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  • Homens ocupam seis em cada dez cargos gerenciais, aponta IBGE

    Homens ocupam seis em cada dez cargos gerenciais, aponta IBGE

    As mulheres são maioria entre os estudantes que estão em vias de concluir o ensino superior, no entanto são minoria em relação a posições de poder. Dados divulgados nesta sexta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram, por exemplo, que apenas 39,3% dos cargos gerenciais no país são ocupados por mulheres.

    As mulheres só são maioria nas gerências e coordenações das áreas de educação (69,4%) e saúde humana e serviços sociais (70%).

    “As mulheres ocupam mais posições de gerência justamente onde elas estão também mais colocadas de uma forma geral, que é na área de educação, na área de saúde e serviços sociais, ou seja, áreas relacionadas a cuidados”, constata a pesquisadora Bárbara Cobo.

    A menor participação feminina é percebida no setor de agricultura, pecuária, engenharia florestal, aquicultura e pesca (15,8%).

    A disparidade é observada não apenas no percentual dos cargos como também na remuneração. O rendimento das executivas femininas é apenas 78,8% dos pagos para os homens.

    Em apenas três áreas, o rendimento feminino supera o masculino: agricultura, pecuária, engenharia florestal, aquicultura e pesca (128,6%), água, esgoto e atividades de resíduos (109,4%) e atividades administrativas e serviços complementares (107,5%).

    São curiosamente atividades em que os homens predominam. “A gente imagina que isso esteja associado a elas estarem entrando nesses setores caracteristicamente ocupados por homens com uma especialização profissional maior, que leve a esse rendimento maior”, explica Bárbara.

    As maiores desigualdades estão nos setores de transporte, armazenagem e correio e de saúde humana e serviços sociais. Nesses setores, os rendimentos das mulheres correspondem a 51,2% e 60,9% dos homens, respectivamente.

    Outros cargos

    As mulheres são minoria também em cargos de poder no serviço público, tanto na política como na Justiça, mostra a pesquisa. Em relação ao parlamento, por exemplo, apenas 17,9% dos deputados federais eram mulheres em novembro de 2023.

    Apesar de apresentar um avanço em relação a setembro de 2020, quando as deputadas federais representavam 14,8% do total, o Brasil ainda está na 133ª posição entre 186 países, no que se refere à participação parlamentar das mulheres.

    Em 2020, somente 12,1% dos municípios elegeram prefeitas – das quais dois terços eram brancas. Do total de parlamentares municipais eleitos naquele ano, 16,1% eram vereadoras.

    Em relação aos ministérios, apenas nove dos 38 cargos com status ministerial eram ocupados por mulheres em novembro de 2023.

    Dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mostram que houve um avanço na parcela de magistradas no país de 1988 (24,6%) para 2022 (40%), mas as mulheres ainda são minoria. Na Justiça estadual, as mulheres são 38%, enquanto no Superior Tribunal de Justiça (STJ) são 23%.

    Educação

    Se, no mercado de trabalho formal, os homens levam vantagem, na educação são as mulheres que mais se destacam.

    Entre os estudantes que estão no último ano da faculdade, 60,3% são mulheres. A maior parte delas está concentrada nos cursos de graduação relacionados à área de bem-estar (91% são mulheres).

    “Elas concluem o ensino superior numa proporção maior do que os homens, então supostamente deveriam ter uma média salarial maior, mas quando você olha as áreas em que elas têm participação maior, são as áreas menos valorizadas”, ressalta a pesquisadora Betina Fresneda.

    Nos cursos de ciência e tecnologia, que incluem as áreas de ciência, tecnologia da informação, matemática, estatística e engenharia, as mulheres são apenas 22% dos concluintes.

    “Apesar de elas estarem em ampla vantagem no acesso ao ensino superior, e isso não mudou muito em 10 anos, elas ainda enfrentam barreiras para ingressar em determinadas áreas do conhecimento, especialmente naquelas ligadas a ciências exatas e à esfera da produção”, destaca Betina.

    Segundo a pesquisa, entre as mulheres com 25 anos de idade ou mais, 21,3% tinham completado o ensino superior, contra 16,8% dos homens. Percebe-se, no entanto, desigualdade maior quando se compara as mulheres brancas (29%) com as pretas ou pardas (14,7%). A disparidade de cor ou raça pode ser observada também no quesito frequência escolar: 39,7% das mulheres brancas de 18 a 24 anos estudavam, contra apenas 27,9% das mulheres pretas ou pardas.

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    CEO

    O sonho de adolescente era ser jogadora de vôlei. Passado algum tempo, pensou em fazer faculdade de medicina. Enquanto não chegava esse momento, o rumo mudou e foi em um curso de turismo na Faculdade Federal do Paraná que Milena Palumbo encontrou o caminho na área de planejamento, que a levou atualmente a ser a primeira mulher a ocupar o cargo de CEO da GL events Brasil, uma das unidades do grupo espalhado em mais de 20 países de cinco continentes com a matriz na França.

    O grupo, no qual está há 17 anos, é líder mundial do mercado de eventos culturais, esportivos, institucionais, corporativos ou políticos e congressos e convenções, além de feiras de negócios e exposições. “O caminho feminino é muito mais complexo. Tem mais obstáculos, alguns sprints maiores. Tem que estar mais bem preparada, tem que estar com preparo físico muito melhor. A mulher para chegar em funções ela precisa entregar mais e ser mais preparada do que os homens”, avalia em entrevista à Agência Brasil.

    A descoberta da área de planejamento foi fundamental para a carreira de Milena. A medicina perdeu uma médica e o mercado ganhou uma administradora. Milena reconheceu que nem sempre outras mulheres conseguem o apoio que recebeu tanto dos pais, ao resolver o seu destino profissional, quanto, depois, do marido, quando precisou se transferir de Curitiba, no Paraná, para assumir um cargo em uma unidade da empresa no Rio de Janeiro. Naquele momento estava casada há 3 anos e chegou a ficar insegura, até pensando em não aceitar a transferência.

    “No mundo masculino seria uma coisa positiva, porque a mulher acompanha, não tem tantos dramas, não passa por um dilema como eu passei. Embora a pauta seja feminina, um dos meus maiores suportes é o meu lado masculino em casa, porque ele foi a pessoa que mais me deu força e disse ‘vai’”, disse, acrescentando que em nenhum momento houve a sensação de ficar devendo ao marido. “Nunca fui devedora desse movimento profissional, e esse movimento foi onde minha carreira alavancou”.

    A referência dos pais que são ortodontistas, e sempre tiveram juntos uma vida profissional, ajudou na sua evolução profissional. Após a chegada ao Rio de Janeiro, foi um longo aprendizado em áreas onde não tinha exercido qualquer função e o conhecimento ainda não era completo.

