Tag: Dia Mundial da Água

  • Centenas de pessoas participaram das Atividades de encerramento do Dia Mundial da Água no Parque das Águas

    Centenas de pessoas participaram das Atividades de encerramento do Dia Mundial da Água no Parque das Águas

    As atividades com foco na conscientização da importância da água e o uso adequado para preservação deste recurso essencial, foram finalizadas neste sábado, dia 22 de março, data que se celebra o Dia Mundial da Água. As ações, organizadas pela secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), por meio da Superintendência de Educação Ambiental e prefeitura de Cuiabá, ocorreram durante todo o mês de março e se encerrou com uma programação educativa, cultural e recreativa no Parque das Águas, em Cuiabá.

    A programação da tarde de sábado envolveu público de diferentes idades que participaram das oficinas de terrário e aproveitamento de biolodo, pintura livre, mosaico de água, arborização urbana, distribuição de muda, jogo trilha legal do tuiuiú e apresentações culturais. A Águas Cuiabá apresentou equipamentos para análise de água e uma visita virtual à ETA, permitindo que os participantes conheçam de forma interativa o processo de tratamento de água.

    “Nosso objetivo é acessar as pessoas conscientizando sobre a preservação desse recurso tão essencial para vida. O evento foi um sucesso e demonstrou o quanto as crianças se sentiram inspiradas a projetar um futuro mais sustentável, garantindo água para as próximas gerações”, destacou a secretaria de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti.

    A oficina de terrário foi organizada pela Sema usando cactos e suculentas para a produção. Já de a biolodo, que é o plantio de mudas em cano, foi oferecida pelas Águas Cuiabá, parceira do evento, que disponibilizou 250 vasos como forma de reaproveitar os canos que sobram em reparos ou manutenção da rede coletora de esgotos.

    A professora de geografia Silvia Gomes, que faz mestrado em Recursos Hídricos, prestigiou o evento e participou da oficina de biolodo. “Achei muito interessante esta montagem, eu ainda não conhecia. Estou sempre participando de oficinas mas nunca tinha visto a plantação em tubos”.

    A Servidora pública Juliana Martini levou a filha de 10 anos para participar da oficina de terrário. A pequena  aproveitou a oportunidade para adquirir conhecimentos de meio ambiente no jogo trilhas do Tuiuiu.

    “Foi muito bom participar desta oficina com minha filha, essa conexão com a natureza é magnifica, uma terapia mexer com a terra. É a primeira vez que monto minha própria plantinha, sempre pegava muda já pronta e essa construção foi muito legal. A vivencia é a melhor educação para criança, se a gente quer que elas valorizem os recursos naturais elas têm que vivenciar e participar destas experiências”.

    O Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), também parceiro do evento distribuiu por meio do projeto Verde Novo cerca de 500 mudas frutíferas para a população. Entre as espécies estão amora, caju, acerola, graviola, pitanga, pitomba e tamarindo, além de ipê roxo e amarelo.

    O evento foi encerrado com a apresentação cultural do grupo Tibanaré.

    Concurso de Desenhos Água Viva

    Durante o evento foi anunciado os ganhadores do concurso de desenhos Água Viva. Os primeiros lugares ganharam como prêmios bicicletas, troféu, headphone, headset, caixa de som e kit de pintura. Os 12 trabalhos finalistas do concurso estavam expostos para apreciação do público. O concurso de desenho envolveu as escolas municipais e os ganhadores foram escolhidos por votação popular com mais de 6 mil votos registrados.

    A ganhadora do grupo I, Lorenna Luisa dos Santos, aluna do 5º ano da Emeb Professora Tereza Lobo, comemorou ter seu trabalho escolhido pela população.  Ela transmitiu por meio de seu desenho, feito no formato de história em quadrinhos, como usar de forma responsável a água, sem desperdício para a conservação.

