Tag: Enchentes

  • Mais de 1.500 pares de tênis apreendidos em ações contra a pirataria serão doados às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

    Mais de 1.500 pares de tênis apreendidos em ações contra a pirataria serão doados às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

    Em uma ação solidária para ajudar as vítimas das fortes chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, a Polícia Civil de Mato Grosso doará mais de 1.500 pares de tênis apreendidos em operações de combate à pirataria.

    Os calçados, em sua maioria réplicas de marcas famosas, estavam em ótimo estado de conservação e foram apreendidos pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon) em investigações de crime contra a propriedade de marca.

    Doação beneficia vítimas e abre espaço para novas operações

    A doação dos tênis, além de auxiliar as famílias atingidas pelas enchentes, também possibilitará que a Decon realize novas operações de combate à falsificação de produtos.

    Os calçados se juntam aos alimentos, água potável, roupas e outras doações que estão sendo arrecadadas em todo o Estado de Mato Grosso pela “Campanha Solidária ao Rio Grande do Sul” da Polícia Civil.

    Como contribuir

    Quem quiser contribuir com donativos não perecíveis, como água potável, leite em pó, barra de cereal, bolachas, entre outros itens, pode entregá-los em qualquer uma das Delegacias de Polícia Civil do Estado de Mato Grosso até o dia 15 de maio.

  • Galo faz treino aberto e arrecada quase R$ 700 mil para ajudar o RS

    Galo faz treino aberto e arrecada quase R$ 700 mil para ajudar o RS

    A princípio, este sábado (11) deveria ser de jogo na Arena MRV, em Belo Horizonte, com o duelo entre Atlético-MG e Grêmio pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Com o adiamento da partida devido às enchentes que assolam o Rio Grande do Sul nas últimas duas semanas, o clube mineiro resolveu convocar a torcida para um treino aberto neste sábado (11) com a intenção de arrecadar doações para ajudar o estado a se recuperar da tragédia. Deu certo: a atividade recebeu mais de 36 mil torcedores e, com os ingressos vendidos, o Galo conseguiu juntar R$ 666.090,00. O dinheiro será enviado para a ajuda à população gaúcha, juntamente com alimentos não perecíveis e água, também arrecadados na manhã deste sábado (11).

    Ao fim do treino comandado pelo técnico argentino Gabriel Milito, o atacante Hulk, principal estrela do time, revelou que sua esposa, Camila Ângelo, fez uma doação de R$100 mil ao Instituto Galo, valor que também será repassado ao estado do Rio Grande do Sul e às pessoas afetadas pela enchente.

    A iniciativa do Atlético vem na esteira de uma série de atitudes das equipes da Série A do Campeonato Brasileiro. Todas elas vêm ajudando de alguma forma a debelar os efeitos das chuvas. Algumas abriram as portas de seus estádios para arrecadar doações. Outras divulgam chaves PIX para enviar auxílio financeiro ao estado e às vítimas. Destinar a renda de leilões ou de jogos foi outra iniciativa adotada por alguns clubes.

    Os três clubes gaúchos que disputam a Série A – Grêmio, Internacional e Juventude – têm servido de base para arrecadação de alimentos e outros itens. Além disso, vários atletas destas equipes têm ajudado pessoalmente nos resgates à população afetada pelas chuvas.

    Fora do futebol, os surfistas de ondas gigantes Pedro Scooby e Lucas Chumbo passaram uma semana no Rio Grande do Sul colaborando com os esforços para salvar pessoas e animais em situação delicada. Além deles, nesta semanas os remadores gaúchos Evaldo Mathias Becker e Pedro Tuchtenhangen, entre outros, desistiram de participar do Pré-Olímpico da modalidade para poder ajudar presencialmente nos esforços.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

    — news —

  • Saúde vai antecipar repasse para piso da enfermagem a cidades gaúchas

    Saúde vai antecipar repasse para piso da enfermagem a cidades gaúchas

    O estado do Rio Grande do Sul e 418 municípios receberão de forma antecipada R$ 30 milhões para que possam pagar o piso salarial dos profissionais da enfermagem. O adiantamento dos recursos está previsto na Portaria nº 3.793/2024, publicada pelo Ministério da Saúde em edição extra do Diário Oficial da União desta sexta-feira (10).

    Segundo o governo federal, a antecipação representa um adiantamento de cerca de 15 dias em relação ao previsto, e o empenho e o repasse do Fundo Nacional de Saúde (FNS) devem ocorrer até sexta-feira (17).

