno solar caseiro em casa; confira o passo a passo - Fonte/Canva
    Em quanto tempo o investimento se paga? – Fonte/Canva

    O retorno do investimento (payback) ocorre entre 4 e 7 anos, dependendo do consumo de energia e do sistema instalado. Após esse período, o proprietário pode desfrutar de energia gratuita por décadas.

    Vale a pena investir em energia solar?

    Prefeito de Reserva do Cabaçal, Mato Grosso, protesta contra falta de energia e cobra explicações da Energisa
    Vale a pena investir em energia solar? FOTO:PIXABAY

    Sim! Se você busca economia na conta de luz, autonomia energética e um investimento sustentável, a energia solar é uma excelente opção. Com incentivos e linhas de financiamento disponíveis, ficou mais fácil tornar sua casa mais eficiente e econômica.

    Com um planejamento adequado, investir em energia solar residencial pode trazer economia significativa e aumentar o valor do seu imóvel. Pesquise empresas especializadas e verifique opções de financiamento para viabilizar essa solução sustentável.

    Gostou do conteúdo? Compartilhe e continue acompanhando nossas dicas sobre energia renovável e economia doméstica! ☀

  • Evite o desperdício: 10 maneiras simples de economizar na conta de luz em casa

    Evite o desperdício: 10 maneiras simples de economizar na conta de luz em casa

    Com o aumento constante, muitas famílias buscam maneiras de economizar na conta de luz sem abrir mão do conforto.

    Economizar na energia não significa abrir mão do conforto, mas sim adotar hábitos inteligentes para reduzir o consumo sem desperdícios.

    Com pequenas mudanças no dia a dia, é possível diminuir significativamente o valor e aliviar o orçamento doméstico.

    Isso pode ser interessante: Planejamento Financeiro para Famílias de Baixa Renda: Como Organizar seu Dinheiro e Sair do Aperto

    Pequenas mudanças nos hábitos do dia a dia podem gerar uma grande diferença no final do mês.

    Dicas práticas para economizar na conta de luz e aliviar o orçamento

    Apagão
    Dicas práticas para economizar na conta de luz e aliviar o orçamento 

    1. Use a luz natural ao máximo

    Aproveitar a iluminação natural é uma das formas mais simples de economizar energia. Durante o dia, mantenha as janelas e cortinas abertas para reduzir a necessidade de lâmpadas acesas.

    Dica: Pinte as paredes com cores claras, pois refletem melhor a luz natural e deixam o ambiente mais iluminado.

    2. Substitua lâmpadas comuns por LED

    As lâmpadas de LED consomem até 80% menos energia do que as incandescentes e duram muito mais tempo. Apesar de um custo inicial maior, o investimento compensa na economia ao longo dos meses.

    Dica: Prefira lâmpadas com selo do Inmetro e classificação A no selo Procel de eficiência energética.

    3. Tire aparelhos da tomada quando não estiverem em uso

    Muitos aparelhos continuam consumindo energia mesmo desligados. Esse gasto invisível, chamado stand-by, pode representar até 12% do consumo mensal.

    Dica: Utilize filtros de linha com botão liga/desliga para desconectar vários aparelhos de uma vez.

    4. Evite abrir a geladeira com frequência

    A geladeira é um dos eletrodomésticos que mais consome energia. Para evitar desperdício, mantenha a borracha de vedação em bom estado e evite abrir a porta várias vezes seguidas.

    Dica: Organize os alimentos de forma que sejam fáceis de encontrar e regule a temperatura conforme a recomendação do fabricante.

    5. Use o chuveiro elétrico de forma inteligente

    O chuveiro elétrico pode representar até 30% da conta de luz. No inverno, evite deixar a água muito quente e reduza o tempo do banho para economizar.

    Dica: Sempre que possível, utilize a posição “verão”, pois consome menos energia.

