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  • Preço da gasolina e do diesel sobem nesta quinta com novo ICMS

    Preço da gasolina e do diesel sobem nesta quinta com novo ICMS

    A partir desta quinta-feira (1º), abastecer o veículo e cozinhar ficarão mais caros. O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), tributo cobrado pelos estados, vai subir para a gasolina, o diesel e o gás de cozinha.

    O aumento reflete a decisão de vários estados de reajustar o ICMS para os produtos em geral para compensar perdas de receita.

    Na maior parte dos casos, os estados elevaram as alíquotas gerais de 18% para 20%. Como os combustíveis seguem um sistema diferente de tributação, os reajustes serão com valores fixos em centavos.

    O aumento foi aprovado em outubro pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão que reúne os secretários estaduais de Fazenda. Esse é o primeiro reajuste do ICMS após a mudança do modelo de cobrança sancionado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em março de 2022.

    Anteriormente, o ICMS incidia conforme um percentual do preço total definido por cada unidade da federação. Agora, o imposto é cobrado conforme um valor fixo por litro, no caso da gasolina ou do diesel, ou por quilograma, no caso do gás de cozinha.

    As alíquotas passaram para os seguintes valores:

    Combustível Alíquotas atuais A partir de 1º de fevereiro Gasolina R$ 1,22 por litro R$ 1,37 por litro Diesel R$ 0,9456 por litro R$ 1,06 por litro Gás de cozinha R$ 1,2571 por quilo R$ 1,41 por quilo.

    Ao considerar o preço médio calculado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolina subirá em média para R$ 5,71. No caso do diesel, o valor médio do litro aumentará para R$ 5,95 (diesel normal) e mais de R$ 6 para o diesel S-10, que tem menor teor de chumbo.

    O preço da gasolina e do diesel irão ficar mais caros nesta quinta-feira. Com um aumento de R$ 0,15, a gasolina subirá em média para R$ 5,71, levando em conta o preço médio do produto baseado na pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Já o óleo diesel, terá um aumento média de R$ 0,12, podendo chegar em média a R$ 5,95, e o Diesel S-10 poderá ficar acima dos R$ 6,00 por litro, em média.

    No caso do gás de cozinha, o preço médio do botijão de 13 quilos subiria, em média, de R$ 100,98 para R$ 103,60.

  • Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro

    Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro

    Começo a coluna dessa semana explicando o motivo do título “Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro”: o CenárioMT fez uma viagem e rodou mais de quatro mil quilômetros, durante 11 dias entre as cidades de São Paulo/SP e Camaçari/BA, com a Fiat Toro Ultra Turbodiesel 4×4 AT9 Diesel, versão topo que tem preço a partir de R$ 213 mil.

    Além da Ultra que fizemos a viagem, a linha Fiat Toro 2024 conta com as versões Endurance e Freedom com motorização flex; Volcano com motorização diesel e flex; e Ranch e Ultra com motorização diesel. Como se vê, essa ampla variedade que atende diversos públicos contribui para o sucesso comercial da picape.

    A Fiat Toro é líder absoluta no segmento de picapes compactas-médias

    Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro Sergio Dias 65

    Líder absoluta no segmento de picapes compactas-médias, a linha Fiat Toro emplacou em 2022 49,6 mil unidades e a segunda colocada Renault Oroch 12 mil. Já em 2023 a Toro emplacou 51,3 mil unidades, a segunda colocada Chevrolet Montana 30 mil e a terceira Renault Oroch 12 mil. Portanto, mesmo com um importante concorrente a picape da Fiat não perdeu mercado.

    No mercado desde 2016, a Fiat Toro transformou o mercado brasileiro de picapes com o conceito SUP, ou Sport Utility Pick-up, que combina o conforto e dirigibilidade de um SUV com a força, a robustez e a praticidade de uma picape com a capacidade para cinco pessoas e uma tonelada de carga total. Em dezembro de 2023 o modelo alcançou a marca de 500 mil unidades produzidas.

    A Fiat Toro transformou o mercado brasileiro de picapes com o conceito SUP

    Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro Sergio Dias 99

    A motorização da Fiat Toro Ultra permitiu fazer com segurança uma viagem que teve mais de quatro mil quilômetros. A versão é equipada, assim como as Volcano e Ranch, com motor diesel de 170 cavalos de potência, sempre com tração 4×4 e transmissão automática de nove velocidade da alemã ZF – com possibilidade de trocas na borboleta ao volante.

    Esse conjunto garante uma autonomia de aproximadamente 800 quilômetros com o tanque cheio e permitiu, com a ajuda de todos os seus recursos, passar por situações de chuva, calor intenso, asfalto, terra e até mesmo alagamentos. Saindo de São Paulo paramos nas cidades de Téofilo Otoni/MG e Itacaré/BA e voltando de Camaçari paramos nas cidades de Vitória da Conquista/BA e Ipatinga/MG.

    A outra motorização que equipa as versões Endurance, Freedom e Volcano é turbo com 185 cavalos de potência e 270 Nm de torque quando abastecido com etanol e câmbio automático de seis velocidades com tração 4×2. Trata-se também de um excelente conjunto, que certamente também atenderia muito bem uma viagem de longa distância.

    A linha Fiat Toro 2024 segue com seu design sofisticado, tendo o capô com fortes vincos, para-choques com bulbar integrado, Logo Script na porção superior da dianteira e a Fiat Flag na nova grade frontal. Há ainda faróis Full LED e sistema de iluminação frontal 100% em LED, que melhora em 30% a performance dos faróis.

