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  • Confira o cronograma do eclipse lunar de hoje (17/09)

    Confira o cronograma do eclipse lunar de hoje (17/09)

    Nesta terça-feira (17), a partir das 22h12 (horário do Mato Grosso, uma horas a menos em relação ao horário de Brasília), os céus do Brasil registrarão um novo fenômeno de eclipse lunar e que poderá ser visto em todo o território nacional.  O ápice do fenômeno será às 22h44.

    Desde que não haja nuvens na frente da Lua, será possível observar o eclipse simplesmente olhando para o céu. No horário em que é esperado o início do fenômeno visto a olho nu (23h12), a Lua estará bem alta no céu para todo o Brasil, o que facilita ainda mais a observação.

    De acordo com a astrônoma do Observatório Nacional Josina Nascimento, não é preciso nenhum equipamento especial para observar o eclipse. “Os observadores podem olhar diretamente para a Lua, sem preocupações, pois, ao contrário de um eclipse solar, não há riscos para os nossos olhos”.

    É interessante notar que eclipses da Lua e eclipses do Sol acontecem em sequência. Dessa forma, o próximo eclipse do Sol ocorrerá no dia 2 de outubro.

    Superlua - Fotos do Canva
    Superlua e eclipse parcial ocorrem simultaneamente/Foto: CenárioMT

    Internet

    Como o céu poderá estar nublado ou prejudicado pela fumaça das queimadas, é possível que o fenômeno não esteja visível em algumas localidades do Brasil. Nesse caso, será possível acompanhar o evento em tempo real pela internet.

    O Observatório Nacional vai transmitir ao vivo o eclipse parcial da Lua em seu canal oficial no YouTube com início previsto para as 21h30.

    Segundo Josina Nascimento, um eclipse parcial da Lua ocorre quando apenas uma parte da Lua passa pela sombra escura da Terra.

    “A penumbra é uma sombra mais clara, que ainda recebe um pouco de luz do Sol, então, quando a Lua está na penumbra (seja totalmente na penumbra ou parcialmente na penumbra) não se percebe nenhuma mudança a olho nu (sem o uso de instrumentos). A essa fase chamamos de fase penumbral. Há eclipses que são somente penumbrais. Ou seja, a Lua penetra na penumbra e depois sai da penumbra.”

    Veja também: Os 3 signos que serão influenciados com o Eclipse lunar desta terça-feira (17/09)

    Já a umbra é a sombra mais escura, onde não chega luz solar alguma. No eclipse parcial, a Lua começa a passar pela umbra, o que faz com que uma parte dela escureça e nós podemos ver isso simplesmente olhando para a Lua. À medida que a Lua avança na umbra, ela vai ficando com uma “mordidinha” escura, que vai crescendo cada vez mais até o máximo do eclipse parcial. Agora, quando a Lua penetra completamente na umbra, ocorre o eclipse total da Lua.

    “Então, todo eclipse total tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial, depois a total, depois nova fase parcial e depois nova fase penumbral. E todo eclipse parcial tem primeiro a fase penumbral, depois a parcial e depois a penumbral”, explica Josina.

    Segundo a astrônoma, o Brasil inteiro vai acompanhar o evento completo. Mas, este será um eclipse parcial com pequeníssima parte da Lua penetrando na umbra. No máximo do eclipse parcial somente 3,5% da área total da Lua estará escura.

    Confira o cronograma do eclipse lunar (pelo horário de Brasília):

    17/09: Início do eclipse penumbral às 21h41;

    17/09: Início do eclipse parcial às 23h12;

    17/09: Eclipse parcial atinge o ápice às 23h44;

    18/09: Fim do eclipse parcial à 0h15;

    18/09: Fim do eclipse penumbral à 1h47.

    Edição: Lílian Beraldo

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  • “Lua de sangue”, ou eclipse total da Lua, será visível em Mato Grosso

    “Lua de sangue”, ou eclipse total da Lua, será visível em Mato Grosso

    Um eclipse total da Lua poderá ser observado em todo o Brasil, caso as condições climáticas permitam. O fenômeno começará na noite de 15 de maio e terminará na madrugada de 16 de maio.  Um eclipse da Lua proporciona um belo espetáculo no céu, é visível a olho nu e não causa qualquer dano à saúde.

    Um eclipse lunar total ocorre quando o Sol, a Terra e a Lua ficam alinhados – ou quase alinhados – e a sombra que a Terra projeta no espaço encobre totalmente a Lua, na fase cheia. Quando este eclipse ocorrer a Lua estará se movimentando à frente da constelação de Libra, ou Balança. 

    Esse fenômeno passa por cinco fases distintas: começa com um eclipse penumbral – que não é detectado pelo público em geral; em sequência, ocorre um eclipse parcial – quando a Lua parece estar “mordida”; depois, a totalidade, quando a Lua fica totalmente encoberta pela sombra da Terra e, muitas vezes – mas não sempre – adquire uma coloração avermelhada. Após a totalidade, acontece um novo eclipse parcial e, posteriormente, um novo eclipse penumbral.

