Tag: Empresas

  • Empresas e MEI podem regularizar dívidas com Simples até esta quinta

    Empresas e MEI podem regularizar dívidas com Simples até esta quinta

    As micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEI) notificadas no fim de setembro que não regularizarem as dívidas com o Simples Nacional – regime tributário especial para pequenos negócios – até esta quinta-feira (31) serão excluídas do regime. A exclusão valerá a partir de 1º de janeiro.

    O devedor pode pagar à vista, abater parte da dívida com créditos tributários (recursos que a empresa tem direito a receber do Fisco) ou parcelar os débitos em até cinco anos com o pagamento de juros e multa. O parcelamento pode ser feito pelo Portal do Simples Nacional ou no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC), no serviço “Parcelamento – Simples Nacional”.

    O acesso ao Portal do Simples Nacional e ao e-CAC é feito com certificado digital ou com conta no Portal Gov.br nível prata ou ouro. A empresa ou o MEI que não concordar com a dívida e quiser contestar o Termo de Exclusão deverá dirigir a contestação ao Delegado de Julgamento da Receita Federal, protocolada via internet, conforme orientado no site do órgão.

    Notificações

    De 30 de setembro a 4 de outubro, a Receita notificou 1.121.419 MEI e 754.915 micro e pequenas empresas que deviam R$ 26,5 bilhões ao Simples Nacional. Após o conhecimento do termo, o contribuinte tem até 30 dias para impugnar a notificação ou quitar os débitos, sob pena de ser excluído do Simples. Dessa forma, as empresas e o MEI que receberam a notificação no fim de setembro têm até o fim de outubro para regularizarem as pendências.

    Segundo a Receita Federal, as principais irregularidades são falta de documentos, excesso de faturamento, débitos tributários, parcelamentos pendentes ou o exercício pela empresa de atividades não incluídas no Simples Nacional.

    Periodicamente, a Receita verifica se as empresas estão de acordo com as condições de enquadramento no Simples Nacional. Quando o estabelecimento apresenta irregularidades, o órgão envia cartas com o aviso de exclusão. O micro e pequeno empresário que ainda não regularizou as pendências pode pedir orientações ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para elaborar um plano de recuperação dos negócios.

  • Empresas e MEI têm até dia 31 para regularizar dívidas com Simples

    Empresas e MEI têm até dia 31 para regularizar dívidas com Simples

    As micro e pequenas empresas e os microempreendedores individuais (MEI) que não regularizaram as dívidas com o Simples Nacional – regime tributário especial para pequenos negócios – até o próximo dia 31 serão excluídas do regime. A exclusão valerá a partir de 1º de janeiro.

    O devedor pode pagar à vista, abater parte da dívida com créditos tributários (recursos que a empresa tem direito a receber do Fisco) ou parcelar os débitos em até cinco anos com o pagamento de juros e multa. O parcelamento pode ser feito Portal do Simples Nacional ou no Centro Virtual de Atendimento da Receita (e-CAC), no serviço “Parcelamento – Simples Nacional”.

    O acesso ao Portal do Simples Nacional e ao e-CAC é feito com certificado digital ou com conta no Portal Gov.br nível prata ou ouro. A empresa ou o MEI que não concordar com a dívida e quiser contestar o Termo de Exclusão deverá dirigir a contestação ao Delegado de Julgamento da Receita Federal, protocolada na internet, conforme orientado no site do órgão.

    Notificações

    De 30 de setembro a 4 de outubro, a Receita notificou 1.121.419 MEI e 754.915 micro e pequenas empresas que deviam R$ 26,5 bilhões ao Simples Nacional. Após o conhecimento do termo, o contribuinte tem até 30 dias para impugnar a notificação ou quitar os débitos, sob pena de ser excluído do Simples.

    Segundo a Receita Federal, as principais irregularidades são falta de documentos, excesso de faturamento, débitos tributários, parcelamentos pendentes ou o exercício pela empresa de atividades não incluídas no Simples Nacional.