    O secretário adjunto de Meio Ambiente de Cuiabá, Valdinir Piazza Topanotti, destacou a importância do evento para conscientização e despertar para novas práticas, com mudanças que possam beneficiar o meio ambiente. “Atitudes simples, como descartar o lixo corretamente, não desperdiçar água, reaproveitar materiais ao invés de lança-los fora, cada um fazendo sua parte. Pensar em água tem que pensar em arborização, conservação de Área de Preservação Permanente, recuperação de nascente”.

    O evento foi prestigiado pelo prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini.

    Ações do Dia Mundial do Meio Ambiente

    As comemorações no sábado, Dia Mundial da Água, se iniciaram no Museu de História Natural de Mato Grosso, com visita guiada ao museu, oficinas Trilha de Observação, Poesia-Rio Cuiabá, Balsa Ecológica, Chalana com análise de água e uma visita virtual à Estação de Tratamento de Água (ETA) por meio de óculos 3D.

    Na sexta (21.3) teve o encerramento da campanha “Óleo na pia não”, sobre o descarte adequado de óleo de cozinha,  realizada na Escola Estadual Djalma Ferreira de Souza, com apresentações culturais de teatro, música, dança e exposição de desenho sobre a água e experimento científico feitos por alunos da 6ª série. A escola arrecadou 80 litros de óleo durante 3 semanas da campanha, que serão usados para a confecção de sabão para a instituição de ensino.

    Parceria

    O evento contou com a parceria da Águas Cuiabá e Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) e apoio das Secretarias Municipais de Educação, e a de Cultura, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), do Instituto Federal de Educação Tecnológica (IFET), grupo de Escoteiro Fhilippe Lande, Museu de História Natural de Mato Grosso, Pantanal Shopping, Âmbito Ambiental, Água Mineral Natural Buritti, Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado de Mato Grosso (Crea-MT) e deputado federal José Medeiros.

  • Unicef: 2,8 milhões de crianças não têm acesso adequado à água no país

    Unicef: 2,8 milhões de crianças não têm acesso adequado à água no país

    No Dia Mundial da Água, comemorado hoje (22), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alerta que 2,8 milhões de crianças vivem sem acesso adequado à água no Brasil, em especial nas áreas rurais. Os dados são do estudo Pobreza Multidimensional na Infância e Adolescência no Brasil, publicado em janeiro e dizem respeito ao período de 2019 a 2023.

    O levantamento foi feito com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC) Anual. Apesar de o número de crianças e adolescentes sem acesso à água ter diminuído 31,5% no período, cerca de 1,5 milhão no país ainda vivem em situação mais extrema, morando em residências sem água canalizada.

    De acordo com o Unicef, 1,2 milhão conseguem acessar água canalizada apenas no terreno ou na área externa da residência.

    Nas áreas urbanas, cerca de 2,4% das crianças e adolescente brasileiros sofrem sem acesso adequado à água. Já nas áreas rurais esse número cresce para 21,2%.

    De acordo com o estudo, o Acre é o estado em situação extrema, onde 12,7% das crianças e adolescentes vivem em locais sem acesso à água canalizada. Em seguida, vem a Paraíba, onde 12,2% vivem na mesma situação; o Amazonas, que possui 11,3% das crianças e adolescentes sem acesso à água canalizada. O Pará, com 9,8% e Alagoas com 9,1% completa a lista dos cinco estados em situação mais crítica.

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    Crianças e adolescentes brasileiros vivem privadas de níveis adequado de acesso ao saneamento básico. Foto: Agência Brasil/EBC

     

    O Unicef aponta ainda que 19,6 milhões de crianças e adolescentes brasileiros vivem privadas de níveis adequado de acesso ao saneamento básico, o que representa 38% do total desse público no país.

    Nas áreas urbanas o percentual de crianças e adolescentes sem acesso ao saneamento básico ficou em 28%, enquanto que nas áreas rurais subiu para 92%.

    O Acre novamente foi apontado como o estado com situação mais preocupante. Lá 31,5 % vivem em moradias sem acesso ao saneamento básico. Depois vem o Amazonas, onde 23,5% das crianças e adolescentes estão na mesma situação. O Maranhão aparece na terceira posição, com 19,8%; o Para, com 16,9% vem em quarto e o Piauí, com 13,7 % completa o quinto lugar dos estados com situação extrema de falta de acesso ao saneamento básico.