    Preconceitos

    Conforme foi evoluindo e alcançando cargos, foram surgindo também as diferenças. Em uma viagem acompanhando um presidente de uma empresa, foi perguntada se era secretária dele, mas, na verdade, era diretora da empresa. Em outro momento, um diretor com o qual trabalhava precisou dizer a um executivo estrangeiro que se dirigisse a ela, porque era a diretora do projeto. “O cara continuou falando com ele. Esse é o direto, é um choque, mas aí estou falando de cultura”, disse, defendendo que não se pode normalizar situações deste tipo.

    Milena apontou ainda a questão dos elogios à aparência, como mais um fator cultural. Nesse caso, é como se as mulheres precisassem ser agradecidas. “Eu não saio de um almoço de trabalho e falo ‘nossa como você está bonito’ [se dirigindo a um homem]. ‘Nossa essa roupa te cai muito bem’. As mulheres não fazem isso. Você aceita um elogio se está em uma situação social diferente. Não em ambiente profissional”.

    A CEO tem duas filhas, uma de 11 e a outra de 8 anos de idade. “Tive momentos difíceis. Na primeira gravidez, eu estava no meio da Rio+20, um evento super complexo, extremamente estressante. Eu já era diretora e a gente entregou tudo para a Rio+20. Foram 156 países representantes em um evento com mais de 20 mil pessoas, que exigiu 6 meses. O evento acabou, dei à luz 3 semanas depois. É possível, mas você é exigida. Na segunda filha, eu estava de licença e precisei voltar porque a gente ia entrar em concorrência de um mega projeto para o grupo no Brasil”.

    Para as filhas, Milena quer que façam boas escolhas na vida. “A primeira coisa do fundo do meu coração é que elas façam boas escolhas. Em relação à vida profissional, que seja em alguma coisa que tenham muito prazer. Vai ser difícil, mas que elas saibam que 70% do tempo vão ser de coisas que não gostam e 30% que gostam em qualquer decisão profissional que tenham”, desejou, lembrando de como é a realidade.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Lugar de mulher é…no Actros 2653 6×4 com 530 cavalos de potência

    Lugar de mulher é…no Actros 2653 6×4 com 530 cavalos de potência

    Não é sempre que a coluna traz a avaliação de um caminhão extrapesado, como é o caso do Mercedes-Benz Actros 2653 6×4. Mas a grande surpresa é que na semana que se comemora o “Dia Internacional da Mulher”, tive a oportunidade de ser conduzido pela Julianni Sanchez, Motorista Instrutora Mercedes-Benz do Brasil.

    Comemorado no dia 8 de março, o “Dia Internacional da Mulher” foi oficializado pela ONU – Organização das Nações Unidas na década de 1970 para simbolizar a luta histórica das mulheres para terem suas condições equiparadas às dos homens.

    O Mercedes-Benz Actros 2653 6×4 conta com o motor OM 471 LA para caminhões extrapesados com potência de 530 cavalos

    Lugar de mulher e.no Actros 2653 6x4 com 530 cavalos de potencia Divulgacao 3

    Com habilidade, Sanchez saiu com o Actros 2653 6×4 carregando 45 toneladas em um implemento bitrem da fábrica da Mercedes-Benz, localizada na cidade de São Bernardo do Campo, e por aproximadamente duas horas e cerca de 100 quilômetros rodados por trechos urbanos e rodoviários, pude comprovar toda sua capacidade profissional.

    Os 530 cavalos do Mercedes-Benz Actros 2653 6×4, o mais potente da marca oferecido aqui no Brasil, não assustam a mulher que aos 21 anos, idade mínima permitida, tirou a habilitação necessária para conduzir cegonheiras para ajudar a tocar os negócios do seu pai.

    Hoje a enfermeira de formação e motorista por paixão vive a realidade de muitas mulheres que, no dia a dia, precisam se dedicar às atividades profissionais e pessoais com muito equilíbrio e inteligência, conseguindo sempre terminar o dia, que no caso dela começa às 4h, com aquela satisfação do dever comprido.

    Julianni Sanchez saiu com o Actros 2653 6×4 carregando 45 toneladas em um implemento bitrem da fábrica da Mercedes-Benz

    Lugar de mulher e.no Actros 2653 6x4 com 530 cavalos de potencia Divulgacao 1

    Parabéns, Julianni Sanchez e todas as nossas leitoras pelo Dia Internacional da Mulher.

    Linha Mercedes-Benz Actros

    O atual portfólio de caminhões Mercedes-Benz é composto pelas linhas Accelo de leves e médios, Atego de médios, semipesados e extrapesados off-road, Actros de extrapesados on-road e mix-road, e Arocs de extrapesados off-road, todas elas se destacando pelos motores compatíveis com a norma Proconve P8, equivalente ao Euro 6.

    O modelo 2653 6×4 que conheci com a motorista Julianni Sanchez é um dos integrantes da linha Actros, que é oferecida ao mercado em vários modelos e versões para o transporte rodoviário e mix road, que circula com a mesma eficiência e desempenho tanto nas estradas como em vias não pavimentadas.

    Os modelos e versões da linha Actros são indicados para transporte e logística, como grãos, carga seca, cargas frigorificadas e refrigeradas, combustíveis, produtos químicos, gases, porta-container e várias outras aplicações.

    Suas cabinas contam com painel de instrumentos digital com tela principal configurável de 12 polegadas na Top Space e o painel analógico na Space. Os novos bancos pneumáticos, com revestimento de tecido e vinil, elevam o conforto para o motorista, e o conjunto ótico de faróis em LED oferece maior luminosidade nas vias e estradas, além de maior durabilidade ao sistema.

    São opcionais disponíveis para os caminhões Actros: freio a disco, tanque de combustível de 720 litros e ARLA com aquecimento. Além disso eles são preparados para ativar os sistemas de gestão de frota FleetBoard e os serviços do Mercedes-Benz Uptime.

    Mercedes-Benz Actros 2653 6×4

    A versão 2653 6×4 conduzida por Sanchez é equipada com a terceira geração do motor OM 471 LA para caminhões extrapesados, com potência de 530 cavalos, que se mostra muito eficiente em consumo de combustível sem afetar o desempenho, a dinâmica do caminhão e o conforto de condução.

    Ele apresenta um turbocompressor de consumo otimizado que, juntamente com o sistema de pós-tratamento dos gases de escape da tecnologia BlueTec 6, permite a economia de combustível de 8% em comparação com o Actros anterior Euro 5.

    Outro destaque da terceira geração do OM 471 LA é o freio-motor de alta performance, com 580 cavalos de potência de frenagem, menores índices de ruído e vibração e retarder opcional.

