Tag: emprego

  • Sine-MT anuncia mais de 2 mil vagas de emprego em diversas cidades do estado

    Sine-MT anuncia mais de 2 mil vagas de emprego em diversas cidades do estado

    O Sistema Nacional de Emprego de Mato Grosso (Sine-MT), vinculado à Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc-MT), está disponibilizando nesta semana um total de 2.096 novas vagas de emprego em todo o estado. Os postos do Sine-MT distribuídos em 31 municípios do estado estão oferecendo oportunidades para profissionais que desejam ingressar ou se recolocar no mercado de trabalho.

    Os interessados podem se dirigir à unidade mais próxima, entre os 34 postos do Sine-MT, portando documentos pessoais e comprovante de residência.

    Sapezal, a cerca de 560 km de Cuiabá, lidera as oportunidades com 382 vagas disponíveis. Dentre elas, destacam-se posições como operador de máquina agrícola, auxiliar administrativo, motorista carreteiro, e outras, abrangendo áreas variadas.

    Primeiro boletim covid de 2024 mostra aumento no número de casos

    Em Nova Mutum, localizado a 238 km da capital, estão listadas 231 oportunidades, com demandas para atendente de lanchonete, consultor de vendas, operador de pá-carregadora, entre outras, sendo a maior parte voltada para operador de processo de produção, totalizando 167 vagas.

    Já em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá, são oferecidas 170 vagas que incluem funções como trabalhador da avicultura de postura, ajudante de carga e descarga, camareira de hotel, entre outras.

    Para os moradores de Cuiabá e Várzea Grande, estão abertas 424 vagas em áreas como operador de caixa, repositor em supermercados, ajudante de obras, técnico em segurança do trabalho, entre outras oportunidades.

    Além disso, há 33 vagas destinadas a pessoas com deficiência (PCD), com posições como operador de caixa, auxiliar de armazenamento, empacotador a mão, fiscal de caixa, entre outras.

    Os interessados podem conferir as vagas disponíveis também acessando o portal Emprega Brasil.

    O Sine não só atua na intermediação de mão de obra, mas também oferece serviços de habilitação do Seguro-Desemprego, orientações sobre a utilização da Carteira de Trabalho Digital e Previdência Social.

    O horário de atendimento das unidades varia, sendo das 8h às 18h de segunda a sexta-feira nas unidades do Ganha Tempo Ipiranga e do CPA I na região metropolitana, enquanto no posto do Sine no Centro Estadual de Cidadania do Várzea Grande Shopping, o horário é das 10h às 18h. É essencial verificar diariamente a disponibilidade das vagas oferecidas em cada unidade.

  • Brasil gera mais de 190 mil postos com carteira assinada em outubro

    Brasil gera mais de 190 mil postos com carteira assinada em outubro

    Em outubro, o Brasil gerou 190.366 postos de trabalho com carteira assinada. Com isso, acumula, ao longo do ano, um saldo positivo de 1.784.695 novas vagas em todas as unidades da Federação em quatro dos cinco grupamentos econômicos que constituem o levantamento. A exceção foi a Agricultura, que teve saldo negativo.

    Os números constam do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta terça-feira (28) pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

    Setores

    O saldo positivo de outubro resulta das 1.941.281 admissões e dos 1.750.915 desligamentos registrados no mês. Segundo o MTE, a maioria dos empregos formais foram criados nos setores de Serviços (109.939) e de Comércio (49.647).

    Com o resultado acumulado do ano, o estoque total recuperado para o Caged ficou em 44.229.120 postos de trabalho formais. “O maior crescimento do emprego formal em outubro ocorreu no setor de Serviços, com um saldo de 109.939 postos, com destaque para Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, que teve saldo positivo de 65.128 empregos”, informou por meio de nota o ministério.

    Ainda segundo a pasta, a segunda maior geração foi observada no setor de Comércio, com 49.647 postos de trabalho gerados no mês, “principalmente no comércio varejista de mercadorias, com predominância de supermercados (saldo positivo de 6.307 postos) e hipermercados (1.925), além dos artigos de vestuário (5.026)”, complementa o estudo.

    O terceiro maior crescimento registrado foi na Indústria: saldo positivo de 20.954 novos postos com carteira assinada. O maior destaque ficou com o setor de fabricação de açúcar em bruto (1,5 mil) e fabricação de móveis, com saldo de 1.330. Já a Construção Civil teve saldo positivo de 11.480 empregos.

