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  • Banco de leite materno do Distrito Federal precisa de doações

    Banco de leite materno do Distrito Federal precisa de doações

    Os meses de dezembro, janeiro e fevereiro costumam registrar menores índice de doação de leite materno devido à indisponibilidade de doadoras. A Secretaria de Saúde do Distrito Federal alerta que o período de férias escolares pode, por exemplo, deixar a doadora que já tem outros filhos ainda mais atribulada com os cuidados das crianças, além de abrir espaço para viagens e recepção de parentes, que também contribuem para a baixa no número de doações.

    De janeiro a novembro deste ano, a Rede de Banco de Leite Humano do Distrito Federal recebeu 16.795,6 litros de leite materno doados por 6.461 mulheres. O insumo serviu a 13.279 bebês.

    A média mensal do período chega a 1.526,8 litros – superior a 1,5 mil litros, quantidade que mantém os estoques em nível de segurança, mas inferior ao registrado no ano passado, quando a média mensal foi de 1.604,7 litros.

    A meta é chegar a dois mil litros de leite materno doados por mês, para atender com sobra crianças internadas e, porventura, ampliar a cobertura a outros casos. De acordo com a secretaria, toda mulher em boas condições de saúde que esteja amamentando ou ordenhando leite para o próprio filho e que se disponha a doar voluntariamente pode participar da chamada rede de solidariedade.

    Máscaras e potes

    Caso tenha interesse em doar, a mãe recebe em casa um kit contendo máscara, touca e potes esterilizados para fazer a coleta, entregues pelo Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, que retorna posteriormente para recolher as doações. Ainda segundo a pasta, o processo de doação é simples e qualquer quantidade doada é bem-vinda. A mulher deve identificar a data da primeira coleta no pote e, ao fim da ordenha, armazená-lo no congelador.

    “Não é preciso se preocupar em encher o pote de uma vez. Basta colocar o líquido no frasco que está no congelador com a ajuda de um copo de vidro esterilizado nas próximas ocasiões. A doação deve ser entregue ao banco de leite em até 15 dias, então quando começar a encher o pote já entre em contato”, informou a secretaria.

    Coletado, o leite materno passa por uma análise criteriosa. Cumprindo as condições necessárias, o insumo é armazenado em um novo frasco e parte segue para a pasteurização. Em seguida, há o controle microbiológico, que mostra se a pasteurização foi realmente efetiva, para que, enfim, esteja pronto para uso. Todo o processo dura até 48 horas.

    O Banco de Leite Humano também oferece uma rede de suporte a mulheres em fase de amamentação. As mães que desejarem doar devem ligar no 160 (opção 4) ou se cadastrar no site do Amamenta Brasília. Mais informações podem ser obtidas aqui.

    Edição: Kleber Sampaio

  • Como funciona a doação de órgãos no Brasil? Saiba em detalhes o desenrolar

    Como funciona a doação de órgãos no Brasil? Saiba em detalhes o desenrolar

    Por muito tempo em nossa sociedade, a doação de órgãos foi um tabu, ou até mesmo era tratado com preconceito. No entanto, com o passar do tempo, as conscientizações foram tomando efeito e o número de doações só vem aumentando a cada dia mais em nosso meio. Porém, será que sabemos tudo ou, ao menos, o necessário sobre esse assunto?

    Pensando em melhor deixar vocês que nos acompanham em nosso blog informado. Hoje, 30 de agosto, falaremos sobre tudo o que você precisa saber sobre a doação de órgãos. Fique sempre por dentro das notícias e dos assuntos mais pesquisados do momento. Continue lendo o nosso post e saiba mais.

    Leia mais: Sistema reprodutor humano: quais doenças podem acometê-lo? Fique esperto com a sua saúde

    Como funciona a doação de órgãos no Brasil? Saiba em detalhes o desenrolar
    Como funciona a doação de órgãos no Brasil? Saiba em detalhes o desenrolar – freepik

    O que é e para que serve a doação de órgãos?

    Conforme dito na introdução, por muito tempo a doação de órgãos no Brasil, e até mesmo no mundo, era vista com algum tipo de preconceito. Porém com o passar do tempo, muitas campanhas foram sendo feitas para que de fato se tivesse por parte da população algum interesse. Seja em pesquisar sobre o assunto ou o interesse de estar ajudando alguém.

    A doação que podemos fazer de nossos órgãos pode beneficiar até mais de 10 pessoas ao mesmo tempo. Você, enquanto doador, pode ajudar uma outra pessoa (receptor), a restituir algum órgão dela que esteja precisando dar a essa pessoa uma nova chance de vida, doando um órgão seu (como é o caso do rim, por exemplo).

    De igual modo, a doação de órgãos pode proporcionar ao paciente necessitado um  prolongamento de sua expectativa de vida. Isso porque, a cada transplante feito de um doador para uma pessoa que precisa deste transplante, isso faz com que a saúde da pessoa vá sendo reestabelecida e, por conseguinte, faz com que o receptor possa voltar as suas atividades normais o quanto antes.

    Como a doação pode ser feita no Brasil?

