Tag: Diesel

  • Petrobras reduz preço do diesel para distribuidoras; queda chega a 31,7% em 2,4 anos

    Petrobras reduz preço do diesel para distribuidoras; queda chega a 31,7% em 2,4 anos

    A Petrobras reduzirá seus preços de venda de diesel A para as distribuidoras a partir de amanhã, 18/04. O preço passará a ser, em média, de R$ 3,43 por litro, uma redução de R$ 0,12 por litro.

    Considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para composição do diesel B vendido nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará a ser de R$ 2,95 /litro, uma redução de R$ 0,10 a cada litro de diesel B.

    Com o reajuste anunciado, a Petrobras reduziu, desde dezembro de 2022, os preços de diesel para as distribuidoras em R$ 1,06 / litro, uma redução de 23,6%. Considerando a inflação do período, esta redução é de R$ 1,59/ litro ou 31,7%.

    Transparência

    De forma a contribuir para a transparência de preços e melhor compreensão da sociedade, a Petrobras publica em seu site informações referentes à formação e composição dos preços de combustíveis ao consumidor.

     

  • Combustíveis têm queda de preços na primeira quinzena de abril, puxados por redução no valor do diesel

    Combustíveis têm queda de preços na primeira quinzena de abril, puxados por redução no valor do diesel

    Todos os combustíveis comercializados nos postos brasileiros apresentaram queda nos preços médios na primeira quinzena de abril, segundo dados do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL), que monitora 21 mil postos em todo o país. O destaque foi o diesel, que registrou a maior retração entre os combustíveis, influenciado pelo reajuste anunciado pela Petrobras nas refinarias a partir de 1º de abril.

    O preço médio do diesel comum caiu 1,38%, ficando em R$ 6,42 o litro. Já o diesel S-10 apresentou queda de 1,37%, com média de R$ 6,48. Segundo o diretor de Rede, Operações e Transformação da Edenred Mobilidade, Renato Mascarenhas, as reduções são mais intensas do que as registradas em março, refletindo diretamente o ajuste feito pela estatal. Desde dezembro, o combustível vinha apresentando seguidas altas.

    A gasolina, que acumulava seis meses consecutivos de aumento, também voltou a cair, recuando 0,46% e chegando a R$ 6,46 o litro na média nacional. O etanol seguiu a tendência de baixa, com leve queda de 0,44% e valor médio de R$ 4,48. Mascarenhas avaliou que a retração representa um leve alívio para os motoristas e pode ser reflexo de medidas em discussão para tornar os combustíveis mais acessíveis.

    No recorte regional, São Paulo teve o menor preço médio da gasolina, a R$ 6,25, mesmo após uma pequena queda de 0,32%. O Acre segue liderando com o maior preço do país para o combustível, a R$ 7,60 o litro, apesar de uma redução de 0,52% no período.

    No caso do etanol, a maior alta ocorreu no Piauí, com avanço de 3,04% e preço médio de R$ 5,09. Já Goiás registrou a maior queda, de 4,44%, reduzindo o valor para R$ 4,30 o litro.

    Para o diesel comum, o Acre manteve o maior preço médio, a R$ 7,85, mesmo com aumento de 0,13%. A maior queda foi registrada em Rondônia, com retração de 4,43% e valor de R$ 6,90. O menor preço do país para o diesel comum foi encontrado no Paraná, a R$ 6,24. Já o diesel S-10 mais barato foi registrado em Pernambuco, com média de R$ 6,23, após recuo de 2,5%, a maior redução nacional para esse tipo de combustível.

  • Petrobras registra lucro de R$ 36,6 bilhões em 2024

    Petrobras registra lucro de R$ 36,6 bilhões em 2024

    A Petrobras teve um lucro líquido de R$ 36,6 bilhões (US$ 7,5 bilhões) em 2024. O relatório de desempenho, que traz os resultados anuais da estatal, foi divulgado nesta quarta-feira (26).

    O lucro é menor se comparado ao de 2023, quando a companhia registrou o resultado líquido de R$ 124,6 bilhões (US$ 24,9 bilhões). A variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior foi o principal fator de impacto.

    No 4º trimestre de 2024, a companhia teve prejuízo de R$ 17 bilhões (US$ 2,8 bilhões). A Petrobras diz que, se forem expurgados os eventos exclusivos, o lucro líquido do 4º trimestre seria de R$ 17,7 bilhões (US$ 3,1 bilhões).

