Tag: Economia

  • Inflação fecha 2023 dentro da meta, mas alta de preços preocupa

    Inflação fecha 2023 dentro da meta, mas alta de preços preocupa

    A inflação do país fechou 2023 dentro da meta do Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 4,62% no ano, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (11).

    A alta da inflação foi puxada pelo aumento nos preços dos alimentos e transportes. O grupo alimentação e bebidas teve alta de 11,02% no ano, com destaque para os preços da batata-inglesa (19,09%), do feijão-carioca (13,79%), do arroz (5,81%) e das frutas (3,37%).

    Produção de veículos tem leve queda em 2023, mas vendas registram aumento expressivo

    Já o grupo transportes registrou alta de 7,34% no ano, com destaque para as passagens aéreas (17,69%). Os combustíveis, por outro lado, tiveram deflação de 1,35% no ano, com destaque para a gasolina (-12,17%).

    O INPC, que mede a inflação para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos, também fechou 2023 dentro da meta, com alta de 3,71%. No entanto, o índice acumulou alta de 0,33% nos produtos alimentícios e de 4,83% nos não alimentícios.

    A alta dos preços preocupa os consumidores e as autoridades econômicas. O Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 11,75% ao ano, na tentativa de conter a inflação.

  • Produção de veículos tem leve queda em 2023, mas vendas registram aumento expressivo

    Produção de veículos tem leve queda em 2023, mas vendas registram aumento expressivo

    No ano de 2023, a produção de veículos apresentou um declínio sutil de 1,9%, totalizando 2,36 milhões de unidades, comparada às 2,32 milhões produzidas em 2022. Em dezembro desse mesmo ano, a produção registrou 171,6 mil unidades, representando uma redução de 15,3% em relação a novembro de 2023 (202,7 mil) e 10,4% menos que dezembro de 2022 (191,6 mil).

    O segmento de automóveis comerciais leves, por sua vez, demonstrou um aumento de 1,3%, totalizando 2,2 milhões de unidades em 2023 em comparação com o ano anterior.

    Nova renegociação dará desconto de até 70% para dívida ativa

    Contrastando com a leve diminuição na produção, as vendas de veículos novos exibiram um notável crescimento de 9,7% em 2023, com 2,3 milhões de unidades emplacadas, contra 2,1 milhões em 2022. No último mês do ano, as vendas atingiram 248,6 mil unidades, indicando um aumento de 14,6% em relação a dezembro de 2022 (216,9 mil) e 16,9% a mais que novembro de 2023 (212,6 mil).

    Entretanto, as exportações tiveram uma queda de 16% no mesmo período, totalizando 403,9 mil unidades comercializadas no mercado externo, frente às 480,9 mil registradas em 2022. Essa diminuição é atribuída à redução das vendas em países como Argentina (-16%), Chile (-57%) e Colômbia (-53%).

    Olhando para o futuro, a Anfavea projeta um cenário de crescimento para 2024, com previsão de aumento nas vendas (6,1%, atingindo 2,45 milhões de unidades), na produção (6,2%, chegando a 2,47 milhões de unidades) e um ligeiro acréscimo nas exportações (0,7%, com 407 mil unidades).

    O presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, expressou otimismo quanto ao próximo ano, citando a expectativa de crescimento do mercado interno e da produção. Além disso, destacou a importância da MP 1.205, que instituiu o Programa Mover, afirmando que essa política industrial moderna trará previsibilidade à cadeia automotiva brasileira, favorecendo novas empresas e priorizando tecnologias de descarbonização, investimentos em P&D e a neoindustrialização.

  • Preço da cesta básica diminui em 15 capitais; Belém e Porto Alegre apresentam alta

    Preço da cesta básica diminui em 15 capitais; Belém e Porto Alegre apresentam alta

    O valor da cesta básica teve uma diminuição significativa em 15 capitais ao longo de 2023. As principais reduções acumuladas, durante o período de 12 meses até dezembro do ano passado, foram observadas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%).

    Entretanto, Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%) apresentaram taxas positivas acumuladas, conforme dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que conduz mensalmente a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos em 17 capitais.

    Poupança tem retirada líquida de R$ 87,82 bilhões em 2023

    O Dieese destacou que a tendência geral foi de redução nos preços, aliviando as despesas das famílias brasileiras. Isso se soma à valorização do salário mínimo e à ampliação da política de transferência de renda. Esses movimentos trazem alívio após anos de aumentos nos preços dos alimentos, geralmente acima da média da inflação.

