Tag: Economia

  • Inadimplência persiste no Brasil: 84,69% dos negativados em janeiro eram reincidentes

    Inadimplência persiste no Brasil: 84,69% dos negativados em janeiro eram reincidentes

    O Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que oito em cada dez consumidores que quitaram suas dívidas voltaram aos cadastros de inadimplência em menos de um ano. Em janeiro de 2025, 84,69% dos registros negativos foram de devedores reincidentes.

    Entre os consumidores reincidentes, 63,21% ainda tinham dívidas pendentes até janeiro e 21,49% haviam conseguido sair do cadastro nos últimos 12 meses, mas voltaram a ficar inadimplentes. O restante, 15,31%, não teve restrições no CPF ao longo do último ano.

    Ciclo de endividamento se repete rapidamente

    Os dados apontam que o tempo médio para um consumidor voltar a atrasar uma nova conta é de apenas 2,4 meses após o primeiro vencimento. Esse curto intervalo reforça a dificuldade dos brasileiros em manter o equilíbrio financeiro diante de fatores macroeconômicos desafiadores, como juros elevados e inflação. O presidente da CNDL, José César da Costa, avalia que essa situação demonstra um agravamento das dificuldades financeiras da população.

    “A alta na reincidência e a queda no número de consumidores que conseguiram sair da inadimplência nos últimos meses mostram que muitos brasileiros enfrentam dificuldades contínuas para gerenciar suas finanças. Com os juros elevados, as parcelas das dívidas se tornam mais caras, dificultando a recuperação do crédito”, explica Costa.

    Queda na recuperação de crédito

    O Indicador de Recuperação de Crédito do SPC Brasil mostrou que, nos 12 meses encerrados em janeiro de 2025, houve uma redução de 7,74% no número de consumidores que conseguiram quitar suas dívidas e sair dos cadastros de negativados. Essa queda foi mais intensa entre aqueles que levaram de 91 dias a um ano para pagar suas pendências, com um recuo de 16,50%.

    O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, defende a necessidade de estratégias mais eficazes de educação financeira e políticas públicas para reduzir as taxas de juros e aliviar a pressão econômica sobre as famílias. “A reincidência elevada e a baixa recuperação de crédito mostram que precisamos de medidas urgentes para enfrentar esse problema estrutural”, afirma.

    Perfil dos devedores reincidentes e recuperados

    A faixa etária com maior participação entre os inadimplentes reincidentes é a de 30 a 39 anos, representando 27,43% do total. Em relação ao gênero, 52,06% são mulheres e 47,94% são homens.

    Já entre os consumidores que conseguiram recuperar o crédito, a faixa etária predominante é a de 50 a 64 anos, com 25,07% do total. A distribuição por gênero é equilibrada: 51,57% mulheres e 48,43% homens. Em média, cada consumidor recuperado pagou R$ 1.986,41 para quitar suas dívidas, sendo que 62,95% dos pagamentos foram de valores até R$ 500.

    Inadimplência atinge 40,17% da população adulta

    Os dados do SPC Brasil indicam que cerca de 40,17% da população adulta brasileira está negativada, um reflexo da dificuldade dos consumidores em manter as contas em dia. Com juros elevados e um cenário econômico desafiador, a inadimplência segue como um problema persistente no país, reforçando a necessidade de medidas voltadas para a recuperação do crédito e a sustentabilidade financeira das famílias.

  • Governo quer modernizar leis de concessões e PPPs, diz Fernando Haddad

    Governo quer modernizar leis de concessões e PPPs, diz Fernando Haddad

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira (24/2) que o governo trabalha com o Congresso pela aprovação de um projeto para modernizar as Leis das Concessões e das Parcerias Público-Privadas (PPPs). Segundo ele, o objetivo de um novo marco legal para o setor é introduzir reparos que vão aumentar a segurança jurídica dos contratos e dirimir dúvidas, fechando brechas que podem causar insegurança.

    “Uma série de possibilidades que vão poder alavancar ainda mais os investimentos no Brasil”, disse Haddad. Ele participou da mesa de abertura da P3C, conferência sobre PPPs e concessões na B3, em São Paulo, junto com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e o governador do Piauí, Rafael Fontelles.

