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  • A busca pelo “mundo perdido” em Mato Grosso: O misterioso desaparecimento do Coronel Fawcett, um “Indiana Jones” da vida real

    A busca pelo “mundo perdido” em Mato Grosso: O misterioso desaparecimento do Coronel Fawcett, um “Indiana Jones” da vida real

    Nas vastas e inexploradas terras de Mato Grosso, ecoa até hoje a saga do coronel britânico Percy Harrison Fawcett, uma figura lendária que personificou o espírito aventureiro de um verdadeiro “Indiana Jones” da vida real.

    No início do século XX, Fawcett deixou para trás a segurança da civilização para se embrenhar no coração da Amazônia mato-grossense, movido por uma busca obstinada por uma cidade perdida que ele batizou de “Z”.

    Leia também: Qual a relação entre a criação de Indiana Jones e a ”cidade perdida” de Mato Grosso?

    Sua jornada, repleta de descobertas e perigos, culminou em um desaparecimento misterioso que alimenta especulações e fascínio por quase um século.

    A missão em terras mato-grossenses:

    Percy Fawcett não era um aventureiro amador. Condecorado militar, arqueólogo e geógrafo, ele possuía vasta experiência em explorações em regiões remotas. Sua vinda a Mato Grosso, e a outras partes da América do Sul, não era motivada apenas pela sede de aventura, mas por uma convicção científica. Baseado em antigos mapas e lendas locais, Fawcett acreditava firmemente na existência de uma civilização avançada, anterior aos Incas, escondida nas profundezas da selva amazônica.

    Em suas expedições anteriores, Fawcett já havia coletado artefatos e ouvido relatos de ruínas antigas, o que só reforçava sua teoria. Sua missão em Mato Grosso era, portanto, encontrar vestígios dessa civilização perdida, desvendar seus segredos e reescrever a história da América do Sul. A região, com sua densa floresta, rios sinuosos e comunidades indígenas isoladas, representava um desafio formidável, mas também a promessa de uma descoberta histórica sem precedentes.

    O desaparecimento enigmático:

    Em 1925, aos 58 anos, Fawcett liderou sua expedição final em busca de “Z”. Acompanhado de seu filho mais velho, Jack, e de um amigo, Raleigh Rimell, ele adentrou as profundezas de Mato Grosso. Enviou cartas esporádicas à sua esposa, Nina, descrevendo as dificuldades da jornada, mas também vislumbres de esperança. A última comunicação data de 29 de maio de 1925, de um local chamado “Dead Horse Camp”. Depois disso, o silêncio.

    O desaparecimento de Fawcett e seus companheiros gerou uma onda de buscas e expedições de resgate, muitas delas também terminando em tragédia ou mistério. A selva mato-grossense parecia ter engolido o famoso explorador sem deixar rastros. Diversas teorias surgiram ao longo dos anos: ataque de tribos indígenas hostis, morte por doença ou acidente, ou até mesmo a possibilidade de terem encontrado a cidade perdida e decidido permanecer em seu isolamento. No entanto, nenhuma explicação definitiva jamais foi comprovada.

    Fawcett e Indiana Jones: Um paralelo fascinante:

    A figura de Percy Fawcett inevitavelmente evoca a imagem de Indiana Jones, o icônico arqueólogo aventureiro do cinema. Ambos eram homens cultos, destemidos e obcecados pela busca de mistérios antigos em terras inóspitas. Assim como Indy desbrava selvas e enfrenta perigos em busca de artefatos lendários, Fawcett se lançou nas profundezas de Mato Grosso em busca de uma civilização perdida.

    Ambos também compartilham um certo fascínio pelo desconhecido e uma disposição a desafiar as convenções da época em nome de suas convicções. Enquanto Indiana Jones combatia nazistas e se esquivava de armadilhas em templos antigos, Fawcett enfrentava os perigos da natureza selvagem e a desconfiança de muitos que duvidavam da sua sanidade.

    A busca de Fawcett pela cidade perdida “Z” em Mato Grosso, assim como as aventuras de Indiana Jones em busca da Arca Perdida ou do Santo Graal, captura a imaginação do público e nos lembra da persistente curiosidade humana em desvendar os segredos do passado e os mistérios do nosso planeta.

