Tag: discurso de ódio

  • Cuiabá: Operação mira adolescente que ameaçava mulheres nas redes sociais

    Cuiabá: Operação mira adolescente que ameaçava mulheres nas redes sociais

    A Polícia Civil de Cuiabá realizou, nesta sexta-feira (11), uma operação para cumprir mandado de busca e apreensão contra um adolescente de 15 anos suspeito de disseminar discurso de ódio e ameaças contra mulheres nas redes sociais.

    A ação, realizada no bairro Jardim Petrópolis, contou com o apoio de unidades especializadas da corporação. A investigação foi iniciada após um alerta do Ministério da Justiça, por meio de seu laboratório de monitoramento cibernético, que detectou conteúdo grave publicado pelo adolescente.

    Segundo a apuração, além de promover conteúdos misóginos online, o menor demonstrava intenção de praticar violência armada, incluindo ameaças diretas contra uma garota de seu convívio. Ele teria acesso a armas legalmente registradas em nome do pai, o que agravou a situação e motivou resposta rápida das autoridades.

    Durante o cumprimento do mandado, foram apreendidos um celular, um computador, uma arma de pressão e uma réplica airsoft. A Justiça também determinou a suspensão imediata dos registros das armas junto à Polícia Federal como medida de prevenção.

    A operação teve como objetivo não apenas reprimir condutas criminosas no ambiente virtual, mas também evitar uma possível tragédia. A ação contou com o envolvimento ágil do Ministério Público, do Judiciário e das forças de segurança estaduais e federais.

  • Minidoc da EBC revela histórias de vítimas de crimes na internet

    Minidoc da EBC revela histórias de vítimas de crimes na internet

    A Superintendência de Comunicação Digital e Mídias Sociais da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) lançou neste domingo (23), no canal do youtube da TV Brasil, o minidocumentário Justiça no Digital. A produção, feita pela equipe da superintendência, traz histórias de pessoas que tiveram suas vidas impactadas por fake news, discurso de ódio, cyberbullying e a falta de uma internet mais segura. 

    Entre elas, a mãe e dona de casa Fabiane Maria de Jesus, que em 2014 morreu vítima de linchamento após ser alvo de fake news e discurso de ódio na internet.

    O minidoc também reúne entrevistas com especialistas e representantes do governo sobre a regulação das plataformas digitais. Um dos entrevistados é o ministro da Justiça, Flávio Dino, que explica como funciona o trabalho do laboratório de crimes cibernéticos, criado para coibir novos casos.

    Edição: Juliana Cézar Nunes

  • Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

    Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

    Parlamentares brasileiras são alvos de insultos, críticas e invalidações feitas de forma violenta nas redes sociais. Um estudo com mais de 1,5 mil mensagens publicadas no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube, entre julho e dezembro de 2021, mostra que 9% delas continham algum indício de violência discursiva contra essas deputadas federais e senadoras.

    A pesquisa Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais, produzida pelo Laboratório de Combate à Desinformação e ao Discurso de Ódio em Sistemas de Comunicação em Rede (DDoS Lab), da Universidade Federal Fluminense (UFF), analisou menções a 79 deputadas federais e a 12 senadoras da 56ª legislatura (2019 a 2023).

    De acordo com o estudo, os insultos são a forma de ataque mais acionada pelos usuários das redes sociais contra as parlamentares. Esse tipo de violência discursiva, que segundo o estudo se revela em xingamentos como “loira burra” ou “vagabunda”, apareceu em 41% das mensagens ofensivas.

    Em seguida, aparece a invalidação (26,6% das ofensas). Esse tipo de ofensa busca anular a validade ou diminuir a importância daquilo que a parlamentar expressou, mostrando-se em frases como “tal coisa é mimimi”.

    As críticas puras e simples, que se manifestam em expressões como “ela é uma péssima profissional” ou “odeio fulana”, responderam por 24,5% das ofensas.

    Outros tipos de violência discursiva encontradas, em número menor de menções, foram ameaça – “tem mais é que morrer” ou “vou te dar uma lição” – e discurso de ódio “tinha que ser preta”.

    “Isso não significa que parlamentares homens não são atacados. Eles são, com certeza, e podem ser até mais. Mas o que a gente precisa olhar é o caráter dessa violência. Homens geralmente são atacados enquanto figuras políticas. O fulano é chamado de corrupto, o sicrano é classificado como mau gestor. Enquanto com as mulheres políticas, o que é atacado? O corpo dela, a aparência, a família, a capacidade intelectual, a legitimidade dela naquela espaço”, explica Letícia Sabbatini, pesquisadora que participou do estudo.

    Redes sociais

    O Twitter foi a plataforma com mais mensagens enquadradas como violência discursiva. Cerca de 24% do conteúdo analisado nesta rede social apresentavam ofensas às parlamentares. No Facebook, o percentual cai para 4,4% das menções violentas. No entanto, é nesta rede que os índices de engajamento nos conteúdos que incorporam ataques a parlamentares mulheres mais aumentam.