    No entanto, a entidade alerta para desafios vindouros, citando preocupações relacionadas à questão climática, conflitos externos, câmbio desvalorizado estimulando exportações e o forte impacto da demanda externa sobre os preços internos das commodities para 2024.

    Analisando o mês a mês, entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta subiu em 13 cidades, com maiores destaques em Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). Por outro lado, ocorreram diminuições em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

    Porto Alegre liderou como a cidade com o maior custo para a cesta básica em dezembro de 2023, atingindo R$ 766,53, seguida por São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e Rio de Janeiro (R$ 738,61). Já Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

    Considerando a cesta mais cara em dezembro (Porto Alegre), o salário mínimo necessário para sustentar uma família de quatro pessoas seria de R$ 6.439,62, equivalente a 4,88 vezes o valor do salário mínimo atual, de R$ 1.320,00. Em novembro, esse valor correspondia a R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o salário mínimo vigente.

    O Dieese calcula esse valor levando em conta a determinação constitucional de que o salário mínimo deve ser suficiente para cobrir despesas como alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.

    Em dezembro de 2023, um trabalhador remunerado pelo salário mínimo precisaria de 109 horas e três minutos, em média, para adquirir os produtos da cesta básica. Em novembro, essa jornada era de 107 horas e 29 minutos, enquanto em dezembro de 2022 era de 122 horas e 32 minutos.

    Comparando o custo da cesta com o salário mínimo líquido, descontando o valor referente à Previdência Social, o estudo mostra que, em dezembro de 2023, o trabalhador comprometeu 53,59% do seu rendimento para adquirir os mesmos produtos. Em novembro, esse percentual era de 52,82%, enquanto em dezembro de 2022, era de 60,22%.

  • Produção industrial brasileira cresce 0,5% em novembro

    Produção industrial brasileira cresce 0,5% em novembro

    A produção da indústria brasileira cresceu 0,5% em novembro de 2023, na comparação com o mês anterior. Essa foi a quarta taxa positiva do indicador, que havia variado 0,1% em outubro e setembro e 0,2% em agosto.

    Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta sexta-feira (5), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A indústria também avançou na comparação com novembro de 2022 (1,3%). Na base de comparação anual também foi a quarta alta consecutiva. Apesar dos resultados, o setor acumula, nos 11 primeiros meses de 2023, uma variação de 0,1%. No acumulado de 12 meses, a produção industrial apresenta estabilidade.

    “Mesmo com o saldo positivo de 0,9% acumulado nos últimos quatro meses, o setor industrial ainda encontra-se 0,9% abaixo do patamar pré-pandemia, ou seja, fevereiro de 2020, e 17,6% abaixo do ponto mais elevado da série histórica, que foi alcançado em maio de 2011”, afirma o gerente da pesquisa, André Macedo.

    Atividades industriais

    Treze das 25 atividades industriais pesquisadas apresentaram alta na produção em novembro, na comparação com outubro, com destaques para indústrias extrativas (3,4%) e produtos alimentícios (2,8%).

    Segundo Macedo, as indústrias extrativas foram impulsionadas pela maior extração de petróleo e de minério de ferro, enquanto os principais responsáveis pelo crescimento dos alimentos foram o açúcar, derivados de soja e carnes bovinas.

    Também apresentaram altas relevantes os setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (0,6%), bebidas (2,8%), produtos de minerais não metálicos (2,3%) e metalurgia (0,8%).

    Doze atividades industriais tiveram queda, entre elas produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,2%), veículos automotores, reboques e carrocerias (-3,1%), equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-6,5%) e máquinas e equipamentos (-2,8%).

    Entre as quatro grandes atividades econômicas da indústria, duas tiveram alta em novembro: bens de consumo semi e não duráveis (0,2%) e bens intermediários, isto é, insumos industrializados usados no setor produtivo (1,6%).

    As quedas ficaram por conta dos bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos (-1,7%), e os bens de consumo duráveis (-3,3%).

