Tag: dólar

  • Mercado financeiro tem dia de alívio com queda do dólar e alta mensal da bolsa

    Mercado financeiro tem dia de alívio com queda do dólar e alta mensal da bolsa

    Nesta sexta-feira, 31 de janeiro de 2025, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de alívio, com o dólar registrando sua décima queda consecutiva e fechando no menor valor em mais de dois meses. A bolsa de valores, por sua vez, recuou após a forte alta de quinta-feira (30), mas registrou a primeira alta mensal desde agosto.

    Queda do dólar

    O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,837, com uma queda de R$ 0,015 (-0,25%). A moeda norte-americana começou o dia em alta, atingindo R$ 5,87 na primeira hora de negociação, mas passou a cair após a abertura do mercado norte-americano. Por volta das 11h, o dólar atingiu sua mínima do dia, cotado a R$ 5,81.

    Essa é a menor cotação desde 26 de novembro de 2024. Com uma queda de 1,37% na semana, o dólar fechou janeiro com uma desvalorização de 5,54%, o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.

    Bolsa de valores

    Moeda dolar
    Moeda dolar – imagem: CenárioMT

    O mercado de ações teve um dia de realização de lucros. O Ibovespa, índice da B3, fechou em 126.135 pontos, com uma queda de 0,61%. O recuo foi influenciado principalmente por ações de mineradoras e bancos, com investidores vendendo papéis para embolsar os ganhos obtidos na quinta-feira.

    Apesar da queda nesta sexta, a bolsa de valores registrou uma alta de 3,1% na semana e de 4,95% em janeiro, marcando a primeira alta mensal desde agosto de 2024.

    Cenário internacional

    A queda do dólar ocorreu mesmo com a confirmação do novo presidente norte-americano, Donald Trump, de que imporá tarifas de 25% aos produtos do México e do Canadá e de 10% aos produtos da China a partir deste sábado, 1º de fevereiro. Apesar de ensaiar uma alta durante a tarde, o dólar voltou a cair no final do pregão e terminou o dia em baixa.

    Perspectivas para o mercado

    O cenário de queda do dólar e alta da bolsa reflete um momento de alívio para o mercado financeiro brasileiro, que vem enfrentando volatilidade devido a incertezas globais. Apesar das medidas protecionistas anunciadas pelos Estados Unidos, o mercado interno parece estar reagindo positivamente, com investidores buscando oportunidades em meio às oscilações.

    Analistas destacam que a queda do dólar pode trazer benefícios para a economia brasileira, como a redução de pressões inflacionárias e o estímulo ao consumo. No entanto, é importante monitorar os desdobramentos das políticas comerciais internacionais, que podem impactar o cenário econômico global.

    Com o início de fevereiro, os olhos do mercado estarão voltados para os próximos movimentos do dólar e da bolsa, além das reações às novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.

  • Clima, dólar e preço da carne explicam inflação acima da meta em 2024

    Clima, dólar e preço da carne explicam inflação acima da meta em 2024

    Aumento no preço dos alimentos, notadamente das carnes, impactos do clima e a desvalorização do real ante o dólar são os principais fatores que explicam a inflação oficial de 2024 ter ficado acima do limite máximo da meta estipulada pelo governo.

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (10) que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano em 4,83%, superando o teto da meta e inflação, de 4,5%.

    Para apurar o índice, o IBGE colhe dados de 377 produtos e serviços, os chamados subitens, que são distribuídos em nove grupos. A maior pressão de alta de preços em 2024 veio do grupo alimentos e bebidas, que subiu 7,69%, o que representa um impacto de 1,63 pontos percentuais (p.p.) no IPCA.

    Essa alta é a maior desde 2022, quando ficou em 11,64%. À época, a explicação foi o efeito de fenômenos climáticos, como o La Niña (resfriamento das águas superficiais de partes central e leste do Pacífico Equatorial e de mudanças na circulação atmosférica tropical, impactando temperatura e chuva em várias partes do globo) e reflexos da pandemia nas cadeias de produção. Em 2023, alimentos e bebidas subiram 1,03%.