    Saldo negativo

    O único setor que registrou saldo negativo foi o da Agropecuária, com 1.656 empregos perdidos no mês. “É um saldo pequeno, mas negativo, resultado da coleta de produtos como o café, entre outros”, avaliou o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, em entrevista a imprensa.

    Segundo o MTE, esse resultado decorre da desmobilização do café (-2.850), do cultivo de alho (-1.677), cultivo de batata-inglesa (-1.233) e de cebola (-1.138) que superaram o aumento nas atividades de produção de sementes (4.088).

    São Paulo foi o estado que obteve o maior saldo de empregos formais. A maior parte dos 69.442 mil novos postos está concentrada no setor de serviços, que obteve saldo positivo de 44.112 novos postos. No Rio de Janeiro, foram gerados 18.803 novas vagas, enquanto no Paraná, o saldo positivo ficou em 14.945 postos.

    Acumulado de 2023

    São Paulo é também o estado com maior número de novos postos de trabalho no acumulado do ano, com um total 502.193 novas contratações. Na sequência vem Minas Gerais, com 187.485 novos postos e Rio de Janeiro (141.981 vagas formais).

    “O maior crescimento do emprego formal no acumulado do ano ocorreu no setor de Serviços, que gerou 976.511 postos de trabalho até outubro (54,4% do saldo), com destaque para as atividades de Informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (355.869), e para as atividades de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (312.552)”, detalhou o levantamento.

    Na Construção Civil foram gerados 253.876 postos, com destaque para as obras de infraestrutura (86.099). A indústria apresenta, ao longo do ano, um saldo positivo de 251.11 novos postos, com destaque para a fabricação de produtos alimentícios (81.523).

    O comércio gerou 193.526 novas vagas formais, com destaque para o setor de supermercados (17.491), minimercados (12.207) e produtos farmacêuticos (12.684); e a Agropecuária gerou 109.698 postos, tendo como destaques os cultivos de soja (15.870), cana-de-açúcar (15.475) e laranja (7.949).

    Tendo como recorte os grupos populacionais, o Caged verificou em outubro saldo positivo tanto para mulheres (90.696 vagas geradas). como para os homens (99.671). Do total de vagas geradas no mês, 110.240 foram para pessoas declaradas como pardas; 64.660 brancas; 22.300 declaradas pretas ; 15.395 amarelas e 652 são declaradas indígenas. Foram também criados 1.699 novos postos de trabalhos para pessoas com deficiência.

    Edição: Aline Leal
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  • Desemprego recua e Brasil registra o menor nível em 9 anos

    Desemprego recua e Brasil registra o menor nível em 9 anos

    A taxa de desocupação (desemprego) ficou em 7,8% no trimestre encerrado em agosto deste ano. Esse é o menor patamar do índicedesde fevereiro de 2015 (7,5%). A taxamostra a proporção de pessoas que buscaram emprego e não conseguiram no período em relação à força de trabalho, que é a soma de empregados e desempregados.

    A taxa recuou em relação tanto ao trimestre anterior – encerrado em maio deste ano (8,3%) – quanto ao trimestre finalizado em agosto de 2022 (8,9%). Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) foram divulgados nesta sexta-feira (29), no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A população desocupada chegou a 8,4 milhões, apresentando recuos de 5,9% (menos 528 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 13,2% (menos 1,3 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior. Para o IBGE, esse é o menor contingente desde junho de 2015 (8,5 milhões).

    Já a população ocupada(99,7 milhões) cresceu 1,3% no trimestre (mais 1,3 milhão de pessoas) e 0,6% (mais 641 mil pessoas) no ano. O nível da ocupação, isto é, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, ficou em 57%, acima do trimestre anterior (56,4%) e estável em relação ao ano passado.

    O rendimento real habitual foi calculado em R$ 2.947, apresentando estabilidade no trimestre e crescimento de 4,6% no ano.Amassa de rendimento real habitual(R$ 288,9 bilhões) foi recorde da série histórica, crescendo 2,4% frente ao trimestre anterior e 5,5% na comparação anual.

