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  • Dilma anuncia liberação de R$ 5,75 bilhões do Banco dos Brics ao RS

    Dilma anuncia liberação de R$ 5,75 bilhões do Banco dos Brics ao RS

    A ex-presidenta República Dilma Rousseff anunciou um repasse de US$ 1,115 bilhão (R$ 5,75 bilhões) para ações de socorro e reconstrução urbana e rural no Rio Grande do Sul. Dilma é presidenta do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB, na sigla em inglês), o chamado Banco dos Brics, e aprovou a liberação, confirmada nesta terça (14), após conversas sobre as condições subsidiadas com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o governador Eduardo Leite (PSDB).

    “Quero dizer aos gaúchos que podem contar comigo e com o NDB neste momento difícil”, disse Dilma Rousseff, afirmou Dilma, em mensagem na rede X.

    “Conversei com o presidente Lula e com o governador Eduardo Leite para tratarmos desta situação dramática e definir como prestar ajuda financeira”, disse a ex-presidenta do Brasil. “Quero reiterar minha solidariedade aos gaúchos e aos governos federal e estadual. O Banco dos Brics tem compromisso e atuará na reconstrução e na recuperação da infraestrutura do Estado. Queremos ajudar as pessoas a reconstruir suas vidas”, disse.

    Também no X, o presidente Lula comentou a liberação de recursos pelo Banco do Brics ao Rio Grande do Sul: “Importante anúncio da presidenta do Banco do Brics, Dilma Rousseff”.

    Dilma disse que o Novo Banco de Desenvolvimento vai destinar recursos sem burocracias para o Rio Grande do Sul por ação direta e por meio de parceria com outras instituições financeiras brasileiras, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Banco do Brasil e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).

    De Xangai, na China, sede do Banco, a ex-presidenta do Brasil disse em sua mensagem que a instituição financeira multilateral que ela comanda está solidária e vai “ajudar o estado do Rio Grande do Sul e os gaúchos, que me adotaram há mais de 50 anos, a superar esta tragédia”. O Novo Banco de Desenvolvimento foi fundada em 2015 pelo bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – posteriormente com adesão de Egito, Bangladesh e Emirados Árabes Unidos

    A presidenta detalhou que os recursos serão transferidos rapidamente e sua destinação é passível de direcionamento de acordo com as urgências e as prioridades do Estado do Rio Grande do Sul. “Tenho certeza que pela força do povo gaúcho, a solidariedade do povo brasileiro e da comunidade internacional essa crise será superada. E devemos tomar todas as medidas para que ela não mais se repita”. E concluiu sua mensagem: “Fiquem firmes e amparados pela esperança e a solidariedade. Estamos juntos”.

    É o segundo empréstimo do NDB ao Brasil em sete meses. Em outubro do ano passado, o banco aprovou a liberação de crédito de US$ 1 bilhão ao Brasil, com juros de 1,64% ao ano e 30 anos para pagar. Na ocasião, nas mesmas condições, o banco emprestou outros R$ 435 milhões para a cidade de Aracaju, destinados a obras de prevenção de enchentes e melhoria do sistema de transporte na capital sergipana.

    Confira como serão aplicados os recursos

    Recursos do Banco dos Brics ao RS.png

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  • Lula destaca viés social do Banco do Brics em posse de Dilma Rousseff

    Lula destaca viés social do Banco do Brics em posse de Dilma Rousseff

    Na posse de Dilma Rousseff como presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB na sigla em inglês), em Xangai, na China, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não poupou críticas ao modelo tradicional de financiamento de instituições financeiras internacionais. O NDB, também conhecido como Banco do Brics (bloco econômico composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), não tem a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI) ou instituições financeiras de países de fora do grupo. Fato destacado por Lula.

    “Pela primeira vez, um banco de desenvolvimento de alcance global é estabelecido sem a participação de países desenvolvidos em sua fase inicial. Livre, portanto, das amarras e condicionalidades impostas pelas instituições tradicionais às economias emergentes. E mais, com a possibilidade de financiamento de projetos em moeda local”.

    Lula continuou exaltando o papel do banco como um instrumento de combate à desigualdade. Para ele, o NDB deve atender os mais afetados por questões climáticas e econômicas, ajudando-os em uma recuperação. “A mudança do clima, a pandemia e os conflitos armados impactam negativamente as populações mais vulneráveis. Muitos países em desenvolvimento acumulam dívidas impagáveis. É nesse contexto que a criação do NDB se impõe”.

    Em uma solenidade recheada de deputados e ministros brasileiros, integrantes da comitiva de Lula nesta viagem à China, o presidente brasileiro não poupou críticas ao FMI, a quem acusou de “asfixiar” a Argentina. Para ele, os bancos devem ter “paciência” e ter em mente a palavra tolerância ao renovar seus acordos de financiamento.

    “Nenhum governante pode trabalhar com uma faca na garganta porque está devendo”, disse. “Não cabe a um banco ficar asfixiando as economias dos países como está fazendo com a Argentina o Fundo Monetário Internacional”, completou.

    Por fim, Lula fez um aceno à comunidade internacional. Em um tom mais abrangente, pediu mais generosidade para as pessoas. “Não podemos ter uma sociedade sem solidariedade, sem sentimento. Temos que voltar a ser generosos. Vamos ter que aprender a estender a mão outra vez. Nós precisamos derrotar o individualismo que está tomando conta da humanidade”.

    Dilma

    Em seu discurso de posse, Dilma Rousseff também defendeu o viés social do banco e assumiu o compromisso do NDB com a proteção ambiental, infraestrutura social e digital. Sinalizando em toda sua fala o apoio às comunidades mais pobres e a necessidade de ajudá-las a garantir moradia e condições mais dignas, a ex-presidenta da República pediu “prosperidade comum” a todos.

    “Assumir à presidência do NDB é uma oportunidade de fazer mais para os países dos Brics, mas também para os países emergentes e os países em desenvolvimento”, disse. “Estou confiante de que juntos podemos realizar nossa visão de desenvolvimento. Queremos que a prosperidade seja comum a todos os países”, acrescentou.

    Desafios

    Segundo especialistas ouvidos pela Agência Brasil, a futura presidenta do Banco do Brics terá oportunidade de ampliar a inserção internacional na instituição, mas enfrentará dois grandes desafios: impulsionar projetos ligados ao meio ambiente e driblar o impacto geopolítico das retaliações ocidentais à Rússia, um dos sócios-fundadores.

    Criado em dezembro de 2014 para ampliar o financiamento para projetos de infraestrutura e de projetos de desenvolvimento sustentável no Brics e em outras economias emergentes, o NDB atualmente tem cerca de US$ 32 bilhões em projetos aprovados. Desse total, cerca de US$ 4 bilhões estão investidos no Brasil, principalmente em projetos de rodovias e portos.

    Em 2021, o Banco do Brics teve a adesão dos seguintes países: Bangladesh, Egito, Emirados Árabes Unidos e Uruguai.