    A presidente da companhia, Magda Chambriard, destacou o que considera os principais pontos positivos do balanço de 2024.

    “O excelente resultado operacional e financeiro de 2024 demonstra, mais uma vez, a capacidade da nossa empresa de gerar valores que são revertidos para a sociedade e para os nossos investidores. Destaco a geração operacional de US$ 38 bilhões e a dívida financeira de US$ 23 bilhões, o menor nível desde 2008”, disse Magda Chambriard.

    O diretor financeiro da Petrobras, Fernando Melgarej, disse que, apesar dos chamados “eventos exclusivos” (transação tributária, variação cambial, entre outros) terem impactado o lucro líquido, não tiveram efeito no caixa da companhia.

    Sem os efeitos dos eventos exclusivos, o lucro líquido seria de R$ 103 bilhões (US$ 19,4 bilhões) no ano.

    “O resultado da Petrobras em 2024 foi impactado principalmente por um item de natureza contábil: a variação cambial em dívidas entre a Petrobras e suas subsidiárias no exterior. São operações financeiras entre empresas do mesmo grupo, que geram efeitos opostos que ao final se equilibram economicamente. Isso porque a variação cambial nestas transações entra no resultado líquido da holding no Brasil e impactou negativamente o lucro de 2024. Ao mesmo tempo, houve impacto positivo direto no patrimônio”, explica o diretor.

    Os quatros principais fatores de redução do lucro foram, portanto: variação cambial (- US$ 10,9 bilhões); desvalorização do Brent e do crackspread do diesel (- US$ 6,5 bilhões); transição tributária federal (- US$ 2,7 bilhões); e volume de produção de petróleo (- US$ 0,8 bilhão).

    A adesão da Petrobras ao edital de contencioso tributário aconteceu em junho de 2024. Segundo a companhia, a decisão possibilitou o encerramento de relevantes disputas judiciais que envolviam afretamentos de embarcações ou plataformas e respectivos contratos de prestação de serviços.

    Houve ainda variação do preço do Brent e da redução de 40% do crackspread de diesel (diferença do preço médio do diesel no mercado mundial em relação ao do petróleo) em relação a 2023.

    A Petrobras diz que a instabilidade é para todo o mercado, uma vez que grandes refinadoras globais foram impactadas por menores margens internacionais de diesel e tiveram redução de Ebitda no segmento de refino e comercialização.

    Outros números

    A Petrobras investiu R$ 91 bilhões (US$ 16,6 bilhões) em projetos durante o ano de 2024. Segundo a companhia, a realização acima da projeção (guidance) não representa um custo adicional e sim uma antecipação, uma vez que foi reduzido o gap entre a evolução física e financeira das plataformas em Búzios.

    A companhia pagou R$ 102,6 bilhões em dividendos no ano passado. Em 2024, foram pagos R$ 270 bilhões em tributos aos cofres públicos, o segundo maior em 10 anos.

    Do montante total de dividendos pagos em 2024, R$ 37,9 bilhões correspondem à parcela do governo brasileiro (União + BNDES). Adicionalmente, foram destinados R$ 1 bilhão em investimentos socioambientais voluntários e obrigatórios, patrocínios e doações.

    Em 2024, a produção total de óleo e gás natural foi de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed). Novos recordes anuais de produção total própria e operada foram alcançados no pré-sal, com 2,2 milhões de boed e 3,2 milhões de boed, respectivamente.

    A companhia alcançou índice de reposição de reservas (IRR) de 154% e relação reservas produção (R/P) de 13,2 anos. Dois novos sistemas de produção entraram em operação (FPSO Maria Quitéria e FPSO Marechal Duque de Caxias) e navio-plataforma Sepetiba atingiu o topo de produção.

    O fator de utilização total (FUT) em 2024 foi de 93%, a maior utilização do parque de refino dos últimos dez anos considerando as refinarias atuais da Petrobras.

    Foram registrados recordes de produção de gasolina (420 mil bpd) e diesel S-10 (452 mil bpd). O diesel produzido pela Petrobras em 2024 é suficiente para abastecer quase 1,5 milhão de caminhões.