    Carteira assinada

    O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado – sem considerar trabalhadores domésticos – chegou a 37,25 milhões, o maior total desde fevereiro de 2015 (37,29 milhões). Em relação ao trimestre anterior, a alta é de 1,1% (mais 422 mil pessoas), enquanto na comparação com o ano anterior o avanço é de 3,5% (mais 1,3 milhão) no ano.

    O total de empregados sem carteira no setor privado (13,2 milhões) também cresceu no trimestre (2,1% ou mais 266 mil pessoas), mas ficou estável no ano.

    O mesmo aconteceu com os trabalhadores domésticos(5,9 milhões de pessoas), que cresceram ante o trimestre anterior (2,8%). Houve estabilidade em relação ao trimestre encerrado em agosto de 2022.

    O número de trabalhadores por conta própria(25,4 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 2,0% no ano (menos 509 mil pessoas).Já o item empregadores (4,2 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.

    A taxa de informalidade atingiu 39,1 % da população ocupada (ou 38,9 milhões de trabalhadores informais), acima dos 38,9% no trimestre anterior, mas abaixo dos 39,7% no mesmo trimestre de 2022.

    Subutilização

    A população subutilizada, isto é, que poderia trabalhar mais do que trabalha, ficou em 20,2 milhões de pessoas, quedas de 2,2% no trimestre e 15,5% no ano.

    A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles com mais de 14 anos que não trabalham nem procuram emprego, foi de66,8 milhões, uma queda de 0,5% ante o trimestre anterior (menos 347 mil pessoas) e uma alta de 3,4% (mais 2,2 milhões) na comparação anual.

    Já a população desalentada, ou seja, aquela que gostaria de trabalhar, mas não procurou emprego por vários motivos, representou 3,6 milhões de pessoas, uma estabilidade em relação ao trimestre anterior e uma queda de 16,2% (menos 692 mil pessoas) na comparação com o ano passado. É o menor contingente desde setembro de 2016 (3,5 milhões).

    *Matéria alterada às 10h02 para mudança de título

    Edição: Kleber Sampaio
    — news —

  • Micro e pequenas empresas lideram geração de empregos em julho

    Micro e pequenas empresas lideram geração de empregos em julho

    As micro e pequenas empresas (MPEs) são o carro-chefe da criação de empregos com carteira assinada no país. Em julho, 79,8% das vagas abertas no Brasil foram absorvidas pelos pequenos negócios. Isso representa 113,8 mil postos de trabalho de um total de 142,7 mil. O levantamento foi feito pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) e obtido em primeira mão pelaAgência Brasil. Esse montante representa uma média de 3.670 vagas formais geradas a cada dia.

    O volume total criado pelas MPEs é quase seis vezes maior que o número de contratações das médias e grandes empresas (MGEs), que concentraram 13,5% das vagas criadas (19.229). Os demais segmentos são instituições sem fins lucrativos (3.813), pessoas físicas (6.032) e administração pública (-200).

    No levantamento do Sebrae, são consideradas microempresas as firmas com até nove empregados (agropecuária, comércio e serviço) ou 19 funcionários (indústria e mineração). Pequenas empresas são as que têm até 49 trabalhadores (agropecuária, comércio e serviço) ou 99 empregados (indústria e mineração).

    Sete meses seguidos

    O estudo leva em conta dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo de julho foi o sétimo resultado positivo seguido. A última vez que as MPEs tiverem um mês com mais demissões que admissões foi em dezembro, mês em que a economia costuma ter perda de emprego, por concentrar o término de contratos temporários relacionados àdemanda das festas de fim de ano.

    O índice alcançado pelas MPEs em julho só é inferior, em 2023, ao registrado em janeiro, quando elas foram responsáveis por 81% das contratações.

    Os principais motores da abertura de trabalho nas MPEs, em julho, foram os setores de serviços (46,7 mil vagas), construção (26,1 mil vagas) e comércio (25 mil vagas). As atividades que mais se destacaram foram construção de edifícios (8,6 mil vagas), restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas (5,8 mil), e transporte rodoviário de carga (4,4 mil).

    A abertura de ocupação com carteira assinada nas MGEs se concentrou principalmente na indústria de transformação (6,5 mil), serviços (5,8 mil) e agropecuária (4,7 mil).