    Edição: Denise Griesinger
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  • Serviços poderão ficar mais caros com reforma tributária

    Serviços poderão ficar mais caros com reforma tributária

    A reforma tributária poderá encarecer os serviços em geral. Sem cadeia produtiva longa, o setor se beneficiará menos de créditos tributários e será tributado com uma alíquota de IVA dual, estimada em 27,5%, mais alta que os atuais 9,25% do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) cobrado sobre empresas com lucro presumido, situação que engloba a maioria das empresas prestadoras de serviço.

    Alguns tipos de serviço, no entanto, terão alíquota diminuída em 60%. Na primeira votação, em julho, a Câmara havia concedido a redução para serviços de transporte coletivo, de saúde, de educação, cibernéticos, de segurança da informação e de segurança nacional.

    O Senado incluiu na lista os segmentos de comunicação institucional e de eventos. Serviços prestados por Instituição Científica, Tecnológica e de Inovação (ICT) sem fins lucrativos serão isentos. Os serviços de transporte coletivo intermunicipal e interestadual migraram da alíquota reduzida para regime específico, com impostos a serem definidos apenas após a reforma tributária.

    O Senado também incluiu agências de viagem, serviços de saneamento e de telecomunicações em regimes específicos, que preveem sistema de coleta e alíquotas diferenciadas. Os senadores proibiram ainda a incidência do Imposto Seletivo sobre os serviços de energia e de telecomunicações.

    Na segunda votação na Câmara, na sexta-feira (15), os deputados retiraram os seguintes segmentos dos regimes específicos: saneamento básico, concessão de rodovias, transporte aéreo, microgeração e minigeração de energia, telecomunicações e bens e serviços “que promovam a economia circular”.

    Em audiência na Câmara dos Deputados no fim de junho, o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que outros elementos deverão compensar as alíquotas mais altas. Primeiramente, ele citou o crescimento econômico decorrente da reforma tributária como fator de geração de empregos e de negócios.

    Brasília (DF), 24/05/2023 - O secretário extraordinário da Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, durante reunião do Fórum de Governadores para discutir a reforma tributária. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Além da expansão da economia, Appy afirmou que o fim da cumulatividade (tributação em cascata) trará ganhos às empresas de serviços, que poderão usar créditos tributários não aproveitados atualmente. Ele também citou a simplificação do sistema e a redução do litígio e do custo do investimento como fatores que estimularão os serviços. Na cerimônia de instalação da Comissão Temática de Assuntos Econômicos do Conselhão, no último dia 4, o secretário disse que a carga tributária para alguns tipos de serviço cairá de 7% a 13% com a reforma tributária.

    Serviços de internet

    Assim como para os serviços em geral, as empresas de streaming (exibição de vídeos, filmes e séries) de internet pagarão alíquota maior. O mesmo ocorre com aplicativos de transporte e de entrega de comidas. O Ministério da Fazenda assegura que a redução do preço da energia elétrica compensará esses aumentos, resultando em pouco impacto para o consumidor.

    Imposto Seletivo

    A reforma tributária institui a possibilidade de criação do Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Na prática, essa tributação atingirá bebidas alcoólicas, cigarros e alimentos com excesso de açúcar ou de sal.

    Assim como o IVA dual, a alíquota do Imposto Seletivo será determinada posteriormente à reforma tributária. Para os cigarros e as bebidas alcoólicas, não deverá haver grandes alterações de preços, porque esses produtos há décadas pagam grandes alíquotas de Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), como política de saúde pública.

    Para os demais produtos com riscos sanitários e ambientais, o Imposto Seletivo resultará em encarecimento. A inclusão dos agrotóxicos e defensivos agrícolas, no entanto, ainda será discutida em lei complementar. Para facilitar a aprovação da reforma tributária pela bancada ruralista, o governo concordou em excluir do Imposto Seletivo os insumos agrícolas, inclusive os agrotóxicos, que se beneficiam da alíquota de IVA reduzida em 60%.

    O Senado tinha incluído o Imposto Seletivo sobre armas e munições, exceto as compradas pela Administração Pública. No entanto, na aprovação do último destaque no segundo turno de votações nesta sexta-feira, a Câmara retirou o tributo sobre esses produtos.

    Heranças

    Atualmente, as heranças e doações no Brasil pagam Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCMD). Cada estado define a alíquota, mas o imposto médio correspondia a 3,86% em 2022, sem progressividade (alíquotas maiores para heranças maiores) na maioria das unidades da Federação.