    Carnes

    Ao analisar o comportamento dos produtos pesquisados, o IBGE identifica que a maior pressão de alta veio do item carnes. Em 2024, os cortes ficaram 20,84% mais caros, o que representa peso de 0,52 p.p. É o maior aumento desde 2019, quando subiram (32,4%). Em 2023, o preço das carnes recuou 9,37%.

    Esse encarecimento final de 2024 contrasta com o comportamento dos preços no começo do ano, que caíram. Mas o repique de setembro a dezembro (+23,88%) foi suficiente para o ano fechar com alta.

    “Essa queda do primeiro semestre foi mais que compensada pelas altas”, define o analista do IBGE André Almeida. Ele explica que há efeito direto de questões climáticas no comportamento do preço do alimento que vai ao prato do brasileiro.

    “A gente teve uma forte estiagem, ondas de calor, seca em diversas regiões do país, o que intensificou os efeitos da entressafra, quando as pastagens ficaram ainda mais restritas”, diz.

    “A gente teve, por conta do próprio ciclo da pecuária, um menor volume de animais para abates, o que reduz a oferta do produto para o consumidor final e acaba pressionando os preços”, completa a explicação.

    Ao analisar especificamente produtos alimentícios, o IBGE identificou que as principais altas dentro do item carnes foram o contrafilé (20,06%), carne de porco (20,06%), alcatra (21,13%) e costela (21,33%). Esses subitens só perdem para o café moído (39,60%) e o óleo de soja (29,21%). Mesmo assim, as carnes influenciam mais o IPCA, pois têm maior peso na cesta de produtos do brasileiro, segundo metodologia do IBGE.

    “A influência do clima está muito ligada à produção dos alimentos. Se chove muito ou fica muito seco, isso tudo compromete a produção”, aponta o gerente da pesquisa, Fernando Gonçalves.

    Ao observar também os produtos não alimentícios, a gasolina – dona do maior peso na cesta de produtos pesquisada – subiu 9,71%, representando o impacto mais acentuado em todo o IPCA (representando 0,48 p.p.).

    Câmbio

    Almeida acrescenta que outro fator ajuda a explicar o IPCA fora da meta de 2024: o câmbio. Em 2024, o real viu o dólar subir 27% em 12 meses, terminando o ano negociado a R$ 6,18.

    “O câmbio é um dos fatores que influenciam no comportamento dos preços de diversos produtos, desde alimentícios, com a questão da cotação de algumas commodities alimentícias em dólar” detalha ele, se referindo a mercadorias negociadas com preços internacionais.

    O analista acrescenta que o real desvalorizado faz com que produtores prefiram destinar parte da produção para o exterior, uma vez que receberão as receitas em dólar valorizado. “Isso restringe oferta interna”, diz.

    Almeida lembra ainda que o câmbio influencia o custo de produtos que possuem componentes importados. “Existem diversos mecanismos pelos quais o câmbio pode influenciar na inflação”, ressalta.

    Ao longo de 2024, o país teve 11 meses com inflação positiva e um com deflação (queda de preços). Foi em agosto (-0,02%), influenciado pelo recuo na conta de luz e alívio dos alimentos no bolso. O maior resultado mensal foi em fevereiro (0,83%), puxado pela educação, por causa do reajuste de mensalidades.

  • Mercado financeiro estima inflação de 4,99% em 2025, diz BC

    Mercado financeiro estima inflação de 4,99% em 2025, diz BC

    O mercado financeiro mantém as expectativas de alta tanto para a inflação como para a cotação do dólar em 2025. No caso da inflação, essa expectativa de alta se mantém há 12 semanas, culminando, agora, com uma projeção de que, ao final do ano, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerado a inflação oficial do país – esteja em 4,99%.