    Na lateral destaque para a novas rodas de liga leve, exclusivas para cada versão, linha de cintura elevada e largas caixas de roda. Na traseira segue a abertura da tampa dividida em duas partes, que traz mais ergonomia ao uso – na versão Ultra que fomos até Camaçari/BA a capota marítima é de fibra.

    No interior o painel de instrumentos da Fiat Toro conta com um cluster 100% digital como item de série

    Mais de quatro mil motivos para ter uma Fiat Toro Sergio Dias 86

    No interior o painel de instrumentos conta com um cluster 100% digital como item de série em todas as versões, e novo console central, ambos perfeitamente integrados a diferentes materiais e aos novos revestimentos dos bancos de tecido ou couro, dependendo da configuração. Para ampliar a conectividade a picape vem com carregador de smartphone sem fio, central multimídia de até 10,1” posicionada na vertical e uma plataforma completa de serviços.

    A linha Fiat Toro 2024 vem com itens de tecnologia, como o ADAS – Sistema Avançado de Assistência ao Condutor, que conta com frenagem autônoma de emergência, aviso de mudança de faixa e comutação automática dos faróis, equipamento de auxílio ao motorista que oferece mais conforto na condução e, principalmente, segurança para condutor e passageiros.

    Hotel Vila Galé Marés para descansar e repor as energias

    Embora a ida até a cidade de Camaçari/BA tenha sido muito confortável com a Toro Ultra, um merecido descanso de alguns dias no hotel Vila Galé Marés, um resort all inclusive na praia de Guarajuba, com seus cinco restaurantes, seis bares, spa, sauna, hidromassagem e muito mais fez toda a diferença.

    O hotel Vila Galé Marés tem 576 quartos. Destes, destacamos 432 quartos standard, que foi o que ficamos, além de outras 49 suítes, 18 chalés de categoria superior e três chalés master.

    Além disso, e num local onde as atividades desportivas partilham as férias com uns bons mergulhos e ótimos dias de praia, no hotel Vila Galé Marés pode aproveitar a academia de fitness, os campos de ténis e polidesportivos ou os desportos náuticos como surf, bodyboard, windsurf ou mergulho.

    Além dessas comodidades e conforto, tendo em vista a proximidade com a cidade de Salvador, distante apenas 60 quilômetros, é possível aproveitar a estadia no Hotel Vila Galé Marés para conhecer o Pelourinho, o Mercado Modelo e o centro histórico, considerado Património Mundial da Humanidade.

    Serviço

    Vila Galé Marés ★ ★ ★ ★ ★
    Rua da Alegria, s/n – Guarajuba
    CEP: 42820-586 Camaçari, BA
    GPS: S12º 38′ 32.35″ – W38º 03′ 35.75″
    Telefone (+55) 71 3674 8300
    E-mail mares.reservas@vilagale.com e mares@vilagale.com

    Notas Rápidas, por Sérgio Dias

    Spin é a primeira das seis novidades da Chevrolet para o Brasil em 2024

    A Chevrolet confirmou o lançamento da linha Spin 2025 ainda no primeiro trimestre de 2024 e apresentou mais detalhes do crossover de sete lugares, que dará o seu maior salto evolutivo, com inovações significativas de design, conteúdo e performance.

    “O Spin sempre se destacou por atributos como o amplo espaço interno, a robustez mecânica e a relação custo-benefício. O novo modelo vai além, para surpreender e acompanhar as necessidades do consumidor”, diz Paula Saiani, diretora de Marketing de Produto da GM América do Sul.

    Audi apresenta o elétrico SQ8 Sportback e-tron no Brasil

    A Audi apresentou para o mercado brasileiro o SQ8 Sportback e-tron, modelo elétrico com preço a partir de R$ 834.990,00 e que é o primeiro da série de lançamentos da fabricante no país neste ano em celebração ao seu aniversário de 30 anos no Brasil.

    Equipado com três motores elétricos, dois traseiros e um dianteiro, o Audi SQ8 Sportback e-tron oferece 503 cavalos de potência e 973 Nm de torque, o maior torque de toda a linha Audi do Brasil, que acelera o modelo de 0 a 100 km/h em apenas 4,5 segundos, atingindo a velocidade máxima de 210 km/h.

    Toyota do Brasil recebe últimas unidades do GR Corolla Launch Edition

    A Toyota Gazoo Racing, divisão esportiva da Toyota, recebeu as últimas 30 unidades do GR Corolla Launch Edition, nas versões Core e Circuit. As unidades são comercializadas com uma placa exclusiva de identificação numérica GAZOO Racing.

    O GR Corolla é equipado com um motor 1.6 turbo de três cilindros, capaz de entregar 304 cavalos de potência e um torque de 37,7 kgfm. Seu câmbio manual de seis velocidades proporciona uma experiência de condução empolgante, enquanto o sistema integral GR-FOUR garante uma tração eficiente nas quatro rodas, em qualquer tipo de terreno.

    Renault deixa a linha Duster 2024 mais tecnológica e segura

    A Renault apresentou a linha Duster 2024 com novas versões, aprimoramentos em design, equipamentos inéditos e mais tecnologias de segurança. Com isso, combinando versões e motorizações, o SUV passa a ser oferecido em quatro novas opções: Intense Plus 1.6 manual, Intense Plus 1.6 CVT, Iconic Plus 1.6 CVT e Iconic Plus 1.3 TCe CVT.

