Tag: Enchentes

  • Corpo de Bombeiros de Mato Grosso reforça medidas de segurança durante o período chuvoso

    Corpo de Bombeiros de Mato Grosso reforça medidas de segurança durante o período chuvoso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) reforça a importância de adotar medidas preventivas para reduzir os riscos de acidentes na área urbana e proteger a população durante o período de chuvas intensas.

    O major BM Rivaldo Miranda de Andrade, da Diretoria Operacional (DOP) do CBMMT, destaca que é essencial que os cidadãos adotem práticas seguras para evitar acidentes.

    “Temos visto o aumento considerável do fluxo de chuvas na nossa região. Dessa forma, orientamos a população a tomar algumas medidas de conduta preventiva para não se expor aos riscos e problemas que podem acometer a população nesse período”, aponta.

    Com o grande volume de chuvas, há o aumento do número de alagamentos, tanto em vias públicas quanto em residências. Com esse cenário, o major orienta aos motoristas e motociclistas a não acessar áreas alagadas e evitar estacionar em locais próximos a árvores, prevenindo danos em caso de queda de galhos ou árvores inteiras.

    “Sempre que se deparar com uma via alagada, é recomendado desviar a rota e não tentar atravessar. Caso sinta que o volume e o fluxo de água têm aumentado, abandone imediatamente o veículo e procure um lugar seguro.”

    Além disso, é importante ressaltar que a própria força da água e dos ventos são capazes de arrastar galhos, árvores e outros objetos, que podem causar lesões e ferimentos graves em uma pessoa. Essa situação também pode aumentar o risco de afogamentos e de contaminação.

    “Essa água, muitas vezes contaminada, pode transmitir algumas doenças, como leptospirose e hepatite. Não queremos que a população se exponha a esse tipo de risco, que realmente pode gerar transtornos muito maiores”, afirma o major.

    Há outros riscos que as chuvas fortes podem trazer, como fios energizados e bueiros abertos. O risco de desabamento e o alagamento de casas também são preocupações causadas pelo aumento das chuvas.

    “Se a sua casa for alagada, busque um abrigo e procure a equipe de assistência social do município e a Defesa Civil, que estão prestando socorro e o suporte adequado”, acrescenta.

    Tendo em vista que muitas dessas casas se encontram em áreas de risco, onde o perigo de desabamento e de afogamento é muito grande, é essencial que os moradores evacuem a residência e encontrem um local seguro para ficar.

    Emergência

    O Corpo de Bombeiros Militar destaca que, em qualquer situação de emergência, o número 193 deve ser acionado.

    “Ao perceber uma situação de risco, entre em contato e informe a situação. Estamos prontos para atender e oferecer o suporte necessário à população”, afirma o major Rivaldo.

  • Bombeiros realizam resgates em meio às fortes chuvas em Mato Grosso

    Bombeiros realizam resgates em meio às fortes chuvas em Mato Grosso

    As fortes chuvas que atingem Mato Grosso têm causado diversos transtornos à população, com alagamentos, inundações e isolamento de comunidades. Diante desse cenário, o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) tem intensificado as operações de resgate para garantir a segurança de todos.

    Nas últimas semanas, os bombeiros têm sido acionados para atender diversas ocorrências em todo o estado. Em municípios como Confresa e Paranatinga, as equipes realizaram resgates complexos, envolvendo a remoção de pessoas ilhadas em áreas de difícil acesso.

    Em Confresa, por exemplo, uma família ficou isolada em uma propriedade rural após o transbordamento de um riacho. Os bombeiros precisaram utilizar embarcações e até mesmo nadar para alcançar a família e colocá-la em segurança.

    O comandante-geral do CBMMT, coronel BM Flávio Glêdson Vieira Bezerra, destaca a importância da mobilização das equipes para enfrentar essa situação crítica. “Nossa prioridade é o resgate rápido e eficiente, especialmente em áreas que exigem maior logística de transporte. Estamos preparados para enfrentar esse momento crítico, com apoio das equipes locais e reforço de outras unidades do estado”, afirmou.