    Acumulado do ano

    No acumulado de 2023, a participação proporcional das MPEs na geração de ocupação formal é menor, mas elas seguem na liderança. São 825,4 mil empregos do total de 1,1 milhão criados no Brasil. Isso representa 70,8%, contra 16,4% das MGEs.

    Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, os números são um reflexo da confiança dos pequenos empreendedores no aquecimento da economia. “A partir de indicadores cada vez mais positivos, somados ao controle da inflação e à perspectiva de continuidade na queda da taxa de juros, os donos de pequenos negócios estão retomando o otimismo. É a confiança de que o país é capaz de acelerar o ritmo de crescimento que faz os empreendedores criarem vagas de emprego”, avalia.

    Em julho e no acumulado do ano, todos os estados e o Distrito Federal apresentam saldo positivo de empregos formais em MPEs.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Brasil gerou 142.702 novos empregos formais em julho

    Brasil gerou 142.702 novos empregos formais em julho

    O Brasil criou 142.702 novos postos de trabalho em julho. Só no setor de serviços, foram geradas 56.303 vagas. No comércio, o saldo aumentou em 26.744 postos de trabalho. De acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), no acumulado do ano foram gerados 1.166.125 postos de trabalho.

    Os números foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego. O saldo positivo foi registrado em todos os cinco grandes grupamentos de atividades econômicas e em 26 das 27 unidades federativas. O estoque total recuperado para o Caged no mês fico em 43.610.550 postos de trabalho formais no país.

    O salário médio real de admissão em julho foi R$ 2.032,56, valor R$ 19,33 acima do registrado em junho (R$ 2.013,23).

    O saldo no setor de serviço foi maior nas áreas de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (saldo de 27.218 postos); alojamento e alimentação (9.432 postos); e transporte, armazenagem e correio (8.904).

    No setor de comércio, a área de comércio varejista de produtos farmacêuticos registrou saldo positivo de 3.554 novos postos de trabalho. Já na área de mercadorias em geral (com predominância de produtos alimentícios), os supermercados apresentaram saldo positivo de 2.419 novas vagas, enquanto minimercados registraram alta de 1.704.

    O saldo positivo na construção civil ficou em 25.423, enquanto a indústria teve saldo foi 21.254 novos postos.

    Houve um aumento de 43.947 novos empregos formais para mulheres e de 98.755 para homens. “No que se refere à População com Deficiência, identificou-se saldo positivo de 452 postos. O emprego em julho foi positivo para pardos (75.918), brancos (15.919), pretos (13.035), amarelos (720) e indígenas (311)”, informou o ministério.

    “Em termos geográficos, apenas no Rio Grande do Sul (-2.129) houve queda do emprego formal, que ficou positivo nas outras 26 unidades da federação. Os maiores saldos foram em São Paulo (43.331), Rio de Janeiro (12.710) e Minas Gerais (12.353)”, explicou.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Intenção de Consumo das Famílias é a maior desde 2015

    Intenção de Consumo das Famílias é a maior desde 2015

    A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) atingiu em agosto o maior nível desde 2015. O indicador elaborado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) cresceu 1,4% na comparação com julho e atingiu os 101,1 pontos. Acima de 100 pontos, o índice representa percepção de otimismo. O dado foi divulgado nesta quarta-feira (23).

    A última vez em que o ICF esteve no campo positivo tinha sido em abril de 2015 (102,9 pontos). Desde janeiro de 2022 o dado tem apresentado altas mensais. De acordo com a economista responsável pela pesquisa, Izis Ferreira, a queda recente da inflação e a dinâmica favorável no mercado de trabalho são alguns dos fatores que explicam o aumento da intenção de compra dos brasileiros. Quatro em cada dez entrevistados (42,5%) indicam que estão mais seguros no emprego em relação ao ano passado. Esse é o percentual mais alto desde março de 2015.

    “Isso ocorre porque o mercado de trabalho continua registrando um aumento das contratações formais, mesmo que em menor intensidade em relação ao início do ano”, pontua a analista da CNC. “Os consumidores têm apontado maior segurança no emprego. Tanto a segurança no emprego, quanto uma melhora da percepção sobre a renda atual têm levado essa intenção de compras a crescer nos últimos meses”, explica.

    O levantamento da CNC ouviu 18 mil consumidores. Seis dos sete quesitos que fazem parte do ICF apresentaram queda em agosto. No acumulado do ano, todos tiveram melhora.