    “As análises regionais revelam desigualdades persistentes, com estados das regiões Norte e Nordeste apresentando as maiores taxas de privação. Em alguns desses estados, mais de 80% das crianças ainda vivem em condições de privação de direitos básicos, o que destaca a necessidade de políticas específicas que abordem as peculiaridades e os desafios dessas áreas”, diz o estudo.

    O Unicef disse ainda que, diante desse cenário, realizou ações que beneficiaram, em 2024, mais de 250 mil pessoas em oito estados brasileiros, incluindo cerca de 75 mil crianças e adolescentes.

    As iniciativas foram voltadas para escolas, unidades de saúde, comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas nos estados do Pará, Amazonas, Amapá, Bahia, Pernambuco, Maranhão, Roraima e Rio Grande do Sul.

    “Nosso trabalho é voltado para fortalecer as políticas públicas de acesso a água e ao saneamento, para que cada criança e adolescente no Brasil tenha esse direito garantido”, disse Rodrigo Resende, Oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil.

    Segundo Resende, sem água potável e saneamento seguro, a saúde, a alimentação, a educação e outros direitos das crianças ficam comprometidos.

    “Por isso, o Unicef atua com foco nas comunidades mais vulnerabilidades e pôde alcançar tantas pessoas em 2024, em diferentes partes do país, com nossas estratégias..

  • Voluntários retiram mais de 600 kg de resíduos da Baía de Guanabara

    Voluntários retiram mais de 600 kg de resíduos da Baía de Guanabara

    Mais de 600 quilos (kg) de resíduos foram recolhidos, neste sábado (22), em áreas da Baía de Guanabara por voluntários que participaram do Clean Up Bay, em celebração ao Dia Mundial da Água.

    A iniciativa está em sua quarta edição e é organizada pela Rede de Conservação Águas da Guanabara (Redagua), que reúne projetos que contam com a parceria da Petrobras, por meio do Programa Petrobras Socioambiental (PPSA).

    “Mutirões de limpeza não são apenas sobre coleta de resíduos, mas sobre fortalecer a cultura oceânica, conscientizando a população sobre os impactos do lixo nos ecossistemas. Cada pessoa aqui pode ser um agente de mudança, reduzindo sua geração de lixo, se engajando com ações ambientais e tornando suas escolhas mais sustentáveis”, destacou o gerente de Projetos Ambientais da Petrobras, Gregório Araújo.

    De acordo com ele, cerca de 1 mil voluntários trabalharam em seis pontos do entorno da baía, na Praia do Flamengo, na capital fluminense, São Gonçalo (Praia das Pedrinhas), Cachoeiras de Macacu (Poço do Valério), Niterói (Charitas), Tanguá (Rio Caceribu) e Maricá (Praia do Recanto).

    Participação

    Além da coleta, triagem, pesagem e categorização dos resíduos, os 11 projetos, junto com a Petrobras, organizaram um circuito com atividades de educação ambiental, que, para Araújo, transformou a sensibilização ambiental em uma experiência envolvente para todas as idades. Só na Praia do Flamengo, foram 400 participantes, desde crianças pequenas, adolescentes, até adultos e idosos.

    Rio de Janeiro (RJ), 22/03/2025 – No Dia Mundial da Água, o Clean Up Bay une voluntários para limpeza da praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
    No Dia Mundial da Água, o Clean Up Bay une voluntários para limpeza da praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

    Os resíduos coletados, os que forem possíveis, serão replicados por dois projetos de catadores de material reciclável e os demais serão descartados adequadamente.

    “Os dados levantados ajudarão a identificar os tipos de resíduos que chegam à costa e têm o potencial de orientar a implementação de ações concretas pelo poder público”, explicou Gregório Araújo.