    A reforma tributária estabelecerá que a alíquota será progressiva, para que as famílias mais ricas paguem mais e também permitirá a cobrança sobre heranças e doações vindas de outros países. Para facilitar as negociações, no entanto, o relator Aguinaldo Ribeiro isentou a transmissão para entidades sem fins lucrativos com finalidade de relevância pública e social, inclusive as organizações assistenciais e beneficentes de entidades religiosas e institutos científicos e tecnológicos. Uma lei complementar definirá as condições para essas isenções.

    Cashback

    A reforma prevê a possibilidade de cashback, devolução parcial do IVA dual a mais pobres, a ser definido por meio de lei complementar. Ainda não está claro se o mecanismo abrangerá apenas as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) ou se abrangerá limite maior de renda, como famílias com renda de até três salários mínimos.

    No Senado, o mecanismo foi aperfeiçoado. As famílias mais pobres também receberão cashback na conta de luz e no botijão de gás. Nos dois casos, o ressarcimento ocorreria no momento da cobrança, entrando como desconto na conta de luz ou como abatimento na compra do botijão. Os detalhes serão regulamentados pela lei complementar.

    Em audiência pública na Câmara dos Deputados em março, Appy apresentou sugestões sobre como ocorreria essa devolução . Segundo ele, o cashback poderia ter como base o Cadastro de Pessoa Física (CPF) emitido na nota fiscal, com o valor da compra e a inscrição no Cadastro Único sendo cruzadas para autorizar a devolução.

    O secretário citou o exemplo do Rio Grande do Sul, que implementou um sistema de devolução do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 2021 a famílias inscritas no Cadastro Único com renda de até três salários mínimos, por meio de um cartão de crédito.

    Inicialmente, o governo gaúcho devolvia um valor fixo por família e agora começou a devolver por CPF, com base no cruzamento de dados entre o valor da compra e a situação cadastral da família. Em locais remotos, sem acesso à internet, Appy sugeriu um sistema de transferência direta de renda, complementar ao Bolsa Família.

    Edição: Graça Adjuto
    — news —

  • Mais de 20 milhões de consumidores devem usar 13º salário para compras de presentes de Natal

    Mais de 20 milhões de consumidores devem usar 13º salário para compras de presentes de Natal

    O pagamento do 13º salário é sempre aguardado com grande expectativa pelos trabalhadores. O dinheiro extra pode ajudar tanto no pagamento de dívidas, quanto nas compras para as comemorações de Natal e Réveillon. Uma pesquisa feita em todas as capitais pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em parceria com a Offerwise, mostra que neste ano, 33% dos trabalhadores que têm direito ao décimo terceiro pretendem comprar presentes de Natal, o que representa aproximadamente 23 milhões de consumidores.

    Já 29% pretendem economizar, poupar ou investir, 25% gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo e 21% pagar dívidas em atraso.

    Na avaliação do presidente da CNDL, José César da Costa, a prioridade deve ser o pagamento de dívidas antes do consumidor ir às compras.

    “É importante o trabalhador ficar atento aos gastos e priorizar o pagamento de dívidas. A entrada do 13º salário é a oportunidade de colocar as contas em dia e fechar o ano com o orçamento organizado”, afirma Costa.

    O presidente da CNDL alerta que é importante considerar os gastos que costumam aparecer no começo do ano, como o IPTU, os materiais escolares e o IPVA, por exemplo.

    “Além do pagamento de dívidas, é o momento do trabalhador se organizar para os gastos extras. O início do ano é sempre o momento de pagamento de impostos e de taxas, como matrícula, e também compra de material escolar, por exemplo. Uma reserva extra deve ser organizada para não ser pego de surpresa e já iniciar o ano endividado”, alerta José César da Costa.

    Aumentar a renda e gastar mais no Natal

    A pesquisa ainda mostra que 56% dos entrevistados pretendem fazer bicos para comprar mais presentes para o Natal, principalmente os das classes C, D e E (62%). De acordo com o levantamento, aproximadamente 68,8 milhões de consumidores farão atividades extras para consumir mais no Natal.

    “A abertura de vagas temporárias no final do ano é sempre uma oportunidade para quem pretende aumentar a renda ou buscar uma oportunidade no mercado de trabalho. O brasileiro tem a tradição de comemorar e comprar presentes nesta época, por isso a renda extra é uma excelente oportunidade para não ficar no vermelho”, orienta Costa.