    6. Desligue luzes e aparelhos ao sair do cômodo

    Parece óbvio, mas muitas pessoas esquecem luzes acesas e aparelhos ligados sem necessidade. Criar o hábito de desligá-los pode reduzir o consumo de energia significativamente.

    Dica: Sensores de presença ou temporizadores podem ser úteis para evitar desperdícios em áreas externas e corredores.

    7. Evite o uso do ferro de passar e máquina de lavar com frequência

    Esses eletrodomésticos consomem bastante energia. Para economizar, acumule roupas antes de lavar e passar, evitando ligá-los várias vezes na semana.

    Dica: Passe todas as roupas de uma vez e aproveite o calor do ferro para peças mais leves primeiro.

    8. Escolha eletrodomésticos econômicos

    Na hora de comprar um novo eletrodoméstico, verifique o Selo Procel de Economia de Energia. Equipamentos com classificação A consomem menos eletricidade e ajudam a reduzir a conta no longo prazo.

    Dica: Geladeiras, freezers e ar-condicionado devem ter manutenção regular para garantir a eficiência energética.

    9. Utilize ventiladores e ar-condicionado de forma eficiente

    O ar-condicionado pode ser um dos vilões da conta de luz. Para economizar, mantenha portas e janelas fechadas ao usá-lo e limpe os filtros regularmente. Se possível, substitua por ventiladores, que consomem bem menos energia.

    Dica: Modelos de ar-condicionado inverter gastam menos energia do que os tradicionais.

    10. Aproveite horários de tarifa reduzida (se disponível)

    Em algumas regiões, concessionárias oferecem tarifas diferenciadas para horários específicos. Se sua casa tem essa opção, aproveite para ligar eletrodomésticos de alto consumo nesses períodos.

    Dica: Consulte sua fornecedora de energia para saber se há planos de tarifa branca ou diferenciada na sua cidade.

    Gostou das dicas? Compartilhe com quem também quer economizar na conta de luz!

  • Enel faz mutirão para cliente renegociar débitos

    Enel faz mutirão para cliente renegociar débitos

    A Enel SP lançou nesta segunda-feira (17) um plano para renegociação de dívidas. A iniciativa vale até 31 de março. As condições de pagamento variam conforme o caso dos clientes, mas débitos vencidos há mais de 60 dias são possíveis de parcelamento em até sete vezes e entrada a partir de 10%.

    Para renegociar o débito, a fatura da conta precisa ter, no mínimo, 60 dias de atraso. O interessado na negociação precisa apresentar seus documentos (RG ou CNH). A negociação do débito pode ser feita de modo online, pelo site da Enel LINK 1 e  também pelo aplicativo da companhia, pelo WhatsApp (21 99601-9608) ou pela central de relacionamento 0800-72 72 120.

    As famílias inscritas no Cadastro Único dos Benefícios Sociais (CadÚnico) e na tarifa social de energia elétrica poderão parcelar suas dívidas com a empresa em até 36 vezes, sem juros. Débitos vencidos há 180 dias que forem quitados à vista terão desconto de 10% no total.

    A Enel informa que as negociações acontecem conforme a situação de cada devedor, mas há incidência de encargos e juros de parcelamento. Os valores negociados vão ser incorporados às contas mensais dos clientes.

    Desta segunda-feira até 23 de março, o interessado em negociar as dívidas com a Enel poderá tratar de seu caso pessoalmente, na tenda de atendimento no Vale do Anhangabaú, no centro de São Paulo. A iniciativa faz parte do Feirão Limpa Nome da Serasa.

  • Tarifa Social de Energia: Quem Tem Direito ao Desconto na Conta de Luz?

    Tarifa Social de Energia: Quem Tem Direito ao Desconto na Conta de Luz?

    Já ouviu falar sobre a Tarifa Social de Energia? A conta de energia elétrica pode ser um peso no orçamento das famílias de baixa renda.

    Para aliviar esse impacto, o governo federal criou a TSEE, um programa que concede descontos de até 65% na fatura de luz para famílias em situação de vulnerabilidade.