    Na opinião do ministro da Fazenda, entre outras mudanças, é necessário ter uma legislação que ajude os gestores no contexto das PPPs e concessões. “A gente fala muito do ambiente de negócio para o empresário, mas a gente tem que falar também do ambiente de negócio para o gestor público. Se você não tem uma governança na área pública convidativa, para uma agenda ousada, transparente, moderna, o gestor se vê amarrado e não consegue fazer andar”, justificou.

    Ele acredita que, se forem feitos esses “retoques na legislação”, incentivando o investimento em infraestrutura e corrigindo as pequenas brechas para dar mais segurança para investidores e gestores públicos, o país terá “um grande caminho pela frente”.

    Haddad destacou que é preciso garantir segurança dos negócios, transparência e moralidade, além dos recursos públicos, que podem variar de zero até 100% das obras. “Às vezes, o setor privado tem condição de fazer todo o investimento e tem a taxa de retorno porque o projeto se sustenta. Nós temos que saber lidar com essa diversidade de condições, e quanto mais robusta for a legislação, mais segura for a legislação, mais vai entusiasmar governadores, presidente da República e ministros a fazer um trabalho bem-feito”, comentou.

    Garantia dos estados

    Fernando Haddad explicou que a Secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda está dando apoio técnico ao Congresso para a elaboração do novo texto. Uma das medidas em estudo será a possibilidade de os estados oferecerem o Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal (FPE) em garantia de PPPs.

    Arcabouço fiscal

    Questionado sobre a existência de algum mecanismo para aumentar o investimento público em infraestrutura, o ministro da Fazenda lembrou que o arcabouço fiscal que foi aprovado já prevê um piso de investimento público. “Acredito que seja a primeira lei, não tenho lembrança de alguma lei federal que tenha estabelecido um piso no orçamento para investimento público, justamente para recuperar a ideia de que, se o Brasil não crescer, não existe ajuste fiscal possível”, declarou.

    Haddad destacou que o Brasil passou dez anos sem crescer, tendo teto de gasto e recorde de déficit. “Como é que você consegue explicar essa situação? É justamente pelo fato de que, quando o gestor fixa uma meta que só é factível com uma dinâmica de crescimento e ele não promove o crescimento, não adianta a boa intenção de quem quer que seja”, disse.

    Ele reforçou que o Brasil teve recorde de déficit público nos últimos dois governos, sem perspectiva de ajuste das contas públicas, e salientou a importância do arcabouço fiscal. “Se nós formos tenazes, se formos perseverantes no cumprimento dele, ele vai convergir para uma situação em que você vai gerar resultados primários cada vez melhores ao longo do tempo e vai, com o crescimento, abrir espaço para mais investimentos”, afirmou.

    Haddad admitiu que essa não é uma tarefa fácil e que não se resolve só com o arcabouço, mas disse que o governo vem liberando recursos para investimento dentro de “uma arquitetura sóbria”, que permitiu ao PIB do país crescer quase 7% em dois anos.

    “É politicamente sempre muito difícil corrigir desequilíbrio fiscal, mas qual é a determinação do presidente Lula? Que não é simples, mas nós vamos buscar o equilíbrio fiscal sem penalizar a população mais pobre. O desafio que ele nos colocou é compatibilizar essas duas coisas”, afirmou Fernando Haddad.

  • Como juntar dez mil reais até o fim de 2025: Técnicas que realmente funcionam

    Como juntar dez mil reais até o fim de 2025: Técnicas que realmente funcionam

    Juntar dez mil reais até dezembro de 2025 pode parecer difícil, mas se você dividir essa meta ao longo dos meses, verá que é mais acessível do que imagina. Se começar agora, precisa economizar cerca de R$ 500 por mês.

    Além de cortar gastos, uma boa estratégia é a planilha do dinheiro invisível: todo valor extra que entrar (bônus, cashback) deve ser guardado sem contar como parte do orçamento.

    Isso também pode te ajudar com renda extra: Vale a pena ser entregador de compras online? Descubra quanto dá para ganhar com esse trabalho

    Outra opção é o desafio das garrafas numeradas, onde você coloca valores entre R$ 5 e R$ 50 em uma garrafa PET, preenchendo-a até juntar dez mil reais.