    Crédito

    Uma preocupação na edição de agosto da pesquisa é o endividamento ainda em nível elevado, que limita a capacidade de consumo. Tanto que 40 em cada 100 consumidores dizem que estão comprando menos que há um ano. Nesse cenário, as vendas no varejo têm demonstrado dificuldade de sustentar crescimento de forma uniforme entre os segmentos.

    A CNC pondera que o custo do crédito tem apontado suavização no país. Com base em dados do Banco Central, o estudo aponta que “as taxas de juro médias em todas as modalidades de crédito com recursos livres atingiram 59,1% em junho, queda de 0,8 ponto percentual ante maio, primeira redução desde dezembro de 2022”.

    Esse comportamento foi refletido pelo ICF. Enquanto, nos últimos 12 meses, caiu de 41,5% para 36,9% a proporção de consumidores que afirmam estar mais difícil conseguir crédito, o índice dos que consideram que o acesso a empréstimos está mais fácil subiu 4 pontos percentuais, atingindo 28,5% – o maior nível desde maio de 2020.

    Tendência

    A CNC acredita que a redução dos juros e da inadimplência esperada para os próximos meses vai melhorar o acesso ao crédito.

    “A gente espera que com os programas de renegociação de dívida [Desenrola Brasil, lançado pelo governo federal] e com a redução desses juros de forma mais continuada, haja melhora no cenário para inadimplência e para o endividamento que, de fato, forneçam as condições, via crédito, para esses consumidores poderem consumir. A tendência é que esse indicador de acesso ao crédito melhore até o fim do ano e que a gente tenha uma intenção de consumo crescente”, espera Izis Ferreira.

    Outro levantamento feito pela CNC, a Pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada no começo de agosto, identificou queda no nível de endividamento das famílias brasileiras – o primeiro recuo em sete meses.

    Edição: Juliana Andrade

  • Mutirão de emprego oferece 12 mil vagas em São Paulo

    Mutirão de emprego oferece 12 mil vagas em São Paulo

    Começou nesta terça-feira (1º) a 8ª edição do Mutirão Nacional do Emprego da União Geral dos Trabalhadores (UGT), na sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, na região central da cidade, no Vale do Anhangabaú. Até o dia 4 serão oferecidas 12 mil vagas para os trabalhadores que estão em busca de uma oportunidade de trabalho ou para se reintegrarem no mercado. São oportunidades em diversas áreas para contemplar todas as faixas etárias, incluindo jovens aprendizes e pessoas com mais de 50 anos. Há ainda oportunidades específicas para mulheres, negros e população LGBTQIA+. A estimativa é a de que pelo menos 80% das vagas sejam ocupadas.

    “Estamos em busca de inclusão social e capacitação profissional e a novidade é que esse ano há uma quantidade enorme de vagas para o jovem aprendiz, porque mesmo que tenha diminuído o desemprego, na juventude continua elevado. Então, o primeiro emprego mantém o jovem na escola, mas já começa a dar oportunidade de ele ter facilidade de ter um segundo, terceiro emprego”, disse o presidente do Sindicato dos Comerciários e da UGT, Ricardo Patah.

    Capacitação

    Segundo Patah, este ano o mutirão conta com uma parceria com o Sistema S, que abrirá espaço para capacitação sob medida, de acordo com a demanda das empresas que já firmaram esse compromisso conjunto. “Caso a empresa perceba que faltou algum quesito de capacitação, a vaga fica garantida, o candidato faz a capacitação necessária e já vai para o trabalho. Por isso eu chamo de mutirão da solidariedade, da esperança e tenho certeza de que o resultado será muito positivo”.

    Todas as empresas que aderiram ao mutirão estarão concentradas no prédio do sindicato e os interessados em se inscrever farão o cadastro para verificar em qual tipo de trabalho se enquadram. Preenchida a ficha, o candidato é encaminhado para a entrevista. “Muitas das entrevistas já são definitivas e a pessoa já sai daqui com o emprego. Outras passam por uma primeira seleção e depois tem outros testes que são feitos na própria empresa, mas já é um bom começo”, afirmou Patah.

    Direitos Humanos

    Além disso, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) participa oferecendo ao público serviços como emissão de certidão de nascimento, orientações sobre retificação do nome civil, o uso do Disque 100 para denúncias de abusos e violações de direitos humanos, e as funcionalidades do aplicativo Clique Cidadania, destinado a brasileiros e migrantes no Brasil.