    O Mercedes-Benz Actros 2653 6×4 conta com cabina com painel de instrumentos digital com tela principal configurável de 12 polegadas

    Lugar de mulher e.no Actros 2653 6x4 com 530 cavalos de potencia Divulgacao 5

    Para uma dinâmica ainda maior do caminhão, sua transmissão automatizada PowerShift 3 Advanced permite troca de marchas mais rápidas, suaves e precisas, resultando em menor consumo de combustível e maior conforto de dirigibilidade.

    O eixo traseiro NFD – New Final Drive passou a utilizar novos magnetos nos eixos, aumentando o intervalo de troca de óleo e reduzindo em até 50% o custo de manutenção. Mais leve, o NFD resulta em menor tara do caminhão, aumentando a capacidade de carga líquida.

    O caminhão ainda é equipado com a segunda geração do MirrorCam, que fornece ao motorista um suporte ainda melhor em muitas situações no tráfego rodoviário, graças aos braços da câmera 10 centímetros mais curtos e aos novos parâmetros de imagem.

    Essa nova geração torna ainda mais fácil as manobras e oferece nitidez de imagens, o que se traduz em um nível maior de segurança de condução, tanto para o dia como para a noite.

    O modelo ainda sai de fábrica com até 16 itens de série de avançada tecnologia: o exclusivo ABA 5 – Active Brake Assist (assistente ativo de frenagem) com reconhecimento de pedestre, Side Guard Assist (assistente de ponto cego), Attention Assist (assistente de fadiga), assistente de parada Hold, ESC (controle eletrônico de estabilidade), piloto automático adaptativo com limitador de velocidade, Proximity Control (assistente ativo de proximidade), EBS, ASR, ABS, sensor de chuva e iluminação, alarme de ré com luzes intermitentes, Lane Warning System (sensor de faixa de rolagem), Hill Holder (auxílio de partida em rampa, HSA), farol para auxílio em manobras e farol alto inteligente.

    Entre os recursos de segurança do Actros também estão disponíveis, como itens opcionais, o freio auxiliar retarder e airbag para o motorista.

    Confira um vídeo com o Mercedes-Benz Actros 2653 6×4 em https://youtu.be/RMiIiOOxAHU.

    Notas Rápidas, por Sérgio Dias

    Dunlop apresenta o pneu SP926 no mercado brasileiro

    Na última coluna falamos sobre o importante lançamento do Grupo Sumitomo Rubber, dono das marcas Sumitomo, Dunlop e Falken e que produz pneus no Brasil desde 2013 na sua fábrica instalada na cidade paranaense de Fazenda Rio Grande.

    Diferente do informado, o novo produto é o pneu Dunlop SP926, disponível inicialmente na medida 295/80R22.5 e que atende, principalmente, os setores canavieiro, construção e coleta de lixo, oferecendo uma solução completa em durabilidade, desempenho e economia operacional.

    Nissan foi a primeira montadora japonesa a participar do Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula E

    A Nissan entrou na disputa do Campeonato Mundial ABB FIA de Fórmula E na temporada 5, que aconteceu entre os anos de 2018 e 2019, tornando-se a primeira e única montadora japonesa a participar da categoria elétrica.

    Fomos convidados pela marca para acompanhar a quarta etapa da temporada 2024, que acontece na cidade de São Paulo no dia 16 de março e tem como característica especial ter parte da pista dentro do Sambódromo do Anhembi, tradicional palco dos desfiles das escolas de samba durante o Carnaval.

    Seguro para carros elétricos precisa ter proteções específicas

    Os carros elétricos vêm ganhando as estradas brasileiras e precisam de um seguro para garantir a segurança e tranquilidade do motorista. “Ao contratar o serviço, os clientes ficam preparados para qualquer eventualidade que possa ocorrer ao veículo e ao usuário”, afirma Alessandra Monteiro, Diretora Técnica da Corretora de Seguros Bancorbrás.

    Além das coberturas básicas, o produto voltado para automóveis eletrificados também possui proteções específicas como, cobertura para cabos de carregamento, guincho para levar o motorista até o ponto de recarga mais próximo e oficinas especializadas.

    Fiat lidera mercado brasileiro com três carros entre os cinco mais vendidos

    A Fiat garantiu a liderança do mercado brasileiro em fevereiro com 22% de market share e 34.328 unidades emplacadas, 11% a mais do que o mês anterior e uma vantagem de mais de 10 mil unidades sobre a segunda colocada.

    Quem também manteve o topo do pódio foi a Fiat Strada, que com 8.568 emplacamentos se consolidou, mais uma vez, como veículo mais vendido do país. A Fiat teve ainda três modelos no Top 5 do ranking.

    Renault amplia família Oroch com a versão intermediária Iconic

    A Renault amplia a família Oroch com o lançamento da versão Iconic, que tem preço a partir de R$ 127.800,00 e chega com a proposta de combinar a robustez do motor 1.6 SCe, a eficiência da transmissão manual de seis velocidades e o estilo, tecnologia e equipamentos da versão Outsider.

    “Com a nova versão Iconic, atendemos a um consumidor que quer uma picape com ótimo custo-benefício para o uso diário e com mesmo nível de tecnologia e conforto que ele encontra em um SUV”, explica Aldo Costa, diretor de marketing da Renault do Brasil.

    Stellantis conquista com a marca Jeep a liderança do mercado de SUVs em fevereiro

    A Stellantis conquistou com a marca Jeep a liderança no segmento de SUVs durante o mês de fevereiro, com 8.677 unidades emplacadas e 15,6% de participação na categoria. A marca também garantiu a liderança de SUVs médios com o Compass, que aumentou a sua participação na categoria com 36,9% de segment share.

    O bom desempenho do Compass não se limitou apenas ao seu segmento específico, ele também conseguiu se destacar entre os 10 modelos mais vendidos em fevereiro, considerando todos os segmentos automotivos.

    BYD confirma quais modelos de carros serão fabricados no Brasil

    A BYD iniciou as obras da primeira fábrica de carros elétricos no Brasil. O complexo fabril será construído do zero, em uma área que faz parte do terreno antes utilizado pela Ford, na cidade baiana de Camaçari.

    Inicialmente, os carros fabricados no complexo serão o elétrico Dolphin, o híbrido plig-in Song Plus, o elétrico Yuan Plus e o elétrico Dolphin Mini. A produção nacional vai permitir preços ainda mais competitivos e, assim, gerar ainda mais oportunidades ao consumidor brasileiro de ter um carro elétrico na garagem.

    “Ducati On The Road” agenda destinos com a opção de aluguel de motos

    Uma parceria entre a Ducati do Brasil e a Rox Motos passa a oferecer o serviço “Ducati On The Road”, plataforma de eventos que já tem no calendário o passeio para a cidade de Serra Negra, no interior de São Paulo, programado para o dia 16 de março, sábado, com mais informações no site da Ducati.