    Periodicamente, a Receita verifica se as empresas estão de acordo com as condições de enquadramento no Simples Nacional. Quando o estabelecimento apresenta irregularidades, o órgão envia cartas com o aviso de exclusão. O micro e pequeno empresário que ainda não regularizou as pendências pode pedir orientações ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), para elaborar um plano de recuperação dos negócios.

  • Mato Grosso precisa de mão de obra qualificada para preencher vagas de emprego que estão sobrando

    Mato Grosso precisa de mão de obra qualificada para preencher vagas de emprego que estão sobrando

    Apesar de apresentar uma taxa de desemprego de apenas 3,3% no segundo trimestre de 2024, conforme dados do IBGE, posicionando Mato Grosso em um cenário de pleno emprego, o mercado de trabalho mato-grossense enfrenta um desafio crucial: a escassez de profissionais qualificados para atender à demanda das empresas.

    Um levantamento da CDL Cuiabá revela que cerca de 46,5% dos empreendimentos na capital têm dificuldade em encontrar candidatos com as competências necessárias para ocupar as vagas disponíveis. As áreas com maior demanda incluem vendas, assistência administrativa, mecânica, consultoria, transporte, eletricidade, além de funções técnicas e especializadas em TI.

    A pesquisa também aponta outros desafios, como a falta de interesse de candidatos em determinadas vagas e a alta rotatividade de funcionários. Essa situação impacta diretamente na produtividade das empresas, que precisam investir tempo e recursos em processos de recrutamento, seleção e treinamento.

    Segundo Junior Macagnam, presidente da CDL Cuiabá, a retenção de talentos é fundamental para garantir a qualidade dos serviços e reduzir custos operacionais. Para isso, as empresas precisam oferecer pacotes competitivos, com salários atrativos, planos de carreira e benefícios que valorizem os colaboradores.

    O perfil do profissional mais buscado pelas empresas mato-grossenses valoriza a experiência prática, habilidades técnicas específicas e o potencial de desenvolvimento. No entanto, a falta de profissionais com as qualificações exigidas tem levado as empresas a ampliarem seus esforços na capacitação interna de seus colaboradores.

    Diante desse cenário, diversas instituições têm atuado para qualificar a mão de obra mato-grossense. A Fiemt e o IEL MT, por exemplo, desenvolvem ações e ferramentas para estimular a empregabilidade no estado, e o Senai oferece cursos de capacitação em diversas áreas.

  • Bets não autorizadas serão suspensas nesta terça

    Bets não autorizadas serão suspensas nesta terça

    A partir desta terça-feira (1º), as bets (empresas de apostas eletrônicas) que não pediram autorização para operar no país terão as atividades suspensas. A suspensão valerá até que a empresa entre com um pedido, e a Secretaria de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda conceda a permissão.

    Os sites não autorizados continuarão a ser acessados até 11 de outubro, quando serão retirados do ar pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Nessa segunda-feira (30), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que até 600 páginas e aplicativos serão bloqueados.

    Segundo o Ministério da Fazenda, o prazo de dez dias foi concedido para que os apostadores resgatem o saldo dos sites não autorizados a continuar em funcionamento no país. “Se você tem algum dinheiro em casa de aposta peça a restituição já, porque você tem o direito de ter seu valor restituído. Já estamos avisando todo mundo”, alertou Haddad.

    A lista das empresas que fizeram o pedido está disponível na página do Sistema de Gestão de Apostas do Ministério da Fazenda (Sigap). Até o fim da tarde dessa segunda (30), o sistema registrava 162 pedidos de 158 empresas. Apenas nos últimos sete dias, 27 empresas fizeram pedidos.

    De outubro a dezembro só poderão continuar funcionando os sites autorizados e que já estavam atuando. Segundo o Ministério da Fazenda, as empresas suspensas poderão fazer o pedido a qualquer momento, mas irão para o fim da fila, levando meses para terem a documentação e os requisitos analisados.