    Ainda em 2024, foram iniciadas as operações comerciais da UPGN do Complexo de Energias Boaventura e da unidade de SNOx da RNEST. No refino, foi alcançado o melhor valor histórico do Indicador de Emissões de Gases do Efeito Estufa – IGEE-Refino (36,2 kgCO2e/CWT).

  • Mistura de biodiesel no diesel é mantida em 14% para conter inflação

    Mistura de biodiesel no diesel é mantida em 14% para conter inflação

    O percentual de biodiesel misturado ao óleo diesel ficará em 14% para conter a alta no preço dos alimentos, decidiu nesta terça-feira (18) o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). O percentual subiria para 15% em 1º de março.

    Embora a maior parte do biodiesel no país tenha origem na soja, produto majoritariamente exportado e pouco consumido pelos brasileiros, a decisão ajuda a segurar o preço dos alimentos. Isso porque a elevação da mistura para 15% encareceria o combustível, usado no transporte de cargas, com impacto no preço da comida. Atualmente, o óleo diesel representa 35% do valor do frete.

    “O preço dos alimentos é a grande prioridade do nosso governo. Considerando a necessidade de buscarmos todos os mecanismos para que o preço seja mais barato na gôndola do supermercado, mantemos a mistura em B14 [teor de 14% de biodiesel] até que tenhamos resultados no preço dos alimentos da população, já que boa parte da produção do biodiesel vem da soja”, afirmou, em nota, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira.

    Apesar de ser menos poluente e renovável, o biodiesel é mais caro que o diesel, combustível fóssil. Quanto maior o teor de biodiesel no diesel, mais alto fica o preço na bomba.

    Caso o percentual de mistura subisse, o diesel teria o segundo aumento em um mês. No fim de janeiro, a Petrobras elevou o preço do combustível para as distribuidoras em R$ 0,22 para diminuir a defasagem em relação ao preço internacional.

    O biodiesel, que é adicionado ao diesel fóssil, esteve em trajetória de alta nas últimas semanas.

    Sancionada em outubro de 2024, a Lei Combustível do Futuro estabelece que a parcela de biodiesel varie de 13% a 25%. No entanto, a adição é obrigatória desde 2008, como política nacional para reduzir o nível de poluição do transporte de cargas.

  • Etanol e Diesel têm reajustes significativos em Mato Grosso em dezembro

    Etanol e Diesel têm reajustes significativos em Mato Grosso em dezembro

    Mato Grosso registrou aumentos nos preços dos combustíveis em dezembro, com destaque para o etanol e o diesel, de acordo com o Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Apesar de continuar apresentando o menor preço regional para o etanol, o estado teve reajustes em todas as categorias de combustíveis na comparação entre o final de novembro e a primeira quinzena de dezembro.

    Etanol: Maior alta do período

    O etanol foi o combustível com maior aumento percentual, registrando uma majoração de 2,22%. O preço médio passou de R$ 4,050 para R$ 4,140 por litro, consolidando o maior reajuste observado para este biocombustível no Centro-Oeste durante o período. Ainda assim, a região continua oferecendo o etanol mais barato do país, empatada com o Sudeste, onde o litro é comercializado a R$ 4,18, após aumento médio de 1,46%.

    Diesel: Pequeno aumento, impacto significativo

    O diesel também apresentou alta em Mato Grosso. O tipo comum teve reajuste de 0,47%, elevando o preço médio de R$ 6,360 para R$ 6,390. Já o diesel S-10 ficou 0,47% mais caro, atingindo médias de R$ 6,460. No cenário regional, o preço médio do diesel no Centro-Oeste foi de R$ 6,21 para o tipo comum e R$ 6,34 para o S-10, representando aumentos de 0,49% e 0,63%, respectivamente.

    Gasolina: Reajuste menor em Mato Grosso

    O litro da gasolina em Mato Grosso também subiu, mas em um ritmo mais moderado. O preço médio passou de R$ 6,440 para R$ 6,460, uma alta de 0,31%. No entanto, a região Centro-Oeste se destacou ao ser a única do Brasil a registrar uma queda de 0,16% no preço médio da gasolina, indo para R$ 6,28, em contraste com o aumento observado em outras regiões do país.

