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  • Conheça medidas para assegurar a qualidade na produção de peixes

    Conheça medidas para assegurar a qualidade na produção de peixes

    Na piscicultura (produção de peixes), medidas de biossegurança e boas práticas de manejo são essenciais para assegurar a qualidade dos peixes e a melhoria das condições sanitárias. Pensando nisto, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) preparou algumas orientações sanitárias para a prevenção de doenças que provocam mortalidade dos peixes e redução na qualidade do pescado.

    Produção de peixes

    As orientações foram reunidas em um episódio do programa Prosa Rural, por meio do qual, em cada episódio, a Embrapa mantém diálogo direto com o produtor e agricultor. A primeira dica é verificar se o local e a qualidade da água são adequados para o cultivo da espécie escolhida. O produtor pode consultar, com a assistência técnica do município ou da localidade, o tipo de peixe indicado para a região (e se há água limpa e de qualidade para a produção). Essa medida evita estresse e mortalidade dos peixes.

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    Também é importante comprar ração de qualidade e armazenar em local adequado para evitar fungos. Isso evita doenças nutricionais e melhora o desempenho dos peixes cultivados. Além disso, o produtor deve evitar a superpopulação nos viveiros. O controle populacional ajuda a garantir a qualidade da água e diminui a dispersão dos agentes causadores de doenças, principalmente bactérias e parasitas.

    As orientações são resultado de estudo sobre a situação das pisciculturas do Estado do Amapá, mas podem ser seguidas em todo o país, segundo o pesquisador da Embrapa Amapá, Marcos Tavares. “Durante dois anos acompanhamos dez pisciculturas de Macapá (AP) que produziam tambaqui, tambacu, tambatinga e pirarucu. Acompanhamos o manejo sanitário, orientando produtores e analisando as espécies e os parasitas na água”, relata Tavares.

    Com informações da Embrapa

  • Portal de publicações científicas da Embrapa é mais acessado pelos EUA

    Portal de publicações científicas da Embrapa é mais acessado pelos EUA

    A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (/) possui o quarto maior arquivo com informações científicas do país, com cerca de 104 mil itens de acesso aberto e gratuito. Chamado de Alice – abreviação para Acesso Livre à Informação Científica da Embrapa – esse portal de publicações registra 24,7 milhões de downloads desde 2011, ano em que foi criado.

    A maior parte desses downloads (42%, o que corresponde a 10,3 milhões de arquivos baixados) é feita a partir dos Estados Unidos. Em segundo lugar, com 7,5 milhões de downloads (30,5% do total) está o Brasil. Segundo a Embrapa, há também números consideráveis de downloads desses arquivos a partir de usuários da Alemanha, China, Rússia e França, além do Reino Unido.

    O interesse por essas publicações, cujo acesso é livre, é basicamente constituído por acadêmicos e cientistas. O acesso ao material pode ser feito por meio de um site disponibilizado na página da empresa.

    “Os repositórios seguem um conceito de disponibilizar metadados [marcos ou pontos de referência] por protocolos padronizados, e esses metadados são replicados em vários sites”, disse o pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária, Marcos Cezar Visoli. Perguntado sobre o motivo de o ranking de downloads ser liderado pelos Estados Unidos, o pesquisador afirmou acredita que isso se deve, provavelmente, ao fato de haver “uma maior divulgação dos metadados do Alice em sites de origem norte-americana”.

    Portal de publicações

    Além desse repositório voltado ao campo teórico, a Embrapa possui também um portal de publicações mais focadas no campo prático, útil a produtores rurais: o Informação Tecnológica em Agricultura (Infoteca-e), onde estão disponibilizadas publicações de conteúdo técnico produzidas pelos centros de pesquisa da instituição, como Séries Embrapa, cartilhas, livros, e os programas de rádio e de televisão Prosa Rural e Dia de Campo na TV.