    Os recursos já estavam previstos em parcelas mensais da Assistência Financeira Complementar (AFC), criada para que estados, municípios e Distrito Federal, bem como entidades filantrópicas, e prestadores de serviços contratualizados que atendam, no mínimo, 60% de pacientes pelo Sistema Único de Saúde (SUS) cumpram o Piso Nacional da Enfermagem.

    “Os municípios gaúchos que não foram contemplados nesta portaria terão a oportunidade de inserir seus dados no InvestSUS até o dia 21 de maio, a fim de serem incluídos no repasse, habitualmente realizado até o último dia útil do mês de referência. Esta possibilidade estende-se a todos os entes federativos do país, desde que estejam em conformidade com a legislação vigente”, diz o Ministério da Saúde.
    A medida beneficiará inicialmente 418 cidades gaúchas, em um universo de 497 municípios do Rio Grande do Sul. Ao todo, 79 ainda não solicitaram a assistência.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Bolsa Família: averiguação e revisão cadastral ficam suspensas no RS

    Bolsa Família: averiguação e revisão cadastral ficam suspensas no RS

    O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) suspenderá, a partir da próxima semana, a averiguação e a revisão cadastral do programa Bolsa Família, até dezembro deste ano, no Rio Grande do Sul.

    A medida, que faz parte do conjunto de ações de apoio às vítimas das enchentes, tem o objetivo de manter os pagamentos de benefícios e suspender repercussões que resultem na interrupção de seus pagamentos, como bloqueios e cancelamentos. Mais de 252 mil famílias haviam sido convocadas no estado para regularizar seus cadastros.

    Além disso, de acordo com o MDS, famílias que teriam seus pagamentos interrompidos a partir de maio, em razão de não regularização cadastral dentro dos prazos e procedimentos estabelecidos por esses processos, terão os pagamentos retomados para que sigam recebendo o Bolsa Família.

    “Ao todo, 18 mil famílias do Rio Grande do Sul tiveram o benefício desbloqueado e os pagamentos estarão liberados a partir do primeiro dia do calendário do Bolsa Família, em 17 de maio. Outras 10 mil famílias tiveram a reversão da ação de cancelamento de benefícios e seus pagamentos de maio e junho estarão disponíveis no próximo mês”, divulgou a pasta, em nota.

    A suspensão das interrupções de pagamento incluirá também as situações de famílias com pendências no CPF na base da Receita Federal, em situação de não cumprimento de condicionalidades de saúde e educação exigidas pelo programa, que apresentam inconsistência de dados no cadastro e com benefício bloqueado por mais de seis meses ou com recurso não movimentado por igual período.

    A averiguação cadastral é feita por meio da comparação da base do Cadastro Único com outros registros administrativos e análise de consistência das informações declaradas, especialmente a composição e a renda familiar. Já a revisão cadastral é o processo de identificação de registros desatualizados, ou seja, famílias que atualizaram o cadastro pela última vez há mais de 24 meses.

    Inicialmente para os meses de maio e junho, o MDS assegurou o pagamento unificado no primeiro dia do calendário a todas as famílias beneficiárias do Bolsa Família no Rio Grande do Sul. Em maio, o pagamento se iniciará na próxima sexta-feira (17). Isso significa que os beneficiários do estado poderão movimentar o recurso sem a necessidade de seguir o calendário escalonado conforme o último dígito do Número de Identificação Social (NIS).

    Segundo o governo federal, no estado, 620 mil famílias recebem, em maio, o benefício médio de R$ 672,74. O valor total investido pelo MDS é de R$ 417 milhões. A medida poderá ser prorrogada enquanto perdurar a situação de calamidade em que o estado se encontra.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Rio Grande do Sul tem previsão de mais chuva forte no domingo

    Rio Grande do Sul tem previsão de mais chuva forte no domingo

    Um bloqueio atmosférico causado por uma frente estacionária vai continuar provocando instabilidade no tempo do Rio Grande do Sul com volumes de 30 a 50 milímetros (mm) de chuva, pelo menos até quarta-feira (15), quando está prevista a entrada de uma massa polar. A informação é do meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) Glauco Freitas.

    Segundo Freitas, esses volumes em situações anteriores não provocariam esse descontrole, mas agora, com a quantidade de chuva dos últimos dias, qualquer incidência acima de 10 mm traz preocupação e, quando atinge 30 mm, causa transtornos à população.