    Entre os projetos socioambientais que fazem parte da Redagua estão Coral Vivo, Guapiaçu, Meros do Brasil e UÇÁ. Nesta edição, além das parcerias com o poder público, outros projetos parceiros da Petrobras, como Aruanã, Cavalos Marinhos, Costão Rochoso, Sigas Maricás e Orla Sem Lixo Transforma, também estiveram presentes.

    Inspirada no Clean Up Day — Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias — a iniciativa tem o objetivo de ampliar os resultados por meio do trabalho em rede, com foco nas regiões que carecem de ações efetivas de coleta de resíduos.

    “Com diversas ações coordenadas e integradas, os projetos da Redagua demonstram que a Baía de Guanabara continua viva e resiliente, mostrando o potencial de recuperação e conservação dessa importante região costeira”, explicou a Petrobras.

    Impacto

    Desde sua primeira edição, em 2022, o Clean Up Bay já contou com a participação de 916 voluntários e recolheu quase três toneladas de resíduos que chegariam ao mar. A maior parte do material recolhido é composta por plásticos.

    Rio de Janeiro (RJ), 22/03/2025 – No Dia Mundial da Água, o Clean Up Bay une voluntários para limpeza da praia do Flamengo, na zona sul do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
    Ação de limpeza pontual se integra às campanhas regulares de limpeza feitas no período de defeso do caranguejo-uçá. Foto: – Tomaz Silva/Agência Brasil

    Essa ação de limpeza pontual se integra às campanhas regulares de limpeza realizadas durante o período de defeso do caranguejo-uçá, conhecidas como ‘Operação LimpaOca’, que proporcionam ainda uma fonte de renda alternativa para catadores e catadoras de caranguejo das regiões de atuação. A organização não-governamental Guardiões do Mar, uma das responsáveis pelo Clean Up Bay por meio do projeto UÇÁ, já retirou 100 toneladas de lixo de ecossistemas costeiros.

    Para garantir a efetividade da ação, também foi oferecida uma capacitação para orientar os voluntários. Entre os temas, o uso adequado dos equipamentos de proteção individual (EPIs), as áreas a serem trabalhadas, a dinâmica da atividade e toda a preparação para o Clean Up Bay ou mesmo para organizarem outras limpezas em suas comunidades.

  • ANA: investimento em alertas de desastres evitam perdas financeiras

    ANA: investimento em alertas de desastres evitam perdas financeiras

    A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) aponta que a cada R$ 1 investido na implementação em áreas urbanas de sistemas de alerta para eventos climáticos extremos, como secas e inundações, pode evitar perdas e custos de até R$ 661, em 8 anos.

    Os dados são do levantamento inédito Avaliação de Custos e Benefícios da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN) – Estudos de Casos, lançado nesta terça-feira (22), neste Dia Mundial da Água . O estudo financiado pela ANA foi desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (IPH/UFRGS).

    De acordo com a agência reguladora, o estudo reforça a importância do monitoramento hidrológico (níveis e vazões de rios e de chuvas) e a necessidade de se aprimorar a atuação da ANA na coordenação da Rede Hidrometeorológica Nacional (RHN). Essa rede fornece dados que permitem conhecer melhor o comportamento da água e do clima no país, por meio do monitoramento de rios e de chuvas em todo o Brasil. Ao todo, são mais de 4,7 mil estações de monitoramento, sendo aproximadamente 1,9 mil estações fluviométricas (medem níveis e/ou vazões de rios) e 2,8 mil estações pluviométricas (medem chuvas).

    Para fazer a análise de custos e benefícios proporcionados, o estudo abordou aspectos gerais do impacto das condições climáticas e hidrológicas em todas as atividades produtivas na sociedade, como produção agrícola e industrial, geração de energia, transportes, infraestrutura e defesa civil e usuários do saneamento básico.

    Os dados e informações da RHN permitiram o mapeamento de áreas inundáveis com os cálculos dos períodos prováveis de retorno das ocorrências de eventos extremos.