    São 20 vagas disponíveis para motociclistas apaixonados pela marca italiana, com oito modelos Ducati à disposição para alugar. Entre eles: Monster, Diavel 1260S, Multistrada V4S, XDiavelS, Streetfighter V4S e DesertX, permitindo vivenciar a experiência de pilotar uma Ducati.

    Toyota investe no Brasil para ampliar produção e gerar empregos

    A Toyota anunciou o plano de investimentos de R$ 11 bilhões no Brasil até 2030 para ampliar a capacidade de produção de veículos e motores, com a introdução de novos modelos equipados com a tecnologia híbrida flex.

    Do montante anunciado, R$ 5 bilhões já estão confirmados até 2026 e incluem a produção de um novo veículo compacto híbrido flex, já anunciado no ano passado e com previsão de produção para 2025, além da produção de outro modelo com a mesma tecnologia, desenvolvido especialmente para o Brasil.

    Organização inicia vendas de ingressos para o Festival Interlagos 2024

    Com preço a partir de R$ 90,00, a organização do Festival Interlagos anunciou o início das vendas de ingressos da edição 2024, que acontece entre os dias 6 e 9 de junho no Autódromo de Interlagos, na cidade de São Paulo, com a presença confirmada das principais montadoras do setor.

    Se em 2023 o evento atraiu mais de 80 mil visitantes, esse ano a expectativa é receber mais de 150 mil pessoas, que poderão conferir diversas atrações, como shows musicais, etapa do Brasileiro de Motocross, gastronomia, entre outros. Mais informações sobre o evento e ingressos através do site www.festivalinterlagos.com.br.

  • Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

    Estudo mostra como as parlamentares são ofendidas nas redes sociais

    Parlamentares brasileiras são alvos de insultos, críticas e invalidações feitas de forma violenta nas redes sociais. Um estudo com mais de 1,5 mil mensagens publicadas no Twitter, Facebook, Instagram e Youtube, entre julho e dezembro de 2021, mostra que 9% delas continham algum indício de violência discursiva contra essas deputadas federais e senadoras.

    A pesquisa Mapa da Violência Política de Gênero em Plataformas Digitais, produzida pelo Laboratório de Combate à Desinformação e ao Discurso de Ódio em Sistemas de Comunicação em Rede (DDoS Lab), da Universidade Federal Fluminense (UFF), analisou menções a 79 deputadas federais e a 12 senadoras da 56ª legislatura (2019 a 2023).

    De acordo com o estudo, os insultos são a forma de ataque mais acionada pelos usuários das redes sociais contra as parlamentares. Esse tipo de violência discursiva, que segundo o estudo se revela em xingamentos como “loira burra” ou “vagabunda”, apareceu em 41% das mensagens ofensivas.

    Em seguida, aparece a invalidação (26,6% das ofensas). Esse tipo de ofensa busca anular a validade ou diminuir a importância daquilo que a parlamentar expressou, mostrando-se em frases como “tal coisa é mimimi”.

    As críticas puras e simples, que se manifestam em expressões como “ela é uma péssima profissional” ou “odeio fulana”, responderam por 24,5% das ofensas.

    Outros tipos de violência discursiva encontradas, em número menor de menções, foram ameaça – “tem mais é que morrer” ou “vou te dar uma lição” – e discurso de ódio “tinha que ser preta”.

    “Isso não significa que parlamentares homens não são atacados. Eles são, com certeza, e podem ser até mais. Mas o que a gente precisa olhar é o caráter dessa violência. Homens geralmente são atacados enquanto figuras políticas. O fulano é chamado de corrupto, o sicrano é classificado como mau gestor. Enquanto com as mulheres políticas, o que é atacado? O corpo dela, a aparência, a família, a capacidade intelectual, a legitimidade dela naquela espaço”, explica Letícia Sabbatini, pesquisadora que participou do estudo.

    Redes sociais

    O Twitter foi a plataforma com mais mensagens enquadradas como violência discursiva. Cerca de 24% do conteúdo analisado nesta rede social apresentavam ofensas às parlamentares. No Facebook, o percentual cai para 4,4% das menções violentas. No entanto, é nesta rede que os índices de engajamento nos conteúdos que incorporam ataques a parlamentares mulheres mais aumentam.

    Nas demais redes, as menções com violência discursiva se apresentaram nas seguintes parcelas das postagens: Instagram (4,7%), e Youtube (2,9%).

    Em relação ao tom usado nas ofensas, o estudo revelou que a retórica satírica – encontrada em expressões como “mulher macho!” e “faz xixi em pé” – era a principal, transparecendo em 30,9% dos conteúdos ofensivos.

    “O que é isso? É o uso do humor para camuflar uma desavença, para indicar que é só uma brincadeira, que não precisa de alarde, que não tem nada a ver com violência. Continua sendo violência, mas se trata de uma violência muito mais difícil de a gente demarcar”, explica Letícia Sabbatini.

    A retórica desqualificadora – expressões como “fez o teste do sofá” ou “entrou na faculdade só por causa das cotas” – apareceu em 22,3% das ofensas.

    Outros tipos retóricos encontrados foram a retórica cínica (“o feminismo é imoral” ou “vocês feministas são todas assim”), a contestadora (“você está errada” ou “não é assim que se faz”), a provocadora (“quero ver fazer isso”) e a violenta (“depois apanha, não sabe por quê”), entre outras.

    Entre as menções violentas, observou-se que 8,6% usavam discurso misógino, ou seja, para inferiorizar, degradar ou desumanizar a mulher; 2,9% eram racistas e 1,4% se relacionavam à LGTBQIA+fobia.

    As parlamentares do campo ideológico da esquerda sofreram duas vezes mais ataque do que aquelas do espectro da direita. As maiores vítimas, em termos proporcionais (número de ofensas em relação ao total de menções) são as deputadas Talíria Petrone (PSOL-RJ) – atacada em 50% das menções a ela –; Professora Dayane Pimentel (União-BA) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) – ofendidas em 33,3% das mensagens dirigidas a elas.

    Em termos absolutos (quantidade total de menções violentas), no entanto, a deputada mais atacada foi a conservadora Carla Zambelli (PL-SP). Os alvos mais visados, entre os partidos políticos, foram PCdoB, PSOL e PMB. “A motivação política foi a mais presente entre os ataques que a gente mapeou”, afirma a pesquisadora.

    Edição: Denise Griesinger

  • Rosa Weber diz que igualdade de gênero é imperativo para democracia

    Rosa Weber diz que igualdade de gênero é imperativo para democracia

    A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, afirmou nesta quarta-feira (8) que a busca pela igualdade entre homens e mulheres é um “imperativo” para todos os cidadãos e instituições brasileiras para que se possa efetivar a democracia no país.