  • Mato Grosso garante reconstrução após chuvas devastadoras em Rio Branco e Salto do Céu

    Mato Grosso garante reconstrução após chuvas devastadoras em Rio Branco e Salto do Céu

    As fortes chuvas que atingiram os municípios de Rio Branco e Salto do Céu, em Mato Grosso, causaram diversos danos à infraestrutura e deixaram famílias desabrigadas. Diante da situação, o governador Mauro Mendes anunciou que o governo estadual irá auxiliar na reconstrução das cidades.

    Em reunião realizada nesta quinta-feira (16.01), com a presença dos prefeitos Pabollo (Rio Branco) e Mauto Espíndola (Salto do Céu), e do deputado estadual Valmir Moretto, o governador confirmou que o Estado irá reconstruir as pontes destruídas e as 35 casas que foram totalmente inviabilizadas pelas chuvas. Além disso, o governo irá acelerar a finalização de obras de casas populares paralisadas pela Caixa Econômica para abrigar as famílias atingidas. Enquanto as obras não são concluídas, as famílias receberão aluguel social.

    “Nós decidimos que vamos apoiar os municípios. Vamos fazer essas pontes e viabilizar a construção dessas 35 casas que foram destruídas. Há algumas casas antigas que estão com obras paradas, da Caixa Econômica, e vou cobrar para que mandem toda a documentação para retomarmos e finalizarmos, de forma a abrigar essas famílias. E enquanto isso, elas vão receber o aluguel social”, explicou o governador.

    Desde o início das chuvas, o Governo de Mato Grosso tem atuado para minimizar os impactos da tragédia, mobilizando as forças de segurança, a Defesa Civil e a Assistência Social. A primeira-dama, Virginia Mendes, também tem realizado ações voluntárias para ajudar as famílias atingidas.

    “O Governo está empenhado em amparar os mato-grossenses que foram vítimas dessas enchentes e hoje passam por um momento de dificuldade. Agradeço a todos que estão colaborando”, relatou Mauro Mendes.

    Os prefeitos de Rio Branco e Salto do Céu agradeceram o apoio do governo estadual e destacaram a importância das medidas anunciadas para a recuperação dos municípios.

    “Nos sentimos abraçados pelo Governo do Estado, que de pronto está dando toda a assistência para as famílias do nosso município. A população só tem a agradecer”, afirmou o prefeito Pabollo, de Rio Branco.

    “Quero agradecer imensamente ao governador, toda a equipe dele, Defesa Civil, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, todos que contribuíram ali em Salto do Céu. Agradecer a primeira dama, a Dona Virginia também, que tem feito uma ação muito boa lá no município, com cestas básicas, caixa d’água e assim sucessivamente. Muito obrigado a todos”, completou o prefeito Mauto Espíndola, de Salto do Céu.

  • Enchentes causam estragos em Mato Grosso e mobilizam autoridades

    Enchentes causam estragos em Mato Grosso e mobilizam autoridades

    As fortes chuvas que atingiram Mato Grosso nas últimas semanas causaram inundações e alagamentos em diversos municípios do estado, gerando prejuízos e afetando a vida de milhares de pessoas.

    Cidades como Rio Branco, Rondonópolis, Nova Nazaré, Cuiabá, São José do Rio Claro, Tangará da Serra e Salto do Céu foram as mais atingidas.

    Em Rio Branco, a situação é crítica, com alagamentos em residências, comércios e até mesmo em órgãos públicos. O colapso de uma ponte de madeira isolou comunidades e dificultou o acesso a serviços essenciais.

    Em Rondonópolis, rodovias e vias importantes ficaram danificadas, prejudicando o tráfego. Em Cuiabá, o bairro São Mateus foi um dos mais atingidos pela enchente, deixando famílias desalojadas.

    Diante da gravidade da situação, o deputado estadual Thiago Silva (MDB) solicitou à Defesa Civil do Estado a adoção de medidas emergenciais para auxiliar as famílias atingidas.

    O parlamentar também apresentou uma indicação ao Governo do Estado para a criação de um auxílio emergencial para os moradores que sofreram grandes prejuízos.