    Dicas práticas para juntar dez mil reais

    Dicas práticas para juntar dez mil reais
    Dicas práticas para juntar dez mil reais Foto: Pixabay

    Planilha do dinheiro invisível: Registre ganhos inesperados e guarde-os sem gastar.
    Desafio das garrafas numeradas: Marque números em uma garrafa e vá preenchendo com diferentes valores, até atingir a meta desejada.
    Venda de itens que não usa: Faça uma limpa em casa e venda roupas, eletrônicos e acessórios.

    Por que juntar dez mil reais?

    Por que juntar dez mil reais?
    Por que juntar dez mil reais? Foto: Pixabay
    • Evita Endividamento
      Sem uma reserva, a solução para uma emergência muitas vezes é recorrer a empréstimos ou cartão de crédito, que possuem juros elevados e podem gerar uma bola de neve de dívidas. Ter um fundo de emergência impede que essas opções sejam necessárias.
    • Como Construir uma Reserva
      Para começar, é recomendado guardar de três a seis meses do seu custo de vida. O ideal é separar um percentual da renda mensal e colocar em uma conta segura, como uma poupança ou investimento de fácil acesso.

    Manter uma reserva financeira não é luxo, é uma necessidade. Poupar dinheiro é uma forma de garantir segurança e independência, prevenindo dificuldades futuras e proporcionando mais qualidade de vida. Comece agora e colha os benefícios dessa prática no futuro!

  • Show Safra Pecuária impulsiona economia regional

    Show Safra Pecuária impulsiona economia regional

    A cada edição, o Show Safra Mato Grosso amplia sua relevância como um dos maiores eventos do agronegócio brasileiro. Dentro desse cenário, o Show Safra Pecuária tem conquistado espaço e se consolidado como uma plataforma de conhecimento e negócios para o setor pecuário. Em 2025, a estrutura do evento será ampliada, dobrando a área destinada às exposições e leilões, além de agregar novos parceiros e oportunidades de negócios.

    Rodrigo Pasqualli, diretor executivo da Fundação Rio Verde, destaca que o Show Safra Mato Grosso busca conectar diferentes setores do agronegócio, mesmo que de forma indireta. “A pecuária, por exemplo, tem um dia a dia diferente de quem planta soja, mas, no final, estão interligados, pois a produção de grãos alimenta a cadeia pecuária. Apesar de a Fundação ter foco na produção de grãos, entendemos que a pecuária tem um papel estratégico e econômico na região, gerando empregos e movimentando diversos setores”, afirma Pasqualli.

    Dessa forma, o Show Safra Mato Grosso idealizou um espaço dedicado à pecuária dentro do evento, com programação específica, exposição de animais e equipamentos. “O Show Safra Pecuária é um evento independente dentro do Show Safra, com temas próprios, expositores específicos e um público direcionado”, explica. A intenção, segundo Pasqualli, é tornar o Show Safra um evento cada vez mais completo, abordando todos os segmentos estratégicos para a economia local.

    Expansão e novidades para 2025

    A edição de 2025 do Show Safra Pecuária trará mudanças significativas, conforme explica Faber Monteiro, coordenador do segmento dentro do evento. “Nós estamos dobrando a estrutura, o número de eventos de pecuária e mais que dobrando o número de leilões. Estamos atraindo mais criadores, pecuaristas e empresas parceiras, o que nos encoraja a trabalhar ainda mais e aumenta nossa responsabilidade. Só de pavilhão de estandes, teremos dois mil metros quadrados”, ressalta.

    Monteiro também destaca que a movimentação financeira deverá dobrar em comparação com edições anteriores. “A movimentação pré-evento já está mais intensa do que nos outros anos, o que demonstra o crescimento do setor dentro do Show Safra. Teremos leilões noturnos presenciais de touros P.O. e do cavalo quarto de milha, além de um grande ciclo de palestras, exposição de animais e diversas atrações durante a semana”, completa.

