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  • Criminosos no Rio usam viatura policial clonada para roubo de cargas

    Criminosos no Rio usam viatura policial clonada para roubo de cargas

    Criminosos especializados em roubo de carga utilizaram uma viatura policial falsa para roubo de carga em Duque de Caxias, município da Baixada Fluminense, na região metropolitana do Rio de Janeiro.

    A Polícia Civil informou neste domingo (19) que o carro clonado com característica de viatura foi apreendido por agentes da 62ª Delegacia Policial (DP) de Imbariê, em Duque de Caxias, no sábado (18), em uma área de mata do bairro Parque Equitativa.

    O veículo era pintado nas cores preto e branco, as mesmas da Polícia Civil, e tinha inscrições características da instituição. Os policiais localizaram um giroflex semelhante ao utilizado pela polícia e módulo de sirene.

    Os agentes chegaram ao veículo depois que policiais militares comunicaram sobre um carro aparentemente abandonado.

    Por meio de consulta do número da placa, não havia restrição policial, de acordo com os investigadores. No entanto, eles descobriram que os sinais identificadores do veículo, mais precisamente nas marcações dos vidros, não eram compatíveis com a placa. Foi constatado que o carro havia sido roubado no centro do Rio de Janeiro.

    A falsa viatura foi encaminhada para perícia. A Polícia Civil investiga agora os envolvidos no roubo e clonagem do carro.

    Operação Torniquete

    Na sexta-feira (17), a instituição tinha realizado mais uma fase da Operação Torniquete – que mira o combate a roubos de cargas e de veículos – no Complexo da Maré, conjunto de comunidades na zona norte da capital fluminense. Um dos objetivos da ação era localizar a viatura falsa utilizada em roubo de carga na Baixada Fluminense.

    Ao chegarem ao conjunto de favelas, os policiais trocaram tiros com criminosos. Pelo menos duas pessoas foram presas em flagrante. Houve ainda apreensão de “farta quantidade de drogas e recuperação de carga roubada”, de acordo com a polícia.

    O estado do Rio de Janeiro registrou 2.951 roubos de carga de janeiro de 2024 a novembro de 2024. Os dados são do Instituto de Segurança Pública (ISP), órgão do governo estadual que faz levantamento mensal de índices de criminalidade. Esse é o boletim mais recente e representa uma queda de 1% em relação ao mesmo período de 2023.

  • Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

    Jovem baleada por agentes da PRF continua em estado grave no hospital

    A jovem Juliana Leite Rangel, 26 anos, permanece em estado grave, no Hospital Municipalizado Adão Pereira Nunes (HMAPN),em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. Ela foi internada na unidade, às 21h12, de terça-feira (24) após ser atingida por um tiro de fuzil na cabeça por agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na Rodovia Washington Luís (BR-040), também naquele município.

    Por meio da Secretaria Municipal de Saúde e da direção do HMAPN, a Prefeitura de Duque de Caxias informou que a jovem foi levada para a unidade pela PRF. “A direção do HMAPN informa que a paciente, atingida por arma de fogo (PAF) em crânio, foi entubada e encaminhada diretamente para o centro cirúrgico, onde passou por procedimento, sem intercorrências. No momento, segue internada no CTI, hemodinamicamente instável, entubada e acompanhada por equipe multidisciplinar. A paciente mantém o quadro gravíssimo”, informou em nota divulgada no início da manhã desta quinta-feira (26).

    Em entrevista ontem no Hospital, a médica intensivista do Adão Pereira Nunes, Juliana Paitach, disse que mesmo em estado grave, Juliana Leite Rangel, tem reagido positivamente aos medicamentos que vem recebendo. “Do que ela chegou para agora não teve piora. Ela se manteve em um grau de gravidade que estabilizou com as drogas que estão entrando com a medicação e não teve piora, ou seja, a pressão se manteve com a medicação que está entrando. É uma paciente jovem, que foi atendida com rapidez e muita eficiência, que tem tudo para evoluir com positividade, mas não tem como a gente saber”, afirmou.

    O Ministério Público Federal (MPF) instaurou Procedimento Investigatório Criminal, assinado pelo procurador da República, Eduardo Santos de Oliveira Benones, considerando que, conforme a Constituição de 1988 definiu, o órgão tem a incumbência da defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

    No texto, o procurador apontou que a jovem de 26 anos seguia de carro na companhia de familiares para comemorar o Natal e sofreu gravíssimos ferimentos. Benones destacou que ela não foi a única vítima, uma vez que o pai  dela, Alexandre, também foi baleado.

    O procurador determinou que, considerando a necessidade de efetuar diligências, “visando a colheita de informações, documentos e outros elementos aptos a direcionar e definir a linha de atuação deste órgão ministerial no caso aqui apresentado”, a Superintendência da Polícia Federal, no Rio de Janeiro, dê informações sobre as providências adotadas. Requisitou ainda à Superintendência da Polícia Rodoviária Federal, também no Rio, a identificação dos policiais rodoviários federais envolvidos na ocorrência e a identificação dos autores dos disparos.

