Tag: empoderamento feminino

  • Seciteci forma 228 mulheres em programa de inclusão social em Mato Grosso

    Seciteci forma 228 mulheres em programa de inclusão social em Mato Grosso

    O Programa Mulheres Mil, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (Seciteci), concluiu o ano de 2024 com a formação de 228 alunas em Mato Grosso. A iniciativa promove inclusão social por meio de capacitação profissional.

    Os cursos de vendedora, assistente administrativa e microempreendedora individual foram oferecidos pelas Escolas Técnicas Estaduais (ETECs) em oito municípios: Água Boa, Barra do Garças, Cuiabá, Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde, Sinop, Primavera do Leste e Rondonópolis. O objetivo foi combater desigualdades de gênero, reduzir a pobreza e a violência contra a mulher, além de elevar a escolaridade.

    Inclusão social e capacitação profissional em Mato Grosso

    Bruna Figueiredo, coordenadora pedagógica do programa, destacou que esta foi a primeira etapa do projeto, voltada ao empreendedorismo e à gestão de negócios. Segundo ela, o programa atende demandas sociais importantes, especialmente para mulheres chefes de família, influenciando positivamente também seus filhos.

    As cerimônias de entrega dos certificados estão sendo realizadas nas cidades participantes. Nesta semana, Barra do Garças e Rondonópolis sediam os eventos de encerramento.

    Impacto e perspectivas para o futuro

    O segundo ciclo, previsto para 2025, irá oferecer cursos com técnicas específicas alinhadas às vocações das alunas. O programa conta com parceria do Governo Federal, que investiu R$ 1,3 milhão, e do Governo do Estado, responsável pela execução e gestão do projeto.

    Uma das formadas, Sâmia Souza Pereira, que concluiu o curso de vendedora em Cuiabá, celebrou a oportunidade. “Foi uma nova experiência para o meu currículo e para mim. Eu aprendi muito”, afirmou.

    Fonte: Seciteci

  • Jovem atleta de Jiu-Jitsu reage corajosamente a assédio durante viagem de ônibus

    Jovem atleta de Jiu-Jitsu reage corajosamente a assédio durante viagem de ônibus

    Numa demonstração corajosa de habilidades adquiridas através da prática de jiu-jitsu, uma adolescente de 16 anos conseguiu defender-se de um homem que a assediava durante uma viagem de ônibus. O incidente ocorreu enquanto a jovem atleta viajava para Vitória, onde estava programada para competir em um torneio internacional de jiu-jitsu.

    Atleta de Jiu-Jitsu Enfrenta Importunação Sexual em Viagem

    A atleta, nascida em Montes Claros, no Norte de Minas Gerais, estava a bordo de um ônibus que partiu de Belo Horizonte na noite de quinta-feira. Ela estava a caminho de Vitória para um torneio de jiu-jitsu, e estava acompanhada de seu pai. Durante a viagem, a jovem lutadora foi assediada por um homem de 48 anos que tentava tocá-la inapropriadamente.

    “Ele começou a passar mão na minha perna. No início eu assustei, mas do nada comecei a sentir raiva e chamei meu pai. Mas logo fui dando murro na cara dele. Fiz um golpe de jiu-jitsu, um mata-leão. Até cortou a cara dele e machuquei um pouco a mão”, contou a adolescente.

    Durante a madrugada, a adolescente sentiu que o suspeito teria passado a mão na perna dela. Foi neste momento que a lutadora reagiu à importunação e agrediu violentamente o homem.

    “Ele disse que estava dormindo e passou a mão sem querer. Eu estava dormindo e senti o braço dele em cima de mim. Quando ele passou a mão, eu abri a cortina que separa as poltronas e parti pra cima dele”, contou a adolescente.

    O ônibus estava passando entre Domingos Martins e Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana no Espírito Santo, quando a agressão aconteceu.

    “Ele achou que ia passar batido, que eu ia ficar calada. As meninas que passam por isso têm que denunciar, não ficar calada, procurar ajuda”, aconselha a vítima.

    A Corajosa Resposta da Lutadora de Jiu-Jitsu ao Assédio

    Sentada na janela com o suspeito ao lado dela no corredor, a jovem lutadora não ficou calada. Utilizando suas habilidades de jiu-jitsu, ela imobilizou e golpeou o suspeito, pondo um fim imediato à importunação.

    Este incidente destaca a importância da autodefesa e do empoderamento das mulheres, particularmente no contexto atual de aumento da conscientização sobre a importunação sexual.

    Os dois envolvidos foram encaminhados à Delegacia Regional de Cariacica, na Grande Vitória, para registrar o Boletim de Ocorrência. À reportagem, a adolescente confirmou que mesmo com o incidente, vai participar do campeonato de jiu-jitsu.

  • Mulheres ocupam 34% de cargos de alta liderança no setor público

    Mulheres ocupam 34% de cargos de alta liderança no setor público

    A participação de mulheres em cargos de alta liderança na administração pública federal aumentou de 29%, em dezembro de 2022, para 34%, em abril de 2023, o que representa crescimento de 17%, em quatro meses.