    De acordo com a empresa, a linguagem utilizada no Infoteca-e é “adaptada a diversos públicos, como produtores rurais, extensionistas, técnicos agrícolas, estudantes e professores de escolas rurais”, de forma a contribuir para disseminar tecnologias e resultados gerados pela pesquisa agropecuária.”

    Nele já foram feitos 35 milhões de downloads desde 2011, sendo 41,7% a partir do Brasil, e 39,5% dos Estados Unidos. “Apenas em 2020, foram baixadas quase 6,5 milhões de publicações e até a metade de 2021 já foram registrados 3 milhões de downloads e 2,5 milhões de consultas aos conteúdos digitais do repositório”, explicou a Embrapa.

    Há, ao todo, nas bibliotecas da Embrapa, mais de 165 mil itens digitais. Boa parte deles, produções técnico-científicas acumuladas ao longo de vários anos. Na avaliação do supervisor de Gestão da Informação da Secretaria-Geral da instituição, Fábio Cordeiro, os arquivos são uma “forma democrática de dar acesso à população brasileira e mundial”.

    Segundo a Embrapa, a adoção de protocolos internacionais padronizados nos repositórios torna possível que esse material produzido integre também outras bases de dados internacionais, como é o caso da Agris, da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), e da Agrosavia, da Colômbia.

  • Novas tecnologias para melhorar o desempenho no campo com redução do impacto ambiental

    Novas tecnologias para melhorar o desempenho no campo com redução do impacto ambiental

    O uso em culturas produtivas de bactérias encontradas no cacto Mandacaru, que ajuda a planta a conviver com a seca, é uma das tecnologias lançadas nesta terça-feira (27) pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em comemoração aos 48 anos. Também foram anunciadas outras soluções para ampliar a produtividade do agronegócio brasileiro e reduzir o impacto ambiental, além do lucro social da Embrapa de R$ 61,85 bilhões, em 2020.

    O presidente da Embrapa, Celso Moretti, detalhou que o estudo para o uso das bactérias presentes no Mandacaru durou mais de uma década e agora permitirá que outras plantas consigam resistir e conviver melhor com a seca. “É o primeiro produto registrado no Brasil para esse fim, é um bioproduto, resultado de mais de uma década de pesquisa”, ressaltou. Moretti explicou que a aplicação será iniciada na cadeia produtiva do milho.

    “Não tenho dúvida que essa será uma tecnologia que vai ter grande sucesso nas regiões com baixa disponibilidade de água no Brasil. Lembrando que somente o semiárido brasileiro tem 100 milhões de hectares ali localizado no bioma Caatinga. As plantas ali poderão ser muito beneficiadas por essa tecnologia”, avaliou Moretti.

    Ferramentas para ampliar a produção

    Foi lançada também a primeira cultivar brasileira de soja convencional com resistência à ferrugem asiática e tolerância a percevejos. Trata-se de uma soja convencional com duas tecnologias embarcadas que permitem a semeadura do grão de forma antecipada, o que viabiliza a inserção em sistemas de sucessão e de rotação com outras culturas.

    “Acreditamos que essa soja vai atrair o interesse de produtores, principalmente daqueles que trabalham com soja orgânica, porque, além de não ser transgênica, esse material, por aliar tolerância à ferrugem e resistência a percevejos, vai facilitar muito o manejo fitossanitário e a redução do impacto ambiental”, explicou Moretti.

    Outra novidade apresentada é a disponibilização de uma nova cultivar transgênica de algodão da Embrapa para o setor produtivo que alia alta produtividade à resistência a doenças. De acordo com a Embrapa, a variedade é indicada para o cultivo em áreas comerciais de elevada produtividade no Cerrado e estará disponível a partir da próxima safra de algodão.

    O presidente da Embrapa também apresentou mais produtos da Plataforma AquaPlus, um conjunto de soluções práticas e inovadoras para a qualificação, o manejo e o melhoramento genético de espécies aquícolas. A plataforma conta com quatro ferramentas disponíveis, duas para a cadeia do tambaqui, uma para a cadeia do camarão e outra para a da truta. “Três outras tecnologias estão em fase final de testes para serem disponibilizadas para a cadeia da tilápia, do pirarucu e da pirapitinga”, detalhou Celso Moretti.