    “O Duster é um produto com mais de dez anos de sucesso no mercado brasileiro, reconhecido por suas ótimas características SUV. Com essa gama renovada, estamos oferecendo um veículo ainda mais completo para o consumidor”, explica Aldo Costa, diretor de marketing da Renault do Brasil.

    Linha Discovery 2024 chega ao Brasil com a tecnologia MHEV

    A JLR apresenta no mercado brasileiro a linha Discovery 2024, que chega na versão Metropolitan, equipada com motor diesel D300, tecnologia MHEV, câmbio automático de oito velocidades, 300 cavalos de potência e preço a partir de R$ 759.300,00.

    “O Novo Discovery 2024 eletrificado é o veículo ideal para aqueles que buscam viver o excepcional ao lado de sua família. Ele combina o melhor dos mundos, com versatilidade para desbravar terrenos difíceis, com luxo e conectividade a bordo para todos os ocupantes, incluindo os dois últimos assentos da versão 7 lugares, e muito conforto para viagens e expedições mais longas”, explica Gustavo Coura, responsável de produto da marca Discovery.

    Mercedes-Benz apresenta novidade alinhada à sua estratégia de ESG

    A Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil segue com suas ações de ESG – AAmbiental, Social e Governança e passa a ter em sua frota de veículos um Sprinter Truck 417 com baú 100% sustentável feito com material reciclável de garrafas PET.

    “Estamos continuamente buscando novas soluções para os nossos produtos que colaborem com o meio ambiente e ofereçam ainda mais vantagens para os nossos clientes. Esta busca também se estende aos parceiros do mercado de implementação, reforçando o nosso comprometimento com o pilar Ambiental do ESG. Seguiremos atentos a essas demandas da atualidade”, afirma Aline Rapassi, Head de Produto Vans da Mercedes-Benz Cars & Vans Brasil.

    Mitsubishi amplia família L200 Triton no Brasil com versões exclusivas

    A Mitsubishi Motors passa a comercializar duas versões da picape L200 Triton com uma nova caçamba para transporte de carga seca. Disponível sob encomenda para pessoas jurídicas, o novo compartimento de carga, produzido em aço, visa facilitar o carregamento e transporte de materiais para diversos fins.

    As versões GL e GLS AT ampliam ainda mais o leque de opções e de utilidades da linha de picapes L200 Triton, que podem ser totalmente customizadas dentro da fábrica da Mitsubishi Motors em Catalão/GO para os mais diferentes tipos de uso.

    Honda amplia versões da família City 2024

    A Honda amplia as opções dos modelos da família City com o lançamento de novas versões. O Hatchback ganha, de uma só vez, as configurações LX e EX, enquanto o Sedan passa a ser oferecido também na versão LX.

    Agora a linha City 2024 pode ser encontrada na carroceria Hatchback nas versões LX, EX, EXL e Touring com preço a partir de R$ 113.600,00 e na carroceria Sedan nas versões LX, EX, EXL e Touring com preço a partir de R$ 115.300,00.

    Nissan confirma lançamento do Ariya NISMO no segundo trimestre de 2024

    A Nissan confirmou que o Ariya NISMO será lançado no Japão no segundo trimestre.

    Baseado no Ariya e-4ORCE, o modelo tem desempenho extremamente dinâmico, mas suave e fácil de controlar e é produzido pelo pico de potência aproximadamente 10% maior do motor, combinado com um ajuste de aceleração especial e um modo de condução NISMO exclusivo que maximiza a resposta.

  • Reoneração integral do diesel retorna nesta segunda-feira

    Reoneração integral do diesel retorna nesta segunda-feira

    A partir desta segunda-feira (1º), o governo federal retoma a cobrança integral do PIS/Cofins sobre o diesel. O imposto estava zerado desde 2021, mas parte do recolhimento foi antecipada já em setembro deste ano. A partir de janeiro de 2024, a arrecadação volta a ser integral: cerca de R$ 0,35 por litro de diesel.

    No último dia 26, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reoneração não deve encarecer o produto para os consumidores que pagam pelo litro nos postos de abastecimento. Segundo ele, o aumento da carga tributária que incide sobre o diesel será amenizado pelas reduções de preço já anunciadas pela Petrobras.

    “Esta reoneração do diesel vai ser feita, mas o impacto [esperado] é de pouco mais de R$ 0,30”, disse. Poucas horas antes, a Petrobras havia anunciado um corte de R$ 0,30 no preço do litro do diesel vendido às distribuidoras de combustível. Segundo a empresa, no ano, a redução do preço para as distribuidoras chega a 22,5%.

    “[Essa redução] mais que compensa a reoneração [que entrará em vigor em] 1º de janeiro”, assegurou Haddad, garantindo não haver razões para alta do preço com a volta da cobrança dos impostos federais. “Pelo contrário: deveria haver uma pequena redução [do preço final].”

    “É para todo mundo ficar atento: quando vier um argumento de aumento de preço, não tem nada a ver. Estamos em um país de livre-mercado; os preços não são tabelados. Mas, no que diz respeito aos preços da Petrobras, neste mês de dezembro, o preço [do diesel] caiu mais que a reoneração de 1º janeiro.”