    O procurador requereu também o imediato afastamento das funções de policiamento dos policiais envolvidos no caso, além do recolhimento dos veículos “com total preservação de seu estado, conforme verificado após a ocorrência”.

    Benones determinou ainda o recolhimento e acautelamento das armas, de qualquer calibre ou alcance, que estavam em poder dos policiais envolvidos, “independentemente de terem sido utilizadas ou não, para realização de perícia”.

    Para o HMAPN, o procurador pediu a expedição de um ofício para que o diretor da unidade informe ao MPF o estado de saúde das vítimas, independente de boletins médicos, bem como para o envio, de imediato, dos respectivos Boletins de Atendimento Médico de Juliana e de Alexandre.

    Ainda no texto, o procurador determinou à Polícia do Ministério Público Federal que se dirija ao Hospital Adão Pereira Nunes, para apurar o estado de saúde da vítima, com declaração médica, a identidade dos integrantes da equipe médica que prestou os primeiros socorros, bem como da equipe responsável pelo acompanhamento do tratamento”.

    Inquérito

    A Polícia Federal instaurou inquérito para apurar a ocorrência da noite desta terça-feira (24), que envolve policiais rodoviários federais. De acordo com a PF, as apurações começaram após ser acionada pela PRF.  Uma equipe esteve na Rodovia Washington Luís (BR-040) para realizar as medidas iniciais, como “a perícia do local, a coleta de depoimentos dos policiais rodoviários federais e das vítimas, além da apreensão das armas para análise pela perícia técnica criminal”, contou em nota divulgada ontem.

    Também em nota, a Polícia Rodoviária Federal  informou nesta quarta-feira (25) que, por determinação da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal, em Brasília, foi aberto, na manhã de ontem, um procedimento interno para apuração de fatos relacionados aos disparos, na BR-040, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. De acordo com a PRF, “os agentes envolvidos foram afastados preventivamente de todas as atividades operacionais”.

    A corporação disse lamentar profundamente o episódio e esclareceu que, por orientação da Direção-Geral, “a Coordenação-Geral de Direitos Humanos acompanha a situação e presta assistência à família da jovem Juliana”.

    Quanto às investigações, indicou que colabora com a Polícia Federal no fornecimento de informações que auxiliem nas apurações do caso.

    Ministério da Justiça e Segurança Pública

    “A polícia não pode combater a criminalidade cometendo crimes. As polícias federais precisam dar o exemplo às demais polícias”, apontou o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, em nota divulgada pela pasta.

    Lewandowski lamentou o incidente, que na visão dele, “demonstra a importância de uma normativa federal que padronize o uso da força pelas polícias em todo o país”.

    “O Ministério da Justiça e Segurança Pública lamenta o ocorrido e se solidariza com a vítima e seus familiares. Informa ainda que tem empenhado todos os esforços para que as responsabilidades sejam devidamente apuradas”, completou a nota.

  • Blecaute fecha 37 estações de trem no Rio por cerca de um dia

    Blecaute fecha 37 estações de trem no Rio por cerca de um dia

    Um blecaute que ocorreu na tarde de quinta-feira (21) já interrompe a circulação de trens da região metropolitana do Rio de Janeiro no ramal Gramacho-Saracuruna há cerca de um dia. A SuperVia, concessionária que opera o sistema, trabalha para restabelecer o serviço nas 37 estações atingidas, mas não tem previsão de quando ele será normalizado.

    O ramal Gramacho-Saracuruna liga a cidade de Duque de Caxias ao centro do Rio de Janeiro, passando por bairros da zona norte da capital, como Vigário Geral, Penha, Olaria e Bonsucesso. Além disso, partem da estação Saracuruna as extensões para Vila Inhomirim e Guapimirim, que também foram interrompidas.

    A SuperVia ainda investiga a causa do blecaute, mas afirma ser provável que um furto do cabo alimentador de energia, na proximidade da subestação de Benfica, tenha provocado danos em seis pontos do sistema de energia do ramal.

    A interrupção levou ao fechamento de 37 estações de trem na região metropolitana, impactando fortemente a volta de trabalhadores e estudantes para a Baixada e zona norte na noite de quinta-feira, e seu deslocamento para o centro na manhã desta sexta-feira. Segundo a SuperVia, 30 mil passageiros utilizam os trens do ramal apenas no horário de pico pela manhã.

    Sem os trens como opção, passageiros relatam lotação nos serviços de ônibus. Para lidar com essa demanda, a Federação das Empresas de Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro (Semove) disse que as empresas que operam na Baixada Fluminense, especificamente as de Duque de Caxias, reforçaram a frota em circulação, colocando nas ruas todos os ônibus disponíveis.

    A Agência Reguladora de Serviços Públicos Concedidos de Transportes Aquaviários, Ferroviários, Metroviários e de Rodovias do Estado do Rio de Janeiro (Agetransp) abriu um boletim de ocorrência para apurar o ocorrido. A agência afirma, por meio de nota, que o problema foi “causado por um cabo de rede aérea partido, na altura da estação Penha” e informa que enviou uma equipe técnica ao local.

    Edição: Valéria Aguiar