    Com o monitoramento, o estudo pretende subsidiar e qualificar a tomada de decisões órgãos e entidades públicas e privadas.

    O estudo revela, porém, que nem todas as perdas decorrentes de eventos extremos podem ser evitadas, pois algumas situações são demasiadamente severas nestes ambientes urbanos.

    Casos

    A publicação traz um levantamento inédito realizado nos municípios Sebastião do Caí e Montenegro, no Rio Grande do Sul, habitualmente, sujeitos a cheias do rio Caí.

    Neste caso, o estudo concluiu que se as informações forem empregadas no planejamento urbano, por exemplo, para restringir ocupações em áreas inundáveis, essas informações poderiam trazer um retorno (em danos e perdas evitadas) de até R$ 14 para cada R$ 1 investido.

    Quando o estudo considera o caso da bacia hidrográfica do Rio Taquari-Antas, na porção nordeste do Rio Grande do Sul, conclui que a cada R$ 1 aplicado no custeio da rede de monitoramento de chuvas e rios locais para produzir os dados de melhor qualidade, os benefícios podem chegar a R$ 106. Neste caso, as informações vindas do sistema de alerta na região podem reduzir os custos decorrentes da garantia física de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) e da geração de energia que a hidrelétrica é capaz de produzir.

    Outro resultado do levantamento aponta que cada R$ 1 investido na RHN para disponibilizar dados ao processo decisório para operação hidrelétrica na bacia do Rio Paraná pode trazer um retorno de R$ 134.

    O levantamento da ANA também evolveu o impacto do planejamento de revitalização de bacias hidrográficas como da área da bacia hidrográfica do Arroio Castelhano, no Rio Grande do Sul, por exemplo, para definir políticas de investimentos de recursos, indicando áreas prioritárias para recebe-los, onde é menor a incerteza de inundações.

    Conclusões

    Para o poder público os dados e informações hidrológicos foram considerados necessários não apenas para o mapeamento de áreas de inundação e de risco, mas sobretudo para a configuração e operação de Sistemas de Alerta e Resposta que irão orientar a Defesa Civil local em ações para proteção da população e do patrimônio. “Quanto melhor a disponibilidade desses dados para o poder público local/regional, maior o conhecimento sobre os riscos de inundação das áreas ocupadas e melhor a capacidade de prever eventos críticos, resultando em maiores danos evitados, menores riscos à vida das pessoas e menores os custos de operação de Sistemas de Alerta e Resposta (Defesa Civil)”, diz o estudo.

    Por fim, o estudo defende os investimentos na implementação e manutenção dos sistemas de alerta da RHN para que governo e a sociedade possam gerir estrategicamente os recursos naturais, especialmente a água, diminuir riscos e custos e garantir a estabilidade e segurança hídrica e crescimento econômico sustentado.

    Edição: Aline Leal

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  • Falta de acesso à água potável atinge 33 milhões de pessoas no Brasil

    Falta de acesso à água potável atinge 33 milhões de pessoas no Brasil

    No Brasil, cerca de 33 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável, segundo dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil. O dado chama a atenção pelo fato de o país abrigar dois dos maiores aquíferos do mundo – o Guarani, localizado no Centro-Sul do país, e o Alter do Chão, na Região Norte.

    A dificuldade de acesso a esse recurso natural abrange diversas regiões do país, segundo a presidente do Trata Brasil, Luana Pretto. “Somos um país muito rico em água doce. Mesmo assim, até mesmo os povos ribeirinhos do Rio Amazonas vivem problemas para terem acesso à água potável”, disse ela à Agência Brasil.

    O Trata Brasil é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que desenvolve ações e estudos visando fomentar o saneamento básico no Brasil. Tendo como mote o Dia Mundial da Água, lembrado nesta sexta-feira (22), a entidade divulgou a 16ª edição do Ranking do Saneamento, levantamento que abrange os 100 municípios mais populosos do país.

    O documento foi elaborado a partir de indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e tem como ano-base 2022. “Em média, 33 milhões de pessoas não têm acesso à água do nosso país. Ou seja, apenas 84,9% da população é hoje abastecida com água potável”, destaca Luana Pretto.