    “É urgente que a Defesa Civil implemente um plano emergencial para amparar os atingidos e prevenir novas perdas. A Assembleia Legislativa está à disposição para somar esforços junto às Prefeituras e à Defesa Civil, buscando soluções que ajudem a superar o caos instalado”, afirmou o deputado.

    O que fazer em caso de enchentes: um guia completo

    Enchentes são eventos naturais que podem causar grandes danos e colocar vidas em risco. Estar preparado e saber como agir em caso de inundação é fundamental para garantir sua segurança e a de sua família.

    Antes da enchente:

    • Monte um kit de emergência: Tenha em mãos um kit com alimentos não perecíveis, água potável, medicamentos de uso contínuo, lanternas, pilhas, rádio portátil, documentos importantes e um kit de primeiros socorros.
    • Identifique áreas de risco: Conheça as áreas de sua cidade que são mais propensas a alagamentos e planeje rotas de fuga.
    • Prepare sua casa: Limpe calhas e bueiros, afaste móveis e objetos de valor do chão e proteja documentos importantes em sacos plásticos.
    • Fique atento aos alertas: Acompanhe as notícias e os alertas da Defesa Civil para se manter informado sobre a previsão do tempo e as áreas de risco.
    • Priorize a segurança: Evite áreas alagadas, não atravesse ruas com água, mesmo que pareça rasa. A correnteza pode ser mais forte do que parece e arrastar você.
    • Desligue a energia elétrica: Ao perceber o risco de inundação, desligue a energia elétrica e evite contato com fios elétricos.
    • Evacue o local: Se sua casa estiver em risco, evacue o local imediatamente e procure um abrigo seguro.
    • Acompanhe crianças e idosos: Mantenha crianças e idosos em um local seguro e acompanhados.
    • Comunique-se: Informe amigos e familiares sobre sua situação e procure um local seguro para se reunir.
    • Verifique a segurança: Antes de retornar à sua casa, verifique se não há riscos de desabamentos ou outros perigos.
    • Limpe e desinfecte: Limpe e desinfecte todos os objetos e ambientes que entraram em contato com a água da enchente.
      • Defesa Civil: 199
    • Não use água da torneira para beber ou cozinhar: A água pode estar contaminada. Ferva a água antes de consumi-la ou utilize água mineral.
    • Cuidado com animais peçonhentos: Após a enchente, a presença de animais peçonhentos pode aumentar. Use botas e luvas ao remover entulhos e mantenha crianças e animais de estimação longe de áreas contaminadas.
    • Mantenha a calma: Em situações de emergência, manter a calma é fundamental para tomar as decisões corretas.
    • Corpo de Bombeiros: 193
  • Medidas provisórias destinam R$ 525,71 milhões para Rio Grande do Sul

    Medidas provisórias destinam R$ 525,71 milhões para Rio Grande do Sul

    Dois dias após oficializar um fundo de R$ 6,5 bilhões para a reconstrução do Rio Grande do Sul, o governo editou duas medidas provisórias neste domingo (29) com crédito extraordinário de R$ 525,71 milhões para o estado.

    O dinheiro será usado na reconstrução de infraestruturas afetadas pelas enchentes de abril a junho deste ano e para políticas de apoio social às famílias atingidas pela tragédia climática.

    Em nota, o Palácio do Planalto informou que o crédito extraordinário foi justificado diante da urgência e relevância da continuidade do atendimento às consequências dos eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul. O comunicado ressaltou que as enchentes no estado provocaram prejuízos sem precedentes, prejudicando de forma intensa e inesperada a população e as atividades econômicas.

    Fora dos limites de gastos do arcabouço fiscal, por se tratar de crédito extraordinário, o dinheiro beneficiará cinco ministérios: Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS); Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic); Integração e Desenvolvimento Regional (MIDR); Cidades; e Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA). As medidas provisórias foram publicadas em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

    Para o MDS, a MP 1.283 libera R$ 168,26 milhões para o Fundo Nacional de Assistência Social, o pagamento do Benefícios de Prestação Continuada (BPC) da Renda Mensal Vitalícia (RMV). A MP 1.284 destina outros R$ 34,51 milhões ao MDS, para reconstruir a rede socioassistencial em 37 municípios gaúchos.