    “Esse sistema deve permanecer, pelo menos, até quarta-feira, provocando chuva. Na quarta-feira teremos a entrada de uma massa de ar polar, abrindo o tempo em grande parte do estado”, disse em entrevista à Agência Brasil.

    O meteorologista adiantou que o avanço intenso da massa polar vai provocar queda nas temperaturas, que deve ficar em torno de 0°C em algumas regiões. Na Campanha, a mínima pode ficar perto de 2°C a 3°C e, em Porto Alegre, perto de 10°C. “[Há previsão de] bastante frio nesta região no decorrer da próxima semana”, afirmou, acrescentando que o estado de Santa Catarina também será atingido.

    Freitas disse que existe uma expectativa de que a chegada do frio possa reduzir a quantidade de chuva, mas os modelos meteorológicos ainda não apontam essa situação. “A princípio ainda não vai conseguir quebrar o bloqueio [atmosférico que provoca as chuvas]. Há uma expectativa, mas até agora as análises e modelos não mostraram isso.”

    Cemaden vê riscos

    O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) alertou neste sábado que considera muito alta a possibilidade de novas ocorrências hidrológicas, como alagamentos, em várias regiões do Rio Grande do Sul, devido à previsão de chuva com possibilidade de altos acumulados para domingo, principalmente na porção centro-norte do estado.

    O risco aumenta por estar somado à permanência das inundações, aos níveis fluviométricos (dos rios) elevados em vários municípios e ao deslocamento das ondas de cheia, decorrentes dos acumulados de chuva dos últimos dias e das condições de saturação do solo.

    O alerta vale para as mesorregiões Noroeste, Centro-Ocidental, Nordeste, Sudeste e Sudoeste Rio-Grandense e Metropolitana de Porto Alegre.

    Além disso, o Cemaden considera alta a probabilidade de ocorrência de deslizamentos nas mesorregiões Nordeste e Centro-Oridental do Rio Grande do Sul e na Região Metropolitana de Porto Alegre, principalmente na Serra Gaúcha, também devido à grande quantidade de chuva na última semana e à previsão de mais temporais no decorrer do dia.

    Neste cenário, há possibilidade de deslizamentos de terra esparsos, especialmente “quedas de barreira” à margem de estradas e rodovias e reativação dos deslizamentos já registrados.

    Domingo e segunda

    A meteorologista da Sala de Situação do Estado do Rio Grande do Sul, Cátia Valente, informou por meio de vídeo que as chuvas vão voltar a ser fortes, principalmente, neste domingo (12) e na segunda-feira (13). Hoje, segundo ela, houve registro de chuvas em todas as regiões do estado.

    “Os volumes não são tão elevados, mas a nossa preocupação é que as chuvas vão voltar a ficar muito intensas ao longo de todo o domingo. Os volumes podem ser bastante expressivos desde o noroeste gaúcho, passando pelo centro, região dos vales, região metropolitana, serra e litoral norte”, alertou.

    Cátia Valente chamou atenção também para a condição de ventos fortes, especialmente, na parte leste do estado. “Muita atenção aos avisos e aos alertas da Defesa Civil do estado, porque novamente podemos ter respostas hidrológicas e, principalmente, podemos ter movimentos de massa, especialmente nas áreas mais elevadas”, destacou a meteorologista.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Mais de 400 toneladas de donativos são enviadas ao Rio Grande do Sul

    Mais de 400 toneladas de donativos são enviadas ao Rio Grande do Sul

    Duas aeronaves KC-390 Millennium, do Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT), Esquadrão Zeus da Força Aérea Brasileira (FAB), decolaram, neste sábado (11), às 7h30, da Base Aérea de Brasília, transportando cerca de 40 toneladas de itens doados, 20 em cada aeronave, em direção à Base Aérea de Canoas (RS).

    De acordo com a FAB, além disso, por meio da Campanha Todos Unidos pelo Sul, 380 toneladas de alimentos e materiais doados estão sendo levados por 19 carretas do Exército e de empresários voluntários, que se disponibilizaram a ajudar no transporte via terrestre. Conforme a FAB, a ação conjunta vai viabilizar a chegada ao estado de mais de 425 toneladas de itens.

    Desde o dia 30 de abril, a FAB atua na Operação Taquari 2 por meio da coordenação do Comando de Operações Aeroespaciais (Comae). Nos locais, faz o resgate de atingidos, como também arrecada e transporta donativos em apoio à população atingida pelas enchentes.