    Nas demais redes, as menções com violência discursiva se apresentaram nas seguintes parcelas das postagens: Instagram (4,7%), e Youtube (2,9%).

    Em relação ao tom usado nas ofensas, o estudo revelou que a retórica satírica – encontrada em expressões como “mulher macho!” e “faz xixi em pé” – era a principal, transparecendo em 30,9% dos conteúdos ofensivos.

    “O que é isso? É o uso do humor para camuflar uma desavença, para indicar que é só uma brincadeira, que não precisa de alarde, que não tem nada a ver com violência. Continua sendo violência, mas se trata de uma violência muito mais difícil de a gente demarcar”, explica Letícia Sabbatini.

    A retórica desqualificadora – expressões como “fez o teste do sofá” ou “entrou na faculdade só por causa das cotas” – apareceu em 22,3% das ofensas.

    Outros tipos retóricos encontrados foram a retórica cínica (“o feminismo é imoral” ou “vocês feministas são todas assim”), a contestadora (“você está errada” ou “não é assim que se faz”), a provocadora (“quero ver fazer isso”) e a violenta (“depois apanha, não sabe por quê”), entre outras.

    Entre as menções violentas, observou-se que 8,6% usavam discurso misógino, ou seja, para inferiorizar, degradar ou desumanizar a mulher; 2,9% eram racistas e 1,4% se relacionavam à LGTBQIA+fobia.

    As parlamentares do campo ideológico da esquerda sofreram duas vezes mais ataque do que aquelas do espectro da direita. As maiores vítimas, em termos proporcionais (número de ofensas em relação ao total de menções) são as deputadas Talíria Petrone (PSOL-RJ) – atacada em 50% das menções a ela –; Professora Dayane Pimentel (União-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – ofendidas em 33,3% das mensagens dirigidas a elas.

    Em termos absolutos (quantidade total de menções violentas), no entanto, a deputada mais atacada foi a conservadora Carla Zambelli (PL-SP). Os alvos mais visados, entre os partidos políticos, foram PCdoB, PSOL e PMB. “A motivação política foi a mais presente entre os ataques que a gente mapeou”, afirma a pesquisadora.

    Edição: Denise Griesinger

  • O Instagram ocultará postagens suspeitas de promover ódio

    O Instagram ocultará postagens suspeitas de promover ódio

    O Instagram, rede social de propriedade da Meta, anunciou que implementará novas medidas para conter o assédio e o discurso de ódio. Agora, o Instagram começará a reduzir a visibilidade e o escopo de publicações e Stories que são “potencialmente” contrários aos padrões comunitários da plataforma, como assédio ou incitação à violência.

    Através de uma postagem em seu blog oficial, o Instagram explicou que esse tipo de conteúdo será relegado à parte inferior do feed. Ou seja, a rede social não excluirá esses tipos de publicações que incitam ódio e violência, mas tentará reduzir seu alcance.

    Até agora, como a plataforma explicou, essa medida se aplicava a publicações contendo desinformação. Uma vez identificado como tal por verificadores independentes, ou no caso de ter sido publicado por perfis que compartilham regularmente notícias falsas, o algoritmo passou a diminuir a visibilidade dessa publicação.

    A mesma estratégia agora se aplicará a publicações e histórias ligadas ao assédio ou violência. Para esclarecer, se sim, o Instagram explica que seus serviços de moderação analisarão os textos que acompanham as imagens. Estes serão comparados com outros que, anteriormente, foram punidos por quebrar as regras de coexistência da rede social.

    Além disso, os próprios Instagramers poderão relatar e relatar publicações desse tipo. Ao fazer isso, eles devem explicar o motivo pelo qual o denunciam. A lista é longa: incitação ao suicídio, assédio, transtornos alimentares, fraude… Assim que o Instagram concluir que é um post que promove ódio ou violência, o algoritmo continuará reduzindo sua visibilidade no feed.

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  • Associação lança plataforma de denúncia de violência contra médicas

    Associação lança plataforma de denúncia de violência contra médicas

    A Associação Médica Brasileira (AMB) lançou uma plataforma para receber denúncia de casos de violência contra mulheres médicas.

    O mecanismo foi disponibilizado no site da entidade.

    As profissionais de saúde podem denunciar qualquer tipo de violência sofrida, seja física, psicológica ou por assédio ou discurso de ódio praticado pela Internet. Também podem ser reclamados ataques sexistas, racistas e outras ofensas.

    Entre as práticas que podem ser objeto de queixa estão também desrespeito a direitos, como formas de discriminação no trabalho, preconceito de gênero em processos de contratação e remuneração desigual a de homens para funções iguais.

    Para fazer a denúncia é preciso colocar dados pessoais como nome, e-mail, telefone de contato, registro profissional no respectivo conselho regional de medicina, município e estado e instituição onde trabalha.

    As denúncias recebidas serão analisadas pela equipe responsável pelo projeto na AMB. Segundo o site oficial, as denúncias serão encaminhadas a “esferas pertinentes”.