    Segundo o levantamento, dos municípios analisados, apenas 22 têm 100% de abastecimento de água. Os piores resultados foram observados em Porto Velho, com apenas 41,74% da população tendo acesso à água potável, seguido de Ananindeua (PA), com 42,74%; Santarém (PA), com 48,8%; Rio Branco, com 53,5%; e Macapá, com 54,38%.

    “Infelizmente, o saneamento, principalmente na Região Norte, está bastante deficitário, com apenas 64,2% da população tendo acesso à água. Isso acontece porque este é um tema pouco priorizado, pelo fato de [historicamente] se enxergar, ali, tantos volumes de recursos hídricos, o que leva as pessoas a acreditarem que se trata de um bem infinito e fácil de ser obtido”, explica a presidente do Trata Brasil.

    Ela diz que é comum, na região, as pessoas cavarem poços e consumirem a água do rio, sem entender que essa água pode estar contaminada, fora dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde.

    Luana Pretto critica o fato de a população pouco cobrar do poder público avanços no saneamento. Com isso, os governantes acabam não priorizando esse tema e não criam planos de investimentos na área.

    “A Região Norte investe, em saneamento básico, R$ 57 por ano para habitante, quando a média de investimento para a gente atingir a universalização do acesso saneamento seria de R$ 231 anuais por habitante. É um investimento muito aquém do necessário”, acrescenta.

    Também por conta do Dia Mundial da Água, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chama a atenção para um problema: 2,1 milhões de crianças e adolescentes até 19 anos vivem sem acesso adequado à água potável no Brasil.

    Direitos e garantias constitucionais

    A fim de garantir água potável a todos brasileiros, tramita no Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada e promulgada, incluirá a água na lista de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.

    Apresentada em 2018 pelo então senador Jorge Viana (PT-AC), a PEC tramita agora na Câmara e tem como relator o deputado Pedro Campos (PSB-PE). Segundo ele, a PEC 6/2021 é um “passo importantíssimo para garantia do acesso à água para milhões de brasileiros que hoje não têm acesso à água potável e tratada”.

    “Colocar na Constituição a garantia do acesso à água enquanto direito fundamental fortalece todas as políticas públicas que existam na área de saneamento. Inclusive fortalece a demanda pelo Orçamento público, já que obras de saneamento e de abastecimento de água ainda demandam bastante orçamento”, argumenta o relator.

    A expectativa de Campos com relação à tramitação é “muito positiva”. “A gente já conseguiu aprovar na Comissão de Constituição e Justiça e estamos aguardando a montagem da comissão especial que vai avaliar o mérito”, diz o deputado.

    “Como existia mais de uma proposta de PEC apensada, teve então alguma discussão dentro da Comissão de Constituição e Justiça porque alguns dos textos falavam em vedar privatizações e outros assuntos que são mais polêmicos. Mas o texto principal do Senado é um texto bastante sóbrio que traz essa questão do acesso à água potável enquanto direito fundamental. Tenho certeza de que, em uma comissão especial, esse texto teria total possibilidade de ser aprovado”, acrescenta.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

    Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

    A maioria da população brasileira tem uma avaliação negativa sobre o cuidado da água disponível no país. Uma Pesquisa da The Nature Conservancy (TNC) Brasil mostra que 73% dos brasileiros acreditam consideram a água um recurso natural muito utilizado e pouco cuidado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), que é o Dia Mundial da Água.

    A pesquisa A Percepção dos Brasileiros sobre Segurança Hídrica, feita pela The Nature Conservancy Brasil com o apoio técnico do Instituto Ipsos, aponta que 58% da população brasileira está muito preocupada com a falta de água. O consumo excessivo ou desperdício são vistos como os principais responsáveis por este problema na visão de 27% dos entrevistados e as mudanças climáticas aparecem em segundo lugar (21%).