    O objetivo do MDHC é dar informações que ampliem a conscientização sobre os direitos humanos, orientar de que forma podem ser encaminhadas denúncias de violações de trabalho escravo, de trabalho escravo doméstico e outras denúncias ligadas ao aspecto do exercício e dos direitos da população a cidadania.

    Geração de empregos

    De acordo com o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, é importante que se ofereça através de iniciativas como esta a oportunidade de cada trabalhador e trabalhadora ter a sua porta de possibilidades de informação, da prestação de serviços e de capacitação. Segundo ele, o número de empregos gerado no primeiro semestre, que ficou em 1,23 milhão, poderia ser maior caso houvesse queda da taxa de juros.

    “Espero que para o segundo semestre o Banco Central cumpra a sua obrigação legal que é de observar os indicadores da economia e monitorar juros conforme esse indicador. Por esses indicadores, os juros poderiam estar abaixo do que estão. Aliás, está lá nas obrigações do Banco Central também observar emprego”, afirmou.

    Marinho também disse esperar para o segundo semestre que uma nova etapa se inicie e os investimentos e a produção aumentem para caminharem em sintonia com as medidas do governo, com as políticas públicas e econômicas, para chegar ao processo de retomada e crescimento da geração de emprego.

    “Da mesma forma, é preciso alavancar a produção para estar sintonizado entre o crescimento da massa salarial e o crescimento da produção brasileira. É assim que se controla a inflação. Não se controla a inflação só com arrocho, restrição de crédito, como está acontecendo. É preciso ofertar e não permitir que a procura ultrapasse a quantidade que está lá na prateleira. É dessa forma que se controla a inflação, crescendo empregos, salário e sem gerar inflação”, disse.

    Edição: Aline Leal

  • Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em junho

    Brasil abre mais de 157 mil empregos formais em junho

    O Brasil registrou um saldo positivo de 157.198 empregos com carteira assinada no mês de junho deste ano. No período foram registradas 1.914.130 admissões e 1.756.932 desligamentos.

    Os dados são do Novo Caged, Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Ministério do Trabalho e Emprego.

    No acumulado do ano (janeiro/2023 a junho/2023), o saldo foi de 1.023.540 empregos, resultado de 11.908.777 admissões e 10.885.237 desligamentos.

    Os dados serão detalhados pelo Ministério do Trabalho e Emprego ainda hoje.

    *Matéria em atualização

    Edição: Aline Leal

  • Jovens devem ser ouvidos sobre soluções para os nem-nem

    Jovens devem ser ouvidos sobre soluções para os nem-nem

    Os jovens brasileiros estão em desalento, e é preciso ouvi-los para construir soluções. A análise é da pesquisadora Mônica Peregrino, da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), especialista em juventude, mas também está na voz de lideranças juvenis que alertam para o desperdício de talentos, da força e da energia dos jovens.

    Em mais uma reportagem da série especial sobre jovens nem-nem, a Agência Brasil ouviu especialistas e jovens que apontaram políticas necessárias para enfrentar a falta de oportunidades que atinge 36% dos jovens brasileiros, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

    “Estudar e trabalhar é uma característica muito singular do jovem brasileiro, trabalhar é uma parte bastante importante da identidade dos jovens, ao contrário de outros países”, pontua a professora da Unirio, Mônica Peregrino. No artigo Tendências na Transição Escola-Trabalho, ela apresenta a situação do jovem brasileiro na pesquisa das juventudes Ibero-Americanas. De acordo com o estudo, que ainda será publicado, o jovem brasileiro, principalmente os mais pobres, sofrem ausência de integração.

    “Não estudar e não trabalhar é presente em todas as faixas socioeconômicas: se vê que é praticamente residual entre os grupos mais providos, mas três vezes maior nos grupos mais pobres. Não é uma questão de desejo pessoal, esses jovens têm uma dificuldade de engajamento institucional.”

    O estudo mostra ainda como se dá a transição entre a escola e o mercado de trabalho. “No estudo se vê claramente que a transição para os mais ricos é suave, já essa transposição dos jovens mais pobres, é muito mais abrupta e sem a mediação da possibilidade de estudar e trabalhar”, observa Mônica.