    Um eclipse total da Lua, incluindo a fase penumbral, dura algumas horas. Este, em particular, terá duração de 5 horas, 18 minutos e 44 segundos, incluindo todas as suas fases. A fase da totalidade, quando a Lua ficará completamente dentro da região mais escura da sombra que a Terra produz no espaço, a umbra, durará 1 (uma) hora, 24 minutos e 52 segundos. 

    Em Mato Grosso, o primeiro eclipse penumbral começará, aproximadamente, às 21h32. Na região do Araguaia, que segue o horário de Brasília, o eclipse penumbral iniciará às 22h32. Porém, na fase penumbral, o público não observará nenhuma mudança na Lua, já que ela apenas diminuirá o seu brilho. 

     Às 22h27 (23h27 para o Araguaia, Brasília e, demais localidades que seguem o fuso horário da capital do Brasil) iniciará o primeiro eclipse lunar parcial, que é detectado pelo público. Nessa fase a Lua parecerá estar sem um pedaço.

     Às 23h29 (00h29 do dia 16 no Araguaia e Brasília) começará a totalidade, quando realmente acontecerá o eclipse total da Lua, que atingirá o seu máximo à 00h11 do dia 16 (01h11 no horário de Brasília), aproximadamente.  O eclipse lunar total terminará cerca de 00h53 (01h53 no Araguaia).

     Em seguida começará um novo eclipse lunar parcial que terá o seu término em torno de 1h55 (2h55 para o Araguaia). Nesse horário, terminará a fase visível do eclipse da Lua.

    Logo após, acontecerá um novo eclipse penumbral, que não é detectado a olho nu, e que terminará às 2h50, aproximadamente, ou 3h50 para os que seguem o horário de Brasília. As variações nos horários citados são de, mais ou menos, 1 minuto.

    Em 8 de novembro deste ano haverá um outro eclipse total da Lua visível em nosso planeta. Porém, a observação dos fenômenos astronômicos depende da localização do observador. Para todos os brasileiros só será possível a visão do primeiro eclipse penumbral.  Mas, como já citado, um eclipse penumbral não é detectado pelo público em geral. Nessa data apenas os moradores do Acre e da região oeste do Amazonas conseguirão observar, com facilidade, um eclipse parcial da Lua. Em Rio Branco (AC) a Lua irá se por parcialmente eclipsada, já em Cruzeiro do Sul (AC) será possível assistir ao começo do eclipse lunar total, porém, quando a totalidade começar a Lua estará muito baixa no céu o que dificultará  a observação desse fenômeno astronômico.

    Sobre a “Lua de Sangue”

    A expressão “Lua de Sangue” não é usada em Astronomia para designar um eclipse lunar total. Essa expressão foi introduzida pelos pastores John Hagee e Mark Biltz e amplamente difundida na mídia. Eles atribuíram um significado espiritual aos eclipses totais da Lua na tetrada lunar que ocorreu em 2014-2015.  Uma tetrada indica um conjunto de 4 eclipses lunares totais ocorrendo a cada 6 meses num intervalo de 2 anos. Isso não é comum.  Após 2014-2015 a próxima tetrada só acontecerá em 2032-2033 (abril e outubro de 2032 e abril e outubro de 2033).

    Hagee e Biltz sugeriram que algo dramático aconteceria no Oriente Médio, envolvendo Israel, que mudaria o curso da história no Oriente Médio e traria um impacto em todo o mundo – se referindo a um possível evento em que correria “sangue”, no sentido literal da palavra. A previsão, obviamente, não se concretizou.

    Ademais, a Lua não fica necessariamente avermelhada num eclipse lunar total, embora essa tonalidade seja a mais comum. A escala Danjon é uma escala, de cinco níveis, utilizada para classificar o brilho e a aparência da Lua num eclipse lunar total, quando a totalidade atinge o seu máximo.  De acordo com o astrônomo André-Louis Danjon, durante o máximo a Lua pode ficar muito escura, quase invisível; ou, adquirir uma tonalidade cinza ou marrom; ou, ficar com uma cor de ferrugem, vermelho amarronzada; ou, mais avermelhada, com uma cor de tijolo vermelho; ou, ainda, com uma cor alaranjada. 

    A cor da Lua durante um eclipse lunar total depende do espalhamento e da refração das partículas presentes na atmosfera da Terra no transcurso do fenômeno.

     O importante é ressaltar que, num eclipse lunar total a Lua não fica necessariamente da cor avermelhada forte para justificar, antes que o fenômeno aconteça, o nome “Lua de Sangue”. Porém, o público em geral costuma se interessar mais pelo assunto quando o título da matéria cita “Lua de Sangue” ao invés de eclipse total da Lua.

    Texto: Especial para o CenárioMT por Telma Cenira Couto da Silva (doutora em Astronomia pelo IAG – USP e professora aposentada da UFMT)

    https://www.cenariomt.com.br/mundo/planetario-do-rio-sera-aberto-ao-publico-para-eclipse-total-da-lua/