    Edição: Denise Griesinger
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  • Entenda como os preços dos combustíveis se comportaram em 2023

    Entenda como os preços dos combustíveis se comportaram em 2023

    Cenários internos e externos contribuíram para a trajetória dos preços dos combustíveis no país ao longo de 2023. No cenário interno, as maiores influências vieram de mudanças na cobrança de tributos e da nova política de preços da Petrobras. Fora do Brasil, dúvidas sobre o comportamento das principais economias e consequências da guerra na Ucrânia são os fatores apontados.

    A trajetória no preço dos combustíveis é medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é considerado a inflação oficial do país.

    Tanque da Refinaria Gualberto Villaroel.
    preços dos combustíveis

    Custo na bomba

    Até novembro, último mês com resultado fechado, a inflação acumulava alta de 4,04%, sendo que o subitem combustíveis era mais que o dobro, 8,92%. O IBGE apurou que a gasolina puxou a subida, contribuindo com 12,47% no período. Por outro lado, o etanol caiu 7,11, o diesel 6%, o gás natural veicular (GNV), 7,76% e o botijão de gás, menos 6,56%.

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) também faz acompanhamento dos preços médios de revenda nos postos. De 1º de janeiro a 10 de dezembro, o litro da gasolina comum subiu de R$ 5,12 para R$ 5,61.

    O litro de etanol caiu de R$ 4,01 para R$ 3,51 no mesmo período. No caso do diesel, a redução foi de R$ 6,41 para R$ 5,95. O GNV recuou de R$ 4,77 para R$ 4,44 o metro cúbico (m³), e o botijão de 13 quilos teve queda de R$ 108,50 para R$ 100,96.

    Apesar de o preço pago pelo consumidor nas bombas incluir custos como margem de lucro dos revendedores e tributos, uma âncora da precificação dos combustíveis é a parcela da Petrobras – principal produtora de petróleo e derivados do país. No caso da gasolina, por exemplo, essa parte responde por um terço do valor final.

    Posto de combustível
    Posto de combustível – José Cruz/Agência Brasil

    Política de preços

    Apesar de não ser a única responsável pelo preço dos combustíveis na bomba, a Petrobras tem grande influência sobre o comportamento de preços. Até maio deste ano, a estatal seguia a política de Preço de Paridade Internacional (PPI), que atrelava os valores no Brasil ao mercado internacional, suscetível a mais volatilidade. Era algo como aumentou lá fora, vamos aumentar aqui.

    Em maio, a estatal abandonou o PPI e passou a adotar uma política que, na prática, faz “abrasileirar” os preços dentro do país.

    A Petrobras explica que a nova estratégia comercial passou a incorporar as melhores condições de produção e logística para a definição dos preços de venda de gasolina e diesel às distribuidoras. Isso permitiu, segundo a estatal, “em especial no ano de 2023, mitigar a alta volatilidade do mercado internacional, proporcionando períodos de estabilidade de preços”.

    Apesar de o IBGE ter identificado inflação nos preços em 2023, os combustíveis vendidos pela Petrobras ficaram mais baratos ao longo do ano. Um levantamento feito pela empresa em dezembro mostra que o litro da gasolina barateou R$ 0,27, representando uma queda de 8,7%.

    No caso do diesel, a redução foi de R$ 1,10 (22,5%), sendo a redução mais recente vigorado a partir de 27 de dezembro; botijão de gás de 13 quilos foi reduzido em R$ 10,40 (24,7%), e o querosene de aviação caiu R$ 1 por litro (19,6%).

    Ajustes

    Rio de Janeiro (RJ), 03/10/2023 – O presidente da Petrobras, Jean Paul Terra Prates durante evento de comemoração dos 70 anos da empresa, na Ilha do Fundão, no capital fluminense. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
    Presidente da Petrobras, Jean Paul Terra Prates – Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

    Em 24 de novembro, o presidente da estatal, Jean Paul Prates, elogiou a mudança na política de precificação da empresa.

    “A gente não está mais no período da ditadura do PPI. Nós não estamos mais reajustando os preços em tempo real e em dólar, de acordo com a paridade de importação”, explicou.

    “O que também não quer dizer – e ninguém nunca prometeu isso em campanha alguma, muito menos o presidente [Luiz Inácio] Lula [da Silva] – que o preço só ia cair. O que foi compromissado foi ‘abrasileirar’ os preços, e isso nós fizemos. Nós trouxemos para a política de preço os fatores nacionais aos componentes, que são, inclusive, parte da nossa estrutura, que é produzir no Brasil. Esse fator faz diferença para a gente poder fazer ajustes em patamares. Isso dá estabilidade ao mercado”, completou.

    Pressão política

    Prates também refutou ter sofrido pressões do presidente Lula para segurar o preço dos combustíveis.

    A declaração aconteceu poucos dias depois de Prates ter levado um “puxão de orelha” do ministro de Minas e Energia (MME), Alexandre Silveira. No dia 17 de novembro, o ministro reproduziu na rede social X uma entrevista em que defendia a queda nos preços.

    “Fiz essa manifestação à Casa Civil. É importante, respeitando a governança da Petrobras, respeitando a sua natureza jurídica. Mas já está na hora de puxarmos a orelha de novo da Petrobras, para que ela volte à mesa e possa colocar com clareza”, escreveu o ministro.