    A MP 1.284 também prevê os seguintes gastos:

    •    R$ 120,19 milhões em crédito oficial para 7.232 famílias assentadas (nas modalidades habitacional e fomento), com supervisão do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra);

    •    R$ 71,75 milhões para apoio financeiro às famílias desalojadas ou desabrigadas no Rio Grande do Sul, executados pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional;

    •    R$ 60 milhões para o Ministério das Cidades restabelecer o funcionamento da Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb);

    •    R$ 57,98 milhões para o MDA recuperar a infraestrutura em assentamentos do Incra, beneficiando 4.326 famílias;

    •    R$ 13 milhões para o MDIC recuperar as estruturas de unidades do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), bem como os objetos essenciais às atividades de controle metrológico e de vigilância de mercado.

  • Thiago Maia leva prêmio Fair Play da Fifa por ajuda em enchentes no RS

    Thiago Maia leva prêmio Fair Play da Fifa por ajuda em enchentes no RS

    O meio-campista Thiago Maia, do Internacional, foi contemplado com o prêmio Fair Play da Fifa – prêmio Fifa The Best Awards – em cerimônia de gala, nesta terça-feira (17), em Doha (Catar). O jogador foi reconhecido pelo trabalho voluntário de ajuda nas enchentes no Rio Grande do Sul, no início do ano. O atleta de 27 anos fez salvamento de pessoas e animais ilhados em Porto Alegre e em cidades da região metropolitana. O Fifa The Best também premiou Vinicius Júnior (melhor jogador do ano), Marta (gol mais bonito), e Guilherme Gandra Moura (torcedor do ano), além da atacante Gabi Portilho (única brasileira escolhida para o time ideal feminino).

    Durante a tragédia, as imagens de Thiago Maia se atirando na água para resgatar pessoas no telhado, ou em locais de difícil acesso, receberam apoio de torcedores não só do Colorado como de outros clubes brasileiros. Um dos vídeos que viralizou na internet mostrava Thiago Maia carregando uma idosa apoiada em suas costas durante uma operação de resgate.

    Esta é a segunda vez que o prêmio Fair Play fica com o Brasil: no ano passado, a seleção canarinho foi contemplada pela campanha antirracismo, após os ataques sofrido por Vinicius Júnior em partidas na Espanha.

    A Fifa concede o prêmio Fair Play a jogadores, equipes, árbitros, técnico ou torcida que tenha demonstrado atitudes exemplares dentro ou fora de campo.

  • BNDES já destinou R$ 6,8 bi em capital de giro para empresas gaúchas

    BNDES já destinou R$ 6,8 bi em capital de giro para empresas gaúchas

    Em dois meses, o BNDES Emergencial alcançou a marca de R$ 6,8 bilhões aprovados em capital de giro para 2.905 operações no Rio Grande do Sul. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibilizou mais R$ 150 milhões em crédito para capital de giro a mais quatro empresas gaúchas afetadas pelas enchentes que atingiram o estado no final de abril e em maio.

    Entre as empresas contempladas está o Hospital Mãe de Deus, com R$ 80 milhões. A instituição de saúde ficou sem funcionamento por cerca de 45 dias no período de maio a junho. Foi necessária a completa evacuação do hospital, com a transferência de pacientes para outras unidades. Além disso, houve a perda de máquinas e equipamentos e prejuízo na estrutura física. O hospital é unidade de média e alta complexidade que atende, exclusivamente, convênios médicos e pacientes particulares, sendo um dos principais de Porto Alegre.

    A Ferramentas Gedore entrou com o pedido de R$ 30 milhões para capital de giro. As enchentes afetaram a unidade em São Leopoldo, que ficou sem funcionamento de 3 de maio a 25 de junho, o que causou a perda de máquinas e equipamentos e prejuízos na estrutura física.

    Outra empresa que teve o crédito aprovado foi a Epavi Vigilância, que atua com segurança patrimonial, pessoal e gestão de serviços terceirizados. Os R$ 20 milhões ajudarão na recuperação das estruturas físicas, que foram atingidas em Canoas. Cerca de 700 funcionários não puderam trabalhar em maio, mas receberam seus salários integrais.