    Diante da grande procura por espaço, foi necessário modificar o projeto para acomodar novas empresas interessadas em expor no Show Safra Pecuária. “Tivemos que redesenhar o croqui do evento para atender a demanda. Toda a quadra será disponibilizada exclusivamente para a pecuária, algo que não ocorria antes. Isso reflete o crescimento e a importância do setor dentro do evento”, conclui Monteiro.

    O crescimento do Show Safra Pecuária reforça o papel do Show Safra Mato Grosso como um evento estratégico para o desenvolvimento do agronegócio, promovendo conhecimento, inovação e negócios que impulsionam a economia regional.

    O Show Safra Mato Grosso 2025, acontece de 24 a 28 de março na sede da Fundação de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico Rio Verde, localizada na MT-449 em Lucas do Rio Verde.

  • IBC-Br recua 0,7%, mas fecha 2024 com alta de 3,8%

    IBC-Br recua 0,7%, mas fecha 2024 com alta de 3,8%

    A atividade da economia brasileira em dezembro de 2024 apresentou recuo de 0,7% na comparação com novembro, segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) divulgado hoje (17), em Brasília, pelo Banco Central.

    O IBC-Br é considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com a desaceleração, o indicador anota um crescimento de 3,8% da economia do país no ano passado.

    O resultado de dezembro veio após uma alta de 0,10% em novembro. Ainda de acordo com o BC, na comparação com dezembro de 2023, os dados mostram que o IBC-Br cresceu 2,4%. No acumulado em 12 meses o índice também teve um avanço de 3,8%.

    Comparação

    Já no trimestre encerrado em dezembro, o IBC-Br acusou alta de 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

    O IBC-Br é visto como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acompanha mês a mês a atividade econômica e antecipa possíveis pressões inflacionárias.

  • Economia do país cresce 3,5% em 2024, diz FGV

    Economia do país cresce 3,5% em 2024, diz FGV

    A economia brasileira cresceu 3,5% em 2024, de acordo com estimativa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O dado foi divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Monitor do PIB, estudo que traz a prévia do comportamento do PIB, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.

    Em dezembro, a expansão foi de 0,3% em relação a novembro. Já o quarto trimestre teve alta de 0,4% ante o terceiro trimestre, apontando desaceleração, já que no segundo e no terceiro trimestre as expansões tinham sido maiores (1,4% e 0,8%, respectivamente).

    No acumulado de 2024, houve crescimento em todos os componentes da economia, exceto a agropecuária, que foi a locomotiva de 2023.

    “A indústria, os serviços e o consumo das famílias apresentaram resultados ainda melhores em 2024 dos que os já elevados crescimentos registrados em 2023. Pode-se afirmar que em 2024, em termos de atividade econômica, o Brasil teve um ótimo resultado”, avalia a coordenadora da pesquisa, a economista Juliana Trece.

    Com este resultado, o Brasil soma quatro anos seguidos de crescimento da economia. A última queda foi de 3,3% em 2020. Em 2023, o PIB teve expansão de 3,2%.

    Setores

    O consumo das famílias apresentou alta de 5,2% no ano passado. A chamada Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador que reflete o nível de investimento, como compras de máquinas e equipamentos, cresceu 7,6%. As exportações apresentaram alta de 3,7%.

    As importações, que atuam como redutor do PIB, uma vez que bens e serviços importados deixam de ser produzidos no Brasil sendo fornecidos por outros países cresceram 14,3%.

    Em valores, o PIB brasileiro atingiu R$ 11,655 trilhões, o maior da série histórica. O PIB per capita de 2024 – divisão do total da economia pelo número de habitantes – foi de R$ 56.796, também o maior da série histórica.

    A produtividade da economia foi de R$ 100.699 em 2024, 0,3% abaixo do observado em 2023 e 3,3% menor que o de 2013, o ponto mais alto já atingido.

    A taxa de investimentos da economia foi estimada em 17,2%, acima do registrado em 2023 (16,4%).

    Para 2025

    Apesar de 2024 com “ótimo resultado”, a economista Juliana Trece aponta que o ano de 2025 apresenta desafios internos e externos para a economia brasileira.

    “Pelo lado interno, os juros elevados, com efeitos negativos na atividade econômica, atingem principalmente os investimentos. Já no ambiente externo, novas imposições de tarifas podem comprometer o nível das exportações.”