    Economias globais

    A Petrobras concluiu nesta sexta-feira (07) o leilão que vai permitir a empresa romper mais uma fronteira na indústria de exploração de petróleo. A Gerdau S.A. –que atua em áreas como mineração, produção de aço e reciclagem de metal – em parceria com o estaleiro Ecovix, arrematou a plataforma de exploração P-32, para que seja submetida ao processo de descomissionamento – uma forma de reciclagem da estrutura, mitigando impactos ambientais. Foto: Petrobras/Divulgação
    Plataforma de petróleo – Foto: Petrobras/Divulgação

    O superintendente de pesquisa da FGV Energia, Márcio Couto, explicou à Agência Brasil que dois principais fatores externos contribuíram para que os preços dos combustíveis tivessem uma tendência de queda no cenário internacional em 2023.
    Um deles é a conjuntura econômica, com os Estados Unidos subindo taxas de juros para conter a inflação americana por meio da desaceleração da economia. Soma-se a isso desconfianças sobre a força do crescimento da China, segunda maior economia global.

    “Essas dúvidas fazem com que as pessoas prevejam uma demanda por petróleo menor e faz com que haja uma redução no preço”, analisa Couto, contextualizando que o barril de petróleo flutuou na casa dos US$ 70, US$ 75, diferentemente de 2022, quando ultrapassou os US$ 100 seguidamente.

    Outro elemento externo é um reflexo da guerra na Ucrânia. Como forma de pressionar a Rússia a parar o conflito, a União Europeia e o G7 (grupo dos sete países mais desenvolvidos do mundo) aplicaram embargos à compra do petróleo russo.

    “A Rússia ficou com muito petróleo e derivados sobrando e está colocando esses produtos no mercado por um preço muito baixo. Você passou a ter um combustível barato”, observa Couto.

    “A Rússia passou a ser a principal origem de exportação de diesel para o Brasil”, complementa.

    Para Couto, os dois elementos facilitaram as coisas para a Petrobras. “A Petrobras pôde fazer uma administração de preços com menor pressão política”.

    Reoneração

    De acordo com o especialista da FGV, esses dois fatores que levaram a uma tendência de baixa nos preços dos combustíveis ganham uma quebra de braço com um elemento interno que tenderia a fazer os preços subirem em 2023: a reoneração dos combustíveis.

    Em junho de 2022, os tributos federais tinham sido zerados pelo governo Jair Bolsonaro como tentativa de conter a inflação. A medida perderia validade na virada do ano, mas o presidente Lula, no primeiro dia de gestão, prorrogou a isenção por mais 2 meses.

    Em março, o governo reonerou parcialmente a gasolina e o etanol com a cobrança do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Desde 29 de junho, a cobrança integral do PIS/Cofins voltou a ser feita.

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a ideia de que a reoneração de combustíveis seria compensada pelo clima no mercado internacional.

    Em junho, quando se discutia a antecipação da oneração do diesel – prevista originalmente para 1º de janeiro de 2024, o ministro acreditava que o aumento não seria sentido pelo consumidor final. “Na bomba, esse aumento não vai se verificar porque já houve queda adicional do dólar e uma queda do preço do petróleo. Então, estamos sem preocupações quanto a isso. Não tem impacto para o consumidor”, ponderou.

    Futuro

    Brasília (DF) 02/10/2023 – Ibama renova licença da Petrobras para perfuração na Margem Equatorial.Trata-se da 21ª licença concedida para perfuração na região desde 2004 Arte Petrobras/Divulgação
    Ibama renova licença da Petrobras para perfuração na Margem Equatorial – Arte Petrobras/Divulgação

    Para 2024, Couto, da FGV, não crava previsões sobre o comportamento dos preços, uma vez que não basta analisar o cenário interno. Seria preciso prever também o quadro externo.

    Sobre dois temas ligados ao mercado de combustíveis que ganharam o noticiário em 2023, o especialista acredita que não devem influenciar os preços.

    Um deles é a exploração de petróleo na Margem Equatorial – área marítima que se estende por mais de 2,2 quilômetros a partir da costa, desde o Amapá até o Rio Grande do Norte, tida como de grande potencial.

    Márcio Couto explica que a exploração inicial de petróleo é um processo que dura anos para dar frutos.

    “Esses processos de exploração da Margem Equatorial demoram muito tempo para iniciar a fase de produção, 3, 5 anos. Isso é mais para o futuro. Existe uma previsão de que haja uma queda na produção do pré-sal a partir de 2031, 2032, e essa produção na Margem Equatorial é no sentido de suprir essa queda no pré-sal”, explica.

    O outro assunto é a entrada do Brasil na Organização dos Países Produtores de Petróleo Plus (Opep+), que reúne grandes produtores de petróleo mais os seus aliados.

    “É mais um movimento político do que econômico”, afirma.

     
    — news —

  • Carga tributária não justificará aumento do diesel, diz Haddad

    Carga tributária não justificará aumento do diesel, diz Haddad

    O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a reoneração dos combustíveis, a partir de 1º de janeiro, não deve encarecer o preço que os consumidores pagam pelo litro do diesel nos postos de abastecimento.

    Segundo Haddad, o aumento da carga tributária que incide sobre o diesel, decorrente da retomada da cobrança dos impostos federais PIS/Cofins a partir do início do próximo ano, será amenizado pelas reduções de preço já anunciadas pela Petrobras. A cobrança do Pis/Cofins do diesel estava zerada desde 2022 como forma de conter a alta dos preços e, consequentemente, a inflação.