    São Paulo (SP) – 21/07/2023 – Relatório Education at a Glance, de 2022, mostra que o Brasil é o segundo país na esfera da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com maior proporção de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que não estudam e nem trabalham, os chamados nem-nem. O país fica atrás apenas da África do Sul. Na faixa etária considerada no relatório da OCDE, 36% dos jovens brasileiros estão sem trabalho.

    São Paulo (SP) – 21/07/2023 – Relatório Education at a Glance, de 2022, mostra que o Brasil é o segundo país na esfera da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) com maior proporção de jovens, com idade entre 18 e 24 anos, que não estudam e nem trabalham, os chamados nem-nem. O país fica atrás apenas da África do Sul. Na faixa etária considerada no relatório da OCDE, 36% dos jovens brasileiros estão sem trabalho.

    A pesquisadora lamenta, no entanto, que, entre os jovens mais pobres, esta situação de nem estudar, nem trabalhar os deixa à margem da sociedade. “As consequências para os mais pobres, as mulheres, e principalmente entre pretos e parte dos pardos, é que se faz uma transição para a vida adulta por fora dos engajamentos sociais regulares, como escola e trabalho, portanto por fora das políticas públicas, dos direitos de cidadania, que são questões de integração.”

    Na avaliação de Mônica Peregrino, as últimas reformas no país dificultaram a manutenção do jovem na escola e a entrada no mercado de trabalho. “A reforma do ensino médio, que estabelece um tempo maior de estudo dos jovens, está, em contrapartida, diminuindo significativamente, em nível dos estados, a escolarização regular noturna, isso é empurrar esses indivíduos que estavam tentando se integrar”, adverte. “Já a reforma trabalhista precarizou um trabalho que já era bastante problemático e piorou a qualidade do trabalho para os jovens.”

    Diante disso, o que se vê é o desalento da juventude. “Existe um movimento em busca de integração, mas existe um desalento juvenil, um cansaço, uma falta de horizonte, estes últimos anos cobram seu preço, e os efeitos disso é que há muito mais dificuldades desses jovens para se integrarem às possibilidades plenas da sociedade”, considera a professora.

    Para desenvolver ações eficazes, segundo ela, é preciso ouvir os jovens. “Temos que ouvir os jovens e as suas necessidades específicas. Por exemplo, muitas mulheres jovens têm dificuldades de estudar porque não têm com quem deixar suas crianças, então precisamos de creches ou espaços que possam comportar os cuidados dos filhos dessas mulheres, seria um elemento importante.”

    Ações de incentivo e estímulo ao aprendizado também podem ter bons resultados, opina Mônica Peregrino. “Ter uma política de reavivamento de ensino de jovens e adultos seria outro elemento importante, porque essas pessoas que estão à beira da sociedade entram nesses espaços pelas instituições que conseguem compor as beiradas. São necessárias políticas de suporte para a educação, para o trabalho e de suporte à composição entre estudo e trabalho, principalmente que garantam que o jovem vai poder estudar e trabalhar ao mesmo tempo.”

    Políticas de permanência

    Na opinião da recém-eleita presidente na União Nacional dos Estudantes (UNE), Manuella Mirela, é preciso aproveitar o momento para avançar economicamente e assim, envolver os jovens.

    “O Brasil atravessa a sua janela demográfica – momento em que a população economicamente ativa é a maior que todo o restante – e é neste momento que o país pode produzir, avançar economicamente, criar reservas para quando entrarmos no ônus demográfico previsto para a próxima década”, ressalta.

    “Os chamados nem-nem representam uma grande preocupação e é, sobretudo, um grande desperdício da força e energia da juventude, tanto para o jovem, que se vê em meio ao trabalho precarizado para gerar renda e sem perspectivas, quanto para o desenvolvimento nacional para essa e as próximas gerações”, completa.

    Para Manuella, o momento é de retomar os incentivos aos jovens. “Precisamos de agenda de retomada para o trabalho decente, para conter o avanço da ‘uberização’, programas para conter evasão escolar e universitária – as políticas de permanência – e um ensino médio com foco em formação técnica sem negligenciar as disciplinas tradicionais”, afirma.