  • Pesquisa mostra que mais da metade dos consumidores não controla gastos com cartão de crédito

    Pesquisa mostra que mais da metade dos consumidores não controla gastos com cartão de crédito

    No momento em que o país passa por uma ampla discussão a respeito de medidas para diminuir a inadimplência dos consumidores e as taxas cobradas pelos cartões de crédito, uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise, aponta que 55% dos consumidores entrevistados não fazem controle dos gastos mensais com cartão de crédito. Entre os que realizam o controle (44%), os principais mecanismos utilizados são o caderno/agenda (18%) e a planilha em computador (17%).

    De acordo com o levantamento, 80% dos consumidores que utilizam o rotativo do cartão de crédito, também não sabem a taxa de juros mensal cobrada. Entre os que sabem, a média estimada declarada é de 13%.

    Já 77% dos consumidores analisaram as tarifas e/ou os juros cobrados ao adquirir o cartão de crédito, sendo que 57% verificaram as tarifas cobradas e 36% os juros cobrados por atraso no pagamento ou uso do rotativo. Mas 15% não fizeram este tipo de análise.

    Considerando os últimos 12 meses da data de realização da pesquisa, o cartão de crédito foi utilizado por 78% dos entrevistados, sendo o seu uso frequente (todos os meses) para 69% dos consumidores, e 23% utilizaram a cada 2 ou 3 meses.

    “O crédito é um instrumento que alavanca a economia, ampliando o bem-estar dos consumidores e as receitas dos lojistas, desde que usado com consciência e planejamento. Se por um lado ele pode ser pensado como um atalho para algumas conquistas da vida, por outro, pode trazer consequências graves ao orçamento, caso o consumidor não utilize esse crédito com prudência e organização de suas finanças”, destaca o presidente da CNDL, José César da Costa.

    Roupas, calçados, acessórios e remédios são os produtos mais comprados com cartão de crédito

    Os produtos e serviços mais comprados pelo cartão de crédito são roupas calçados e acessórios (58%), remédios (47%), supermercado (44%) e eletrodomésticos (43%).

    De acordo com os consumidores entrevistados, 51% utilizam o cartão para compras na internet, 45% quando não tem dinheiro para pagar à vista e precisa parcelar a compra e 36% quando o valor da compra é alto.

    Entre as razões para não usar o cartão de crédito estão a preferência de pagar as compras à vista, seja para ganhar descontos (31%), ou mesmo não tendo desconto (26%), seguido de não ter cartão (19%) e o risco com que percam o controle e comprem por impulso (19%).

    Considerando as principais vantagens em pagar as compras com o cartão, os respondentes acreditam que é poder parcelar as compras (48%), ter prazo para pagar (40%), fazer compras online (36%) e poder comprar mesmo sem dinheiro disponível (30%).

    Maioria dos cartões de crédito foram emitidos por bancos digitais. 29% admitem já ter sido negativados por falta de pagamento da fatura

    A maioria dos consumidores admite que solicitou aos bancos/instituições/lojas o cartão de crédito (44%). Enquanto 42% receberam uma oferta e aceitaram.

    De acordo com os entrevistados, a maioria dos cartões foram emitidos por bancos digitais (62%) e bancos tradicionais (59%).

    Os motivos para a contratação de cartões de crédito emitidos por bancos digitais são a facilidade de resolver tudo pela internet sem burocracia (51%), economizar no pagamento de taxas, juros e anuidade por serem mais baixos que dos bancos tradicionais (44%) e aprovação do crédito/serviços mais rápida e menos burocrática (40%).

    A pesquisa apontou que 88% possuem cartões de crédito, sendo 2 a posse média de cartões de crédito atual pelos entrevistados.

    Os principais motivos para se ter mais de um cartão de crédito são: não pagar anuidade (41%), ter um valor maior de crédito disponível (33%) e conseguir melhores prazos de acordo com a data de fechamento da fatura (32%).

    “O cartão de crédito é uma modalidade importante para os consumidores terem acesso ao parcelamento de bens que dificilmente conseguiriam comprar à vista. É fundamental que o governo encontre um equilíbrio com os bancos em relação aos juros cobrados no país. O consumidor brasileiro paga um dos maiores juros do mundo que impactam no poder de compra das famílias e no crescimento econômico”, afirma Costa.

