Tag: Economia

  • Mato Grosso tem um aumento de 31% no saldo de empregos comparado com o ano passado

    Mato Grosso tem um aumento de 31% no saldo de empregos comparado com o ano passado

    Mato Grosso registrou um crescimento significativo na geração de empregos formais em fevereiro, com um saldo positivo de 9.710 novas vagas, o melhor resultado dos últimos quatro anos, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

    O estado apresentou um aumento de 31% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foram criadas 7.416 vagas. O setor de serviços foi o principal responsável por esse crescimento, com mais de 5 mil novos postos de trabalho. Os setores de comércio, construção e indústria também apresentaram desempenho positivo. A agricultura foi o único setor que não registrou a criação de novas vagas.

    O resultado positivo de Mato Grosso é um reflexo do bom momento da economia do estado, que tem se destacado no cenário nacional pela sua pujança e diversificação.

  • Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    Oito em cada dez consumidores voltam a ser negativados em menos de um ano, aponta CNDL e SPC Brasil

    O Indicador de Reincidência da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) revelou que oito em cada dez consumidores retornam aos cadastros de inadimplentes menos de um ano após terem quitado uma dívida. Em fevereiro de 2025, 85,88% das negativações registradas foram de consumidores reincidentes, ou seja, que já haviam sido incluídos no cadastro de inadimplentes nos últimos 12 meses.

    Do total de reincidentes, 65,44% ainda possuíam pendências anteriores não quitadas até fevereiro, enquanto 20,44% haviam saído da lista de inadimplência no último ano, mas voltaram a dever. Apenas 14,12% das negativações registradas foram de consumidores que não tiveram restrições de crédito nos últimos 12 meses.

    Tempo médio de reincidência é de 2,4 meses

    O estudo apontou que o tempo médio entre o vencimento de uma dívida e a reincidência é de 73 dias, ou seja, aproximadamente 2,4 meses. Essa dinâmica evidencia a dificuldade dos consumidores em manter o equilíbrio financeiro, agravada por fatores como inflação e taxas de juros elevadas.

    Apesar do alto índice de reincidência, o número de consumidores que voltaram a dever registrou queda de -7,51% nos 12 meses encerrados em fevereiro de 2025, quando comparado ao mesmo período anterior.

    O presidente da CNDL, José César da Costa, alerta para os desafios econômicos que dificultam a recuperação de crédito no país. “A tendência para os próximos meses é de um cenário ainda mais desafiador, exigindo que os consumidores adotem estratégias como renegociação preventiva e um controle financeiro mais rigoroso”, afirmou.

    Brasileiros têm mais dificuldades para sair da inadimplência

    O Indicador de Recuperação de Crédito de Pessoas Físicas do SPC Brasil revelou que o número de consumidores que quitaram suas dívidas caiu -8,17% nos 12 meses encerrados em fevereiro. A maior redução foi entre aqueles que levaram de 91 dias a um ano para regularizar seus débitos, com queda de -15,49%.

    Os dados também mostram que a faixa etária com maior número de consumidores reincidentes é de 30 a 39 anos (26,50%), enquanto a de maior recuperação de crédito é a de 50 a 64 anos (24,27%). A inadimplência também se distribui de forma equilibrada entre os sexos, sendo 53,09% de mulheres e 46,91% de homens.

    O presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior, destacou que programas do governo para ampliar o acesso ao crédito podem ajudar, mas alerta para o risco do endividamento excessivo. “O uso responsável desses recursos é essencial para evitar um ciclo de novas dívidas e dificuldades financeiras”, pontuou.

    Em fevereiro de 2025, cada consumidor recuperado pagou, em média, R$ 2.034,23 na soma de todas as dívidas, sendo que 63,17% quitaram débitos de até R$ 500.

  • BC reduz previsão do PIB de 2,1% para 1,9% em 2025

    BC reduz previsão do PIB de 2,1% para 1,9% em 2025

    O Banco Central (BC) reduziu a estimativa de crescimento do país de 2,1% para 1,9% em 2025. Dado sobre a projeção do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) consta do relatório de política monetária do primeiro trimestre, divulgado pela autoridade monetária nesta quinta-feira (27). Segundo o BC, a projeção de inflação para o ano cai para 5,01%, ainda fora do intervalo da meta.