    “Esta reoneração do diesel vai ser feita, mas o impacto [esperado] é de pouco mais de R$ 0,30”, afirmou Haddad nesta terça-feira (26), após se reunir com o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também responde pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

    Poucas horas antes de Haddad conversar com jornalistas, a Petrobras já tinha anunciado corte de R$ 0,30 no preço do litro do diesel que vende às distribuidoras de combustível. Com isso, a partir de amanhã (27), a estatal petrolífera passará a vender o produto por R$ 3,48. Segundo a empresa, no ano, a redução do preço de venda de diesel A para as distribuidoras chega 22,5%.

    “A Petrobras anunciou, hoje, um segundo corte [do preço], no mês de dezembro. [Esta redução] mais que compensa a reoneração [que entrará em vigor em] 1º de janeiro”, assegurou o ministro, garantindo não haver razões para alta do preço com a volta da cobrança dos impostos federais.

    “Pelo contrário. Deveria haver uma pequena redução [do preço final]. É para todo mundo ficar atento: quando vier um argumento de aumento de preço, não tem nada a ver. Estamos em um país de livre-mercado; os preços não são tabelados; mas no que diz respeito aos preços da Petrobras, neste mês de dezembro, o preço [do diesel] caiu mais que a reoneração de 1º janeiro.”

    De acordo com a própria Petrobras, contudo, o valor que o consumidor paga nos postos de revenda é afetado também por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e do próprio posto.

    Compensações

    Haddad também afirmou que as medidas compensatórias à derrubada ao veto da desoneração da folha de pagamento serão anunciadas até a próxima quinta-feira (28). Haddad, que já havia discutido o assunto com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, se reuniu hoje com o secretário especial de Análise Governamental, Bruno Moretti, para, segundo ele, “afinar os detalhes finais” da proposta.

    “Provavelmente, entre amanhã [27] e quinta-feira, os atos vão para o Congresso Nacional. Quando estiver tudo na Casa Civil, tudo bonitinho para ser publicado, chamo vocês para explicar as medidas – [que são] muito prudentes e bem pensadas, para que possamos pensar em termos um orçamento mais equilibrado do que tivemos este ano”, declarou Haddad, ao manifestar otimismo em relação ao trâmite das propostas no Congresso Nacional.

    “Vamos ter tempo de negociar com o Congresso como fizemos com todas as medidas, o ano todo. Abre os dados; há o acompanhamento eventual do TCU [Tribunal de Contas da União], checa os dados da receita federal, demonstra o impacto que vai ter para a economia, faz tudo bem-feito para que não haja dúvidas. E o Congresso tem sido parceiro. Não da Fazenda, mas do país. Porque o que queremos aprovar são coisas boas para o país”, comentou o ministro.

    Em vigor desde 2011 como medida temporária, a política de desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economia vinha sendo prorrogada desde então. Em novembro, o presidente Lula vetou integralmente o projeto de lei que pretendia estender a iniciativa até 2027. O projeto propunha a substituição da contribuição previdenciária – que corresponde a 20% da folha de pagamento – por uma alíquota entre 1% e 4,5% sobre a receita bruta da empresa – o que, para os defensores da proposta, estimularia o setor privado a contratar mais trabalhadores em troca de menos tributos.

    Programa

    Haddad antecipou aos jornalistas que o aguardavam que o governo federal deve anunciar, ainda esta semana, um programa que facilite às indústrias abater a depreciação de seus equipamentos de produção no Imposto de Renda.

    “É um compromisso que temos com a indústria, para fazer com que os empresários possam abater do imposto de renda a depreciação de forma mais acelerada do que a lei permite hoje. Isso fortalece muito a atuação do equipamento. Os empresários vão ter um estímulo a mais a adquirir máquinas mais modernas para aumentar a produtividade da economia brasileira”, justificou o ministro.

    Edição: Aline Leal
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  • Diesel mais barato a partir desta sexta-feira nas distribuidoras

    Diesel mais barato a partir desta sexta-feira nas distribuidoras

    O litro do diesel nas distribuidoras está, em média, R$ 0,27 menor, a partir desta sexta-feira (8). O valor passa a ser de R$ 3,78. A medida foi anunciada nessa quinta-feira (7) pela Petrobras. No ano, a redução acumulada soma R$ 0,71 por litro, o equivalente a 15,8%.

    De acordo com a empresa, o ajuste é resultado da análise dos fundamentos dos mercados externo e interno, frente à estratégia comercial da companhia, implementada em maio de 2023, em substituição à política de preços anterior, e que “passou a incorporar parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística da Petrobras na sua precificação”.

    Preço médio

    Ao considerar a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor cairá R$ 0,24 por litro e passará a ser, em média, R$ 3,33 a cada litro vendido na bomba. Com isso, o preço médio do diesel A S10 nas bombas poderá atingir valor de R$ 5,92 por litro, considerando que o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para a semana de 26 de novembro a 2 de dezembro indicou valor médio de R$ 6,16 por litro.

    A Petrobras lembra que o valor cobrado ao consumidor final no posto é afetado por outros fatores, como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda. “Daí, esta estimativa ter propósito meramente referencial, mantidas constantes as demais parcelas que compuseram os preços ao consumidor naquele período”.

    A companhia destacou, também, que cabe às autoridades competentes realizar ações de fiscalização, autuação e penalização de práticas abusivas ou lesivas ao consumidor.