    De acordo com o Observatório de Pessoal do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, em abril de 2019, o percentual era ainda menor, 26%.

    Brasília (DF), 04/05/2023 - Ministra Esther Dweck de Gestão e Inovação de Serviços Públicos participa do lançamento do programa “Formação de Iniciativas Antirracistas (Fiar): tecendo o caminho para a igualdade racial”, na Escola Nacional de Administração Pública (Enap). Foto: Wilson Dias/ Agência Brasil.
    A ministra de Gestão e Inovação de Serviços Públicos, Esther Dweck – Wilson Dias/Agência Brasi

    Os dados foram anunciados em uma rede social pela ministra Esther Dweck.

    A ministra destacou que há aumento de participação, tanto na comparação com o último mês do governo passado, quanto na comparação com o mesmo mês do primeiro ano da gestão passada.

    Segundo a ministra, o aumento se deve ao estímulo à ampliação do acesso e, sobretudo, à permanência de lideranças femininas na alta gestão pública, para que representem com mais fidelidade a população brasileira.

    Os cargos de alta liderança no setor público federal dizem respeito a postos como coordenação, assessoria, diretoria, superintendência, secretaria executiva e ministérios. Nestes postos, a remuneração das funções e cargos comissionados executivos varia de R$ 11.306,90 a R$ 18.469,94.

    Ações antiviolência

    A assessora de Participação Social e Diversidade do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Daniela Gorayeb, ressaltou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, desde o período de atuação do Gabinete de Transição, sinalizou o empoderamento feminino, quando nomeou 11 ministras de Estado.

    Daniela aponta ainda a criação dos ministérios das Mulheres e da Igualdade Racial e das secretarias nacionais dos Direitos de LGBTQIA+ e Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, ambas do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania, como avanços para diminuir desigualdades de gênero.

    Para Daniela, isso valoriza a representatividade feminina. “A representatividade tem efeito simbólico e concreto. A presença destas pessoas, que têm condição de representar as diversas demandas, direcionam os espaços futuros, inovam as políticas públicas e vão estar mais alinhadas e mais próximas das demandas reais da sociedade.”

    O governo federal adotou também ações de combate à violência de gênero como a criação do grupo de trabalho para elaboração de uma política de enfrentamento ao assédio moral e sexual e discriminação na administração pública, sob coordenação do Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos.

    E, para tornar os ambientes seguros para as mulheres exercerem plenamente suas atividades, a Controladoria-Geral da União (GCU) publicou o Guia Lilás, com orientações para prevenção e tratamento ao assédio moral e sexual e à discriminação no governo federal, além de protocolo para denunciar a ocorrência de casos deste tipo.

    Outra medida foi o lançamento, em abril, do Observatório de Pessoal do Governo Federal, ferramenta que pode ser acessada por qualquer cidadão para monitorar e comparar as presenças masculina e feminina em cargos de alta e média lideranças, perfis dos ocupantes (idade, estado civil e escolaridade), número de pessoas com deficiência e de mulheres negras e indígenas na liderança pública, além de dados estatísticos e informações sobre tabelas de remuneração dos servidores.

    Para capacitar lideranças femininas e ampliar o número de altas gestoras na administração pública federal, a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) também disponibiliza cursos de formação.

    Barreiras e desafios

    Daniela destaca que a discriminação e a violência contra mulheres são estruturais na sociedade brasileira, e não restritas à administração pública federal. “Somos, lamentavelmente, inaceitavelmente, desqualificadas e inferiorizadas na nossa forma de atuação por sermos mulheres É uma tentativa recorrente de descrédito da nossa capacidade de trabalho”. Entre as sequelas, ela aponta o assédio e qualquer outra forma de discriminação, que “minam a segurança, minam a autoestima e podem, inclusive, adoecer as mulheres”.

    Como resposta para garantir mudanças efetivas, ela defende os incentivos do governo federal que ampliam a entrada das mulheres na alta gestão pública e os canais de bloqueios ao assédio, discriminações e outras violências ao feminino.

    Em paralelo às ações do governo, Daniela cita a associação entre os movimentos sociais e os três poderes para mudanças concretas. “Para que a gente avance, não mais só como uma sensibilização da sociedade, mas com ações concretas em direção à equidade.”

    Cuidados

    Além da espera da administração pública federal, Daniela destacou que o governo federal se preocupa com a desigualdade de gênero nos trabalhos domésticos e nos cuidados de idosos, crianças e pessoas com deficiência. Em geral, essas tarefas não são remunerados, o que acentuaria as discriminações e as desigualdades econômico-sociais.

    Para discutir saídas, Daniela adiantou à Agência Brasil que, na segunda-feira (22), ocorrerá a primeira reunião do Grupo de Trabalho Interministerial de Elaboração da Política Nacional de Cuidados, sob coordenação dos Ministérios do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome e das Mulheres.

    A construção de uma Política Nacional de Cuidados é tratada como uma das prioridades da agenda social do governo Lula, destacou Daniela Gorayeb.

    Edição: Nádia Franco