    “O PIB cresceu fortemente em 2024, 3,4%, mas desacelerou mais que o esperado no quarto trimestre, ao crescer 0,2%. A desaceleração foi mais nítida nos setores mais sensíveis ao ciclo econômico, no consumo das famílias e na formação bruta de capital fixo. Nesse contexto, a projeção para o crescimento do PIB em 2025 foi revisada para baixo, de 2,1% para 1,9%, com maior redução na expectativa dos componentes mais cíclicos”, diz o relatório.

    Na avaliação do BC, a economia aquecida favorece a alta da inflação, dificultando a convergência para a meta. A inflação acumulada em doze meses, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), aumentou de 4,87% em novembro para 5,06% em fevereiro.

    A meta definida pelo Comitê de política Monetária (Copom) do BC é de 3%, podendo varia 1,5% para mais ou menos. O documento diz que as projeções de inflação se mantiveram acima da meta, tornando a “convergência para a meta desafiadora”.

    “Nas projeções do cenário de referência, a inflação continua acima do limite do intervalo de tolerância ao longo de 2025, começando a cair a partir do quarto trimestre, mas ainda permanecendo acima da meta. Nesse cenário, a inflação acumulada em quatro trimestres fica na faixa de 5,5%-5,6% nos três primeiros trimestres de 2025, cai para 5,1% no final do ano, 3,7% em 2026 e 3,1% no último período considerado, referente ao terceiro trimestre de 2027”, afirma o BC.

    O documento diz ainda que a projeção de inflação para 2025 aumentou 0,6 ponto percentual (p.p.) em relação ao relatório anterior, especialmente nas projeções relacionadas aos preços livres. Em relação aos preços administrados, a projeção é de redução.

    “Os efeitos dos aumentos das expectativas de inflação e da inércia decorrente das surpresas inflacionárias e da revisão das projeções de curto prazo pressionaram as projeções para cima, enquanto a subida da taxa de juros real, a apreciação cambial e a queda do preço do petróleo contribuíram para baixo”, diz o relatório.

    O documento aponta ainda que o cenário externo permanece desafiador e segue exigindo cautela por parte de países emergentes.

    Na avaliação da autoridade monetária, a conjuntura e a política econômica nos Estados Unidos, em particular a incerteza acerca da sua política comercial, colocam mais dúvidas sobre os ritmos de desaceleração da atividade econômica e da desinflação, com impactos na postura do Banco Central norte-americano, o Fed, e no ritmo de crescimento dos demais países.

  • Show Safra Mato Grosso: Evento gera mais de 2 mil empregos e movimenta a economia

    Show Safra Mato Grosso: Evento gera mais de 2 mil empregos e movimenta a economia

    O Show Safra Mato Grosso, um dos principais eventos do agronegócio brasileiro, promete nesse ano de 2025 ser não apenas um marco de inovações e networking, mas também um impulsionador significativo da economia local em Lucas do Rio Verde. Com a aproximação do evento, estima-se que mais de 2 mil empregos diretos e indiretos são gerados antes, durante e após a feira.

    Essa geração de empregos abrange diversas áreas, incluindo hospedagem, gastronomia e comércio geral. Hotéis e pousadas da região já estão a todo vapor recebendo um grande número de trabalhadores, expositores e visitantes, o que resulta na contratação de novos funcionários para atender à demanda. Restaurantes e bares também se beneficiam, com o aumento no fluxo de clientes durante o evento, promovendo a contratação temporária de cozinheiros, garçons e atendentes.

    Além disso, o comércio local experimenta uma movimentação econômica significativa. Lojas e estabelecimentos do varejo se preparam para oferecer produtos e serviços aos visitantes e expositores, contribuindo para a circulação de dinheiro na região. O evento não só traz oportunidades de emprego imediatas, mas também deixa um legado positivo ao fortalecer a economia local a longo prazo.

    O Show Safra atrair milhares de profissionais do setor agrícola, que buscam inovações tecnológicas e conhecimentos sobre as tendências do mercado. Esse fluxo intenso de visitantes representa uma oportunidade ímpar para os empreendedores locais expandirem seus negócios e se conectarem com uma clientela diversificada.

    A feira acontece de 24 a 28 de março, na sede da Fundação Rio Verde, com a apresentação de muita tecnologia e interação no universo do agro.

  • Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Setor florestal de Mato Grosso defende ajustes em normas para destravar planos de manejo

    Padrões de licenciamentos para exploração de espécies florestais comerciais motivaram reunião com o Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira de Mato Grosso (Cipem), Fórum Nacional das Atividades de Base Florestal (FNBF), Associação das Indústrias Exportadoras de Madeira do Estado do Pará (Aimex), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e, em paralelo reunião com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema).

    Representantes do setor florestal reportaram, durante o encontro, as dificuldades enfrentadas pelos produtores devido às regras de transição da Instrução Normativa (IN) 28, que estabelece procedimentos para atividades de Manejo Florestal Sustentável das espécies ipê, cumaru e cedro rosa, listadas na Convenção sobre o Comércio Internacional das Espécies da Flora e Fauna Selvagens Ameaçadas de Extinção (Cites), que representam uma parcela significativa da produção de madeira mato-grossense. A norma foi publicada em dezembro de 2024.

    Presidente do Cipem, Ednei Blasius, considera que a paralisação das análises e liberações de planos de manejo no estado ocorre em razão desse regramento da IN 28, que impõem exigências de difícil execução, como a coleta de materiais para herbários. Situação agravada pelos impactos de outras regulamentações, como a Instrução Normativa 19 (IN-19), que requer a análise e validação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) para aprovação dos planos de manejo florestal.

    Blasius ressalta que, em Mato Grosso, o licenciamento ocorre de forma distinta de outros estados, com a emissão de uma licença florestal sem a necessidade de validação prévia do CAR. A exigência potencializa os riscos de paralisação do setor devido à morosidade na análise do cadastro, comprometendo a manutenção da floresta em pé e a atividade produtiva. Com a IN-19, uma grande quantidade de processos de manejo florestal no estado poderá ser inviabilizada, assim como a extração de outras espécies arbóreas comerciais destinadas à exportação a exemplo do tauari, cedro amazonense, garapeira, jatobá e muiracatiara, colocando em risco a sustentabilidade econômica do setor.

    Para atender à IN 28 do Ibama são necessárias algumas retificações dos inventários florestais, como respeito ao diâmetro mínimo de corte para cada gênero e tipo de vegetação, correção da intensidade máxima de exploração – registrando no inventário como “corte” apenas a quantidade permitida, classificação dos indivíduos remanescentes como “porta semente” garantindo a manutenção mínima exigida de árvores com DAP (Diâmetro à Altura do Peito) superior ao diâmetro mínimo de corte. Também requer a aplicação dos critérios mais restritivos em áreas de contato entre diferentes tipos de vegetação – especialmente quando houver floresta ombrófila densa, alinhamento na análise dos processos para minimizar impactos sobre a comercialização da madeira e melhor aproveitamento dos inventários já realizados.

    Os representantes do Ibama, Allan Valezi Jordani, coordenado geral de Gestão e Monitoramento do Uso da Flora e a diretora de Uso Sustentável de Biodiversidade e Florestas, Lívia Martins, acolheram as reivindicações apresentadas pelo Cipem e pelo FNBF. Dentro de aproximadamente 15 dias está prevista publicação de uma revisão da IN-28 para permitir que os estados possam dar continuidade à análise e liberação dos planos de manejo que envolvem as espécies em questão. Enquanto a publicação de nova redação da norma está em análise jurídica pelo Ibama, o Cipem pede à Sema que as análises dos processos que contenham as espécies ipê, cumaru e cedro rosa não sejam prejudicadas. A Sema manifestou que apresentará ao Ibama medidas mitigadoras e compensatórias. A reunião ocorreu por meio de videoconferência, na semana passada. O Cipem e o FNBF reforçaram o compromisso em continuar contribuindo com sugestões para aprimorar a legislação ambiental, visando segurança jurídica para o setor.

  • Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

    Inadimplência atinge 68,76 milhões de consumidores em fevereiro, aponta CNDL/SPC Brasil

    O Indicador de Inadimplência realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) aponta que quatro em cada dez brasileiros adultos (41,50%) estavam negativados em fevereiro de 2025, o que representa 68,76 milhões de consumidores. Em comparação com fevereiro de 2024, o percentual de inadimplentes do Brasil teve crescimento de 3,22% em fevereiro de 2025. Na passagem janeiro para fevereiro, o número de devedores caiu ‐0,04%.