    A expectativa é que a pasta conclua, até dezembro, o processo de análise dos pedidos protocolados até agora. A partir da aprovação, as empresas deverão pagar R$ 30 milhões de outorga para operar legalmente até três marcas cada uma por cinco anos, como estabelece a Lei 14.790/2023, que legalizou as apostas eletrônicas no país.

    A partir de janeiro, as empresas que operarem sem autorização estarão sujeitas a punições, com multas de até R$ 2 bilhões por infração.

  • Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

    Mulheres ganham 20% menos do que homens em mais de 50 mil empresas

    As trabalhadoras mulheres ganham 20,7% menos do que os homens, em 50.692 empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil. As informações são do 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, apresentado nesta quarta-feira (18), pelos ministérios das Mulheres e do Trabalho e Emprego (MTE), em Brasília. O documento considera os dados informados pelos empregadores na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) de 2023.

    O 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios aponta que houve aumento na diferença salarial entre homens e mulheres, na comparação ao primeiro relatório, divulgado em março deste ano, que indicava a diferença salarial de 19,4%.

    De acordo com o Ministério das Mulheres, o aumento é resultado dos novos empregos gerados no ano passado – 369.050 mil novos postos formais ocupados por homens e 316.751 mil ocupados por mulheres.

    A ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, destacou que igualdade salarial de gênero para trabalhos iguais é prioridade do atual governo federal e está posta em discussão em nível internacional, por exemplo, no âmbito do G20, sob a presidência rotativa do Brasil, em 2024, e também, na Organização das Nações Unidas (ONU).

    Cida Gonçalves ainda lembrou que as mulheres são chefes de família em metade dos domicílios brasileiros (50,8% de acordo com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – Dieese), mas ganham menos 20% do que os homens pelo mesmo trabalho. “As mulheres não são apêndice, as mulheres não estão nos cantos e não são as pessoas do mimimi. As mulheres, hoje, são as trabalhadoras, são as que sustentam e as que pensam.”

    A ministra explicou que é preciso mudar a mentalidade de toda a sociedade em relação aos papéis estabelecidos a homens e mulheres, estas, muitas vezes, dedicadas aos serviços domésticos e ao cuidado de outras pessoas. “Ainda acham que as mulheres [ganham] é o complemento do salário dos homens. Não é. Nós precisamos convencer as empresas, os homens e todo o mundo que as mulheres, hoje, são aquelas que mantêm suas famílias. O desafio é colocar as mulheres na centralidade do debate.”

    “Esse país precisa incluir as mulheres no seu critério de desenvolvimento econômico, na indústria, no trabalho, na agricultura. As mulheres não são pobres coitadas. Todas elas têm chance, têm condições, se lhes derem oportunidades”, declarou a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.

    Dados do relatório

    Para o 2° Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) analisou as informações da RAIS de 2023 de 18.044.542 vínculos formais de trabalho, divididos em 10,8 milhões de homens e 7,2 milhões de mulheres.

    Ao todo, a soma dos rendimentos desses trabalhadores com carteira de trabalho assinada analisados chegou a R$ 782,99 bilhões. A remuneração média desta população ocupada foi R$ 4.125,77.

    O estudo revelou que, nas empresas com 100 empregados ou mais, os trabalhadores homens ganhavam, em média, R$ 4.495,39, enquanto as mulheres recebiam R$ 3.565,48.

    Se consideradas somente as trabalhadoras negras, a diferença de remuneração se acentua. No geral, as mulheres negras ganhavam R$ 2.745,26, no ano passado, o que equivalia à metade (50,2%) do salário dos homens não negros: R$ 5.464,29. No período, as mulheres não negras recebiam, em média, R$ 4.249,71. O relatório apontou que 27,9% das empresas de 100 ou mais empregados indicaram ter política de incentivo à contratação de mulheres negras.