    Gasolina

    No momento, a Petrobras está mantendo estáveis seus preços de venda de gasolina às distribuidoras, tendo em vista o último movimento realizado em 21 de outubro, de redução de R$ 0,12 por litro. No ano, os preços de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras acumulam queda de R$ 0,27 por litro, o equivalente a 8,7%.

    Para o GLP (gás de cozinha), os preços de venda às distribuidoras permanecem estáveis desde o dia 1º de julho. No ano, os preços do gás de cozinha para as distribuidoras acumulam retração equivalente a R$ 10,40 por botijão de 13 kg, ou 24,7%.

    A companhia reiterou que na formação de seus preços “busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”.

    Edição: Aécio Amado
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  • Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    Reajuste da Petrobras: gasolina cai, mas diesel sobe

    A partir deste sábado (21), o preço médio dos combustíveis vendidos para as distribuidoras passa a ser de R$ 2,81 por litro, uma redução de R$ 0,12 por litro. Como existe uma mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro na composição da gasolina comercializada aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 2,05 a cada litro vendido na bomba.

    O preço médio de venda do diesel para as distribuidoras vai ser de R$ 4,05 por litro, um aumento de R$ 0,25 por litro. Como é obrigatória a mistura de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel vendido aos postos, a parcela da Petrobras vai ser, em média, de R$ 3,56 a cada litro vendido na bomba.

    Na variação acumulada no ano dos preços de venda da gasolina A e do diesel A para as distribuidoras, há uma redução de R$ 0,27 por litro de gasolina e de R$ 0,44 por litro de diesel.

    “A estratégia comercial que adotamos na Petrobras nesta gestão tem se mostrado bem-sucedida, sobretudo no sentido de tornar a empresa competitiva no mercado e evitar o repasse de volatilidade para o consumidor. Prova disto é que ao longo deste ano, mesmo com o valor do brent mais alto que no ano passado, os preços dos nossos produtos acumulam quedas, muito diferente do que aconteceu ao longo de 2022”, disse o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

    A Petrobras informa que os reajustes na gasolina e no diesel podem ser explicados por movimentos distintos no mercado e na estratégia comercial da estatal. No caso da gasolina, há o fim do período de maior demanda global, com maior disponibilidade e desvalorização do produto frente ao petróleo. No caso do diesel, a demanda global se mantém, com expectativa de alta sazonal, o que faz o produto ter maior valorização frente ao petróleo. A companhia também reforçou que procura evitar o repasse da volatilidade do mercado internacional e da taxa de câmbio para a sociedade brasileira, mas que também preserva um ambiente competitivo nos termos da legislação vigente.

     
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  • Medida Provisória perde validade e imposto sobre diesel será zerado

    Medida Provisória perde validade e imposto sobre diesel será zerado

    A Medida Provisória (MP) que criou o programa de desconto na compra de veículos novos perdeu a validade nesta terça-feira (3) e, com isso, os tributos federais que incidiam sobre o óleo diesel voltam a ficar zerados, o que pode baratear o valor do combustível na bomba. Em janeiro, o governo federal decidiu manter zerada, até dezembro, a tributação pelo Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) sobre o diesel e o gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha. No entanto, essa desoneração total foi parcialmente revertida, especificamente sobre o diesel, para compensar a perda de arrecadação com o programa para baratear carros populares, ônibus e caminhões lançado em junho.

    Quando foi editada, a MP 1.175, que criou o programa de incentivo, voltou a tributar o diesel em R$ 0,11 por litro para bancar o desconto de R$ 1,5 bilhão em impostos sobre veículos novos, entre caminhões, vans e carros. Ainda no fim de junho, uma nova medida (MP 1178) elevou essa reoneração em R$ 0,03, para o total de R$ 0,14 por litro, para custear mais R$ 300 milhões em descontos extras nos carros populares, cuja demanda havia sido superada nas primeiras semanas do programa de desconto. Essa elevação no tributo do diesel ocorreria a partir de outubro e arrecadaria R$ 200 milhões extras (os R$ 100 milhões restantes já haviam sido bancados pelo aumento de R$ 0,11 sobre o litro do diesel).

    Procurada, a Receita Federal confirmou os efeitos do fim da validade da MP 1.175, que faz com que a MP 1.178 também perdesse seu objeto. “Em princípio, se não houver outra alteração legal, volta a se aplicar o disposto no art. 3º. da Lei 14.592, de 2023, que previa a desoneração do diesel e do biodiesel até 31 de dezembro de 2023. Se não houver mudanças legais até lá, a partir de 1 de janeiro de 2024 as alíquotas do diesel e do biodiesel voltam aos seus valores normais, a saber: R$0,35/litro para o diesel; e R$0,14/litro para o biodiesel”, informou o órgão.

    Programa

    O programa de inventivo à compra de veículos foi encerrado no início de julho, com a liberação de todos os recursos disponíveis para carros leves. De acordo com o balanço do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), 125 mil carros foram comercializados com descontos entre R$ 2 mil e R$ 8 mil, ou 1,7% e 11,7%.

    Já para caminhões, vans e ônibus, o programa seguia em vigor, com prazo de vigência até novembro ou até os créditos tributários se esgotarem. Estava prevista a utilização de R$ 700 milhões para a venda de caminhões e R$ 300 milhões para vans e ônibus, sendo que, até o meio do ano, haviam sido utilizados R$ 100 milhões e R$ 140 milhões, respectivamente. O governo não informou os valores atualizados sobre a utilização dos descontos.