    A partir dos dados disponíveis em sua base, que abrangem informações de capitais e interior de todos os 26 Estados da federação, além do Distrito Federal, a CNDL e o SPC Brasil registram que a variação anual observada em fevereiro deste ano ficou acima da observada no mês anterior.

    “A inadimplência no Brasil tem apresentado um crescimento constante, com poucas oscilações, enquanto a recuperação de crédito segue em declínio. A situação é preocupante e tende a se agravar, já que as taxas de juros, que já estão elevadas, têm previsão de alta. Além disso, a inflação nos alimentos tem pressionado o orçamento das famílias, reduzindo sua capacidade de honrar compromissos financeiros. O cenário se torna ainda mais preocupante diante da falta de avanços significativos na educação financeira do brasileiro”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    O crescimento do indicador anual se concentrou no aumento de inclusões de devedores com tempo de inadimplência de 3 a 4 anos (41,13%).

    O número de devedores com participação mais expressiva em fevereiro está na faixa etária de 30 a 39 anos (23,81%). De acordo com a estimativa, são 17,03 milhões de pessoas registradas em cadastro de devedores nesta faixa, ou seja, metade (50,13%) dos brasileiros desse grupo etário estão negativados. A participação dos devedores por sexo segue bem distribuída, sendo 51,08% mulheres e 48, 92% homens.

    Em fevereiro de 2025, cada consumidor negativado devia, em média, R$ 4.650,21 na soma de todas as dívidas. Além disso, cada inadimplente devia, em média, para 2,15 empresas credoras, considerando todas essas dívidas.

    Os dados ainda mostram que três em cada dez consumidores (30,32%) tinham dívidas de valor de até R$ 500, percentual que chega a 43,93% quando se fala de dívidas de até R$ 1.000.

    Em fevereiro de 2025, o número de dívidas em atraso no Brasil teve crescimento de 5,29% em relação ao mesmo período de 2024. O dado observado em fevereiro deste ano ficou acima da variação anual observada no mês anterior. Na passagem de janeiro para fevereiro, o número de dívidas apresentou alta de 0,54%.

    Abrindo a evolução do número de dívidas por setor credor, destacou‐se a evolução das dívidas com o setor de Bancos com crescimento de 8,62%. Em outra direção, as dívidas com o setor credor de Comércio (‐6,51%), Água e Luz (‐5,70%) e Comunicação (‐3,64%) apresentaram queda no total de dívidas em atraso.

    “Algumas estratégias podem ser fundamentais para reduzir a inadimplência e ajudar os consumidores a recuperarem sua saúde financeira. Investir em educação financeira, revisar cuidadosamente as despesas para identificar cortes possíveis e poupar um valor antes de renegociar a dívida são medidas que aumentam as chances de sair da inadimplência de forma sustentável, reduzindo o risco de reincidência. A inadimplência gera um efeito dominó que prejudica tanto a economia quanto a população. Programas de renegociação de dívidas promovidos pelo governo federal também podem ajudar a melhorar esta situação”, destaca o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Júnior.

    Em termos de participação, o setor credor que concentra a maior parte das dívidas é o de Bancos, com 66,50% do total. Na sequência, aparece Comércio (10,00%), o setor de Água e Luz com 9,77% e Outros com 8,07% do total de dívidas.

    Na abertura por região em relação ao número de dívidas, a maior alta veio da região Centro‐Oeste (10,41%), seguida pelo Norte (5,92%), Nordeste (4,28%), Sudeste (4,13%) e Sul (2,06%).

    Em termos regionais, o maior percentual de inadimplentes está na região Centro‐Oeste, onde 45,23% da população adulta está incluída em cadastros de devedores. Por outro lado, na região Sul, a proporção de negativados equivale a 37,05% da população adulta.

    Para todos os indicadores, considera-se que uma dívida é a relação de um credor com um devedor, mesmo que esse credor tenha incluído vários registros desse devedor junto ao SPC Brasil. Ou seja, mesmo que um devedor tenha quatro registros de um mesmo credor, assume-se que esse consumidor tem apenas uma dívida.