    Desde setembro do ano passado, o Brasil enfrenta trajetória de alta da taxa básica de juros, a Selic, instrumento do Banco Central para controlar a inflação.

    Quanto maior os juros, maior o potencial de frear a inflação, porém com o efeito colateral de desestimular investimentos e crescimento da economia, o que afeta diretamente a criação de empregos.Atualmente, a Selic está em 13,25% ao ano.

    Por causa do comportamento da inflação, o Comitê de Política Monetária (Copom) já prevê mais um aumento de um ponto percentual em março. No acumulado de 12 meses até janeiro, a inflação oficial soma 4,56%, acima da meta do governo. Em dezembro, o acumulado era de 4,83%.

    O outro desafio citado pela economista é a guerra tarifária comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A maior economia do mundo decidiu que aplicará taxas para produtos estrangeiros que entram nos Estados Unidos, como aço e alumínio. O etanol brasileiro também tem sido ameaçado de sobretaxas.

    Resultado oficial

    O Monitor do PIB, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, é um dos estudos que servem como prévia do comportamento real da economia brasileira. Outro levantamento é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), também divulgado nesta segunda-feira.

    De acordo com o Banco Central, a economia fechou 2024 com expansão de 3,8%.

    O resultado oficial do PIB é apresentado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado de 2024 será conhecido em 7 de março.

  • IBC-Br recua 0,7%, mas fecha 2024 com alta de 3,8%

    IBC-Br recua 0,7%, mas fecha 2024 com alta de 3,8%

    A atividade da economia brasileira em dezembro de 2024 apresentou recuo de 0,7% na comparação com novembro, segundo o Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) divulgado hoje (17), em Brasília, pelo Banco Central.

    O IBC-Br é considerado uma espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB). Mesmo com a desaceleração, o indicador anota um crescimento de 3,8% da economia do país no ano passado.

    O resultado de dezembro veio após uma alta de 0,10% em novembro. Ainda de acordo com o BC, na comparação com dezembro de 2023, os dados mostram que o IBC-Br cresceu 2,4%. No acumulado em 12 meses o índice também teve um avanço de 3,8%.

    Comparação

    Já no trimestre encerrado em dezembro, o IBC-Br acusou alta de 4,4% em relação ao mesmo trimestre do ano passado.

    O IBC-Br é visto como uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB), calculado oficialmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O índice acompanha mês a mês a atividade econômica e antecipa possíveis pressões inflacionárias.

  • Maior plataforma de petróleo do Brasil inicia operação no pré-sal

    Maior plataforma de petróleo do Brasil inicia operação no pré-sal

    A maior unidade produtiva de petróleo em alto-mar (offshore) instalada no país até o momento, a Almirante Tamandaré (Búzios 7) começou a operar no Campo de Búzios, na Bacia de Santos, a cerca de 180 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, neste sábado (15). O navio-plataforma tem capacidade para processar até 225 mil barris de óleo e 12 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.

    A unidade vai explorar 15 poços, sendo sete produtores de óleo, seis injetores de água e gás, um conversível (produtor e injetor) e um injetor de gás. Todos eles estarão interligados à plataforma por meio de uma infraestrutura submarina.

    O Campo de Búzios é considerado um dos pontos mais promissores do chamado pré-sal brasileiro uma área de reservas petrolíferas formada por uma camada de rochas sedimentares e localizada em águas ultraprofundas da costa brasileira, entre 5 mil e 7 mil metros de profundidade.

    Em nota, a Petrobras reafirmou a expectativa de que o Campo de Búzios se torne, em breve, seu maior campo de produção, podendo superar a marca de 1,5 milhões de barris de produção por dia. “O FPSO Almirante Tamandaré é parte do sexto sistema de produção de Búzios e contribuirá para que o campo alcance a produção de 1 milhão de barris de óleo por dia, previsto para o segundo semestre de 2025″, afirmou a presidenta da companhia, Magda Chambriard.