    Neste artigo, explicamos como funciona a Tarifa Social de Energia, quem pode receber o benefício e como solicitá-lo.

    O que é a Tarifa Social de Energia Elétrica?

    Foto de moeda, foto de lâmpada
    O que é a Tarifa Social de Energia Elétrica? Foto: Canva

    A Tarifa Social é um programa governamental que reduz o valor da conta de energia elétrica para famílias de baixa renda, garantindo que o gasto com eletricidade não comprometa excessivamente o orçamento doméstico. O desconto varia de acordo com o consumo mensal:

    • Até 30 kWh: 65% de desconto;
    • De 31 kWh a 100 kWh: 40% de desconto;
    • De 101 kWh a 220 kWh: 10% de desconto;
    • Acima de 220 kWh: o excedente não recebe desconto.

    Quem tem direito ao desconto na conta de energia?

    energia elétrica
    Quem tem direito ao desconto na conta de energia? Foto: Canva

    Para ser beneficiado pela Tarifa Social de Energia, é necessário atender a pelo menos um dos seguintes critérios:

    • Famílias inscritas no CadÚnico: Quem está no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal pode ter direito ao benefício.
    • Beneficiários do Bolsa Família: O desconto é concedido automaticamente para quem recebe esse programa social.
    • Quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC): Desde 2021, quem tem direito ao BPC recebe a Tarifa Social sem necessidade de cadastro adicional.
    • Renda familiar per capita de até meio salário mínimo: Para 2025, esse valor é de R$ 759 por pessoa.
    • Famílias com doentes graves que precisam de aparelhos que consomem muita energia também podem ter direito ao benefício.

    Como solicitar a Tarifa Social de Energia?

    Conta de energia elétrica Por: Marcello Casal JrAgência Brasil
    Como solicitar a Tarifa Social de Energia? Por: Marcello Casal JrAgência Brasil

    A inscrição na Tarifa Social pode ser feita junto à distribuidora de energia da sua região. O procedimento é simples e pode ser realizado de três formas:

    1. Via Cadastro Único: Quem já está cadastrado terá os dados verificados automaticamente.
    2. Para beneficiários do Bolsa Família: O desconto é concedido sem necessidade de inscrição adicional.
    3. Para quem recebe o BPC: A inclusão também ocorre automaticamente.

    Se sua família atende aos critérios, mas ainda não está no CadÚnico, é necessário se cadastrar para obter o benefício.

    Quando o desconto passa a valer?

    Conta de energia elétrica Por: Marcello Casal JrAgência Brasil
    Quando o desconto passa a valer? Por: Marcello Casal JrAgência Brasil

    Após a aprovação do pedido, o desconto é aplicado na próxima fatura de energia. Como o governo cruza automaticamente os dados com as distribuidoras, o processo de concessão do benefício se torna mais rápido.

    A Tarifa Social de Energia Elétrica é um direito de milhares de brasileiros que enfrentam dificuldades financeiras. Com descontos de até 65% na conta de luz, esse programa contribui para aliviar o orçamento das famílias de baixa renda.

    Isso também pode te interessar: Por que o café está caro?

    Se você se enquadra nos requisitos, não perca tempo! Verifique sua inscrição no CadÚnico e procure a distribuidora de energia para garantir seu desconto.

  • Pressionada pela energia elétrica, inflação de fevereiro fica em 1,31%

    Pressionada pela energia elétrica, inflação de fevereiro fica em 1,31%

    Sem o desconto na conta de luz que ajudou a segurar a inflação em janeiro, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial, fechou fevereiro em 1,31%. É o maior resultado desde março de 2022, quando tinha marcado 1,62%, e o mais alto para um mês de fevereiro desde 2003 (1,57%).