    Há uma semana, a expectativa do mercado era de que a inflação fechasse 2025 em 4,96%; e há quatro semanas era de que fechasse em 4,59%. Para os anos subsequentes, o mercado trabalha com expectativas inflacionárias de 4,03% em 2026; e de 3,90 em 2027. Os números constam do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (6) pelo Banco Central (BC).

    A estimativa para 2025 é mais pessimista que as previsões oficiais. O governo federal estima um IPCA de 3,1% este ano, segundo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025 aprovada no Congresso Nacional.

    Como ainda não foi divulgado o índice oficial da inflação de 2024, o mercado continua a fazer projeções para o ano encerrado. Neste caso, a expectativa para o índice inflacionário caminhou em sentido oposto, reduzindo dos 4,90% projetados há uma semana para 4,89%, segundo o boletim divulgado hoje. O teto para a meta inflacionária estipulada para 2024 é 4,50%.

    Selic

    Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 12,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A alta recente do dólar e as incertezas em torno da inflação e da economia global fizeram o BC aumentar o ritmo de alta dos juros na última reunião do ano, dia 11 de dezembro.

    A expectativa, portanto, é que a Selic apresente alta já no início de 2025. Diante desse cenário, o mercado financeiro aumentou a projeção dessa taxa básica para o fim deste ano, passando dos 14,75% projetados há uma semana, para os 15% projetados neste boletim mais recente. Há quatro semanas, esta projeção estava em 13,50%.

    Para os anos subsequentes, o mercado trabalha com uma projeção de 12% em 2026; e de 10% em 2027.

    Dólar e PIB

    O mercado projeta que, ao final de 2025, o dólar esteja sendo comercializado a R$ 6, mantendo a tendência de alta que vem sendo observada há 10 semanas. Na semana passada, a cotação esperada para o final deste ano era de R$ 5,96; e há quatro semanas era de que a cotação da moeda norte-americana fecharia o ano em R$ 5,77.

    Para 2026 e 2027, as expectativas se mantêm estáveis, em R$ 5,90 e R$ 5,80, respectivamente.

    Já as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) de 2025 aumentaram de 2,01% para 2,02%. Há quatro semanas, o mercado projetava crescimento de 2% para o PIB de 2025. Para os PIBs de 2026 e 2027, o mercado projeta crescimentos de 1% e 2%, respectivamente.

  • Bolsa fecha ano com índice próximo ao do começo da pandemia de covid

    Bolsa fecha ano com índice próximo ao do começo da pandemia de covid

    O Ibovespa, índice principal da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou a movimentação no último dia de pregão do ano com 120.283 pontos, registrado às 18h11 desta segunda-feira (30), ligeira alta de 0,01% em relação à sexta-feira.

    O patamar está apenas 2% acima do registrado em 29 de dezembro de 2019, há cinco anos, quando o mercado fechou em 117.706 pontos, um mês e meio antes de começar a queda vertiginosa puxada pela resposta global à pandemia de covid 19. Em 2024 o Ibovespa recuou 12.413 pontos, ou 9,35%, cerca de 75% disso apenas nos últimos 20 dias.

    A estabilidade nas últimas 24 horas tem relação com a queda acentuada de ações da Aeris, de materiais elétricos, da Brasken, de insumos químicos, e da Azevedo & Travassos, de engenharia. As três empresas acumularam o ano com perda em valor de ações superior a 50% e foram destaque negativo no mercado hoje, com quedas respectivas de 31,29%, 19,20% e 10,48%, respectivamente. As altas foram distribuídas, com destaque para os papéis da Americanas, com aumento de 20,39% hoje, compensando parte da queda no ano, quando suas ações despencaram 93,19%.

    A B3 irá retomar negociações na próxima quinta-feira, dia 02 de janeiro. Costumeiramente, e diferente de 2020, o recesso nos 3 poderes e o ritmo calmo nos mercados externos costuma evitar grandes quedas e, ao contrário, apontar tendência de alta nos fechamentos do mês, nos últimos anos.

