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  • Eleições Municipais de 2024: TSE Divulga Número de Eleitores no Brasil

    Eleições Municipais de 2024: TSE Divulga Número de Eleitores no Brasil

    O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) anunciou que o Brasil possui 155,9 milhões de eleitores aptos a votar nas eleições municipais de outubro. O estado de São Paulo, o maior colégio eleitoral do país, conta com 34.403.609 eleitores, representando 22% do total.

    Um dado notável é que as mulheres constituem a maioria do eleitorado em São Paulo, somando 53% ou 18,22 milhões de eleitores habilitados. Os homens, por sua vez, são 16,16 milhões, equivalendo a 47% do total.

    De acordo com o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), 26% das mulheres no estado têm entre 45 e 49 anos, e 33% delas declararam ter o ensino médio completo. O número total de eleitores no estado, conforme o último censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), representa 77,46% da população total, estimada em 44,41 milhões de habitantes.

    A maioria dos eleitores paulistas tem entre 45 e 59 anos, totalizando 8,95 milhões de pessoas. A faixa etária de 35 a 44 anos conta com 7,09 milhões de eleitores, enquanto a de 25 a 34 anos possui 6,53 milhões. Acima de 60 anos, há 7,91 milhões de eleitores, sendo que 42,17% têm 70 anos ou mais. Os jovens menores de 18 anos, que votarão pela primeira vez, somam 167,5 mil.

    Grau de Instrução nas eleições municipais

    Conforme os dados do IBGE e do TRE-SP, 11,3 milhões de eleitores em São Paulo têm o ensino médio completo (32,71%), e 5,6 milhões possuem o ensino médio incompleto (16,36%). Os eleitores com ensino superior completo representam 5 milhões (14,75%), enquanto 2 milhões têm o ensino superior incompleto (5,9%). Além disso, 3,08% dos eleitores apenas leem e escrevem, e 1,71% são analfabetos, totalizando 588.249 pessoas.

    Acessibilidade

    No estado de São Paulo, 445.464 pessoas declararam ter algum tipo de deficiência ou dificuldade para votar. Dessas, 134.816 possuem deficiência de locomoção (28% do total). Em resposta, o TRE-SP disponibilizará seções de votação acessíveis, sem degraus ou obstáculos.

    O TRE-SP também informou que serão convocadas pessoas com conhecimento em Libras para trabalhar nas eleições, garantindo que cada local de votação tenha pelo menos um coordenador de acessibilidade. Dos 34,4 milhões de eleitores no estado, 78,97% (27,17 milhões) já possuem identificação biométrica.

    Eleitorado da Capital

    A cidade de São Paulo tem 9.322.444 eleitores aptos a votar. A 372ª Zona Eleitoral, em Piraporinha, possui o maior número de eleitores (245.720), seguida pela 374ª Zona Eleitoral, no bairro Rio Pequeno (213.552), e a 381ª Zona Eleitoral de Parelheiros (211.734). O estado de São Paulo, com 645 municípios, terá 10.976 locais de votação e 102.969 seções eleitorais, sendo mais de 35 mil acessíveis.

    Segundo Turno

    A Constituição Federal estabelece que cidades com mais de 200 mil eleitores podem ter segundo turno se nenhum candidato atingir a maioria absoluta de votos. Em 2024, Embu das Artes e Sumaré poderão ter segundo turno pela primeira vez, tendo ultrapassado 200 mil eleitores.

    Em 2020, Embu das Artes tinha 189.289 eleitores e agora conta com 207.471. Sumaré, que tinha 189.410 eleitores em 2020, possui atualmente 203.238. A cidade de São Carlos, com 197.528 eleitores, quase atingiu a marca para segundo turno.

    Dos 645 municípios paulistas, 30 poderão ter segundo turno nas eleições deste ano: São Paulo, Guarulhos, Campinas, São Bernardo do Campo, Osasco, Santo André, São José dos Campos, Sorocaba, Ribeirão Preto, Santos, São José do Rio Preto, Diadema, Mogi das Cruzes, Jundiaí, Mauá, Piracicaba, Carapicuíba, Barueri, Bauru, São Vicente, Praia Grande, Itaquaquecetuba, Franca, Taubaté, Guarujá, Suzano, Limeira, Taboão da Serra, Embu das Artes e Sumaré.

  • Mais de 23 milhões de eleitores estão aptos a votar no Brasil

    Mais de 23 milhões de eleitores estão aptos a votar no Brasil

    Mais de 156,45 milhões de pessoas estão aptas a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. Neste universo heterogêneo de cidadãos, ao menos 23,34 milhões de eleitores e eleitoras atenderão ao compromisso cívico por vontade própria, já que não são obrigados a votar.

    A Constituição Federal estabelece o voto facultativo, ou seja, opcional, para os jovens de 16 e 17 anos de idade; pessoas com 70 anos ou mais e também para analfabetos. Só os eleitores que declaram não saber ler, nem escrever, ultrapassam os 6,33 milhões de pessoas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Um número que representa cerca de 4% de todas as pessoas em condições legais de votar.