    Quanto aos cargos de direção e gerência, as mulheres recebem 27% menos do que a remuneração dos homens. Quando se trata de profissionais em nível superior, as mulheres ganham 31,2% abaixo do que remuneram os homens.

    Mais informações sobre empresas com 100 ou mais empregados, no Brasil, em 2023:

    · em 31% destes estabelecimentos (15.737), a diferença salarial entre mulheres e homens é 5%;

    · 53% dos estabelecimentos (26.873) não havia pelo menos três mulheres em cargos de gerência ou direção da empresa para que os cálculos sobre diferenças salariais fossem realizados;

    · 55,5% das entidades utilizavam planos de cargos e salários como critério de remuneração;

    · 63,8% dos estabelecimentos cumpriam metas de produção como critério de remuneração;

    · 22,9% das entidades tinham política de auxílio creche;

    · 20% das empresas tinham política de licença paternidade/maternidade estendida;

    · 42,7% dos estabelecimentos (21.658) tinham entre 0% e 10% dos empregados que eram mulheres pretas ou pardas;

    · 8,2% destas empresas tinham política de contratação para mulheres indígenas;

    · 0,2% (85) dos estabelecimentos não tinham mulheres empregadas formalmente, em 2023.

    A secretária-executiva adjunta do Ministério do Trabalho e Emprego, Luciana Nakamura, observou que os relatórios de transparência salarial não expõem as empresas, nem os empregados e seus respectivos salários.

    Nakamura informou também que, desde 1943, a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), já estabelece a igualdade salarial entre homens e mulheres para o mesmo trabalho. Para ela, a nova Lei da igualdade salarial entre mulheres e homens chega para conscientizar as empresas.

    “A implementação da política é pedagógica e, aos poucos, todos vão compreender. No fim, pretendemos promover um ambiente de igualdade para as mulheres e, principalmente, a igualdade salarial”, estima a representante do MTE.

    Dia Internacional da Igualdade Salarial

    A segunda edição do Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios foi divulgada no Dia Internacional da Igualdade Salarial, instituído em 2019 pela ONU, com o objetivo de avançar na igualdade de gênero no mundo do trabalho e para chamar à atenção para a desigualdade salarial entre homens e mulheres.

    A ONU alertou que, no ritmo atual, serão necessários 300 anos para alcançar a igualdade de gênero no mundo. A ministra das Mulheres declarou que não é possível esperar para melhorar as condições de trabalho das mulheres.

    Durante a apresentação do relatório, em Brasília, a representante da Organização das Nações Unidas (ONU) Mulheres para o Brasil, Ana Carolina Querino, lembrou, que a igualdade de gênero e empoderamento de todas as mulheres e meninas é o quinto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU e que para alcança-lo até 2030 é preciso acabar com todas as formas de discriminação contra as mulheres. “A gente precisa combater a misoginia porque essa desigualdade salarial reflete a violência em todas as barreiras estruturais que as mulheres enfrentam para participar e ter igualdade de oportunidades na vida pública.”

    Edição: Valéria Aguiar

    — news —

  • Transparência salarial: empresas têm até hoje para preencher relatório

    Transparência salarial: empresas têm até hoje para preencher relatório

    Termina nesta sexta-feira (30) o prazo para que empresas com 100 ou mais funcionários preencham o Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios de 2024, conforme prevê a Lei 14.611/2023 – Lei de Igualdade Salarial, que estabelece critérios de remuneração entre mulheres e homens que executam o mesmo tipo de trabalho.

    O relatório é uma ferramenta utilizada pelo governo federal para verificar se há casos de diferenças salariais por gênero nas empresas. Com esses dados, é possível ao poder público conhecer a realidade remuneratória dos trabalhadores nas empresas, bem como as políticas de incentivo à contratação e promoção na perspectiva de gênero.

    Para preencher o documento, as empresas têm de acessar o Portal Emprega Brasil, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e inserir as informações no relatório. Na página, há indicações de como as empresas e suas filiais devem se cadastrar, além de identificar as pessoas físicas que irão representar as instituições.