    A empresa Frumar Frutos do Mar também obteve R$ 20 milhões para a retomada. O alagamento das unidades de Porto Alegre (dentro da Ceasa) e de São Leopoldo impactou diretamente a capacidade da empresa de distribuir pescados para seus clientes, pois ambas tiveram que ser fechadas. A sede de São Leopoldo ficou inoperante por 35 dias e a de Porto Alegre por 45 dias.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a agilidade com que os processos têm sido encaminhados no Rio Grande do Sul. “O atendimento às empresas e aos produtores atingidos pelas enchentes no Rio Grande Sul tem sido uma prioridade do BNDES e do governo do presidente Lula. Em uma velocidade seis vezes maior do que a média, o BNDES já mobilizou R$ 12,8 bi para empresas gaúchas afetadas pelas chuvas extremas, sendo a grande maioria para pequenas e médias empresas. Com mais de 34 mil operações, já são 445 municípios apoiados dentre os 497 existentes no Rio Grande do Sul”, detalhou Mercadante.

    O ministro da Secretaria Extraordinária da Presidência da República para Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta, destacou as diversas possibilidades de suporte aos empresários do estado. “O BNDES tem sido um parceiro fundamental na retomada do crescimento econômico e social do Rio Grande do Sul. Os resultados já começam a aparecer nos números recentes da economia”, disse o ministro.

    Em crédito, além dos R$ 6,8 bilhões para capital de giro, as empresas conseguiram aprovações para R$ 1,3 bilhão para a compra de máquinas e equipamentos e outros R$ 206 milhões para investimentos e reconstruções. A suspensão de pagamentos de dívidas chega a R$ 3,1 bilhões em 50,4 mil operações. Já em garantias são R$ 2,4 bilhões em 2.882 operações.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Expedição mapeia perda de abelhas no Rio Grande do Sul

    Expedição mapeia perda de abelhas no Rio Grande do Sul

    Uma expedição mapeou a perda de abelhas em apiários e meliponários no Rio Grande do Sul em razão das enchentes de maio de 2024. A ação é convocada pelo Projeto Observatório de Abelhas do Brasil com Foco no Rio Grande do Sul, coordenado pela Embrapa Meio Ambiente em colaboração com a Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (ABELHA). Os trabalhos de campo foram realizados de 24 a 29 de junho, e foram visitadas áreas impactadas pelas enchentes ( veja abaixo mapa elaborado com dados da Federação Apícola e de Meliponicultura do Rio Grande do Sul – FARGS ).

    Até o momento a FARGS registrou a perda de 18.943 colmeias, o que representa cerca de 4% do total de contabilizações no estado, segundo o IBGE. Mas estima-se que estes números sejam subnotificados, pois ainda há criadores de abelhas que não registram seu plantel de abelhas junto à inspetoria veterinária de seus municípios.

    A iniciativa inédita utilizou o software AgroTag Abelhas, desenvolvido pela Embrapa Meio Ambiente em linha com as demandas do Observatório, para sistematizar as informações sobre mortandade de abelhas no Brasil. Os incidentes e possíveis causas das mortes são registrados, permitindo a estruturação de uma base de dados harmonizada em uma plataforma de dados oficial e em nível nacional.

    De acordo com Betina Blochtein, pesquisadora do observatório de abelhas e um dos integrantes da equipe de campo, uma das prioridades do levantamento é a validação do uso de recursos disponibilizados para o Estado contribuindo na conformação de um relatório, identificando as perdas e onde contabilizar. Assim, posteriormente, os recursos para a restauração do plantel de abelhas poderão ser direcionados estritamente e validados pelas evidências registradas em campo, com fotos dos locais, questionários e delimitação de áreas atingidas.

    Para tanto, a utilização da ferramenta da Embrapa é importante, pois, além de registrar dados de forma oficial, também oferece a formação de uma rede de colaboradores, tanto dos produtores atingidos, quanto dos que prestam assistência nas áreas impactadas.

    AgroTag-Abelhas

    A Embrapa Meio Ambiente desenvolveu o software AgroTag-Abelhas , um sistema abrangente e integrado de monitoramento, que reúne um conjunto de dados sistematizados e contribui para o registro de informações oficiais sobre mortandade desses insetos.