    Os dados divulgados nesta quarta-feira (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que no acumulado de 12 meses, o IPCA soma 5,06%, o patamar mais alto desde setembro de 2023 (5,19%) e fica acima da meta do governo – de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos, ou seja, um intervalo de 1,5% a 4,5%.

    Desde o início de 2025, o período de avaliação da meta é referente aos 12 meses imediatamente passados e não apenas o alcançado no fim do ano (dezembro). A meta só é considerada descumprida se estourar o intervalo de tolerância por seis meses seguidos.

    Em janeiro, o acumulado de 12 meses ficou em 4,56%, ou seja, neste novo modelo de acompanhamento de meta, fevereiro é o segundo mês fora da tolerância.

    Conta de luz

    A alta da energia elétrica, de 16,8%, foi o que mais pressionou a inflação. Essa variação representa impacto de 0,56 ponto percentual no índice. A explicação está no efeito estatístico causado pelo fim do Bônus Itaipu – desconto que os brasileiros receberam na conta de luz em janeiro e fez com que a inflação daquele mês ficasse em 0,16%.

    Sem o desconto em fevereiro, o preço da energia dá um salto no mês seguinte. Isso fez com que o item habitação passasse de -3,08% em janeiro para 4,44% em fevereiro, exercendo o maior impacto (0,65 ponto percentual) inflacionário do mês.

    “O subitem energia elétrica residencial passou de uma queda de 14,21% em janeiro para uma alta de 16,80% em fevereiro”, explica o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves.

    De acordo com Gonçalves, se o impacto da energia elétrica fosse retirado do cálculo, a inflação teria sido de 0,78%, o maior desde fevereiro de 2024 (0,83%).

    Mensalidades escolares

    O segundo grande peso de alta de preços em fevereiro foi a educação, que subiu 4,7%, representando impacto de 0,28%. A explicação está nos tradicionais reajustes de mensalidades escolares, com destaque para o ensino fundamental (7,51%), ensino médio (7,27%) e pré-escola (7,02%).

    Alimentos sobem menos

    Uma das grandes preocupações atuais do governo, o preço dos alimentos desacelerou em fevereiro, ou seja, continuaram subindo, no entanto em menor velocidade.

    A alta ficou em 0,70% (impacto de 0,15 ponto percentual), ante 0,96% de janeiro (0,96%).

    Os maiores impactos no grupo alimentos e bebidas foram o café moído, que subiu 10,77% (impacto de 0,06%) e o ovo de galinha, com alta de 15,39% e impacto de 0,04 ponto percentual.

    “O café, com problemas na safra, está em trajetória de alta desde janeiro de 2024. Já o aumento do ovo se justifica pela alta na exportação, após problemas relacionados à gripe aviária nos Estados Unidos e também pela maior demanda devido à volta às aulas. Além disso, o calor prejudica a produção, reduzindo a oferta”, diz o gerente do IPCA.

    Em 12 meses, o café subiu 66,18%.

    Cerca de 92% do resultado do IPCA de fevereiro estão concentrados em quatro dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados: habitação, educação, alimentação e bebidas e transportes.

    Transportes

    O grupo transportes subiu 0,61% (impacto de 0,13 ponto percentual), abaixo do registrado em janeiro (1,30%). O reajuste no Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo estadual, influenciou o aumento de 2,89% nos combustíveis.

    A gasolina ficou 2,78% mais cara e representou a segunda maior pressão em todos os produtos e serviços pesquisados pelo IBGE – impacto de 0,14 ponto percentual. O óleo diesel subiu 4,35%, e o etanol, 3,62%. O impacto da gasolina é maior que o dos demais combustíveis pois é um produto que tem mais peso na cesta de consumo das famílias.

    Espalhamento

    O índice de difusão do IPCA de fevereiro ficou em 61%. Isso significa que dos 377 subitens (produtos e serviços) pesquisados pelo IBGE, 61% apresentaram elevação de preço. Em dezembro, o patamar era de 69%; em janeiro, 65%.