    A unidade foi afretada junto à SBM Offshore. Além de apresentar capacidade produtiva acima da média das unidades da indústria – que gira em torno dos 150 mil barris diários de óleo e de compressão de 10 milhões de m3 de gás – a Almirante Tamandaré conta com tecnologias de descarbonização, o que, de acordo com a Petrobras, contribui para redução das emissões de gases de efeito estufa na atmosfera. Há também tecnologias para aproveitamento de calor, que reduzem a demanda de energia adicional para a unidade.

    Também em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacou a importância da unidade para a expansão da produção nacional. “A entrada em operação do FPSO Almirante Tamandaré é mais um passo importante para fortalecer a produção de energia no Brasil. Essa plataforma tem tecnologia de ponta para produzir mais com menos impacto ambiental, utilizando sistemas modernos para reduzir emissões e otimizar o uso de energia. Isso reforça nosso compromisso com o desenvolvimento do setor de óleo e gás em bases sustentáveis”, afirmou.

    O início da operação, neste sábado (15), coincidiu com o anúncio de que a Petrobras identificou novas reservas de petróleo em um poço (9-BUZ-99D-RJS ) da região oeste do Campo de Búzios, perfurado a cerca de 1.940 metros de profundidade, a partir de testes realizados a partir de 5,6 mil metros de profundidade.

    O começo da operação ocorreu um dia após a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) ter concedido as autorizações que faltavam para que o Consórcio da Jazida Compartilhada de Búzios, formado pela Petrobras (operadora que detém 88,9% de controle sobre o empreendimento), a CNOOC (7,34%) e a CNPC (3,67%) colocasse a unidade para funcionar.

  • 13 profissões deixam o regime em 2025 na mudanças no MEI – Saiba o que fazer

    13 profissões deixam o regime em 2025 na mudanças no MEI – Saiba o que fazer

    As mudanças no MEI em 2025 trazem uma reviravolta para muitos trabalhadores que, até então, atuavam como Microempreendedores Individuais.

    O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anunciou a exclusão de 13 profissões do regime, justificando a decisão com base na necessidade de adequação a normas de regulamentação profissional.

    Leia isso também: Cartão de crédito para MEI oferece juros baixos que ajudam a impulsionar o seu negócio

    Se você exerce uma dessas atividades e deseja continuar atuando legalmente, é importante conhecer as alternativas para manter a formalização e evitar problemas fiscais.

    Mudanças no MEI: Profissões excluídas 

    Mudancas no MEI
    Mudanças no MEI: Profissões excluídas

    A lista inclui atividades que exigem regulamentação específica ou que lidam com produtos considerados de alto risco. Confira as 13 categorias que perderam o direito ao MEI:

    • Alinhador(a) de pneus
    • Aplicador(a) agrícola
    • Arquivista de documentos
    • Balanceador(a) de pneus
    • Coletor de resíduos perigosos
    • Comerciante de fogos de artifício
    • Comerciante de gás liquefeito de petróleo (GLP)
    • Comerciante de medicamentos veterinários
    • Confeccionador(a) de fraldas descartáveis
    • Contador(a)/técnico(a) contábil
    • Dedetizador(a)
    • Fabricante de produtos de limpeza e higiene pessoal
    • Operador(a) de marketing direto

    O INSS explica que o objetivo é manter no MEI apenas as atividades compatíveis com o modelo simplificado de tributação. Profissões que exigem registro em conselhos de classe, como contadores, ou que envolvem produtos de alto risco, como gás e medicamentos, não se enquadram mais no regime.

    Além disso, o governo busca evitar sobrecarga na Previdência Social. Como o MEI contribui com alíquotas reduzidas, a ideia é garantir que apenas pequenos empreendedores realmente necessários se beneficiem desse modelo.

    Se você exerce uma dessas atividades e já está formalizado como MEI, precisará solicitar o desenquadramento no Portal do Empreendedor o mais rápido possível. A falta de regularização pode gerar multas e até mesmo a perda do CNPJ. As principais alternativas são:

    Migrar para Microempresa (ME) ou Empresa de Pequeno Porte (EPP): Essas categorias permitem um faturamento maior, mas possuem tributação diferenciada.

    Optar pelo regime do Lucro Presumido: Dependendo da atividade e do volume de faturamento, essa pode ser uma boa opção para manter o negócio regularizado.