    Dólar

    A negociação da moeda norte-americana apresentou leve baixa em relação ao real nesta segunda-feira. O dólar à vista fechou em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%, maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real. O dólar abriu o ano cotado a R$ 4,891.

    A queda foi puxada pela atuação direta do Banco Central nos mercados em dezembro, com venda de US$ 15 bilhões somente em dezembro, para segurar o avanço das cotações, que ultrapassaram o valor nominal de R$ 6 pela primeira vez na história em novembro e atingiram a cotação máxima histórica de R$ 6,2679 neste mês. Somente hoje foram US$ 1,815 bilhão leiloados no mercado.

    Incertezas em relação aos cortes de gastos de contas públicas e oscilação em mercados internacionais foram apontados como fatores decisivos na disparada durante o ano. Parte da base governista atrelou a subida a pura especulação financeira de investidores, com saída de capital relacionada a mudança nas políticas de juros nos Estados Unidos.

    Pela nona vez consecutiva, o Boletim Focus elevou a previsão do preço do dólar para 2025. De acordo com o relatório, a previsão é que a moeda custe, em média, R$ 5,96 no próximo ano. Há uma semana, o Boletim Focus estimava um dólar a R$ 5,90. Por sua vez, a LDO aprovada no Parlamento prevê uma taxa de câmbio média de R$ 4,98 para o próximo ano.

    *com informações da Agência Reuters

  • O impacto da alta do dólar no custo de vida do brasileiro

    O impacto da alta do dólar no custo de vida do brasileiro

    A alta do dólar, que alcançou novos patamares em 2024, não é apenas um número distante que aparece no noticiário financeiro.

    Ela se reflete diretamente no custo de vida das famílias brasileiras, pressionando os preços de alimentos, combustíveis e diversos bens de consumo.

    Mas como isso acontece? E o que podemos fazer para lidar com essa situação? Vamos desvendar o impacto dessa valorização e oferecer caminhos para minimizar seus efeitos.

    Por que a alta do dólar pesa no bolso?

    Dólar reage
    Por que a alta do dólar pesa no bolso? © Marcello Casal JrAgência Brasil

    O dólar é uma das principais moedas usadas no comércio internacional. Muitos produtos e insumos essenciais para a economia brasileira, como trigo, soja, fertilizantes e petróleo, são negociados em dólar. Quando a moeda americana sobe, o custo dessas importações aumenta, elevando os preços de itens que vão desde o pãozinho do café da manhã até a gasolina.

    Leia também:Como ganhar dinheiro sem sair de casa em 2025: oportunidades e dicas práticas

    Para o consumidor, isso significa sentir no bolso a inflação de produtos básicos e de uso cotidiano, como alimentos, combustível e até itens de higiene.

    O dólar mais caro também impacta viagens internacionais, produtos eletrônicos e bens de luxo, tornando-os mais inacessíveis.

    Alimentos: os primeiros a sofrer

    Alimentos: os primeiros a sofrer Fotos do Canva
    Alimentos: os primeiros a sofrer– Fotos do Canva

    O setor alimentício é um dos mais afetados pela alta do dólar, com aumentos expressivos em diversos itens:

    Café moído: Acumulou alta de quase 33% em 2024 devido à combinação de condições climáticas adversas e a valorização do dólar.

    Azeite de oliva: Subiu 21,6%, também pressionado pelas importações e mudanças climáticas.

    Frutas cítricas: Produtos como limão e laranja tiveram aumentos de até 85%, impactando preparações básicas na cozinha.

    Carnes e frango: A carne bovina subiu 14,8%, enquanto o frango teve um reajuste de 5,24%, impulsionados pela seca e pelo custo elevado dos insumos.