    Se forem considerados apenas os produtos alimentícios, o índice de difusão de fevereiro cai para 55%.

    Resultado dos grupos

    Educação: 4,70% (0,28 ponto percentual)

    Habitação: 4,44% (0,65 p.p.)

    Alimentação e bebidas: 0,70% (0,15 p.p.)

    Transportes: 0,61% (0,13 p.p.)

    Saúde e cuidados pessoais: 0,49% (0,07 p.p.)

    Artigos de residência: 0,44% (0,01 p.p.)

    Comunicação: 0,17% (0,01 p.p.)

    Despesas pessoais: 0,13% (0,01 p.p.)

    Vestuário: 0% (0 p.p.)

    Principais impactos positivos de fevereiro

    Energia elétrica residencial: 16,80% (0,56 p.p.)

    Gasolina: 2,78% (0,14 p.p.)

    Ensino fundamental: 7,51% (0,12 p.p.)

    Ensino superior: 4,11% (0,07 p.p.)

    Café moído: 10,77% (0,06 p.p.)

    Aluguel residencial: 1,36% (0,05 p.p.)

    Ovo de galinha: 15,39% (0,04 p.p.)

    Ônibus urbano: 3,00% (0,03 p.p.)

    Condomínio: 1,33% (0,03 p.p.)

    Ensino médio: 7,27% (0,03 p.p.)

    Etanol: 3,62% (0,02 p.p.)

    Plano de saúde: 0,57% (0,02 p.p.)

    Pré-escola: 7,02% (0,02 p.p.)

    Principais impactos negativos de fevereiro

    Passagem aérea: -20,46% (-0,16 p.p.)

    Cinema, teatro e concertos: -6,96% (-0,03 p.p.)

    Arroz: -1,61% (-0,01 p.p.)

    Leite longa vida: -1,04% (-0,01 p.p.)

    Batata-inglesa: -4,10% (-0,01 p.p.)

    Banana-d’água: -5,07% (-0,01 p.p.)

    Laranja-pera: -3,49% (-0,01 p.p.)

    Óleo de soja: -1,98% (-0,01 p.p.)

    O IPCA apura o custo de vida para famílias com rendimentos entre um e 40 salários mínimos. A coleta de preços é feita em dez regiões metropolitanas – Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre – além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.

     

  • Conta de energia elétrica permanecerá sem cobrança extra em março

    Conta de energia elétrica permanecerá sem cobrança extra em março

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu manter a bandeira tarifária verde em março, o que significa que não haverá cobrança adicional nas contas de energia. Segundo a agência, a medida reflete as condições favoráveis de geração de energia no país.

    A bandeira tarifária permanece verde desde dezembro de 2024.

    “Com o período chuvoso, os níveis dos reservatórios melhoraram, assim como as condições de geração das usinas hidrelétricas. Dessa forma, o acionamento de usinas termelétricas, que possuem energia mais cara, torna-se menos necessário”, explica a Aneel.

    Bandeiras tarifárias

    Criado em 2015 pela Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias reflete os custos variáveis da geração de energia elétrica. Divididas em níveis, as bandeiras indicam quanto está custando para o Sistema Interligado Nacional gerar a energia usada nas casas, em estabelecimentos comerciais e nas indústrias.

    Quando a conta de luz é calculada pela bandeira verde, não há nenhum acréscimo. Quando são aplicadas as bandeiras vermelha ou amarela, a conta sofre acréscimos a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

  • Enel poderá ter contrato renovado por 30 anos após decisão da Aneel

    Enel poderá ter contrato renovado por 30 anos após decisão da Aneel

    A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou em reunião da diretoria a prorrogação de contratos a vencer entre 2025 e 2031 de 19 concessionárias de distribuição. A renovação será por 30 anos e inclui o contrato da distribuidora Enel, de São Paulo.