    O software foi desenvolvido a partir da estrutura do Sistema AgroTag, em linha com as demandas do Observatório de Abelhas . É um sistema de banco de dados para consultas e análises geoespaciais, dotado de aplicativo para dispositivos móveis (Android), com envio de dados para ambiente SIG (Sistema de Informações Geográficas) e viabilizando a integração desses dados com informações geográficas em campo e registradas pelo aplicativo .

    Ele permite consultas e análises integradas online, contando com interface para desenho em tela de polígonos (formas) e visualização no menu de tela para planejamento e posterior coleta de dados em campo com o aplicativo, além das funcionalidades nativas do sistema.

    Em fase posterior do projeto os inspetores de órgãos sanitários oficiais farão os registros de ocorrências rapidamente, com base nas necessidades regionais. Durante o atendimento em campo, o técnico terá acesso a um formulário de preenchimento simples, com as questões essenciais para a investigação, inclusive sobre a coleta de amostras biológicas para análise laboratorial.

    O aplicativo segue a premissa do projeto AgroTag, enquanto rede colaborativa ou do termo/conceito crowdsourcing, trabalhando dados geoespaciais para monitoramento territorial agrícola, onde o usuário usa os dados de maneira compartilhada, colaborativa e rastreável, fundamentais para os objetivos do Observatório de Abelhas, o qual busca evidências comprobatórias da mortandade de abelhas, dependendo totalmente dos registros nos locais de ocorrência, sendo que no momento está sendo utilizado para o levantamento de perdas decorrentes das cheias no Rio Grande do Sul, destaca Vicente, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente/Agrotag, e integrante da equipe de campo.

    Observatório de abelhas

    O Observatório de Abelhas do Brasil   é um programa coordenado pelo Ministério da Agricultura (Mapa), em conjunto com a Embrapa Meio Ambiente, e apoiado por instituições públicas e privadas, como a Associação ABELHA, que visa a mitigação de mortandades de abelhas no Brasil. O Observatório respondeu à necessidade de implantar um sistema de informações para registrar sistematicamente os incidentes de mortes de abelhas, identificar as possíveis causas das mortes, e reunir esses dados harmonizados em uma plataforma de dados oficial em nível nacional.

    Com essas características, o sistema facilita a articulação e o trabalho colaborativo com os diversos atores que lidam com o tema (técnicos, órgãos municipais, estaduais e federais, instituições diversas), destaca Cristiano Menezes, pesquisador da Embrapa Meio Ambiente e coordenador geral do Observatório.

    Menezes explica que o AgroTag entrou em um contexto no qual estavam sendo discutidos os protocolos que seriam adotados pelo Observatório, pensando especificamente nos fiscais de defesa agropecuária, que são os que fazem o atendimento a campo nos casos de mortalidade. A ferramenta ajuda o fiscal a organizar, coletar e disponibilizar as informações no formato adequado, processos que antes eram feitos, na maioria dos casos, manualmente, sem padronização entre os Estados.

  • Chinês criador das cidades-esponja diz que Brasil pode ser referência

    Chinês criador das cidades-esponja diz que Brasil pode ser referência

    No momento em que os brasileiros ainda acompanham, quase que incrédulos, as consequências causadas pelos temporais de abril e maio no Rio Grande do Sul, o Brasil recebeu a visita do arquiteto e paisagista chinês Kongjian Yu, criador do conceito cidade-esponja, que se utiliza da própria natureza para melhor resistir à ocorrência crescente de tempestades.

    “Espero que o Brasil possa ser referência sobre como devemos construir o mundo”, diz o professor da Universidade de Pequim, que veio ao país a convite do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    Ele participou, na última terça-feira (18), de um seminário na sede do banco, no Rio de Janeiro, sobre experiências nacionais e internacionais na reconstrução de cidades devastadas por tragédias ambientais.