    Reflexos no dia a dia

    Receita de pão francês
    Reflexos no dia a dia – Foto: Canva

    O pão nosso de cada dia ilustra bem o problema. O Brasil importa grande parte do trigo utilizado na produção de pão e massas, e o preço da farinha já reflete a alta do dólar. Segundo a Abitrigo (Associação Brasileira da Indústria do Trigo), o aumento nos custos de importação torna inevitável o reajuste nos produtos derivados.

    Outro exemplo claro é o café, que enfrentou condições severas de seca e calor, além de oscilações cambiais. Para quem já percebeu a xícara de café mais cara, esses fatores explicam o porquê.

    Combustíveis e outros setores

    Lei do "Combustível do Futuro" impulsiona setor de biocombustíveis em Mato Grosso
    Combustíveis e outros setores

    Além dos alimentos, os combustíveis também sofrem. O Brasil precisa importar gasolina, cujo preço é atrelado ao mercado internacional. Em 2024, a gasolina subiu mais de 9%, aumentando o custo de transporte e pressionando o valor final de produtos que dependem de logística.

    Eletrodomésticos, eletrônicos e outros bens importados também encarecem, limitando o acesso a itens que já não são tão acessíveis para muitas famílias.

    O que está por trás da alta do dólar?

    Dolar Google
    O que está por trás da alta do dólar?

    A valorização da moeda americana em 2024 foi impulsionada por fatores internos e externos:

    1. Cenário global: Taxas de juros elevadas nos Estados Unidos e incertezas econômicas globais atraíram investimentos para o dólar.
    2. Economia brasileira: A dívida pública em alta e o baixo crescimento econômico reduziram a confiança no real, pressionando ainda mais a moeda local.

    Essa combinação fez com que o dólar subisse quase 20% no ano, passando de R$ 4,85 em janeiro para R$ 6,20 em dezembro.

    Como se preparar e reduzir os impactos?

    Embora o cenário seja desafiador, algumas estratégias podem ajudar a suavizar os efeitos da alta do dólar no dia a dia:

    Planeje as compras:

    Carrinho de compras, varejo brasileiro - Fotos do Canva
    Planeje as compras: – Fotos do Canva

    Substitua alimentos mais caros por opções locais e sazonais. Por exemplo, troque o pão por mandioca ou cuscuz, que têm custo menor.

    Pesquise ofertas e faça compras em maior quantidade para aproveitar descontos.

    Adote hábitos sustentáveis:

    Reduza o desperdício de alimentos e reutilize sobras em novas receitas.

    Cultive alimentos básicos em casa, como temperos e hortaliças, para economizar.

    Repense o transporte:

    Considere caronas ou transporte público para reduzir os gastos com gasolina.

    Reavalie o orçamento:

    Identifique despesas que podem ser cortadas ou substituídas.

    Evite dívidas em dólar, como compras internacionais ou viagens ao exterior.

    Apoie a produção local:

    Produtos nacionais não estão imunes à inflação, mas frequentemente são menos impactados pela alta do dólar.

    A alta do dólar traz desafios, mas também nos ensina a sermos mais resilientes e criativos. É um momento de repensar hábitos, valorizar o que temos e buscar soluções que façam sentido para o nosso contexto. Como consumidores, temos o poder de adaptar nossas escolhas, contribuindo para equilibrar o orçamento sem renunciar à qualidade de vida.

    Cada pequeno esforço conta. Mesmo em tempos de dificuldade, é possível encontrar formas de crescer e superar. Afinal, as adversidades também nos tornam mais fortes.

  • Empresa que fornece dados a Google admite erro sobre cotação do dólar

    Empresa que fornece dados a Google admite erro sobre cotação do dólar

    A Morning Star, empresa que fornece dados ao Google sobre a cotação do dólar, admitiu nesta quinta-feira (26) erro na coleta de informações. A companhia afirmou ter resolvido o problema que levou à divulgação do valor errado da moeda norte-americana, atribuindo o ocorrido à “imprecisão de um contribuidor”.