    A aprovação já era discutida no setor e pela agência durante os últimos anos, mas se tornou polêmica após os apagões causados pela chuva e por furtos de fios em São Paulo, área concessionada para a italiana Enel. A possibilidade é alvo de críticas desde um apagão de cerca de uma semana que atingiu a região metropolitana em novembro de 2023.

    Desde então Estado, município, poder legislativo, Procon, além de órgãos federais como a Advocacia-Geral da União e a própria Aneel fizeram cobranças públicas à concessionária e por vezes a acionaram judicialmente, inclusive pedindo o pagamento de multas. A empresa afirma ter alterado protocolos internos e reformulado equipes para diminuir o tempo de resposta e evitar a repetição de problemas.

    Nas tempestades da atual temporada, também são constatadas interrupções em pontos variados. Nesta quarta-feira (26), por exemplo, após um temporal breve na região concessionada, a Enel informa que há quase 56 mil clientes sem energia.

    Também durante esta semana houve registro de áreas comerciais no centro, na região da rua 25 de Março, com problemas de abastecimento, sem causa esclarecida, afetando o comércio e inclusive a segurança na região.

    Decisão

    Na Reunião Pública Ordinária desta terça-feira (25), a Aneel aprovou a assinatura de termos aditivos aos contratos, o que formaliza as prorrogações por 30 anos . A medida também tem o objetivo de modernizar cláusulas referentes à satisfação do consumidor e à qualidade do serviço prestado, e prevê ações para o aumento da resiliência das redes de distribuição frente a eventos climáticos.

    “Com os novos contratos, além de se exigir os níveis globais de continuidade de cada concessão (duração e frequência de interrupções), a Aneel passará a exigir percentual mínimo de conjuntos elétricos dentro dos limites definidos pela agência, o que levará à melhora da qualidade, sobretudo em áreas rurais e de menor adensamento urbano, nas quais, atualmente, as distribuidoras têm registrado piores indicadores de continuidade”, informa a agência.

    Para a renovação automática haverá, ainda, a imposição de renúncia de ações judiciais pelas concessionárias em relação aos contratos e há recomendação de exigência de pagamento de multas suspensas, que hoje somam R$ 943 milhões, somadas as multas contestadas pelas 19 empresas.

    Prefeitura

    A Prefeitura de São Paulo diz ser contrária à medida, afirmando que acompanhará de perto todo esse processo de avaliação do pedido da empresa junto à Aneel e que “repudia e se manifesta contrária a qualquer possibilidade de renovação do contrato de energia entre o Governo Federal e a concessionária”.

    A gestão de Ricardo Nunes alega que “a Enel trata com descaso e desrespeito os paulistanos de todas as regiões da cidade” e informa que a Procuradoria-Geral do Município estuda medidas judiciais contra a União e a Aneel.

    A gestão atual da prefeitura pede, entre outras medidas, autonomia para fiscalizar a Enel e participação nas escolhas de novos contratos.

    São Paulo (SP), 13/10/2024 -.Avenida Padre Arlindo Vieira no bairro do Jabaquara sem energia elétrica desde sexta-feira devido as chuvas,.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

    São Paulo (SP), 13/10/2024 -.Avenida Padre Arlindo Vieira no bairro do Jabaquara sem energia elétrica desde sexta-feira devido as chuvas,.Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil – Paulo Pinto/Agência Brasil

    Processo de renovação

    O processo, que já passou por quarenta dias de consultas públicas, recebendo mais de mil contribuições, tem ainda prazos de avaliação e manifestação dos diferentes participantes. Após a publicação da Minuta dos Termos Aditivos, as distribuidoras terão 30 dias para pedir a antecipação das renovações.

    Em seguida, a Aneel tem 60 dias para encaminhar recomendação ao Ministério das Minas e Energia (MME) com a avaliação quanto ao cumprimento dos indicadores técnicos e econômico-financeiros pelas empresas, e a pasta terá outros 30 dias para se manifestar e convocar as empresas, que terão outros 60 dias para assinar os aditivos aos novos contratos de concessão.