    Ajuda pelo mar

    Em outra ação, o Navio Aeródromo Multipropósito (NAM) Atlântico, o maior navio de guerra da América Latina, considerado pela Marinha como o seu principal meio naval, atracará hoje, às 14h, no município de Rio Grande, no Rio Grande do Sul, junto com a Fragata Defensora. De acordo com a força, a chegada das embarcações vai multiplicar a ajuda que vem sendo prestada pelos fuzileiros navais no estado.

    Segundo a Marinha, com o navio e a fragata, chegarão 1.350 militares, 154 toneladas de donativos, 38 viaturas do Grupamento de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, 24 embarcações de pequeno e médio porte, três helicópteros, além de duas estações móveis para tratamento de água, capazes de produzir um total de 20 mil litros de água potável por hora.

    “Nós vamos abrir novas frentes de trabalho, como por exemplo a desobstrução de vias, a produção de água potável, a distribuição dessa água como também alimentos. Também teremos muito mais mobilidade aquática. As estações de tratamento de água têm a capacidade de transformar água não tratada em água potável ideal para o consumo humano e de produzir 20 mil litros por hora”, disse o capitão de mar e guerra Dirlei Donizete, comandante do Grupamento Operativo de Fuzileiros Navais em Apoio à Defesa Civil, em vídeo divulgado pela Marinha.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Enchentes no Rio Grande do Sul afetam setor avícola e causam prejuízos

    Enchentes no Rio Grande do Sul afetam setor avícola e causam prejuízos

    As recentes enchentes que atingiram o estado do Rio Grande do Sul têm causado significativos prejuízos ao setor avícola, principalmente em regiões localizadas na parte central do estado. Relatos de colaboradores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) destacam os desafios enfrentados tanto na produção quanto na indústria avícola devido aos alagamentos e destruições de infraestrutura.

    No lado produtivo, os alagamentos têm dificultado o acesso às granjas e impedido o recebimento de insumos essenciais, como milho e farelo de soja, para a alimentação das aves. Além disso, a destruição de estradas e pontes tem comprometido a logística de transporte desses insumos, afetando diretamente a produção avícola.

    Na indústria, os impactos também são significativos. Frigoríficos relatam escalas comprometidas devido às dificuldades de operação causadas pelas enchentes. Algumas instalações de abate foram inundadas, enquanto outras enfrentam problemas para receber novos lotes de animais devido à logística prejudicada.

    Além disso, o transporte de carnes para atender à demanda local e externa também tem sido afetado, com dificuldades de acesso a regiões da Grande Porto Alegre e fora do estado. A falta de energia elétrica em parte das regiões atingidas é outro desafio delicado para o setor avícola. Nas granjas, a iluminação noturna é essencial para o bem-estar das aves, enquanto na indústria, a refrigeração dos produtos fica comprometida.

    Diante desse cenário, o setor avícola enfrenta grandes desafios para superar os impactos das enchentes e retomar suas atividades de maneira plena. O apoio e ações de recuperação emergencial se fazem necessários para minimizar os prejuízos e garantir a sustentabilidade dessa importante cadeia produtiva no Rio Grande do Sul.

  • Confaz reduz burocracia para doações ao Rio Grande do Sul

    Confaz reduz burocracia para doações ao Rio Grande do Sul

    As doações de mercadorias ao Rio Grande do Sul serão dispensadas de documentos fiscais para o transporte até o fim de junho, decidiu o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários de Fazenda dos estados e do Distrito Federal. Essa é uma das medidas de ajuda para o estado, que enfrenta uma crise humanitária após as fortes enchentes.

    Além de facilitar as doações, o Confaz flexibilizou as obrigações tributárias. A implementação da Nota Fiscal Eletrônica pelos produtores rurais do estado foi adiada para 1º de janeiro de 2025. Além disso, o conselho autorizou o Rio Grande do Sul a isentar de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) a compra de máquinas, equipamentos e peças necessárias para a recuperação das empresas nos municípios afetados.

    Para aliviar o caixa das empesas, o Confaz também autorizou o governo gaúcho a não cobrar juros e multas por atraso no pagamento de ICMS que vence entre abril e junho. O Confaz manteve os créditos de ICMS para as mercadorias em estoque perdidas, destruídas ou roubadas após o evento climático extremo. A medida evitará que as empresas percam os bens e ainda sejam punidas com a perda de créditos fiscais (direito a ressarcimento) previamente acumulados.