    “Devido a cotações de compra e venda imprecisas fornecidas por um contribuidor de taxas de terceiros por erro, os dados de câmbio para o Brasil temporariamente não refletiram o mercado em 25 de dezembro de 2024”, informou a Morning Star em nota ao Google.

    Dizendo-se comprometida com a qualidade das informações, a companhia informou que trabalha para evitar que erros se repitam. Apesar de a Morning Star afirmar ter resolvido o problema, a ferramenta de informação do câmbio continuava inativa na noite desta quinta.

    Na quarta-feira (25), a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu ao Banco Central (BC) esclarecimentos sobre a cotação do dólar no Google. O órgão quer esclarecimentos para avaliar se aciona a Procuradoria-Geral da União para abrir uma ação contra a plataforma de buscas.

    Na tarde de quarta-feira, o Google exibiu a cotação da moeda norte-americana a R$ 6,38, quando os mercados financeiros estavam fechados por causa do feriado de Natal. Ao longo de todo o dia 25, a cotação correta estava em R$ 6,15, valor de fechamento do dólar no último dia 24, véspera de Natal, em que o pregão funcionou com horário reduzido.

  • O valor do Dólar subiu: O que isso vai impactar na sua vida?

    O valor do Dólar subiu: O que isso vai impactar na sua vida?

    Com a valorização do dólar frente ao real, a economia brasileira tem sofrido diversos efeitos importantes para toda a sociedade, principalmente no comércio exterior. Diante disso, a moeda americana quando se fortalece, gera impactos nas exportações e importações. Dessa forma, o custo dos produtos estrangeiros e a competitividade do que é produzido no Brasil começa a variar no mercado internacional.

    Competitividade das exportações

    O setor exportador brasileiro tende a se fortalecer um pouco, pois os produtos nacionais tornam-se mais acessíveis no exterior. Por exemplo, setores como agronegócio, mineração e commodities (carne, minério de ferro, soja e aço) ganham competitividade nos mercados internacionais.

    Todavia, o crescimento vai depender também de fatores internos, como os custos da produção. Então, o processo é chamado de “uma via de mão dupla”. Ou seja, manter o mesmo preço nas vendas, pode fazer os produtos brasileiros terem maior aceitação no mercado, mas o que se usa para produzir e exportar a mercadoria passa a ter um valor mais alto, se comprado em outros países. 

    No caso da agroindústria, por exemplo, insumos e maquinário importados geram um alto investimento do setor, pois o dólar alto encarece esses itens, pressionando os custos e reduzindo as margens de lucro.

    Aumento dos custos de importação

    Empresas que necessitam de produtos, máquinas e tecnologias estrangeiras para produzir o material enfrentam aumentos consideráveis nos custos. Diante disso, alguns setores se tornam vulneráveis à oscilação cambial e precisam aumentar o valor da produção final, para não ter prejuízos.

    Uma alternativa é optar por nacionalizar parte de sua produção ou buscar fornecedores locais. Porém, essa substituição de importações demanda tempo, investimento e uma cadeia de suprimentos nacional robusta e competitiva.

    Inflação e poder de compra

    O brasileiro sente na pele os efeitos da alta do dólar. Alguns produtos ficam mais caros, o que gera a elevação da inflação e impacta o poder de compra do consumidor. Logo, o governo precisa resolver um impasse: equilibrar políticas monetárias e fiscais, controlando o crescimento inflacionário, sem comprometer a economia do Brasil.

    Setores beneficiados e prejudicados

    Embora todas essas dificuldades existem áreas que conseguem algum ganho no cenário de dólar alto. Agronegócio, indústria de base, mineração e siderurgia são alguns setores que exportam grande parte do que produzem. Assim, são de certa forma beneficiados, caso não sejam completamente dependentes do exterior na produção e logística. 

    Porém, o varejo, os bens de consumo e o turismo sofrem impactos negativos. Este último tem dois fatores que precisam ser levados em conta. As viagens internacionais ficam menos acessíveis para os brasileiros, por conta do alto valor de uma moeda exterior. Por outro lado, o Brasil passa a se tornar um destino mais atrativo para turistas estrangeiros, fortalecendo a área aqui no país.