    “O déficit de representatividade feminina significa um déficit para a própria democracia brasileira”, disse Rosa Weber. “É imperativo que nos desafia a todos, homens e mulheres, partidos políticos, sociedade civil e instituições de Estado”, afirmou.

    As declarações foram dadas durante o evento O Olhar Delas, realizado na sala de audiências da Primeira Turma, na sede do Supremo, para marcar o Dia Internacional da Mulher, comemorado nesta quarta-feira (8).

    A presidente do Supremo destacou ser apenas a terceira a presidir a Corte, que há pouco completou 132 anos de existência. “A história republicana deste Supremo Tribunal Federal conta com apenas três ministras, entre 169 ministros”, ressaltou.

    A ministra disse ainda que “há muito a ser feito”, pois ainda nos encontramos distantes de uma igualdade efetiva, e mesmo quando conseguem superar a sub-representação em espaços de decisão e de poder, as mulheres continuam a sofrer um preconceito qualitativo e a ser inviabilizadas”.

    “Mesmo quando nós, mulheres, podemos ocupar o espaço institucional, maior é o esforço a despender para sermos ouvidas em pé de igualdade com os homens”, disse Weber. “Há muito a ser feito”, acrescentou a presidente do Supremo.

    Entre as iniciativas nesse sentido, ela destacou que o Judiciário aprovou como uma de suas metas para este ano a priorização no julgamento de casos de feminicídio e violência doméstica e familiar contra a mulher.

    Mulheres no STF

    Além de Rosa Weber, participaram do evento a ministra do Supremo Cármen Lúcia; a cantora Maria Bethânia; a médica e pesquisadora Margareth Dalcolmo; a estagiária do CNJ Alcineide Cordeiro, integrante do povo indígena Piratapuya; e a atriz e apresentadora Regina Casé.

    “Não somos nem guerreiras, nem amazonas, nem feitas de aço. Nós somos feitas de uma substância que é plástica, se adequa, se adapta, se emociona, chora, sangra. De uma substância muito especial, chamada mulher, isso que nos faz lutar, isso nos faz confiar”, disse a pesquisadora Margareth Dalcolmo.

    Na condição de mulher indígena, Alcineide Cordeiro, estudante de Relações Internacionais na Universidade de Brasília (UnB), disse nunca ter imaginado estar no Supremo, lado a lado com mulheres poderosas, o que a faz acreditar “que os paradigmas que a sociedade nos impõe podem ser remodelados a partir de nossa inserção desses espaços de decisão e crianças de leis”.

    Já a atriz Regina Casé fez um apelo para que mais mulheres sejam indicadas para o Supremo. “A gente precisa de muitas e muitas mulheres, indígenas, negras, aqui nesta casa, porque elas vão estar representando muitas outras que, infelizmente, não vão ter voz”, disse.

    Regina Casé pediu ainda a todos que já ocupam algum espaço de poder no Supremo para que, a cada ação julgada, pensem nas mulheres que precisam trabalhar e deixar seus filhos em casa.

    “Para que todo esse mar de mulheres do Brasil, todas essas mães, possam voltar para casa e seus filhos ainda estejam lá, que seus filhos ainda estejam vivos. Principalmente as mães de mulheres negras. Eu imploro a vocês que a cada ação isso seja pensado”, disse.

    Edição: Fernando Fraga

  • Perfil mais conservador do Congresso pode impactar pautas feministas

    Perfil mais conservador do Congresso pode impactar pautas feministas

    Parlamentares da nova legislatura têm um posicionamento mais conservador em relação a pautas relacionadas ao movimento feminista. É o que aponta o estudo Perfil Parlamentar (2023-2026) Sob a Ótica da Agenda Feminista, do Centro Feminista de Estudos e Assessoria (Cfemea), com base em análises dos conteúdos das redes sociais dos 513 deputados federais e dos 81 senadores (incluindo os eleitos em 2022). O Cfemea considerou somente as publicações feitas no período oficial de campanha eleitoral de 2022 (16 de agosto a 30 de outubro), em sites dos parlamentares e no Facebook, Instagram, Twitter e YouTube.

    O estudo

    Por meio de 34 perguntas iguais para todos, o estudo avaliou se houve posicionamento sobre seis temas considerados relevantes para a agenda feminista: Direitos sexuais e direitos reprodutivos; Violência contra a mulher; Concepção de família; Posicionamento sobre o cuidado (por exemplo, divisão do trabalho intrafamiliar); Religião (entre os pontos observados: o Estado laico); Posições antigênero (como direitos LGBTQIA+).

    A pesquisa constatou que os perfis dos parlamentares estão separados em cinco grupos ideológicos. E cada pessoa pode integrar mais de um grupo, conforme afinidades. São eles: armamentista (pouco mais de 10% do Congresso Nacional); religioso (aproximadamente 20%), de costumes/defensores da família tradicional (aproximadamente um quarto; feminista (aproximadamente 20%); conservadores (mais de 40%).

    A coordenadora da pesquisa e doutora em ciência política, com pós-doutorado em estudos feministas interseccionais pela Universidade de Brasília (UnB) e pesquisadora em gênero, mídia e política, Denise Mantovani, em entrevista à Agência Brasil, comentou os resultados da pesquisa: “A gente tem desde o aspecto do impacto das redes sociais e dos discursos de ódio propagados. A gente está vendo que muitas dessas candidaturas se elegeram às custas de muita fake news.” E detalha alguns perfis: “No estudo, a gente percebeu que existem partidos que efetivamente concentram as posições da extrema direita, neoconservadoras, religiosas fundamentalistas.”

    No entanto, Denise aponta convergência em alguns temas. “Existem parlamentares que podem ser aliados pontuais em determinados assuntos com os quais eles dialogam com os direitos das mulheres”. Ela destaca o combate à violência contra mulher. “Em uma situação em que eles sejam convidados a apoiar uma legislação que ajude a prevenir, enfrentar e combater a violência doméstica contra as mulheres, a violência sexual, o estupro, acho que existem possibilidades de arranjos com parlamentares de vários partidos para compor uma aliança com a bancada feminista e antirracista que está atuando na defesa e dos direitos das mulheres, em toda diversidade que essa palavra representa.”

    Composição do novo Congresso

    As mulheres representam 52,62% do eleitorado brasileiro, de acordo com a Justiça Eleitoral. Apesar de as mulheres serem a maioria, não há reflexo na composição do Congresso Nacional. O estudo do Cfemea confirmou que falta equidade de gênero e raça na representação política. Na Câmara dos Deputados, as mulheres representam 17,7% das cadeiras, com 91 deputadas. Com o resultado das urnas, foi mantida a hegemonia masculina (82,3%). A maioria dos deputados e deputadas eleitos é branca (72%). Em seguida, vêm os pardos (21%), pretos (5%), indígenas (0,9%) e amarelos (0,58%). No Senado, são apenas 15 mulheres entre 81 senadores, sendo que quatro delas são suplentes de senadores que ocupam cargos no governo federal.