    Presidente da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Jade Beatriz ressalta a evasão do jovem da escola. “O ensino médio é um gargalo educacional, em que temos índices de evasão muito altos – 500 mil por ano. A ideia é que essa etapa aprimore o pensamento crítico, ofereça base para as graduações e prepare para o mundo do trabalho. Porém, não acontece. Muitos estudantes abandonam a escola para gerar renda para suas famílias, porém acabam caindo no trabalho precarizado, autônomo, sem direitos trabalhistas.”

    Jade lamenta que a condição precária e, portanto, fora das estatísticas, levam esses jovens para essa situação. “Assim, se enquadram no nem-nem, quando, na verdade, estão vivendo o extremo da ‘uberização’ – e sem qualquer condição de continuar a formação, quanto mais seguir para a graduação.”

    A solução, no entendimento dela, é o investimento na educação. “Pensando na etapa do ensino médio, o Brasil precisa de investimentos em escolas técnicas, para conter essa evasão e garantir que esse estudante possa migrar do trabalho precarizado para o decente, obter renda, ser força de trabalho para o desenvolvimento nacional e ainda seguir para o ensino superior”.

    Edição: Juliana Andrade

  • CNI diz que economia poderá crescer 2,1% este ano

    CNI diz que economia poderá crescer 2,1% este ano

    O desempenho do agronegócio fez a Confederação Nacional da Indústria (CNI) elevar a projeção de crescimento da economia neste ano. Segundo o Informe Conjuntural do 2º Trimestre, divulgado nesta quinta-feira (12) pela entidade, a estimativa passou de 1,2% em abril para 2,1% em julho.

    A confederação, no entanto, adverte que a melhoria se deve apenas ao agronegócio, com os demais setores da economia encolhendo ou desacelerando. Acrescenta ser necessário reformar o sistema tributário e reduzir os juros para destravar a economia brasileira.

    Pelas estimativas da CNI, enquanto a agropecuária deverá crescer 13,8% neste ano – impulsionada pela produção recorde de alimentos – a indústria deverá se expandir apenas 0,6%. O desempenho do setor industrial também tem desigualdades: a indústria da construção crescerá 1,5%, mas a indústria da transformação – afetada pelos juros altos – deverá encolher 0,9% em 2023.

    Falta de competitividade

    Em nota, a CNI destaca que a indústria nacional sofre com a falta de competitividade gerada pela complexidade do sistema tributário e pela escassez de crédito provocada pelos juros altos. Apesar disso, a entidade considera que o avanço da reforma tributária no Congresso Nacional e a queda da inflação, com a provável redução da Taxa Selic (juros básicos da economia) neste semestre, melhoram as perspectivas para a economia brasileira.

    Além da aprovação da reforma tributária e da queda dos juros, a CNI pede que o governo acelere a criação de uma política industrial que permita o país se inserir nas cadeias globais de produção “de forma inovadora e sustentável”.

    Inflação e consumo

    Em relação à inflação, a CNI projeta que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – usado como indicador oficial pelo governo – encerrará o ano em 4,9%, contra estimativa anterior de 6%. Segundo a entidade, a desaceleração ajuda a recompor o rendimento médio real das famílias e a recuperar o poder de compra e o consumo.

    Para a CNI, a recuperação do mercado de trabalho continua, com a expectativa da taxa média de desemprego para 2023 caindo de 9% para 8,3%. A previsão de crescimento da massa de rendimento real (acima da inflação) subiu levemente, de 6,7% para 6,8% neste ano.

    A estimativa de consumo das famílias subirá 1,8% em 2023, contra previsão anterior de 1,2%. A CNI atribui o aumento à recuperação parcial do crédito a partir de março e ao aumento do valor do Bolsa Família, que estimula compras em mercados e farmácias.

    Juros e dólar

    Em relação aos juros, a confederação estima que a Selic encerrará 2023 em 11,75% ao ano, devendo cair dois pontos percentuais em relação aos 13,75% atuais. Em relação ao câmbio, a entidade prevê que o dólar comercial chegará ao fim do ano em R$ 4,90, contra previsão anterior de R$ 5,35.

    A previsão de superávit da balança comercial (exportações menos importações) para este ano saltou de US$ 55,7 bilhões para US$ 62,4 bilhões. Para as contas públicas, a entidade manteve a projeção de déficit primário (resultado negativo sem os juros da dívida pública) de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB).

    Edição: Kleber Sampaio