    Rio de Janeiro (RJ), 18/06/2024 – O arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, Kongjian Yu durante debate “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o Rio Grande do Sul e o Brasil”, no BNDES, no centro da capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

    Arquiteto e paisagista da Universidade de Pequim, Kongjian Yu durante debate “Reconstrução de cidades e mudança climática: experiências internacionais e nacionais para o Rio Grande do Sul e o Brasil” – Tomaz Silva/Agência Brasil

    O encontro foi motivado pela calamidade que atingiu o Rio Grande do Sul, classificada pelo governador gaúcho, Eduardo Leite, como o “maior desastre climático do Brasil” em termos de extensão territorial e impacto econômico. Mais de 170 mortes foram confirmadas.

    Kongjian Yu ressaltou que ficou impressionado com a ênfase que o BNDES tem dado a assuntos relacionados à busca de um futuro mais verde. “Eu nunca tinha ouvido uma instituição financeira falar tanto sobre mudanças climáticas, soluções verdes e determinação para o Brasil virar referência na construção de um futuro sustentável”, disse.

    “Estou orgulhoso de estar aqui para compartilhar a minha experiência de como o planeta pode ser sustentável”, completou.

    Origem camponesa

    Yu contou que começou a pensar no conceito de cidade-esponja ao perceber que o vilarejo em que ele morava, em Zhejiang, província no leste da China, estava sendo recorrentemente afetada por inundações.

    Segundo o professor, os problemas se agravaram à medida em que avançava o que ele chama de “infraestrutura cinza”, a presença crescente de concreto nas cidades, canalizando rios e impermeabilizando grandes áreas.

    Dessa forma, ele colocou em prática projetos de paisagismo que privilegiam a própria natureza para lidar com enchentes, priorizando grandes áreas alagáveis e presença de vegetação nativa. Assim, partes de cidades se tornam uma espécie de esponja, com capacidade de receberem inundação e dar “tempo” para o escoamento da água, diminuindo danos a áreas habitadas.

    “A enchente passa a não ser uma inimiga, resume.

    O sucesso do projeto de Yu fez com que o paisagismo cidades-esponja fosse usado em maior escala em mais de 250 cidades chinesas e replicado também fora do país.

    Em 2023, o pioneirismo e alcance do conceito renderam a Yu o Prêmio Internacional de Arquitetura Paisagística Cornelia Hahn Oberlander.

    O conceito desenvolvido por Yu não se limita a criar áreas cuja única finalidade é ser um espaço alagável. Ele trabalha com a harmonização entre construções e natureza. Os exemplos mais recorrentes são parques que, durante estações de seca, são frequentados pelas pessoas. Muitos são um emaranhado de trilhas e passarelas cercadas por pequenos lagos e muito verde. “Seguros e bonitos”, descreve.

    Yu atribui esse conhecimento de lidar com o ambiente sem intervenções drásticas – construção de muros de contenção e canalização de rios – à sabedoria de antepassados.

    “Não é nada novo para aqueles que viviam há milhares de anos em regiões de monções”, disse, se referindo à temporada de ventos que causam tempestades no sudeste asiático.

    China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. Foto Divulgação escritório Turenscape

    China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. – Foto Divulgação escritório Turenscape

    Contra infraestrutura cinza

    Kongjian Yu é crítico da infraestrutura cinza.

    “Gastamos bilhões de dólares canalizando rios, construindo represas, diques, tentando evitar que cidades e aldeias sejam inundadas”.

    Segundo o arquiteto, essas intervenções devem ser consideradas para resolver questões imediatas no curto prazo apenas. “Não existe represa segura sempre, o que aumenta o perigo potencial de inundações”, declarou.

    “Espero que o Brasil possa aprender com isso. Aprender com o que deu errado na China”, adverte, se referindo ao uso crescente de intervenções da engenharia.

    Ele cita ainda que a produção de cimento é um emissor de gases do efeito estufa. Assim, diminuir a presença da infraestrutura cinza contribui diretamente para a redução do nível de poluentes liberados para a atmosfera.

    O paisagista chinês defende que o conceito de cidade-esponja é uma solução sistemática para uma trajetória de resiliência, uma filosofia oposta à infraestrutura cinza, e que consiste em reter a água onde ela cai “Essa é a ideia do planeta esponja”, assinala.