    Além da representação feminina ser baixa na Câmara e no Senado, as mulheres também estão longe dos principais postos de comando, como as presidências das duas casas legislativas, assentos nas mesas diretoras e nas comissões.

    A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) cita os principais desafios para os próximos anos. “O primeiro deles é o envolvimento de todos os parlamentares – mulheres e homens – nesse debate. Estamos tratando do interesse de mais da metade da população brasileira, sendo que a outra metade também se beneficiará com o avanço civilizatório que é promovido a partir das conquistas das mulheres.”

    Principais achados do estudo

    O estudo do Cfemea mostra que, na Câmara, a maioria dos deputados (56,73%) não mencionou o aborto e a proteção às vítimas de estupro/violência sexual em suas postagens.

    Já os 16 deputados e deputadas (3,12% dos eleitos) que se declararam favoráveis ao aborto são majoritariamente de legendas progressistas, de esquerda.

    Mais de 320 parlamentares (63% das cadeiras da Casa) declararam diretamente ou fizeram menções a símbolos religiosos em mais de uma postagem no período eleitoral. E 89 deputados se manifestaram abertamente contra a ideia de que “religião e política não devem se misturar”.

    No Senado Federal, dos 81 parlamentares, 45 (56%) declararam vínculo com alguma religião. E nenhum senador se posicionou favoravelmente, nas redes sociais, ao direito de interrupção da gravidez.

    Sobre as composições familiares, 82 deputados (16%) identificados com o conservadorismo defenderam a chamada “família tradicional”, quando apresentaram suas candidaturas. E 11 deputados vinculam o cuidado com os filhos como uma atribuição das mulheres somente, sem mencionar qualquer divisão de cuidados.

    Outro aspecto destacado na pesquisa é a baixa menção ao machismo (59 deputados ou 11,5% do total da Câmara) como um problema estrutural relacionado à violência contra as mulheres.

    O estudo completo Perfil Parlamentar (2023-2026) Sob a Ótica da Agenda Feminista pode ser acessado aqui.

    Desafios do novo Parlamento

    No estudo, o Cfemea avalia que a realidade da política brasileira, “com a presença neoconservadora e da extrema direita no parlamento brasileiro, demostra quase nenhuma ou pouca afinidade com as pautas relacionadas aos direitos sexuais e reprodutivos, assim como os pilares democráticos”.

    Na Câmara, na última legislatura, foram abordadas pautas como a defesa do não nascido e o direito à vida deste, com Estatuto do Nascituro; a dita proteção de crianças contra o ativismo LGBTQIA+ e a regulamentação do homeschooling.

    Em seu segundo mandato, a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) avalia como serão os trabalhos com a nova Câmara mais conservadora. “Essas novas lideranças femininas na política vão tentar levar o debate como se aquelas que lutam pelo direito das mulheres fossem suas inimigas. Mas, acho difícil que consigam retroceder concretamente nas leis brasileiras no que diz respeito às mulheres, porque existe muita força social para que o Brasil não admita retrocessos na pauta. Eu confio muito no poder de mobilização das mulheres brasileiras.”

    Para a deputada, a aprovação de projetos de lei prioritários ao movimento feminista passa também pela articulação do atual governo federal, considerado mais progressista. “Os direitos das mulheres têm que estar presentes. Se depender só da composição do Congresso, se não houver um esforço que venha também do Executivo, de fato, a gente pode ter dificuldade de avanços em temas que não precisam nem ser tão polêmicos, mas que são necessários para o Brasil, como a igualdade salarial, ou mesmo, outras medidas de enfrentamento ao machismo.”

    Futuro dos direitos das mulheres

    No estudo, o Cfemea calcula que apenas um quinto do Congresso Nacional vai continuar a defender pautas feministas como “o combate às violências por razões de gênero, a diversidade das composições de família, o direito ao aborto legal e seguro e a laicidade do Estado”.

    A senadora Zenaide Maia (PSD-RN) disse à Agência Brasil que tem a expectativa de que “a ideologia não impeça o avanço dos direitos das mulheres.” Ela elenca pautas prioritárias: “Precisamos cobrar da Câmara a votação do projeto da igualdade salarial entre homens e mulheres que desempenham a mesma função na mesma empresa [PLC 130, de 2011]. Outra: é preciso garantir a recomposição do orçamento de proteção à mulher. O governo anterior não aplicou R$ 1 na Casa da Mulher Brasileira, no ano passado, e reduziu a quase zero os recursos das políticas públicas de acolhimento e combate à violência contra a mulher.”

    No Senado também é preciso construir acordos com diferentes bancadas, avalia o senador Paulo Paim (PT-RS), em entrevista à Agência Brasil. “O momento é de união, de conscientização e de reconstrução do Brasil. O diálogo com todos é o caminho para aprovação de matérias tão importantes.” Ele cita o que já vem sendo feito: “O Senado Federal conta com a Procuradoria da Mulher, liderada pela senadora Leila Barros [PDT-DF]. Temos ainda a Comissão de Direitos Humanos, que sempre defendeu essa causa e é um espaço que acolhe e dá voz às mulheres. A bancada feminina ainda é pequena, contudo, as senadoras são extremamente aguerridas e realizam um belo trabalho com os parlamentares homens comprometidos com a temática.”

    Mulheres do Brasil e do mundo na política

    Pela primeira vez, em 2023, as mulheres estão em todos os parlamentos do mundo, de acordo com o último relatório anual da União Interparlamentar, organização global que reúne 193 países. O relatório global mostra que, em 2023, as mulheres ocupavam, em média, 26,5% dos assentos dos parlamentos pelo mundo. Mas, no Brasil, apesar do aumento de 18,2%, no número de deputadas na última eleição (2022), os 17,7% das vagas ocupadas por mulheres na Câmara ainda apontam uma sub-representação feminina no Parlamento, em relação aos dados mundiais.

    A legislação eleitoral brasileira traz incentivos à participação das mulheres na política. Os partidos políticos devem indicar 30% de mulheres aos cargos eletivos, além de destinar, no mínimo, 30% dos recursos públicos do Fundo Especial de Financiamento de Campanha – mais conhecido como Fundo Eleitoral – para apoiar candidaturas femininas. Os partidos também devem reservar pelo menos 30% do tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão às campanhas de mulheres. Contudo, os estímulos não foram suficientes.