    Edição: Aline Leal
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  • Levantamento mostra variação nos preços de combustíveis em Lucas do Rio Verde

    Levantamento mostra variação nos preços de combustíveis em Lucas do Rio Verde

    Levantamento feito no mês de julho pelo Núcleo de Pesquisas em Administração e Ciências Contábeis (NUPAC) do Centro Universitário Unilasalle mostrou o preço médio dos combustíveis pago pelo consumidor. O principal objetivo do projeto de pesquisa é analisar os preços dos combustíveis e o impacto que este tem no orçamento das famílias de baixa renda em Lucas do Rio Verde.

    Foram coletados preços das bombas de nove estabelecimentos localizados nos bairros Bandeirantes 1 e 2, Menino Deus, Rio Verde, Veneza, Cidade Nova, Alvorada, Industrial, Cerrado e no centro da cidade. Foram analisados os preços da gasolina comum, gasolina aditivada, etanol, diesel comum e diesel S10 ou premium.

    O preço médio da gasolina aditivada ficou em R$ 6,07 com variação entre o menor e o maior valor de 0,13%, ou seja, R$ 0,81. A gasolina aditivada pode ser adquirida no Bairro Cidade Nova e no Centro a um custo de R$ 5,89 (menor valor) e no Bairro Industrial a R$ 6,70 (maior valor).

    Já o preço da gasolina comum, em média, ficou em R$ 5,73. No Bairro Veneza foi encontrado o menor valor (R$ 5,29) e no Bairro Industrial o maior valor (R$ 5,98). A variação entre os estabelecimentos de R$ 0,69.

    O mesmo comportamento ocorreu com o preço do etanol. O valor médio do litro foi de R$ 3,59. No entanto, pode ser obtido o litro por R$ 3,19 no Bairro Veneza e a R$ 3,97 no Bairro Industrial, variação de R$ 1,24 (0,24%) entre o menor e o maior valor.

    A pesquisa identificou em julho que o diesel comum custava, em média, R$ 5,46. No centro foi possível adquirir por R$ 5,17, o menor valor, e a R$ 5,75, no Bairro Cidade Nova, o maior custo, gerando uma variação de R$ 0,58 (0,11%). Já o valor médio do diesel premium (S10) custava R$ 5,41. Entretanto no Bairro Alvorada o litro custava R$ 5,17 (menor valor) e no Bairro Bandeirantes R$ 5,89, variação de R$ 0,72.

    Média pelo país

    A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) informou que os preços médios da gasolina comum no país, durante a segunda metade de julho, foram de R$ 7,30 na região Norte, R$ 5,46 no Centro Oeste e R$ 4,58 na região Sudeste. Já em Cuiabá pode ser adquirido a R$ 5,47.

    O valor do diesel registrou um preço médio de R$ 4,98 o litro, sendo o valor mais alto encontrado de R$ 7,99 na região Sudeste e o mais baixo no Centro-Oeste a R$ 4,40 por litro.

    Já em relação ao etanol, o preço médio foi de R$ 3,87, podendo ser encontrado a R$ 5,26 no Norte e a R$ 3,53 no Centro Oeste, em Cuiabá custava R$ 3,46.

    Essa variação é influenciada pelo preço do petróleo no mercado internacional, que pode ser afetado por questões geopolíticas, mudanças na oferta e demanda global, pela taxa cambial, custo de produção e distribuição, impostos e pelas políticas de preços adotadas pela Petrobras e postos de combustíveis, informou a pesquisa.

  • Petrobras anuncia redução em R$ 0,44 valor do diesel e em R$ 0,40 o da gasolina

    Petrobras anuncia redução em R$ 0,44 valor do diesel e em R$ 0,40 o da gasolina

    A Petrobras acaba de anunciar a redução em R$ 0,44 por litro do preço médio do diesel para as distribuidoras, que passará de R$ 3,46 para R$ 3,02.

    Já o preço médio da gasolina será reduzido em R$ 0,40 por litro, passando de R$ 3,18 para R$ 2,78 – valor pago pelas distribuidoras.

    Em nota, a Petrobras destaca que o valor cobrado ao consumidor final nos postos é afetado por outros fatores como impostos, mistura de biocombustíveis e margens de lucro da distribuição e da revenda.

    “A Petrobras recupera sua liberdade de estabelecer preços. Nos alforriamos de um único e exclusivo fator, que era a paridade”, afirmou o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates à imprensa, em Brasília.

    “Era hora de abrasileirar os preços dos combustíveis”, avaliou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, destacando que hoje é um dia de festa para o governo e para a sociedade.

    Gás de cozinha

    A Petrobras anunciou também uma redução de 21,3% no preço médio de venda do gás liquefeito de petróleo (GLP).

    A partir desta quarta-feira (17), a Petrobras venderá o botijão de 13 quilos de GLP às distribuidoras por um valor, em média, R$ 8,97 inferior ao atual. Se as distribuidoras repassarem a economia integralmente ao consumidor final, o botijão poderá chegar às residências pelo preço médio de R$ 99,87.

    “Esta é a melhor notícia. Baixamos [o preço do botijão] de R$ 100”, comentou Prates logo após se reunir com o ministro de Minas e Energia. De acordo com o presidente da Petrobras, esta é a primeira vez, desde outubro de 2021, que o preço do botijão de gás vendido às distribuidoras cai abaixo dos R$ 100.