    Entre os entrevistados, pessoas menos escolarizadas atribuem mais a falta de água à escassez de chuvas, enquanto mais escolarizados enfatizam os problemas de gestão. Além disso, 68% da população acredita que evitar o desperdício seja a principal medida que as empresas devem adotar para proteger as nascentes e as bacias hidrográficas.

    O objetivo da pesquisa é identificar o quanto a população brasileira entende a importância da conservação da natureza para garantir a proteção das nascentes e dos rios para a segurança hídrica, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social.

    O levantamento foi realizado pela Ipsos a pedido da The Nature Conservancy Brasil. Foram ouvidas 1.499 pessoas, homens e mulheres maiores de 18 anos das classes ABCDE, de todas as regiões do país, entre os dias 8 e 15 de fevereiro deste ano com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

    Meio ambiente

    Os brasileiros também classificam o meio ambiente como uma atenção prioritária, sendo que dentre questões como por exemplo queimadas, desmatamento, poluição do ar e descarte incorreto do lixo, os eventos climáticos extremos relacionados à água como secas e enchentes são o principal ponto de preocupação, levantado por 83% dos entrevistados.

    O estudo apontou que as populações menos favorecidas indicam menor associação entre problemas ambientais e mudanças climáticas, enquanto os mais privilegiados têm um entendimento mais amplo.

    Soluções

    A recuperação florestal foi apontada por 45% dos ouvidos como medida mais indicada para garantir a segurança das águas, ficando atrás apenas da fiscalização das leis (53%) e dos programas de educação ambiental (50%).

    A gestão integrada dos recursos hídricos entre governos, sociedade civil e empresas é apontada por 43% dos entrevistados como as principais medidas para garantir a segurança hídrica, identificando a necessidade da colaboração para o desenvolvimento de soluções mais ágeis e eficazes.

    Por outro lado, 70% da população entrevistada nunca ouviu falar sobre os comitês de Bacia Hidrográfica. Entre os que conhecem os comitês, 42% não sabem qual é o seu trabalho. Atualmente existem mais de 230 comitês de bacias instituídos no país, sendo responsáveis por promover uma gestão descentralizada em esforços para aprimorar a qualidade da água.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Ambientalistas denunciam degradação dos recursos hídricos do Cerrado

    Ambientalistas denunciam degradação dos recursos hídricos do Cerrado

    Especialistas em recursos hídricos divulgaram, nesta quarta-feira (22), uma carta em defesa das águas do Cerrado brasileiro. O bioma tem sofrido com a diminuição da disponibilidade hídrica e o rebaixamento do lençol freático, com sérios riscos econômicos, sociais e ambientais. Esse foi o diagnóstico apresentado por pesquisadores e produtores rurais durante o Seminário Grito das Águas do Distrito Federal, em Brasília. O documento será enviado à Conferência sobre a Água da Organização da Nações Unidas (ONU) de 2023 e aos poderes públicos brasileiros, nas esferas distrital, estadual e federal.

    As nascentes do Cerrado são de extrema importância, afirmam ambientalistas, porque se conectam às maiores bacias hidrográficas da América do Sul, entre elas as bacias amazônicas e do prata. “Bacias essas que ao longo do território nacional propiciam o abastecimento hídrico, de atividades agropecuárias e industriais e a geração de energia elétrica, impactando a economia nacional e a vida de dezenas de milhões de brasileiros”, explica a Carta endereçada à ONU.

    Distrito Federal

    ]Nesse contexto, o Distrito Federal (DF) foi apontado pelos participantes do seminário como um território de grande relevância por ser considerado berço das águas e a caixa d’água do Brasil. Com seus 5,8 mil quilômetros quadrados, abriga sete bacias hidrográficas: Maranhão, Preto, Corumbá, Descoberto, Paranoá, São Bartolomeu e São Marcos. “As águas do Distrito Federal não podem ser reféns de interesses regionais. São patrimônio de todos os brasileiros, têm relevância continental e internacional”, explica.

    Segundo a coordenadora do seminário, professora Rosângela Correa, o Cerrado é a savana com maior biodiversidade do planeta Terra.