    Estratégias para empresas

    Diversificar mercados de exportação e buscar fornecedores locais são alternativas eficazes para enfrentar este desafio. Além disso, o hedge cambial é uma prática comum para tentar neutralizar a volatilidade da moeda. Esta significa cobertura ou limite, sendo uma ferramenta de proteção contra grandes variações de preços dos ativos para a compra ou venda futura. 

    Com o investimento em inovação e melhorias na eficiência produtiva faz com que os empresários não fiquem tão suscetíveis às variações cambiais. Outros meios eficientes são certificações internacionais e aprimoramento da qualidade, tornando o produto atrativo no exterior.

    O papel do Governo

    O governo brasileiro precisa sempre agir com relação à alta do dólar. Então, as políticas públicas precisam ser promovidas para reforçar a competitividade e sustentar a economia do país. 

    Como passar pelo processo de alta do dólar?

    De acordo com o advogado Dr. João Valença, da VLV Advogados, em entrevista recente na imprensa, esse contexto exige das empresas brasileiras resiliência. “É necessário adaptabilidade e inovação, bem como uma resposta coordenada do governo”, lembra ele. Portanto, é possível fortalecer o comércio exterior e assegurar a estabilidade econômica em um cenário global de constantes mudanças. 

    Mas, mesmo que por um pequeno período, o brasileiro sentirá os efeitos, como relata o Dr. Valença, num exemplo hipotético. “Até mesmo no ‘cafezinho da lanchonete’, vai precisar pagar mais caro, pois todo um processo aconteceu para que aquele café chegasse até ali”, finaliza ele.

    Produção e Edição: João de Jesus, radialista e assessor de imprensa, além de jornalista, recém graduado pela Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia.

  • Dólar fecha a R$ 6,26 nesta quarta-feira (18/12)

    Dólar fecha a R$ 6,26 nesta quarta-feira (18/12)

    Em um dia marcado por tensões no cenário doméstico e internacional, o dólar superou a barreira de R$ 6,20, alcançando um novo recorde nominal desde a implementação do Plano Real. Paralelamente, a bolsa brasileira registrou uma queda superior a 3%, atingindo o patamar mais baixo desde o final de junho.

    O dólar comercial encerrou esta quarta-feira (18) cotado a R$ 6,267, representando uma alta de R$ 0,172 (+2,82%) em apenas um dia. A moeda iniciou o pregão em torno de R$ 6,11, mostrando uma breve desaceleração no final da manhã. No entanto, uma declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmando que o dólar deveria se estabilizar, gerou incertezas e contribuiu para o movimento de alta.

    Após as 15h, o câmbio disparou novamente, impulsionado pelo anúncio do Federal Reserve (Fed, o Banco Central dos Estados Unidos). Apesar de cortar a taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, conforme esperado, o Fed indicou que adotará uma postura mais conservadora em 2025. Essa perspectiva reduz as expectativas de cortes adicionais nos juros no próximo ano, provocando volatilidade nos mercados globais.

    A bolsa de valores brasileira também enfrentou turbulências. O Ibovespa, principal índice da B3, encerrou o dia em 120.772 pontos, com uma desvalorização de 3,15%. Esse desempenho representa o menor nível desde 20 de junho. Nos Estados Unidos, o impacto da decisão do Fed refletiu no Dow Jones, que recuou 2,2%.

    As taxas de juros nos Estados Unidos, atualmente entre 4,25% e 4,5% ao ano, são consideradas elevadas no cenário global. Esses patamares elevados atraem capital para economias desenvolvidas, intensificando a saída de recursos de países emergentes como o Brasil. Esse movimento agrava a pressão sobre o dólar e contribui para a instabilidade da bolsa, num momento em que o país vive incertezas relacionadas à votação de um pacote fiscal no Congresso Nacional.