    Esses representantes devem ter login no portal único de serviços digitais do governo federal, o Gov.br, e devem responder a cinco perguntas do questionário complementar.

    Etapas

    A partir das informações disponibilizadas, o Ministério do Trabalho produzirá outro relatório, com dados gerais de cada empreendimento, que será disponibilizado às empresas até 16 de setembro. Não há possibilidade de dados individuais serem divulgados para evitar a identificação de situações únicas.

    Após a entrega do documento sobre a situação de transparência salarial no país, as empresas deverão publicar os dados gerais do relatório gerado em locais acessíveis, como sites, redes sociais ou outros meios similares, até 30 de setembro. A divulgação deve ser ampla, visando a alcançar seus empregados, trabalhadores e ao público em geral.

    Se uma empresa não garantir a visibilidade dessas informações, por meio da publicação dos relatórios, o MTE aplicará multa administrativa correspondente a até 3% da folha de salários, com o teto de 100 salários mínimos (R$141,2 mil). Outras sanções por discriminação salarial e critérios remuneratórios entre homens e mulheres podem ser aplicadas, quando for o caso.

    Em 30 de setembro, o MTE e o Ministério das Mulheres deverão fazer a divulgação de dados gerais dos relatórios entregues, como foi feito no primeiro Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios de 2024, em março deste ano.

    Discriminação salarial

    Em casos de discriminação salarial e de desigualdades apontadas no relatório, a legislação estabelece que um plano de ação deverá ser elaborado pela empresa infratora em até 90 dias, após o recebimento da primeira notificação. Representantes das entidades sindicais têm participação garantida em lei na elaboração e na implementação do plano de ação.

    Se verificada a reincidência das desigualdades salariais de um mesmo CNPJ, a legislação prevê que seja lavrado um auto de infração pela auditoria fiscal do trabalho. A empresa tem prazo de dez dias para apresentação de defesa administrativa.

    As pessoas jurídicas com 100 ou mais empregados devem adotar medidas para garantir essa igualdade, incluindo transparência salarial, fiscalização contra discriminação, canais de denúncia, programas de diversidade e inclusão, e apoio à capacitação de mulheres.

    Primeiro relatório

    Ao todo, 49.587 empresas com 100 ou mais funcionários em 31 de dezembro de 2023 prestaram as informações exigidas pela nova legislação.

    Os dados do primeiro relatório de transparência salarial, divulgado em março deste ano, mostraram que as mulheres ganham 19,4% a menos do que os homens na mesma função.

    O documento revelou, por exemplo, que a remuneração média no Brasil é de R$ 4.472. Os homens não negros recebem R$ 5.718; as mulheres não negras aparecem na sequência, com R$ 4.452. Já os homens negros ganham R$ 3.844 e as mulheres negras têm salários médios de R$ 3.041.

    As mulheres ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no mercado de trabalho brasileiro.

    O Brasil não é um caso isolado de diferenças salariais de gênero. O relatório Mulheres, Empresas e o Direito do Banco Mundial, publicado em 2024, indica a disparidade global de gênero.

    Denúncias

    Denúncias de desigualdade salarial podem ser feitas pelo site da Carteira de Trabalho Digital ou no ou aplicativo para smartphones desenvolvido pelo Ministério do Trabalho e Emprego nos sistemas Android e iOS. Antes, é preciso acessar o portal Gov.br.

    Para esclarecer eventuais dúvidas sobre a lei, o Ministério das Mulheres, em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego, tem a Cartilha Tira-Dúvidas: Lei da Igualdade Salarial e de Critérios Remuneratórios entre Mulheres e Homens, com informações destinadas aos trabalhadores e empregadores.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Mato Grosso perde terreno na corrida pela inovação, aponta estudo

    Apesar de ser um dos maiores polos agrícolas do Brasil, Mato Grosso ainda engatinha quando o assunto é inovação. Um estudo divulgado ontem pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revela que o estado apresenta uma participação tímida na Lei do Bem, programa que oferece incentivos fiscais para empresas que investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D).