    Lucro Social

    Em 2020, a Embrapa gerou um lucro social de R$ 61,85 bilhões, valor que foi obtido a partir da avaliação do conjunto de tecnologias da Embrapa e dos impactos econômicos, sociais e ambientais produzidos por elas. A amostra foi de 152 tecnologias e 220 cultivares desenvolvidas, além dos indicadores laborais e sociais. A Embrapa está presente em todo o território brasileiro, com 43 centros de pesquisa.

    “É um aumento no benefício econômico de 4% proporcionado pelas tecnologias da Embrapa e de seus parceiros ao setor agropecuário em relação ao ano de 2019. Em 2020, a cada R$ 1 investido pela sociedade brasileira na Embrapa, a empresa devolveu para a sociedade R$ 17”, disse Celso Moretti.

    Entre as contribuições tecnológicas sustentáveis da Embrapa em 2020 estão a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas, por intermédio do Plano ABC, iniciativa que soma dez anos de existência.

    Também a criação de um equipamento de ressonância magnética nuclear para análise de matérias-primas e produtos alimentícios e a contribuição para a formulação de uma nova norma sobre rotulagem nutricional de alimentos que tem o objetivo de tornar mais transparentes as informações prestadas ao consumidor.

  • Nova plataforma disponibiliza informações integradas sobre solos

    Nova plataforma disponibiliza informações integradas sobre solos

    Uma plataforma passou a disponibilizar informações integradas sobre os solos do Brasil. A iniciativa faz parte do Programa Nacional de Solos do Brasil (Pronasolos) e reúne em um site informações sobre o território do país, permitindo distintos usos e compartilhamento destes registros.

    O projeto foi lançado hoje (3) em um evento virtual com a presença das organizações responsáveis, como o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) e outras entidades, como a Sociedade Brasileira de Ciências do Solo, que reúne carreiras relacionadas ao tema.

    A plataforma  traz informações sobre solo, níveis de água disponível, níveis de erosão, rodovias federais e estaduais, aptidão agrícola e graus de acidez (PH).

    A ferramenta, que pode ser acessada por qualquer cidadão. possibilita o cruzamento de dados e variáveis dentro do mapa, observando áreas e regiões específicas. O sistema também permite a impressão de imagens e o compartilhamento destas como link ou em redes sociais.

    No evento virtual de lançamento, a chefe da Embrapa Solos, Petula Nascimento, apontou que uma das novidades é o detalhamento permitido com novas escalas, como de 1 para 200.000. A perspectiva é aprofundar ainda mais a minúcia.

    “A carta de solos de 1:100.000 é o que queremos para o Pronasolos. Começa a atender a um planejamento estadual e municipal. Quando entramos no nível de detalhamento de 1:25.000 é o que queremos. Isso torna o zoneamento climático mais preciso”, afirmou.

    O presidente da Embrapa, Celso Moreth, lembrou que os Estados Unidos possuem conhecimento detalhados sobre seus solos desde os anos 1960 e que a plataforma do Pronasolos contribui para que o Brasil passe a ter este tipo de recurso.

    “Brasil tem zoneamento agrícola que nos diz onde, quando e porquê plantar. Com este detalhamento que o Pronasolos traz vamos poder avançar na previsão das nossas safras, na redução do risco climático, vamos poder enxergar a questão da erosão do solo, das áreas degradadas”, disse.

    A ministra Tereza Cristina também ressaltou a relevância do projeto. “Vamos tirar o Brasil do atraso neste campo de conhecimento melhor dos nossos solos. O brasil começa um novo tempo. Se já fizemos o que a agricultura e pecuária fizeram com 5% de conhecimento do seu solo, imagina onde podemos chegar”, declarou.

    Edição: Aline Leal