  • Percentual de famílias com dívidas em atraso cai em fevereiro, diz CNC

    Percentual de famílias com dívidas em atraso cai em fevereiro, diz CNC

    O percentual de famílias em inadimplência recuou pelo terceiro mês seguido em fevereiro, segundo a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada nesta segunda-feira (10) pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Mesmo assim, o estudo indica que o endividamento voltou a crescer após duas quedas consecutivas, o que pode indicar que as famílias estão optando por fazer uma nova dívida, com condições e prazos mais vantajosos, a fim de pagar as antigas.

    As famílias consideradas endividadas são as que têm contas a pagar no cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, crédito consignado, empréstimo pessoal, cheque pré-datado e prestações de carro e casa, por exemplo. Em fevereiro, esse percentual chegou a 76,4%, 0,3 ponto percentual (p.p.) acima do registrado em janeiro e 1,5 p.p. abaixo do verificado em fevereiro do ano passado (77,9%).

    Já a inadimplência, que considera as dívidas em atraso, teve um recuo de 0,5 ponto percentual, chegando a 28,6%. O percentual de famílias que não terão condições de pagar as dívidas em atraso também permanece com tendência de queda, indo para 12,3%.

    Para o presidente do Sistema CNC, Sesc-Senac, José Roberto Tadros, “a taxa média de juros cobrada aos consumidores apresentou recuo. E isso pode estar fazendo com que as famílias se preocupem mais com os juros pagos pelas contas atrasadas. Desse modo, passam a considerar vantajoso a troca de crédito”.

    A pesquisa mostra também que, além de os consumidores terem menos contas atrasadas, o percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias vem recuando há quatro meses, chegando a 48,2% do total de endividados, o menor indicador desde julho de 2024. Outro dado positivo é que o percentual dos consumidores que têm mais da metade dos rendimentos comprometidos com dívidas também apresentou redução, atingindo 20,5%, o menor percentual desde novembro de 2024.

    Endividamento

    A Peic indicou também o terceiro aumento seguido do percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas”, chegando a 16,1%, o maior nível desde setembro de 2024. A porcentagem daquelas que dizem que “não têm dívidas desse tipo” caiu para 23,5%, o que acende um sinal de alerta para a melhora do perfil de endividamento. Essa é uma percepção individual das famílias captada pela pesquisa sobre o que consideram muito ou pouco em termos de endividamento. Ou seja, é um indicador subjetivo e não caracteriza propriamente um superendividamento, mas sim a visão de cada brasileiro sobre o assunto.

    “As nossas projeções mostram que o endividamento deve continuar aumentando ao longo deste ano, com as famílias sentindo mais confiança em utilizar o crédito para o consumo e a quitação de dívidas antigas, apesar dos juros. Além disso, a inadimplência deve continuar arrefecendo ao longo de 2025”, avalia Felipe Tavares, economista-chefe da CNC.

  • Entenda novas regras para aumentar segurança no uso do PIX

    Entenda novas regras para aumentar segurança no uso do PIX

    Anunciadas na última quinta-feira (6) pelo Banco Central (BC), as novas medidas para elevar a segurança do Pix estão sendo alvo de fake news. Entre as mentiras difundidas, estão a de que quem deve impostos ou está com o nome sujo terá a chave bloqueada. Na verdade, as mudanças abrangem poucos usuários e buscam evitar golpes financeiros.

    Segundo o próprio Banco Central, criador e administrador do sistema Pix, o principal objetivo da mudança é evitar que fraudadores insiram um nome diferente numa chave Pix do nome registrado na base de dados da Receita Federal. Essa situação, que ocorre por erro das instituições financeiras, tem sido usada por criminosos para dificultar o rastreamento.

    A mudança, que entra em vigor em julho, afetará apenas 1% das chaves Pix cadastradas. Código identificador de uma conta, a chave Pix permite registrar a origem e a destinação no sistema de transferências instantâneas. Ela pode estar vinculada a um CPF, CNPJ, número de telefone, e-mail ou um código aleatório composto por letras e números.

    Tire as principais dúvidas sobre as novas regras do Pix:

    De quem foi a decisão? Da Receita Federal ou do Banco Central?

    O reforço na segurança do Pix foi decidido pelo Banco Central, que criou e administra o sistema de transferências instantâneas.

    Quem terá a chave excluída?