    Dos R$ 472 milhões investidos em projetos de P&D em Mato Grosso em 2022, por meio da Lei do Bem, a maior parte – cerca de R$ 403 milhões – foi destinada ao setor agroindustrial.

    No entanto, o número de empresas mato-grossenses aderindo ao programa é bem abaixo da média nacional. Enquanto quase 3,5 mil empresas de todo o país participam da lei, em Mato Grosso esse número se restringe a apenas 43, que apresentaram 72 projetos.

    Burocracia e falta de conhecimento são os vilões na adesão de Mato Grosso

    CENARIO 1
    Foto: Reprodução

    Segundo Marconi Albuquerque, coordenador de Apoio à Inovação do MCTI, a baixa adesão de empresas mato-grossenses à Lei do Bem pode ser explicada por diversos fatores, como a complexidade da legislação, a falta de conhecimento sobre os benefícios do programa, especialmente entre as pequenas empresas, e a dificuldade de adaptação à cultura de inovação.

    “A Lei do Bem é um instrumento poderoso para impulsionar a competitividade das empresas e o desenvolvimento tecnológico do país. No entanto, ainda há muito a ser feito para que as empresas, principalmente as de menor porte, compreendam e aproveitem os benefícios desse programa”, afirmou Albuquerque.

    Potencial inexplorado

    O coordenador destaca que Mato Grosso possui um enorme potencial para a inovação, especialmente no setor agroindustrial. “O estado tem tudo para se tornar um referência em inovação no agronegócio, mas para isso é preciso investir em pesquisa e desenvolvimento”, disse.

    Invista em inovação e veja sua empresa decolar!

    A Lei do Bem oferece uma série de benefícios fiscais que podem impulsionar o crescimento do seu negócio. Ao investir em pesquisa e desenvolvimento, sua empresa pode:

    • Economizar com impostos: Deduza até 34% do IRPJ e CSLL dos seus gastos com P&D.
    • Modernizar sua operação: Adquira máquinas e equipamentos com 50% de desconto no IPI.
    • Acelerar a depreciação e amortização: Recupere seu investimento mais rapidamente.
    • Expandir seus negócios para o exterior: Reduza os custos com registro de marcas, patentes e cultivares.
  • Empresas de IA e gravadoras se enfrentam sobre uso de músicas para treinar algoritmos

    Empresas de IA e gravadoras se enfrentam sobre uso de músicas para treinar algoritmos

    Uma batalha legal está tomando forma no mundo da tecnologia. Empresas de inteligência artificial (IA) que criam música estão sendo processadas por grandes gravadoras por violação de direitos autorais. O motivo? O uso de músicas protegidas para treinar seus algoritmos.

    As startups Udio e Suno, focadas em geração musical por IA, alegam que sua prática se enquadra no conceito de “fair use” (uso justo) previsto pela lei de direitos autorais. A defesa argumenta que o treinamento dos modelos de IA, embora utilize trechos musicais, não viola direitos autorais pois o resultado final é a criação de músicas inéditas.

    “Não é segredo que as dezenas de milhões de gravações usadas para treinar o modelo da Suno provavelmente incluem material protegido pelas autoras do processo”, reconheceu a empresa. No entanto, eles afirmam que esses dados de treinamento abrangem “essencialmente todos os arquivos de música de qualidade razoável acessíveis na internet aberta”, o que incluiria milhões de cópias ilegais.

    A Suno defende a legalidade de seu processo, pois o uso de trechos musicais para treinar a IA não se traduz na criação de colagens sonoras baseadas diretamente nas músicas originais. Ao invés disso, o algoritmo aprende estilos e gêneros musicais, como ópera ou jazz, que, segundo eles, não podem ser propriedade de ninguém.