    Na noite de terça-feira, a Câmara dos Deputados aprovou parte do pacote fiscal, restringindo a concessão de incentivos fiscais em cenários de déficit primário e permitindo cortes lineares em emendas parlamentares na mesma proporção de ajustes em despesas discricionárias. Apesar da expectativa de continuidade das votações nesta quarta-feira, a sessão ainda não havia sido iniciada até o final da tarde, prolongando o clima de incerteza nos mercados.

  • Banco Central leiloa US$ 3 bi na quinta-feira para segurar dólar

    Banco Central leiloa US$ 3 bi na quinta-feira para segurar dólar

    Após o dólar fechar a R$ 6,26 na maior cotação nominal da história, o Banco Central (BC) anunciou mais uma intervenção no câmbio para segurar a moeda. A autoridade monetária vai leiloar nesta quinta-feira (19) até US$ 3 bilhões das reservas internacionais à vista, sem compromisso de recomprar os recursos mais tarde.

    Segundo comunicado emitido pelo BC na noite desta quarta-feira (18), a autoridade monetária fará o leilão entre as 9h15 e as 9h20, pouco após a abertura do mercado. Nesta quarta, quando não interferiu no câmbio, o dólar subiu 2,82%, influenciado pelo atraso na votação do pacote fiscal e pela indicação do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano) de que poderá fazer menos cortes de juros nos Estados Unidos em 2025.

    Com o novo leilão, o BC terá injetado cerca de US$ 15 bilhões no mercado de câmbio apenas em dezembro. Na terça-feira (17), o BC vendeu US$ 1,272 bilhão das reservas internacionais pela manhã e US$ 2,015 bilhões à tarde. Na ocasião, o leilão também ocorreu na modalidade à vista.

    Na segunda-feira (16), a autoridade monetária leiloou US$ 1,627 bilhão à vista e US$ 3 bilhões na modalidade de linha, quando o BC vende o dinheiro das reservas externas com o compromisso de recomprá-lo daqui a alguns meses.

  • Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

    Mercado eleva previsão do PIB para 3,39% em 2024

    O mercado financeiro trabalha com expectativas de alta em todos os índices que compõem o Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (9) pelo Banco Central. No caso do Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no Brasil), a previsão é de que a economia do país crescerá 3,39% em 2024.

    Para os anos subsequentes (2025 e 2026), a expectativa é de crescimento de 2%. No boletim da semana passada, o mercado previa que o PIB brasileiro fecharia o ano corrente com um crescimento de 3,22%. Há quatro semanas, a previsão era de que o país cresceria 3,1%.

    No segundo trimestre do ano, o PIB surpreendeu, subindo 1,4% em comparação com o primeiro trimestre. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na comparação com o segundo trimestre de 2023, a alta ficou em 3,3%.

    IPCA, dólar e Selic

    Expectativas de alta também para a inflação, para a Selic e para a cotação do dólar. Para o mercado, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, considerado a inflação oficial do país) deve fechar 2024 em 4,84%, percentual acima da previsão divulgada na semana passada (4,71%) e há quatro semanas (4,62%). Para 2025 e 2026, e expectativa é de que a inflação do país fique em 4,59% e 4%, respectivamente.

    Já a taxa básica de juros apresentou alta de 0,25 ponto percentual nas expectativas do mercado, passando de 11,75% para 12%. Quando o Copom aumenta a taxa Selic, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

    No entanto, os bancos consideram outros fatores, além da Selic, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

    Quando a taxa Selic é reduzida, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

    Com relação à moeda norte-americana, as projeções do mercado financeiro para a cotação ao final do ano passaram de R$ 5,70, na semana passada, para R$ 5,95. Há quatro semanas, o mercado trabalhava com a expectativa de o dólar fechar o ano a R$ 5,55. Para 2025, o mercado projeta que a moeda feche o ano valendo R$ 5,77; e para 2026, as projeções são de que o dólar fique cotado a R$ 5,73.