    Em relação ao pagamento das faturas, 58% afirmaram que nunca pagaram o mínimo da fatura do seu cartão de crédito, 22% já pagaram, mas não pagam dessa forma há pelo menos 12 meses e 15% costumam pagar o mínimo às vezes ou se necessário.

    Em relação à faturas atrasadas, 21% possuem o pagamento de ao menos uma fatura de cartão de crédito em atraso. Em média, a quantidade de faturas em atraso é de 2. Já 71% não possuem faturas em atraso atualmente.

    Entre os 65% que possuem alguma(s) compra(s) em aberto na fatura, a média de parcelas a serem pagas nos próximos meses é de 6 (com aumento de 1 parcela comparado a 2022). De acordo com os entrevistados, 29% admitem já ter sido negativados por falta de pagamento da fatura do cartão de crédito nos últimos 12 meses da realização da pesquisa, sendo que 16% ainda estão com o nome sujo. 30% já tiveram o cartão bloqueado por falta de pagamento.

    Empréstimo pessoal

    O empréstimo pessoal também foi analisado pela pesquisa. De acordo com o levantamento, 25% dos entrevistados contrataram empréstimo pessoal e 17% contrataram empréstimo consignado em bancos e/ou financeiras nos últimos 12 meses da realização da pesquisa.

    De acordo com os entrevistados, 78% verificaram a real possibilidade de pagamento das prestações ao longo do período antes de fazer o empréstimo.

    A respeito dos motivos que levaram a contratação dos empréstimos, 32% fizeram para pagar outras dívidas, seja de empréstimos, cartão de crédito ou prestações de compras, 17% para pagar contas de consumo do dia a dia e 11% para imprevistos com manutenção de automóvel/moto.

    A boa notícia é que 74% afirmam não possuir parcelas de empréstimo em atraso. Entretanto, 20% admitem inadimplência no pagamento sendo a média de cerca de 4 parcelas em atraso, com aumento de 1 parcela comparado a 2022. 27% afirmaram ter tentado tomar algum tipo de empréstimo nos últimos 3 meses; sendo que 14% conseguiram e 13% não conseguiram.

    O nome sujo é o principal motivo da não cessão de crédito pelas instituições financeiras (56%), seguido do valor do empréstimo solicitado ser maior do que a renda permite (16%) e falta de garantia para os credores (16%).

    Nos últimos 12 meses, 22% dos entrevistados utilizaram o limite do cheque especial, sendo que 41% usaram todos os meses, 33% a cada 2 ou 3 meses e 19% usaram cerca de 3 vezes no ano ou menos.

    71% receberam o cheque especial do banco ou instituição financeira de forma deliberada, sendo que 42% receberam uma oferta e aceitaram e 28% receberam sem que fosse solicitado. Por outro lado, 22% fizeram uma solicitação.

    Os principais motivos que levaram a utilizar o cheque especial foram: imprevistos com doenças (26%), pagamento de contas que estavam com o prazo a vencer (24%), descontrole no pagamento das contas (22%), compra de mantimentos para a casa (18%) e pagamento de dívidas em atraso (16%).

  • Mercado reduz previsão da inflação de 4,63% para 4,59% este ano 

    Mercado reduz previsão da inflação de 4,63% para 4,59% este ano 

    A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – caiu de 4,63% para 4,59% neste ano. A estimativa está no Boletim Focus desta segunda-feira (13), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC) com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

    Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,92%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

    A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

    Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de o índice oficial superar o teto da meta em 2023 é de 67%. A projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista, fixada em 3%, mas ainda situa-se dentro do intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.

    Em outubro, o aumento de preços das passagens aéreas pressionou o resultado da inflação. O IPCA ficou em 0,24% [https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2023-11/inflacao-de-outubro-fica-em-024-puxada-pelas-passagens-aereas], segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O percentual foi abaixo da taxa de setembro, que teve alta de 0,26%.

    A inflação acumulada este ano atingiu 3,75%. Nos últimos 12 meses, o índice está em 4,82%.

    Juros básicos

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros – a Selic – definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

    O comportamento dos preços já fez o BC cortar os juros pela terceira vez no semestre, em um ciclo que deve seguir com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões. Ainda assim, em comunicado divulgado na semana passada, o Copom indicou que poderá mudar o tempo do período de cortes, caso as condições tornem mais difícil reduzir juros.