    “Nossas leis de propriedade intelectual sempre foram cuidadosamente elaboradas para evitar que alguém monopolize uma forma de expressão artística, seja um soneto ou uma música pop. Os direitos de propriedade intelectual podem ser aplicados a uma gravação específica de uma música em um determinado estilo. Mas não ao estilo em si”, argumenta a empresa.

    A alegação de “fair use” foi prontamente contestada pela RIAA, a Associação da Indústria Fonográfica da América, que moveu o processo. “Sua violação de direitos autorais em escala industrial não se qualifica como ‘fair use’. Não há nada justo em roubar o trabalho de um artista, extrair seu valor central e reembalá-lo para competir diretamente com os originais”, disse um porta-voz da organização.

    O porta-voz afirmou ainda que as empresas de IA tinham uma alternativa legal: “obter consentimento antes de usar o material, como muitos de seus concorrentes já fazem. Essa concorrência desleal está diretamente em questão nestes casos”.

    O debate coloca em xeque os limites do uso de material protegido por direitos autorais para treinar algoritmos de IA. As empresas de tecnologia argumentam que o conteúdo publicado na internet se torna “gratuito”, podendo ser copiado e usado por qualquer pessoa. Essa visão, no entanto, entra em conflito com as diretrizes do Escritório de Direitos Autorais dos Estados Unidos, que afirma que um trabalho está protegido desde o momento em que é criado e fixado em uma forma tangível.

    Este caso não é único. Outras empresas de IA, como OpenAI e Perplexity, também enfrentam acusações similares. A disputa promete gerar discussões importantes sobre o uso da inteligência artificial e os limites da propriedade intelectual na era digital.

  • Dell escorrega e acaba provando que o trabalho remoto veio para ficar

    Dell escorrega e acaba provando que o trabalho remoto veio para ficar

    A Dell optou por uma estratégia de “cenoura e bastão” para tentar trazer os funcionários de volta para o escritório: quem não comparecesse pelo menos três dias por semana não seria demitido, mas também não seria promovido. A resposta foi clara: metade dos funcionários preferiu abrir mão da possibilidade de ascensão profissional a trocar a comodidade do home office pelo ambiente corporativo.

    A tentativa de algumas empresas em forçar o retorno presencial dos funcionários parece estar batendo contra o muro que é a realidade.

    Essa resistência ao retorno não é um caso isolado que só afeta a Dell. Pesquisas indicam que um número crescente de trabalhadores prioriza a flexibilidade oferecida pelo trabalho remoto. Entre as vantagens apontadas estão a economia de tempo e dinheiro com transporte, a possibilidade de conciliar melhor vida pessoal e profissional, além da liberdade de escolher o local de residência.

    A pandemia acelerou uma tendência que já vinha ganhando força: a digitalização do trabalho. Muitas empresas perceberam que é possível manter a produtividade, e até mesmo aumentá-la, com equipes distribuídas geograficamente. Além disso, os colaboradores, após experimentarem os benefícios do home office, mostraram-se relutantes em abrir mão desse modelo.

    Dados do mercado imobiliário corroboram essa mudança de cenário. As taxas de vacância de escritórios comerciais nunca foram tão altas. Isso indica uma redução da demanda por espaços físicos de trabalho, à medida que as empresas se adaptam à nova realidade.

    A Dell, portanto, serviu como um exemplo prático das dificuldades que empresas podem enfrentar ao tentar impor regras rígidas de retorno presencial, especialmente em um contexto onde o trabalho remoto se consolidou como uma alternativa viável e vantajosa para muitos profissionais.

    É evidente que o futuro do trabalho passa pelo home office. As organizações que não conseguirem se adaptar a essa tendência correm o risco de perder talentos para concorrentes mais flexíveis.