    Entre as pessoas físicas, as chaves CPF na seguinte situação (1% do total):

    •     4,5 milhões: grafia inconsistente

    •     3,5 milhões: falecidos

    •     30 mil: CPF suspenso (cadastro com informações incorretas ou incompletas)

    •     20 mil: CPF cancelado (CPF suspenso há mais de cinco anos, com duplicidade de inscrição ou cancelado por decisão administrativa da Receita ou decisão judicial)

    •     100: CPF nulo (com fraude ou erro grave no cadastro).

    Entre as pessoas jurídicas, as chaves CNPJ na seguinte situação

    •     984.981 com CNPJ inapto (empresa que não apresentou demonstração financeira e contábil por dois anos)

    •     651.023 com CNPJ baixado (empresa oficialmente encerrada)

    •     33.386 com CNPJ suspenso (empresa punida por descumprir obrigações legais)

    •     Banco Central não informou a quantidade de CNPJ nulos (sem validade)

    Quando as chaves serão excluídas?

    Segundo o BC, a exclusão está prevista a partir de julho.

    Como se dará a exclusão?

    As instituições financeiras e de pagamento deverão verificar o cadastro sempre que houver um procedimento relacionado a chaves Pix, como registro, mudança de informações, pedido de portabilidade ou reivindicação de posse. Caso seja constatada alguma das irregularidades acima, a chave deverá ser excluída.

    Quem deve impostos terá chave excluída?

    Não. O BC esclareceu que a inconformidade nossa dados cadastrais de CPF e de CNPJ não tem relação com o pagamento de tributos, apenas com a identificação cadastral do titular do registro na Receita Federal.

    Quem está com o nome sujo deixará de fazer Pix?

    Não. Esta é uma fake news que passou a ser espalhada nos últimos dias. As medidas só abrangem quem tem problemas cadastrais na Receita Federal.

    O que mudará nas chaves aleatórias?

    Pessoas e empresas que usam chaves aleatórias (combinação de letras e números) não poderão mais alterar informações vinculadas a essa chave. Agora, o usuário precisará excluir a chave aleatória e criar uma nova, com as informações atualizadas.

    O que mudará nas chaves vinculadas a e-mails?

    A partir de abril, a chave do tipo e-mail não poderá mais mudar de titular. Não será mais possível migrar a chave de um dono para outro.

    Haverá mudanças nas chaves vinculadas a número de celular?

    Não. As chaves do tipo celular poderão mudar de titular e de conta. Segundo o BC, a possibilidade de alteração foi mantida por causa da troca frequente de números de telefone, principalmente de donos de linhas pré-pagas.

    Qual o principal objetivo das medidas?

    Aumentar a segurança no Pix, ao inibir o uso de chaves com nomes diferentes da base de dados da Receita Federal, no caso do CPF e do CNPJ e impedir a transferência de chaves para terceiros, no caso de chaves aleatórias e de e-mails.

    Haverá limite para devolução de qualquer valor dos dispositivos não cadastrados?

    Desde novembro de 2024, caso uma conta transferisse para uma outra conta existente sem chave Pix criada, a devolução seria limitada a R$ 200. BC retornou a norma antiga e retirou o limite para esse tipo de transação.

    É possível verificar se o CPF está em situação regular?

    Sim. A consulta pode ser feita na página da Receita Federal, na aba “Comprovante de situação cadastral”.

    É possível regularizar o CPF?

    Sim, mas apenas por quem está com o CPF suspenso. A regularização pode ser feita na página da Receita Federal, preenchendo um formulário.

  • Feirão Queima de Estoque da Acilve atrai recorde de público e movimenta comércio em Lucas do Rio Verde 

    Feirão Queima de Estoque da Acilve atrai recorde de público e movimenta comércio em Lucas do Rio Verde 

    A 33ª edição do Feirão Queima de Estoque da Associação Comercial e Empresarial de Lucas do Rio Verde (Acilve) teve início na sexta-feira (7) e já se consagra como um sucesso de público. O evento, que acontece no Salão Paroquial da Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, no bairro Pioneiro, segue até este sábado (8), oferecendo promoções imperdíveis em vestuário, calçados, acessórios e artigos de decoração, entre outros produtos.