    Vantagens econômicas do Etanol no Centro-Oeste

    Apesar dos reajustes, o etanol continua sendo financeiramente mais vantajoso em relação à gasolina nos três estados do Centro-Oeste e no Distrito Federal. Segundo Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, “Mesmo após apresentar o maior aumento entre as regiões no preço do etanol, o Centro-Oeste continua comercializando o biocombustível mais barato do País. Além disso, a região foi a única a registrar, neste início de mês, uma queda no preço da gasolina, embora pequena, contrariando a tendência de alta observada nas demais regiões brasileiras.”

    Perspectiva nacional e impactos locais

    Os ajustes nos preços refletem não apenas as dinâmicas do mercado interno, mas também fatores externos que influenciam os custos de produção e distribuição de combustíveis no Brasil. Mato Grosso, com sua forte produção agrícola e dependência do transporte rodoviário, sente de forma direta os impactos dessas variações, especialmente no diesel, essencial para o setor logístico.

    Com o novo cenário, consumidores devem redobrar a atenção ao avaliar qual combustível oferece a melhor relação custo-benefício, considerando a crescente competitividade do etanol na região.

  • Etanol registra queda de preço em Mato Grosso, enquanto gasolina e diesel sobem no Centro-Oeste

    Etanol registra queda de preço em Mato Grosso, enquanto gasolina e diesel sobem no Centro-Oeste

    Mato Grosso se destacou como o estado com o etanol mais barato do Brasil, segundo o Índice de Preços Ticket Log (IPTL) referente à primeira quinzena de outubro de 2023. O litro do biocombustível foi encontrado a R$ 3,91, após uma redução de 1,76% em comparação ao mês anterior. A análise também revelou que o preço do etanol na região Centro-Oeste, em média, caiu 0,97%, chegando a R$ 4,07.

    Por outro lado, os preços da gasolina e do diesel registraram aumentos na mesma região. O litro da gasolina subiu para R$ 6,28, com uma alta de 0,16%, enquanto o diesel comum teve um acréscimo de 0,33%, sendo vendido a R$ 6,14. Já o diesel S-10 registrou uma leve queda de 0,16%, com o preço médio de R$ 6,25.

    De acordo com Douglas Pina, diretor-geral de Mobilidade da Edenred Brasil, Mato Grosso lidera nacionalmente no preço mais baixo do etanol, e a vantagem econômica em relação à gasolina se mantém tanto no estado quanto em outros locais da região Centro-Oeste. “Mato Grosso segue se destacando pelo etanol mais acessível, o que o torna uma opção viável em comparação à gasolina em toda a região”, afirmou Pina.

    Variação nos preços ao longo de outubro em Mato Grosso

    COMBUSTIVEL
    Pedro França/Agência Senado

    A queda no preço do etanol em Mato Grosso já havia sido notada nas primeiras semanas de outubro. Em cidades como Várzea Grande, o litro chegou a ser vendido por R$ 3,27, enquanto em Cuiabá o valor variou entre R$ 3,37 e R$ 3,39, tornando-se um dos preços mais baixos do ano para o biocombustível.

    Combustíveis em outras regiões do Brasil

    No cenário nacional, a gasolina manteve certa estabilidade, com o preço médio em torno de R$ 6,26, o mesmo registrado em setembro. O etanol, por sua vez, teve uma queda de 0,71% no Brasil, com preço médio de R$ 4,20. Embora o preço da gasolina tenha se mantido estável em muitas regiões, estados como Acre e Roraima registraram valores superiores a R$ 7 por litro.

    A região Centro-Oeste, apesar de ter apresentado os menores preços de etanol, também registrou um dos maiores aumentos no preço da gasolina, com alta de 0,16%, elevando o valor médio para R$ 6,28. Na região Nordeste, o preço da gasolina caiu 0,31%, chegando a R$ 6,35, enquanto o etanol teve uma redução de 1,46%, sendo vendido a R$ 4,73.

    Em Mato Grosso, o etanol continua sendo uma opção mais barata e vantajosa em relação à gasolina, graças à recente queda nos preços. Com isso, o estado se consolida como líder na oferta de biocombustível mais acessível do Brasil, garantindo um alívio para os consumidores no cenário de combustíveis em constante variação.

  • ANP cria grupo de trabalho para descontinuidade do diesel S500 e do S1800 de uso não rodoviário

    ANP cria grupo de trabalho para descontinuidade do diesel S500 e do S1800 de uso não rodoviário

    A ANP (Agência Nacional do Petróleo) instituiu grupo de trabalho para elaboração de proposta de plano e cronograma de descontinuidade do óleo diesel S500 e do óleo diesel S1800 de uso não rodoviário e sua substituição pelo óleo diesel S10, de baixo teor de enxofre. A portaria de criação do grupo foi publicada na edição de 30/7 do Diário Oficial da União.