  • Uma incógnita para as PMEs e um sonho dos CEOs, Microsoft Recall 2024

    Uma incógnita para as PMEs e um sonho dos CEOs, Microsoft Recall 2024

    O cenário das Pequenas e Médias Empresas (PMEs) está em constante transformação, e a Inteligência Artificial (IA) se apresenta como um elemento crucial para o futuro dessa classe de negócios. No entanto, a forma como a IA será utilizada pelas PMEs ainda é incerta, e o debate sobre seus impactos no mercado de trabalho é acalorado.

    A ascensão da IA e as diferentes visões para o futuro

    Microsoft Recall - O sonho das PMEs

    O desenvolvimento exponencial da IA nos últimos anos, impulsionado por ferramentas como o ChatGPT, gerou grande entusiasmo e expectativas em relação ao seu potencial. No entanto, essa euforia também acompanha o receio de que a IA possa substituir os trabalhadores humanos, levando a perdas de empregos e à desumanização do trabalho.

    Em contrapartida, existe uma visão mais otimista que defende a IA como uma ferramenta para ampliar as capacidades humanas, automatizando tarefas repetitivas e liberando tempo para que os funcionários se concentrem em atividades mais criativas, estratégicas e que agreguem valor ao negócio.

    Desafios e oportunidades para as PMEs

    Microsoft Recall - O sonho das PMEs
    Créditos: Divulgação / Microsoft

    As PMEs, por sua natureza, apresentam características únicas que as diferenciam das grandes corporações. Isso significa que a implementação da IA nessas empresas precisa ser feita de forma estratégica e consciente, levando em consideração suas necessidades específicas e seus recursos limitados.

    Um dos principais desafios para as PMEs é entender como a IA pode ser utilizada para aprimorar seus processos internos sem comprometer a qualidade do trabalho, a segurança dos dados e o bem-estar dos funcionários.

    O papel do Recall da Microsoft e as preocupações com privacidade

    A recente ferramenta da Microsoft, o Recall, que registra todas as ações realizadas em um computador, gerou controvérsias e debates acalorados. Apesar de seu potencial para automatizar tarefas e otimizar processos, o Recall levanta sérias preocupações sobre privacidade e segurança dos dados.

    A coleta e o armazenamento de informações detalhadas sobre o comportamento dos funcionários podem ser utilizados para monitoramento excessivo, espionagem industrial e até mesmo demissões injustas. É fundamental que a Microsoft, assim como outras empresas que desenvolvem ferramentas de IA, estabeleça medidas robustas para proteger a privacidade dos usuários e garantir o uso ético e responsável da tecnologia.

    Imagine trabalhar em uma empresa por 10 anos e mesmo assim ser completamente substituível, simplesmente pelo fato de que quem tiver acesso ao seu Recall, terá acesso aos seus processos,

    O trabalho de pequenas e médias empresas com a IA

    A IA tem o potencial de transformar o futuro do trabalho nas PMEs, impulsionando a produtividade, a eficiência e a competitividade. No entanto, para que essa transformação seja positiva e sustentável, é crucial que a implementação da IA seja feita de forma responsável, ética e transparente.

    As PMEs precisam estar atentas aos desafios e oportunidades que a IA apresenta, buscando soluções que agreguem valor ao negócio, preservem os empregos e promovam o bem-estar dos trabalhadores. A colaboração entre empresas, governos, instituições de ensino e trabalhadores será fundamental para garantir que a IA seja utilizada de forma a beneficiar a todos.

    É importante ressaltar que o futuro do trabalho nas PMEs com a IA ainda está em aberto. As decisões que serão tomadas nos próximos anos determinarão se a IA se tornará uma ferramenta poderosa para o desenvolvimento das PMEs ou se contribuirá para a precarização do trabalho e a exacerbação das desigualdades sociais.

    A chave para um futuro positivo reside na busca por um equilíbrio entre os benefícios da IA e a proteção dos direitos humanos e do trabalho. O debate sobre a IA e o futuro do trabalho nas PMEs deve ser contínuo e envolver todos os stakeholders para garantir que a tecnologia seja utilizada de forma ética, responsável e sustentável.