    O professor da Universidade de Pequim explica que parte do aumento do nível do mar – fenômeno que ameaça ilhas e países costeiros – se dá por causa do escoamento de água pluvial e, segundo Yu, caso essa água fique armazenada na região em que acontecem as chuvas, poderia ser absorvida na mesma área, diminuindo o volume levado para os oceanos.

    China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. Foto Divulgação escritório TurenscapeChina. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park. Foto Divulgação escritório Turenscape

    China. Projeto de cidade-esponja do paisagista e arquiteto chinês Kongjian Yu. Jinhua Harbin Qunli Stormwater Park.- Foto Divulgação escritório Turenscape

    Brasil

    Yu enalteceu a biodiversidade brasileira e mostrou-se entusiasmado com o papel que o Brasil pode exercer no planeta. “Vocês são uma esperança, são um país muito jovem ainda”.

    Apesar do otimismo, ele criticou a forma em que a agricultura é cultivada. “Vejo quilômetros e quilômetros de soja. Não há espaço para a água. Vocês podem estar usando técnicas erradas. Uma pequena e simples solução pode mudar a situação dramaticamente: tornem a terra em uma esponja para captar mais água”, recomendou.

    O arquiteto considera que um dos primeiros passos para a elaboração de cidades-esponja é a criação de um plano diretor, em que fique claro “qual espaço ceder para água e onde não construir”.

    Ele orienta que as áreas alagáveis sejam preenchidas com florestas, parques e lagos. “A nossa solução é tirar o muro. Deixar a água entrar. A água irriga o parque”.

    Os muros de contenção são, na visão do paisagista, uma ameaça. Ele explica que quando acontecem transbordamentos, as superfícies de concreto funcionam como barreiras que impedem a água de retornar para o leito dos rios.

    Outro fator negativo é que rios canalizados – geralmente mais retilíneos e com menos curvas que traçados naturais – aumentam a velocidade do fluxo d’água, em vez de retardá-la.

    Segundo Yu, é preciso planejamento para que rios canalizados sejam transformados em rios-esponja, com vegetação, pequenas ilhas verdes que absorvam parte da água. “Nós temos que pensar grande”, incentiva.

    Ele entende que, em vez de quilômetros e mais quilômetros de muros de contenção, é preferível criar uma “parede belíssima que respira, com vegetação nativa, um corredor verde, bem no meio da cidade”.

    Kongjian Yu considera que iniciativas individuais também podem contribuir para que as cidades exerçam melhor a função de esponjas. Ele dá o exemplo de prédios e apartamentos que podem absorver a água da chuva. “É possível coletar e levar para a varanda, irrigando hortas”, detalha.

    “Nós precisamos repensar a maneira com que reconstruímos nossas cidades. Buscar uma solução baseada na natureza”, finaliza.

    Edição: Aline Leal

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  • Aeroporto de Porto Alegre vai reabrir para embarque e desembarque

    Aeroporto de Porto Alegre vai reabrir para embarque e desembarque

    O Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, retomará o procedimento de embarque e desembarque de passageiros na primeira quinzena de julho. Os voos continuarão sendo realizados na Base Aérea de Canoas até que a pista de pouso e decolagem seja liberada, mas os serviços de check-in, embarque e desembarque, que atualmente estão sendo feitos no ParkShopping de Canoas, passarão a ser realizados no aeroporto da capital gaúcha.

    Segundo o Ministério dos Portos e Aeroportos, será usada parte do terminal de passageiros do Salgado Filho que não foi impactada pela enchente para embarque, desembarque e procedimentos de segurança, permitindo o atendimento a um número maior de passageiros.

    Na semana passada, o aeroporto de Porto Alegre retomou as operações do terminal de cargas para recebimento e retirada de mercadorias por transporte rodoviário. O terminal está fechado desde o início de maio, após ter sido atingido pela enchente do Rio Guaíba.

    A Base Aérea de Canoas terá as operações aéreas ampliadas nos próximos dias, passando de cinco para sete voos diários. Segundo o ministério, a mudança vai possibilitar um aumento de 70 para 98 movimentos semanais, entre pousos e decolagens, com complemento de voos entre 17h35 e 21h.

    Edição: Juliana Andrade

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