    O grupo de trabalho é composto por representantes da Superintendência de Biocombustíveis e Qualidade de Produtos, que o coordenará; e das superintendências de Defesa da Concorrência, de Produção de Combustíveis e de Distribuição e Logística.

    Está prevista a participação, no grupo de trabalho, de agentes econômicos afetados na elaboração do plano e cronograma de descontinuidade a ser elaborado, bem como de representantes de outras unidades organizacionais da ANP, de órgãos da administração pública federal ou estadual e de entidades do setor privado.

    O grupo de trabalho terá duração de até seis meses, a contar de 31/07/2024, data de entrada em vigor da Resolução ANP nº 968/2024. Essa norma estabelece as especificações dos óleos diesel destinados a veículos ou equipamentos dotados de motores do ciclo Diesel e as obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos que comercializam o produto em território nacional.

    Uma das determinações da Resolução ANP nº 968/2024 é a descontinuidade do óleo diesel S500 de uso rodoviário e do S1800 de uso não rodoviário, com sua substituição pelo óleo diesel S10, de baixo teor de enxofre.

  • Preços do diesel S10 aumentam quase quatro vezes mais que a inflação em 12 meses

    Preços do diesel S10 aumentam quase quatro vezes mais que a inflação em 12 meses

    Os preços do diesel S10, o combustível mais comercializado no Brasil, registraram um aumento significativo nos últimos 12 meses, superando em quase quatro vezes a inflação do período. De acordo com uma pesquisa realizada pela ValeCard, empresa especializada em meios de pagamento e soluções de mobilidade, o preço médio do diesel S10 em junho de 2024 foi de R$ 6,158 por litro, uma alta de 15,5% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

    Durante o mesmo período, a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi de 4,23%, conforme dados da ValeCard. Este aumento expressivo nos preços do diesel reflete, entre outros fatores, uma política de reoneração tributária adotada por diversas unidades da federação.

    Impacto da reoneração tributária

    Segundo o economista Benito Salomão, professor do Instituto de Economia e Relações Internacionais da Universidade Federal de Uberlândia, que participou da pesquisa da ValeCard, os preços do diesel foram impactados pela retomada da cobrança de impostos estaduais que haviam sido zerados em 2021 e 2022. “Diversas unidades da federação, buscando equilibrar suas contas, retomaram a cobrança desses impostos”, afirmou Salomão.

    Apesar do aumento anual, o preço médio do diesel S10 em junho ficou 0,37% abaixo do registrado em janeiro de 2024. No acumulado de janeiro a junho, o IPCA registrou uma alta de 2,49%. A estabilidade relativa dos preços do diesel S10 neste ano ocorre num contexto em que a Petrobras, principal fornecedora do combustível no Brasil, manteve o preço médio do diesel vendido por suas refinarias a distribuidoras sem ajustes significativos.

    Além da estratégia comercial da Petrobras, os preços nos postos são influenciados por outros fatores, como a participação de refinarias privadas, importações, misturas de biocombustíveis, margens de distribuição e revenda, e a carga tributária.

    Em comparação, a gasolina teve um preço médio de R$ 6,034 por litro em junho, representando uma alta de 4,10% em relação a janeiro de 2024 e um aumento de 9,8% em comparação com junho de 2023. Já o etanol hidratado, concorrente direto da gasolina, apresentou um preço médio de R$ 3,969 por litro em junho, com um aumento de 10,45% desde janeiro de 2024 e um crescimento de 4,03% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

    O aumento acentuado nos preços do diesel S10 destaca as complexidades do mercado de combustíveis no Brasil, onde fatores como políticas tributárias, estratégias de fornecimento da Petrobras e variáveis do mercado global desempenham papéis cruciais. A pesquisa da ValeCard sublinha a necessidade de monitoramento constante das condições de mercado e das políticas públicas para entender melhor as dinâmicas que afetam o consumidor final.