    Logo no primeiro dia, a feira registrou um recorde de consumidores em busca de descontos que chegam a 80%. O evento, consolidado no calendário comercial da cidade, é uma oportunidade tanto para os lojistas, que impulsionam suas vendas, quanto para os consumidores, que encontram produtos de qualidade a preços acessíveis.

    O presidente da Acilve, João Pagotto, destacou as novidades desta edição e o impacto positivo da ação para o comércio local. “É o maior feirão que a Acilve já promoveu até hoje. Estamos no 33º evento e viemos com uma proposta diferente. O que demos observar neste primeiro dia, é muita participação da população, que está vindo para aproveitar as ofertas que tem aqui”, comentou Pagotto, afirmando que o sucesso do Feirão representa a força e pujança do comércio de Lucas do Rio Verde.

    “42 empresas expondo aqui, mostra o potencial, mostra a relevância que tem esses comércios para Lucas do Rio Verde e tenho certeza que emprega muitas pessoas. A Acilve pode contar com a prefeitura sempre, estamos a disposição e o Poder Legislativo, também tenho certeza. Isso demonstra a interligação que tem a Acilve e o comércio, pois o pequeno comércio também precisa de oportunidade”, frisou o prefeito exercício, Joci Piccini.

    Com a grande movimentação registrada, a expectativa é de que esta edição do feirão supere os resultados das anteriores, reforçando sua importância como um dos eventos comerciais mais aguardados pelos luverdenses.

    Participaram também da cerimônia de abertura da feira, o vice-presidente da Acilve, Tiago Dutra;  o Secretário de Planejamento, Welligton Soutto; os vereadores Márcio Albieri, Gilson Fermino (Urso) e Hélio Kaminsk; o comandante da 13ª Companhia Independente de Bombeiros Militar, major BM Gleiber de Campos Bertolazo; e representando a Guarda Civil Municipal, o sub inspetor GCM Braga.

    Serviço:

    **Local:** Salão Paroquial da Igreja Matriz – Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima

    **Datas:** 7 e 8 de março

    ⏰ **Horários:**

    ️ Sexta-feira (7): das 8h às 20h

    ️ Sábado (8): das 8h às 19h

     

  • Varejistas estão cautelosos e menos otimistas com a economia

    Varejistas estão cautelosos e menos otimistas com a economia

    Pelo segundo mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) registrou em fevereiro queda de 2,1% na comparação com janeiro e de 5,4% em relação a fevereiro do ano anterior, atingindo 103,7 pontos. Ainda assim, o indicador segue acima do nível de satisfação (acima de 100 pontos).

    Para a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), a pesquisa evidencia o clima menos otimista no varejo diante de um cenário econômico mais desafiador.

    Segundo a entidade, o resultado é reflexo da queda de quase todos os componentes analisados, com peso maior para “condições atuais da economia”, que caiu 6,5% na variação mensal e 18,7% no comparativo com o mesmo mês do ano passado. O único subíndice em crescimento foi o de “intenções de investimento em estoque”, que subiu 0,1% nos dois cenários em retrospecto.

    “A redução da confiança é coerente com o ambiente de juros elevados e de trajetória mais complexa do que no início de 2024. Esses fatores seguem impactando as decisões do empresariado e exigindo cautela na condução dos negócios nos próximos meses. É algo a ser acompanhado de perto, já que o otimismo do setor é essencial para impulsionar os investimentos e gerar crescimento para o país”, afirmou o presidente do Sistema CNC-Sesc-Senac, José Roberto Tadros.

    Contribuiu para o saldo negativo do Icec a retração de todos os segmentos observados, principalmente pelas lojas do varejo de supermercados, farmácias e lojas de cosméticos, com variação negativa mensal de 3,3%. Roupas, calçados, tecidos e acessórios recuaram 1,7%, enquanto o segmento de eletroeletrônicos, eletrodomésticos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos tiveram uma queda de 2,7%.

    “Os comerciantes têm sentido muito o impacto da Selic alta, com a tendência de novos aumentos. A prova disso é que na percepção atual do comércio, as atividades que englobam os bens de maior valor agregado (eletroeletrônicos, móveis e decorações, cine/foto/som, materiais de construção e veículos) caíram 5,3% em relação a janeiro porque são eles os mais afetados pela evolução dos juros”, disse o economista-chefe da CNC, Felipe Tavares.