    A diarista Maria Sônia Ribeiro da Silva, 50 anos, é uma dessas pessoas. Ainda que, a rigor, sua participação nos pleitos anteriores não tenha sido exatamente espontânea. “Até hoje, eu não sabia que não era obrigada a votar”, reagiu a diarista ao ser informada, pela reportagem, que, na condição de analfabeta, não teria sofrido sanções caso tivesse deixado de votar em eleições passadas. Abolido em 1881, o direito dos analfabetos ao voto só foi restituído em 1985, por meio de uma Emenda Constitucional que garantiu a uma parcela da população que, à época, era ainda maior, o direito a ajudar a escolher seus representantes políticos.

    “Eu votava porque achava que era o jeito. Que perderia o título de eleitor, pagaria multa, caso não comparecesse. Até falei com meu marido que, se não fosse obrigatório, eu não votaria mais, porque é sempre a mesma coisa, as mesmas promessas. Por outro lado, também acho importante a gente participar, tentarmos fazer com que o país melhore. Tanto que, agora, sabendo que não sou obrigada, acho que vou repensar e, talvez, continuar indo votar”, destacou a diarista, explicando que costuma se informar sobre política pelos telejornais e conversando com parentes e amigos e na hora de votar, leva consigo uma “cola” com o número dos seus candidatos.

    De acordo com o último censo populacional realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2010, a taxa de analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais tinha caído de 13,63%, em 2000, para 9,6%, totalizando 13.933.173 em 2010. Pelos dados disponibilizados pelo TSE, este ano, o maior número de eleitores que se autodeclararam analfabetos no momento do alistamento eleitoral tem entre 70 a 74 anos de idade, superando as 730 mil pessoas.

    Jovens e Idosos

    Além dos analfabetos, há, entre os dito eleitores espontâneos, 815.063 pessoas com 16 anos de idade e outros 1.301.718 que já completaram 17 anos. Juntos, os dois grupos somam 2.116.781 eleitores. Um número cerca de 50% superior aos 1.400.617 registrados em 2018.

    Já o total de eleitores e eleitoras com mais de 70 anos de idade aumentou de 12,02 milhões, em 2018, para 14.893.281, em 2022. Destes, 184.438 têm mais de 100 anos – dentre os quais, 45,4 mil não sabem ler ou escrever.

    Favorável à tese de que o voto deveria deixar de ser obrigatório e passar a ser facultativo para toda a população brasileira, o cientista político Antonio Lavareda acredita que o crescente número de pessoas votando sem ser obrigadas indicam um “maior nível de consciência cívica” e de interesse pela política.

    “As pesquisas têm demonstrado que as pessoas vêm manifestando um inusual grau de interesse pela política, mais especificamente pelo pleito deste ano. O que pode ser um indicador de que a participação eleitoral pode vir a ser maior que na eleição de 2018, quando a abstenção superou os 30 milhões de eleitores”, disse Lavareda à Agência Brasil.

    “O crescimento do número de eleitores com 70 anos ou mais e de jovens com 16 e 17 anos acompanha o manifesto interesse do restante da população pelo pleito deste ano. E será muito bom para o processo democrático se a alienação eleitoral registrada na última eleição for menor”, acrescentou o cientista político ao pontuar que, apesar das poucas pesquisas acadêmicas sobre os eleitores espontâneos, é possível afirmar que, confirmada a hipótese deles serem mais interessados, tendem a ser mais “ideologizados”, tendo preferências mais “articuladas e consolidadas”. “Com isso, quem tende a ser menos beneficiado por estes votos são os candidatos situados mais ao centro do espectro político ideológico”.

    Professora e pesquisadora do Centro de Estudos de Opinião Pública (Cesop), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a também cientista política Rachel Meneguello considera que a motivação para o voto espontâneo está associada ao interesse pela política e à percepção da importância de que, em uma democracia representativa como a brasileira, os cidadãos devem assumir a responsabilidade de ajudar a escolher seus líderes políticos.

    “As pesquisas mostram que, nos últimos 20 anos, se o voto não fosse obrigatório, não menos que 40% dos eleitores iriam votar. Ainda assim, o eleitorado entende o ato de votar como um ato cívico que faz parte de sua vida política – a ponto de, na redemocratização, após a ditadura militar, [o direito a] votar para presidente em eleições diretas ter sido um dos pontos centrais das campanhas que envolveram grande parte da população”, destacou Rachel.

    De acordo com a cientista política, as pesquisas existentes indicam que a maioria dos eleitores que votam por vontade própria possuem maiores escolaridade e renda média, mas também exigem campanhas públicas específicas.

    “O acesso à informação geral e à informação política é um fator central para a mobilização política e esses grupos [no geral] têm maior acesso, contudo, dependem mais de campanhas específicas. Neste ano, por exemplo, vimos a campanha do TSE destinada a estimular o envolvimento dos mais jovens”, frisou Rachel, que também espera uma menor abstenção eleitoral para este ano, mas ao contrário de Lavareda, defende a manutenção do voto obrigatório para os demais eleitores.

    “Entendo o voto obrigatório como um dever cívico muito positivo. O eleitor deve praticar a responsabilidade pela escolha dos representantes que votam por ele no Congresso, assembleias ou câmaras municipais.  O que pode ser aperfeiçoado no caso brasileiro é a organização do sistema partidário, de forma que os partidos de fato consigam organizar a informação política para os eleitores, pois sabemos que a média do eleitoral tem dificuldades em localizar-se no sistema de partidos e definir as escolhas de deputados federais, estaduais e senadores em um sistema partidário fragmentado como é o sistema brasileiro”, explicou.