    “No Distrito Federal as águas não podem mais contar histórias. Estão sendo caladas, sufocadas, violentadas, com asfalto, concreto, esgoto”, critica a professora.

    Entre as principais causas para degradação dos recursos hídricos do DF, apontam os pesquisadores, estão a expansão urbana, os grandes projetos imobiliários, os parcelamentos de terra irregulares e a poluição, que criam bolsões de miséria, onde milhares de pessoas vivem sem o acesso a água e ao saneamento.

    Para buscar soluções para os problemas hídricos do Cerrado, foi anunciada no evento a criação de um grupo intersetorial de trabalho para articular estratégias, parcerias, diálogos, inclusive no âmbito internacional, e o encaminhamento de ações que promovam a efetiva proteção das águas da região. Também será inaugurado um calendário de ações para 2023. “Acompanham esta carta propostas inadiáveis, construídas durante os debates e junto com as comunidades das regiões produtoras de água”, conclui a carta endereçada à Conferência da ONU.

    Homenagem no Senado ao Dia Mundial da Água

    A Comissão de Meio Ambiente (CMA) fez, nesta quarta-feira, uma homenagem ao Dia Mundial da Água durante audiência pública com representantes de movimentos sociais, organizações não-governamentais (ONGs), empresas e outros atores relacionados ao acesso social e universal à água potável.

    Na ocasião, o presidente da CMA, senador Fabiano Contarato (PT-ES) falou sobre ações para mitigar a degradação ambiental e dos recursos hídricos. Entre as prioridades estão fiscalização, educação e legislação eficiente.

    Edição: Aline Leal

  • Dia Mundial da Água é celebrado com peça de teatro em Lucas do Rio Verde

    Dia Mundial da Água é celebrado com peça de teatro em Lucas do Rio Verde

    Lucas do Rio Verde teve ação especial sobre o Dia Mundial da Água, que é comemorado em 22 de março. O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, preparou uma atividade teatral para ressaltar a importância dos recursos hídricos para a vida no planeta terra.

    O evento foi realizado de manhã e à tarde, na Câmara de Vereadores, e contou com a participação de centenas de estudantes do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental da rede pública e particular do município.

    A peça “Mudanças de hábitos”, da Companhia de Teatro Cena Um, mostrou de forma lúdica a importância do não desperdício da água, da reciclagem, além dos cuidados com o mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

    “Este ano, a Organização das Nações Unidas intitulou o Dia da Água como Águas subterrâneas: tornando o invisível visível. Estamos bastante felizes em poder conscientizar as crianças, que, na verdade, são o nosso futuro”, declarou a técnica em química do Saae, Sabrina Arens.

    Durante a ação, que fez parte da 17ª Semana da Água, ainda houve a entrega de material informativo sobre o descarte correto do resíduo sólido.

    Atento ao evento, Danilo Almeida, de 10 anos, disse que aprendeu cada lição e garantiu que passará tudo para seus pais. “Nunca devemos desperdiçar água e jogar lixo na rua”, afirmou o estudante do 5º ano.

    As peças de teatro alusivas à conscientização dos estudantes luverdenses seguem nesta quarta (23) e quinta-feira (24), das 8h às 10h e das 14h às 16h, no mesmo local.

    Participam do evento alunos das escolas municipais Vinícius de Moraes, Cecília Meireles, Menino Deus, Eça de Queirós, Caminho Para o Futuro, Cora Coralina, Luiz Carlos Ceconello, São Cristóvão, Fredolino Vieira Barros, Érico Veríssimo, além do Centro Educacional Piaget, Centro Integrado Educar e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

    Na sexta (25), o Saae fará coleta de óleo de cozinha usado e lixo eletrônico na frente da sede administrativa, localizada na rua Catuípe, bairro Rio Verde, a partir das 8h.

    E no domingo (27) haverá o encerramento da Semana da Água com a realização da 11ª Corrida Pela Preservação da Água, na avenida Beira da Mata, às 7h.