    A forma como você pode usar para se tornar um doador é bem simples. Basta que você procure algum hospital e diga que tem o interesse de se tornar um doador. Desta maneira, você irá entrar numa fila de doadores, aguardando caso você seja selecionado para a doação.

    Caso você seja escolhido, serão feitos alguns testes de compatibilidade de órgão e, por fim, a doação. A forma como pode-se doar um órgão vai desde cirurgia  até algum acordo que você faça ainda em vida (ou após a sua morte com autorização de algum parente). Para que, dessa forma, quando você morrer um dia, seus órgãos sejam destinados a pessoas que precisem.

    Desde já, esperamos que tenha entendido um pouco mais sobre o assunto, obrigado por nos acompanhar até aqui, e até breve.

    Continue aqui: Qual a função da bexiga e como cuidar bem desse órgão? Entenda tudo de uma vez

  • 850 pacientes esperam para o transplante de medula óssea

    850 pacientes esperam para o transplante de medula óssea

    O número de doações de medula óssea caiu 30% de janeiro a julho com relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com informações do Registro de Doadores de Medula Óssea no Brasil (Redome). Neste ano foram cadastrados 136.754 novos doadores, totalizando 5.212.391 doadores cadastrados no sistema.

    Atualmente há 850 pacientes na fila de espera para o transplante de medula com a doação de não aparentados, ou seja, aquelas em que o doador não tem nenhum grau de parentesco com o receptor.

    Para chamar atenção sobre a importância da doação de medula óssea e de outros órgãos, o mês de setembro é destacado com a cor verde e por meio da campanha Setembro Verde são realizadas ações e eventos para esclarecimento e conscientização da população sobre o impacto da doação como um ato de amor ao próximo e na vida de quem aguarda na fila por um transplante.

    De acordo com o Ministério da Saúde, as doações e transplantes de medula óssea não foram interrompidos por causa da pandemia da covid-19, mas estão sendo aplicadas algumas restrições de segurança, descritas em notas técnicas publicadas no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Entretanto, o ministério ressaltou que o novo coronavírus impactou em toda a cadeia de assistência de saúde, tornando necessária a estrutura, recursos humanos e insumos para o atendimento dos pacientes com covid-10 nos estados e municípios.

    Segundo o ministério, por esse motivo houve redução nos números de doação, assim como o observado em países da Europa acometidos pela pandemia antes do Brasil. O número de transplantes também sofreu queda ao passar de 1.811 de janeiro a junho de 2019 para 1.144 no mesmo período de 2020.

    Para ser doador de medula é preciso ter entre 18 e 55 anos, estar em bom estado geral de saúde, não ter doença infecciosa ou incapacitante, não ter câncer, doenças no sangue ou do sistema imunológico. Algumas complicações de saúde não são impeditivas para doação, sendo analisado caso a caso.

    Para receber a doação é preciso fazer inscrição e entrar em uma fila no Registro de Receptores de Medula Óssea (Rereme) do Instituto Nacional do Câncer (Inca), com autorização de médico avalizado pelo Ministério da Saúde. Assim que o paciente entra no Rereme, ocorre a primeira tentativa de encontrar um doador. A partir disso, o próprio sistema refaz a busca todos os dias e um resultado preliminar aponta uma lista de possíveis doadores compatíveis.

    A busca também é feita na Rede BrasilCord, que contém os dados de cordões umbilicais armazenados nos Bancos Públicos de Sangue de Cordão Umbilical e Placentário. Caso não seja encontrado um doador brasileiro, a equipe de registro faz a busca internacional simultaneamente.

    Os critérios de prioridade na lista são definidos de acordo com compatibilidade, gravidade, idade, tempo de espera, disponibilidade de doadores e disponibilidade de leitos. Para que seja feito um transplante de medula é necessário a total compatibilidade entre doador e receptor, informou o Ministério da Saúde.

    O hematologista Roberto Luiz da Silva, especializado em oncologia, ressaltou a necessidade de conscientizar a população ao fato de que a pandemia trouxe à humanidade o chamado novo normal. “Por isso, temos que prosseguir com os tratamentos. O hospital garante atendimento seguro e diferenciado para todos os pacientes que necessitam de transplante de medula óssea. A doação salva vidas e pode ser opção de tratamento para mais de 80 tipos de doenças,” disse.

    De acordo com o médico, a queda no número de doações tem sido atribuída à diminuição de campanhas de mobilização, para que se evite aglomerações, ou por receio das pessoas de saírem de casa, com medo de contrair o novo coronavírus. Ele destacou que hospitais e hemocentros brasileiros seguem as determinações de órgãos de saúde oficiais, como o Ministério da Saúde, Anvisa, Sociedade Brasileira de Transplante de Medula Óssea (SBTMO) e Sociedade Europeia para Transplante de Medula e Sangue (EBMT), com protocolos rigorosos para evitar contaminações e a proliferação da doença.

    “O distanciamento seguro entre as pessoas é fortemente observado. Além disso, proceder com a aferição de temperatura, incentivar o uso, que é obrigatório, de máscaras faciais específicas para cada situação, fornecer álcool em gel por todas as áreas e separar pacientes, de maneira distinta, em suspeitos, confirmados e negativados para a doença são ações adotadas com extremo rigor no hospital.”

    Edição: Maria Claudia