    Como funciona a contribuição previdenciária do MEI

    ITBI x ITCMD
    Como funciona a contribuição previdenciária do MEI

    O MEI contribui para o INSS por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS), que inclui tributos e a contribuição previdenciária. Em 2025, com o aumento do salário-mínimo para R$ 1.518, o valor da contribuição mensal subirá para R$ 75,90. O pagamento deve ser feito até o dia 20 de cada mês.

    O não pagamento pode levar à perda de direitos previdenciários, como aposentadoria e auxílio-doença, além de impedir a emissão de certidões negativas para o CNPJ.

    Para continuar no regime, o microempreendedor precisa atender a alguns requisitos:

    • Faturamento anual de até R$ 81 mil (média de R$ 6.750 mensais);
    • Não ser sócio, titular ou administrador de outra empresa;
    • Contratar no máximo um funcionário com salário de até um salário-mínimo ou o piso da categoria.

    Algumas categorias já estavam impedidas de ingressar no MEI desde sua criação, como advogados, médicos, engenheiros e psicólogos, devido à exigência de registro em conselhos profissionais.

    Além disso, servidores públicos federais não podem atuar como MEI. Para servidores estaduais e municipais, as regras variam conforme cada região.

    Como abrir um MEI em 2025

    Se sua atividade ainda é permitida no MEI e você deseja se formalizar, siga este passo a passo:

    1. Acesse o Portal do Empreendedor e clique em “Quero ser MEI”;
    2. Verifique se sua atividade é permitida na categoria;
    3. Cadastre-se na plataforma gov.br, caso ainda não tenha login;
    4. Preencha os dados necessários, como CPF, endereço e informações fiscais;
    5. Finalize o registro e emita seu CNPJ gratuitamente.

    Documentos necessários:

    • CPF e Título de Eleitor;
    • CEP da residência e do local de atuação;
    • Número das duas últimas declarações do Imposto de Renda;
    • Número de celular ativo.

    Quem está regularizado como MEI tem acesso a diversos benefícios:

    • Aposentadoria por idade ou invalidez;
    • Auxílio-doença e auxílio-maternidade;
    • Poder emitir nota fiscal;
    • Facilidade para abrir conta bancária e obter crédito;
    • Pensão por morte e auxílio-reclusão para familiares.

    Manter a regularidade do MEI garante benefícios previdenciários, segurança jurídica e facilidades para crescimento do negócio.

    As mudanças no MEI em 2025 atingem diretamente milhares de trabalhadores que precisam buscar alternativas para continuar atuando legalmente. Se você está entre os afetados, informe-se, regularize a sua situação e garanta que o seu negócio continue crescendo, livre de complicações fiscais.

  • Poupança tem saques de R$ 26,3 bi em janeiro, diz Banco Central

    Poupança tem saques de R$ 26,3 bi em janeiro, diz Banco Central

    As retiradas da poupança em janeiro, superaram os depósitos em R$ 26,226 bilhões, informou hoje (7) o Banco Central (BC). Os dados constam do relatório de poupança divulgado pela autoridade monetária e mostram que, no mês passado, os brasileiros aplicaram R$ 326,883 bilhões e sacaram R$ 353,109 bilhões.

    Em janeiro do ano passado, o resultado também foi negativo, em R$ 20,148 bi, mas fechou o ano de 2024 com resultado positivo de R$ 15,44 bilhões.

    Com relação ao rendimento em janeiro de 2025, o índice foi R$ 5,950 bilhões e saldo de R$ 1,011 trilhão.

    De acordo com o BC, os recursos aplicados da caderneta em crédito imobiliário registraram depósitos de R$  281,980 bilhões e saques de R$  302,284 bilhões, enquanto os valores aplicados no crédito rural somaram R$ 44,902 bilhões e as retiradas ficaram em R$  50,824 bilhões.

    Em relação à captação líquida, o relatório mostra que, em janeiro, os valores do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) ficaram negativos em R$  20,304 bilhões, enquanto os recursos aplicados no crédito rural tiveram captação líquida negativa de R$ 5,921 bilhões.

    No mês passado a poupança SBPE rendeu R$  4,318 bilhões e a poupança rural ficou em R$ 1,631 bilhão.