    A ONU Mulheres, criada em 2010, incentiva a participação efetiva das mulheres na vida política, em todo o planeta. Em entrevista à Agência Brasil, a analista de Programas da ONU Mulheres – Brasil, Ana Claudia Pereira, defendeu a liderança plena das mulheres na política para construção de uma sociedade mais justa e igualitária. “É uma questão de garantia dos direitos políticos das mulheres de participarem da vida pública em condições de igualdade, em relação aos homens. Por outro lado, é um tema também de desenvolvimento, porque a presença das mulheres, de mais da metade da população, de uma forma mais significativa nas instâncias decisórias, inclusive, no Congresso Nacional, leva a decisões que contemplam essa metade da população de uma forma mais eficiente. O que permite que a gente supere dificuldades do próprio desenvolvimento socioeconômico do país.”


    - Papel do Congresso Nacional, em relação às pautas ligadas aos direitos das mulheres. - Ana Claudia Pereira. Foto: Emanuelle Rebelo/ONU Mulheres
    - Papel do Congresso Nacional, em relação às pautas ligadas aos direitos das mulheres. - Ana Claudia Pereira. Foto: Emanuelle Rebelo/ONU Mulheres

    Ana Claudia Pereira diz que a ONU Mulheres – Brasil tem atuado em conjunto com as parlamentares da bancada feminina no Congresso – Emanuelle Rebelo/ONU Mulheres

    No país, a ONU Mulheres – Brasil tem atuado em conjunto com as parlamentares da bancada feminina. “A gente atua tanto oferecendo insumos, assessoria técnica, informações, dados, quanto apoiando e advogando publicamente por temas que são de grande relevância, como o enfrentamento da violência política de gênero”, conta Ana Claudia Pereira. “A ONU Mulheres soma esforços para que esses temas e outros ganhem visibilidade também e que seja possível conhecer experiências de outros países ou até dados do próprio contexto brasileiro.”

    Ana Claudia conta como será a agenda de trabalhos com a legislatura recém-iniciada. ”Continuaremos tendo essa mesma abordagem. Esperamos que tenha uma agenda de trabalho consistente e bem articulada no tema de ações para promover e garantir os direitos humanos das mulheres”.

    Representação de todas as mulheres no Parlamento

    Do total de 91 deputadas brasileiras, foram eleitas nove mulheres negras e quatro indígenas: Sônia Guajajara (PSOL-SP), que ministra dos Povos Indígenas; Célia Xakriabá (PSOL-MG), Juliana Cardoso (PT-SP) e Silvia Waiãpi (PL-AP). E, pela primeira vez na história, a Câmara dos Deputados tem em sua bancada feminina duas deputadas trans: Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG).

    O estudo do Cfemea destaca a necessidade de o Parlamento brasileiro se aproximar das agendas feministas e antirracistas. O centro feminista se preocupa com a apresentação de propostas que “podem fortalecer as violências por razões de gênero e raça”.

    A analista de Programas da ONU Mulheres – Brasil, Ana Claudia Pereira, chama a atenção, particularmente, para grupos de mulheres que nem sempre são contemplados pelas políticas. “Estamos falando das mulheres negras, indígenas, lésbicas, bissexuais, transexuais e, também, mulheres com deficiência. Esses são grupos que, historicamente, enfrentam barreiras no acesso às políticas públicas e a direitos para os quais as casas legislativas podem, realmente, aportar muitas medidas, escutá-las.”

    Para a senadora Zenaide Maia, a falta de projetos e políticas públicas voltadas aos direitos das mulheres “são o retrocesso civilizatório e o empobrecimento da base da sociedade, que é formada em sua maioria por mulheres negras”. “São essas mulheres as mais afetadas pelas crises econômicas, pelas pandemias, pela violência doméstica e outros problemas sérios da nossa sociedade, que é estruturalmente machista e racista”, observa.

    O senador Paim acredita que “todas as pautas que tramitam no Congresso Nacional impactam diretamente e indiretamente as mulheres, principalmente, as mulheres negras, que são invisibilizadas pelas políticas públicas”. “As mulheres precisam estar onde elas quiserem, para o Brasil avançar de fato e de direito”, finaliza o parlamentar negro.

    Edição: Juliana Andrade

  • Policiais da Patrulha Maria da Penha relatam a missão de ajudar vítimas a saírem do ciclo de violência doméstica

    Policiais da Patrulha Maria da Penha relatam a missão de ajudar vítimas a saírem do ciclo de violência doméstica

    Quando entraram para a corporação, elas logo se identificaram com a vida e a missão da Polícia Militar de Mato Grosso. Atuando em diversas cidades e ajudando em diferentes tipos de ocorrências, hoje, a subtenente Patrícia Edvirges Duarte e a tenente Denyse Pereira Valadão, atuam no mesmo projeto que está salvando milhares de mulheres a saírem do ciclo de violência doméstica, no Estado.

    As duas mulheres entraram na PMMT aos 18 anos, a tenente Denyse, no ano de 2013, por meio do Curso de Formação de Oficiais (CFO) e atuou em diversos batalhões da Região Metropolitana. A subtenente Patrícia, no ano de 1998, como soldado da PM, e em toda a carreira trabalhou por cidades do Comando Regional de Cáceres, passou pelo Grupo Especial de Fronteira (Gefron) e chegou ao Primeiro Comando Regional, em Cuiabá.

    Em Cuiabá, no ano de 2018, as duas policiais, que estavam em diferentes batalhões, entraram juntas no projeto piloto do programa Patrulha Maria da Penha, que buscou atender mulheres vítimas de violência doméstica no bairro Dom Aquino. Foi onde perceberam as dificuldades que essas vítimas tinham em denunciar as agressões sofridas e, a partir disso, mudaram suas visões acerca das ocorrências de violência doméstica familiar.

    “Várias vezes eram as mesmas mulheres repetindo nas ocorrências e tinha a sensação de que nosso trabalho não estava sendo bem feito. Por que aquela mulher continuava sendo vítima? Me dava sensação de impotência e julgamento. Mas ainda sim tentava falar com os policiais da equipe sobre a necessidade do atendimento independente do julgamento ou não”, explica a tenente Denyse sobre sua sensação de atender as demandas de violência doméstica antes da Patrulha Maria da Penha.

    Já para a subtenente Patrícia, ao entrar para a equipe da Patrulha, ela logo percebeu sobre as condições que levavam as vítimas a não conseguirem sair sozinhas do ciclo de violência. “Passei a ter noção sobre os fatores que levam a mulher a ser vítima e que ela precisa de auxílio, assim como toda a nossa sociedade precisa de conscientização. Porque quando a gente fala de violência doméstica, a gente está falando de uma violência que ocorre no íntimo de uma família, onde todos sofrem”, relata.

    Desde 2018 com o projeto piloto, a Patrulha Maria da Penha vem acolhendo mulheres vítimas de violência doméstica e que possuem medidas protetivas de urgência deferidas pela Justica. O programa atende a todos os tipos de vítimas e com as visitas domiciliares, acompanha as mulheres e seus familiares e também alguns agressores, a fim de evitar o descumprimento das ordens judiciais e reincidência da violência.