    De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

    Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

    Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,25% ao ano. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,75% ao ano e 8,5% ao ano, respectivamente.

    Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    PIB e câmbio

    A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano ficou em 2,89%.

    Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

    A previsão para a cotação do dólar está em R$ 5 para o fim deste ano. Para o fim de 2024, a previsão é que a moeda americana fique em R$ 5,08.

     
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  • CMN libera R$ 5 bi em crédito a estados e municípios neste ano

    CMN libera R$ 5 bi em crédito a estados e municípios neste ano

    Os estados e os municípios poderão pegar mais R$ 5 bilhões emprestados no sistema financeiro até o fim do ano. O Conselho Monetário Nacional (CMN) ampliou o limite de contratação de operações de crédito pelos governos locais sem garantia do Tesouro Nacional.

    Nas operações sem garantia da União, o teto passou de R$ 13 bilhões para R$ 18 bilhões. Em nota, o Ministério da Fazenda explicou que a decisão teve como objetivo abrir espaço para que cidades afetadas pelos eventos climáticos extremos, como municípios do Amazonas, Santa Catarina e Rio Grande Sul, possam contratar operações nesta modalidade.

    Sem a elevação do limite, as prefeituras só poderiam pegar R$ 56,21 mil emprestados no sistema financeiro até o fim do ano. Isso porque o espaço de R$ 13 bilhões estava quase esgotado.

    Em agosto, o CMN tinha elevado e, R$ 9 bilhões, de R$ 6 bilhões para R$ 15 bilhões o limite de operações com garantia da União, quando o Tesouro Nacional pode cobrir eventuais inadimplências. Na ocasião, o teto para as operações sem garantia da União tinha passado de R$ 10 bilhões para R$ 13 bilhões.

    O limite de crédito para órgãos e entidades da União foi mantido em R$ 625 milhões, assim como o limite de R$ 2,3 bilhões com garantia federal a Itaipu para a construção da usina nuclear de Angra 3 e de R$ 1,2 bilhão sem garantia federal para a Eletrobras Termonuclear também destinado a Angra 3.

    Com a decisão desta quinta-feira (24), o limite de contratação de crédito por entes públicos passou de R$ 32,125 bilhões para R$ 37,125 bilhões em 2023. O teto aumenta para R$ 42,425 bilhões em 2024 e cai para R$ 15,625 bilhões em 2025.

    Alta demanda

    Todo ano, o CMN fixa valores máximos que a União, os estados e os municípios podem pegar emprestado no sistema financeiro. A utilização desse limite poderá ser acompanhada pelas instituições que integram o sistema financeiro e pela sociedade, por meio do site do Banco Central.

    Presidido pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o CMN também tem a participação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet.

    Edição: Valéria Aguiar
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  • Custo da cesta básica cai em todas as regiões do país em setembro

    Custo da cesta básica cai em todas as regiões do país em setembro

    Em setembro, o custo da cesta básica Abrasmercado, composta por 35 produtos de largo consumo, caiu em todas as regiões do país, informou, nesta quinta-feira (26), a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). A queda foi de 1,72% na comparação com agosto.

    Segundo a Abras, nesse período, o preço médio da cesta recuou de R$ 717,55 para R$ 705,22. A maior queda foi registrada na Região Sul (-2,19%), seguida pelas regiões Nordeste (-1,69%), Sudeste (-1,51%), Centro-Oeste (-1,16%) e Norte (-0,71%).

    Quando se considera a cesta de alimentos básicos, com 12 produtos, a queda foi de 1,93% em setembro em relação a agosto, com o preço médio saindo de R$ 305,00 para R$ 299,10.

    Já o item consumo nos lares brasileiros manteve-se em setembro no patamar de crescimento de agosto, em torno de 0,80%. Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento foi de 1,10%. No ano, a alta é de 2,62% em relação a 2022.

    “O consumo se mantém firme e tende a seguir nesse ritmo até o final do ano, uma vez que passamos a compará-lo com uma base forte de crescimento. Há de se recordar que foram injetados cerca de R$ 41,2 bilhões na economia com a PEC [proposta de emenda à Constituição] dos Benefícios no ano anterior, que impulsionou o consumo no segundo semestre. Neste ano, os recursos escalonados e mais previsíveis movimentam a economia e sustentam o consumo no domicílio, assim como as quedas consecutivas nos preços dos alimentos ”, disse, em nota, o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.