  • Etanol de MT dispara e lidera alta no país: entenda os motivos e compare com outros estados

    Etanol de MT dispara e lidera alta no país: entenda os motivos e compare com outros estados

    O preço do etanol em Mato Grosso subiu 7,11% em abril, se tornando o maior aumento do país. Apesar disso, o estado ainda tem o etanol mais barato, com a média de R$ 3,700 o litro. A gasolina também subiu em todo o país, com alta de 0,86% e média de R$ 5,996 o litro. O diesel teve um aumento mínimo, de 0,15%, com a média nacional de R$ 6,176 o litro.

    Os dados são da ValeCard, empresa especializada em soluções de meios de pagamento, e mostram que, na passagem de março para abril, o preço médio do litro do etanol hidratado em Mato Grosso passou de R$ 3,455 para R$ 3,700. Nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, que concentram a maior demanda pelo biocombustível no estado, os preços de bomba variam entre R$ 3,55 e R$ 3,59 o litro.

    Comparação com outros estados:

    No cenário nacional, o preço médio do etanol hidratado nos postos de combustíveis apresentou um aumento expressivo de 4,93% em abril, com valor médio de R$ 3,912 – variação positiva de R$ 0,184 em relação a março.

    Os estados que registraram as maiores altas foram Rondônia (14,50%), Distrito Federal (9,28%) e Mato Grosso (7,11%). Na outra ponta, com o grande aumento apresentado nos últimos 30 dias, Rondônia subiu para o primeiro lugar entre os estados com etanol mais caro, com a média de R$ 4,638 o litro.

    Fatores que influenciam o preço:

    Segundo especialistas, diversos fatores podem influenciar o preço do etanol, como:

    • Safra da cana-de-açúcar: A época do ano e as condições climáticas impactam diretamente na quantidade de cana-de-açúcar disponível para moagem, influenciando o preço do etanol.
    • Demanda por combustíveis: O aumento na demanda por combustíveis, seja pelo etanol ou pela gasolina, também pode pressionar os preços para cima.
    • Preço do petróleo: O preço do petróleo no mercado internacional também influencia o valor do etanol, já que este pode ser utilizado como matéria-prima para a produção do biocombustível.
    • Políticas governamentais: As políticas governamentais, como impostos e subsídios, também podem ter impacto no preço final do etanol.

    Etanol x gasolina: quando vale a pena?

    Para saber se o etanol compensa financeiramente em relação à gasolina, é importante considerar o preço do litro de cada um dos combustíveis, além do consumo específico do veículo.

    Em geral, o etanol vale a pena quando seu preço é inferior a 70% do preço da gasolina. Segundo a ValeCard, em abril de 2024, o etanol era a melhor opção para abastecer em 20 estados brasileiros.

    Expectativas para o futuro:

    Especialistas preveem que o preço do etanol deve se estabilizar ou até mesmo recuar ao longo do segundo semestre de 2024, devido ao aumento da oferta nas usinas, favorecido pelo clima atípico que beneficiou a safra da cana-de-açúcar.

    Dicas para economizar:

    • Compare preços: Antes de abastecer, compare os preços do etanol em diferentes postos de combustíveis.
    • Abasteça com moderação: Evite encher o tanque até a borda, pois isso pode levar ao desperdício de et
  • Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    O percentual da mistura de biodiesel no diesel, a partir desta sexta-feira (1º), aumentou de 12% para 14%, o B14. O biodiesel é produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, e é considerado uma alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para transição energética. O diesel é usado por veículos rodoviário de cargas, como caminhões; transporte coletivo (ônibus) e modelos off-road, como picapes.

    A decisão de antecipar o cronograma de aumento da mistura de biodiesel foi tomada em dezembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A previsão era de que o índice fosse alcançado apenas em 2025.

    À época, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que a medida deve evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação do combustível fóssil.

    Além da descarbonização, o modelo traz ganho para segurança energética brasileira, pois economiza a importação de 2 bilhões de litros de diesel, aponta o Ministério de Minas e Energia (MME).

    Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é também beneficia os produtores agrícolas de diferentes portes. “Fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel”.

    O Ministério de Minas e Energia estima que, para garantir o aumento do biodiesel, a demanda de matéria-prima deve subir, sobretudo da soja, cerca de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.

    A pasta também projeta que os gastos com importação do derivado fóssil podem ser reduzidos em R$ 7,2 bilhões e as usinas instaladas devem recuperar a capacidade produtiva ociosa.

    A próxima alteração no percentual de mistura do biodiesel será em 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15).

    Edição: Aline Leal

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