    Uma das mulheres atendidas pela subtenente Patrícia e sua equipe, se tornou marcante para ela. A vítima era uma mulher boliviana, com cinco filhos, que primeiramente recusou a visita da Patrulha, mas pediu por ajuda após passar por uma nova situação de violência. “Ela estava em uma situação de desespero, além da violência, ela estava em uma vulnerabilidade social e passava fome naquela casa”, explica a policial sobre o que viu, após chegar na casa da vítima.

    “Nós fizemos um trabalho conforme as prioridades, sendo a primeira alimento para ela e os filhos. Encaminhamos para a delegacia para as demais providências, foi solicitada uma nova medida protetiva e acompanhamos essa vítima por um longo período. Percebemos a reinserção dela no mercado de trabalho, com cursos profissionalizantes. Todo um resgate, até que ela não precisou mais ser acompanhada pela patrulha”, afirma a subtenente que mostra que a vítima ficou bastante satisfeita com a ajuda da patrulha.

    A tenente Denyse também destaca uma situação marcante, onde ajudou uma vítima a reconstruir sua vida após passar 20 anos em um ciclo de violência com seu agressor. “É uma mulher bem sucedida, mas não tinha nem a chave de casa e tudo era controlado pelo agressor, inclusive o salário dela. Ela não podia ter amigos e vivia sob ameaças, já que ele possuía armas de fogo”.

    Segundo a tenente, a vítima foi se escondendo dentro do ciclo de violência e após a prisão do homem, conseguiu retomar o controle de sua vida. “Hoje vejo como a Patrulha foi importante. Ela está bem fisicamente, se cuidando, se valorizando e conseguindo superar o que ela vivenciou. Foram mais de 20 anos sofrendo violência de todas as maneiras, que ela superou sendo ajudada pela Patrulha”, afirma.

    Atualmente, essas duas policiais são fundamentais para a execução da Patrulha Maria da Penha em diferentes lugares de Mato Grosso. A tenente Denyse é a responsável pelo programa em Cuiabá, que atende a mais de 100 bairros e que em breve terá uma sede própria da Patrulha, no 1º Batalhão da PM. Enquanto isso, a subtenente Patrícia foi transferida para a cidade de Campo Novo do Parecis, e desde o ano passado ajuda na implantação do programa na cidade. Segundo a policial, atualmente mais de 80 mulheres são acolhidas pelo programa dentro do município.

    A tenente Denyse afirma que se sente honrada por ser uma mulher que ajuda outras mulheres por meio da Patrulha Maria da Penha, e afirma que o programa desenvolvido pela Polícia Militar é fundamental para tirar as mulheres do ciclo de violência. “Digo que é uma honra porque pude participar de toda a criação e formulação do trabalho, da instrução normativa, da capacitação. Hoje vejo a Patrulha como programa fundamental da instituição Polícia Militar e vejo que podemos fazer o máximo possível para que a mulher saia do ciclo de violência”, afirma a tenente.

    Para a subtenente Patrícia é gratificante fazer parte de um programa que está trazendo bons resultados na diminuição dos índices de violência em todas as cidades onde atua. “Eu acredito que esse é um trabalho essencial da PM, porque diminui o índice dos crimes contra mulher e dá credibilidade às decisões judiciais. Me sinto honrada por ser uma policial militar mulher e trabalhar em prol de outras mulheres, juntamente com o policial masculino, onde ambos têm o mesmo objetivo, que é combater a violência doméstica”.

    Enfrentamento da violência doméstica

    Para a responsável pela Coordenadoria de Polícia Comunitária de Direitos Humanos (CPCDH), onde está inclusa a Patrulha Maria da Penha, tenente-coronel Emirella Martins, é necessário que toda a sociedade entenda a importância de enfrentar a violência doméstica. “Não podemos fazer de conta que nada está acontecendo, precisamos atuar enquanto sociedade e saber a importância de trabalharmos juntos para vencermos a violência doméstica contra mulheres”, explica.

    A tenente-coronel Emirella também destaca o papel fundamental da Patrulha, que é de acolhimento e acompanhamento às vítimas de agressão e que possuem medidas protetivas de urgências. E também para as mulheres vítimas de violência que não registraram boletim de ocorrência.

    A responsável pelo programa em nível estadual explica que todos os policiais que participam da Patrulha Maria da Penha são qualificados para saberem tratar de assuntos sobre direito das mulheres e também na comunicação com as vítimas, diante de uma situação de fragilidade.

    Patrulha Maria da Penha em 2021

    A Patrulha Maria da Penha alcançou mais de 17 mil pessoas no ano de 2021, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (07.03). Foram 3.177 mulheres acolhidas pelo programa e atendidas mais de 7.612 medidas protetivas de urgência. Entre as vítimas acompanhadas pela patrulha, não houve nenhum registro de feminicídio.

    Ainda entre os números divulgados, das medidas protetivas houve descumprimento em 110 casos. Resultando em uma eficiência de 99% na fiscalização das medidas protetivas. Ainda segundo o balanço, houve reincidência da violência doméstica e familiar em 123 casos, causando 96% de efetividade na prevenção de novos crimes contra as vítimas acompanhadas pelo programa.

    Em 2021, o programa ampliou sua participação de 15 para 64 municípios no Estado e realizou 13.135 atendimentos, entre visitas solidárias às vítimas, encaminhamentos para outras instituições (como saúde, educação, serviço social e outros), além de palestras, lives, blitz educativas e capacitações. A Patrulha Maria da Penha também visitou 2.500 homens monitorados e realizou a prisão de 45 agressores que descumpriram as medidas judiciais.

     

  • Dia da Mulher será comemorado com grande festa em Lucas do Rio Verde

    Dia da Mulher será comemorado com grande festa em Lucas do Rio Verde

    Para comemorar o Dia Internacional da Mulher, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde está preparando uma programação especial para todas as luverdenses. A grande festa será no dia 06 de março, a partir das 19h30, no Centro de Eventos Roberto Munaretto.

    De acordo com a secretária de Assistência Social, Lucileide Gurka, “a programação reúne música ao vivo, apresentação de dança, homenagens, apresentação teatral e sorteio de brindes”.

    A secretária também informa que haverá transporte gratuito no dia do evento, a partir das 18h30, passando pelas praças dos bairros Rio Verde, Tessele Junior e Jaime Seiti Fujii.

    A primeira-dama Rafaela Frizzo ressalta que a festa está sendo preparada com muito carinho por todos os organizadores. “Para nossa comemoração no dia 06 teremos várias atividades especiais para as mulheres, é um momento dedicado a elas. Convido todas as luverdenses para participarem dessa festa, a entrada é gratuita, e estamos esperando a participação de cerca de 1.500 mulheres”.