    Em nota, o Confaz informou que as medidas pretendem não apenas ajudar na recuperação das áreas afetadas, mas implementar uma estrutura que permita maior resiliência a futuros desafios climáticos e econômicos.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Boi/Cepea: Inundações no RS geram grande preocupação entre agentes do setor pecuário

    Boi/Cepea: Inundações no RS geram grande preocupação entre agentes do setor pecuário

    A exemplo de outros setores, a pecuária bovina de corte do Rio Grande do Sul tem sido impactada pelo maior desastre da história desse estado. Segundo indicam pesquisadores do Cepea, além de pontes e estradas destruídas, pastagens estão embaixo d’água e animais foram arrastados pela enxurrada. Mesmo nas regiões que não foram inundadas, os solos estão encharcados, dificultando o manejo dos rebanhos.

    Pecuaristas consultados pelo Cepea mostram um misto de desespero e desânimo. Entre os frigoríficos, várias unidades consultadas pelo Cepea interromperam atividades por terem sido atingidos pela água ou pela dificuldade de locomoção dos funcionários. O transporte dos animais e da carne também está comprometido.

    Representantes da indústria informam ao Cepea que alguns poucos permanecem ativos apenas para compras, mas sem previsão para os embarques.

    Feiras e exposições previstas para maio têm sido suspensas. O segmento de insumos também enfrenta dificuldades de escoar rações e outros itens essenciais para as propriedades rurais.

    Diante da gravidade da situação, agentes de todos os elos da pecuária consultados pelo Cepea ainda têm dificuldades de planejar os próximos dias.

    Quanto a possíveis impactos desse cenário ao restante do Brasil, pesquisadores do Cepea destacam que, no Rio Grande do Sul, são criadas predominantemente raças europeias, mais adaptadas ao clima frio. Assim, o gado e a carne desse estado não têm grande circulação em outras regiões, e, por isso, as ocorrências recentes não devem influenciar significativamente as negociações pecuárias do País. Em 2023, pelo porto de Rio Grande (RS), foram exportados 2,9% da carne bovina.

  • Aprosoja-MT apoia repasse de R$ 50 milhões do Fethab para o RS

    Aprosoja-MT apoia repasse de R$ 50 milhões do Fethab para o RS

    A Associação de Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) apoia a proposta do governo do Estado de fazer o repasse de R$ 50 milhões para o Rio Grande do Sul. A região gaúcha tem sofrido com as intensas chuvas há uma semana.

    O comunicado foi feito nesta segunda-feira (06.05), em Cuiabá. Conforme a proposta da gestão estadual, o recurso será oriundo do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab). 

    O governador Mauro Mendes, remotamente, e o vice-governador, Otaviano Pivetta, presencialmente, conversaram nesta segunda-feira com as entidades que contribuem com o Fundo para definir o repasse. Os governantes destacaram que não houve nenhuma oposição. 

    O vice-presidente da Aprosoja-MT, Luiz Pedro Bier, esteve presente na reunião e definiu como uma atitude empática com o povo gaúcho. O produtor rural acredita a ação que poderá incentivar outras instituições, Estados, e sociedade civil a fazerem doações também.

     “A gente arrasta pelo exemplo, governador. Certamente, essa atitude vai capitanear doações de outros estados e a Aprosoja Mato Grosso assina embaixo. É fundamental que o nosso Estado inicie essa ajuda para o Rio Grande do Sul, um povo pioneiro que, ao vir para cá, ajudou a construir este Estado”, disse. 

    O projeto de Lei será enviado à Assembleia Legislativa de Mato Grosso e, segundo o presidente da Casa de Leis, Eduardo Botelho, o texto deve ser apreciado e aprovado ainda nesta semana.

    Do valor total de R$ 3,5 bilhões arrecadados com o Fethab em 2023, R$ 2 bilhões vieram da produção da soja e milho.

     Campanha

     A Aprosoja-MT também está com uma campanha em prol do Rio Grande do Sul.

     O presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, explicou que a entidade gaúcha abriu um canal de arrecadação. A instituição mato-grossense seguiu o exemplo.

     A contribuição pode ser feita via PIX ou depósito em conta, conforme os dados abaixo.

     CHAVE PIX (CNPJ): 07265758000109

     Agência 0046-9 / Conta corrente: 38.525-5 / Banco do Brasil

    Favorecido: Associação PSM MT

    CNPJ 07.265.758/0001-09