    O legado duradouro:

    O mistério que envolve o desaparecimento de Percy Fawcett em Mato Grosso permanece um enigma fascinante. Sua história inspirou livros, documentários e filmes, perpetuando a lenda do explorador audacioso que se atreveu a buscar o “Mundo Perdido” no coração da América do Sul. Embora “Z” nunca tenha sido encontrada e o destino de Fawcett permaneça desconhecido, sua saga continua a nos lembrar da vastidão e dos segredos ainda ocultos nas profundezas da natureza, e da coragem daqueles que se aventuram a desvendá-los. Em Mato Grosso, a lenda do coronel Fawcett vive, entrelaçada com a própria história da exploração e os mistérios da sua exuberante selva.

  • Fim da isenção? Pedágio na BR-163 em Mato Grosso cobrará todos os eixos de caminhões com MDF-e

    Fim da isenção? Pedágio na BR-163 em Mato Grosso cobrará todos os eixos de caminhões com MDF-e

    Em Mato Grosso, caminhões que circularem pela BR-163 a partir de hoje terão uma nova forma de cobrança de pedágio. A concessionária responsável pela rodovia passará a cobrar por todos os eixos dos veículos de carga, mesmo aqueles que estiverem levantados, caso o Manifesto Eletrônico de Documentos Fiscais (MDF-e) do transporte esteja ativo.

    Essa mudança, que tem o aval da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), busca evitar que transportadoras declarem falsamente que seus caminhões estão vazios para não pagar pelos eixos suspensos, quando na verdade estão carregados.

    A fiscalização será feita automaticamente por meio de câmeras que lerão as placas dos veículos e verificarão se há um MDF-e aberto no sistema do Operador Nacional dos Estados (ONE). Se houver, o sistema entenderá que o caminhão está carregado e cobrará o pedágio por todos os eixos.

    Apesar da tecnologia, fiscais também farão uma inspeção visual. Se confirmarem que o caminhão realmente não está transportando carga, a isenção para os eixos que não tocam o chão continuará valendo. A orientação para os transportadores é encerrar o MDF-e assim que a carga for entregue, para evitar cobranças indevidas.

  • Homem é indenizado após exame toxicológico falsamente positivo em Mato Grosso

    Homem é indenizado após exame toxicológico falsamente positivo em Mato Grosso

    Cuiabá, Mato Grosso — Um motorista profissional será indenizado em R$ 20 mil por danos morais após ser prejudicado por um exame toxicológico com resultado falso-positivo para cocaína, realizado durante um processo seletivo de emprego. A decisão judicial foi publicada nesta segunda-feira (28), pela 5ª Vara Cível de Cuiabá.

    De acordo com os autos, o candidato estava desempregado desde 2015 e havia sido indicado para uma vaga de motorista. Como parte da seleção, foi submetido a exame toxicológico em um ponto de coleta hospitalar de Cuiabá, com análises realizadas por dois laboratórios privados. O laudo apontou consumo de entorpecentes, o que levou à recusa da contratação e manchou sua imagem profissional e pessoal.

    Inconformado, o candidato realizou uma contraprova dentro da janela de detecção de 180 dias, cujo resultado foi negativo para qualquer substância ilícita. Ainda assim, permaneceu fora do mercado de trabalho de Mato Grosso e enfrentou constrangimentos sociais por conta do laudo incorreto.

    Na sentença, o juiz destacou a falha técnica dos laboratórios, que não ofereceram meios de revisão ou conferência do exame inicial. “O autor foi impedido de assumir o emprego e sofreu humilhações públicas”, afirmou.

    A indenização fixada em R$ 20 mil será acrescida de juros e correção monetária. A decisão cabe recurso.

  • Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    Em Mato Grosso, armazenagem não acompanha evolução da safra e pode gerar risco para safras futuras

    De acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado de Mato Grosso tem produção estimada em 97,38 milhões de toneladas de soja e milho na safra 24/25, volume que o mantém como o maior produtor agrícola do país, responsável por 30,75% da produção nacional. No entanto, essa força produtiva esbarra em um gargalo estrutural que compromete o desenvolvimento do setor nos próximos anos, a armazenagem. Com capacidade estática, estimada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), de armazenar 52,29 milhões de toneladas, o Imea aponta um déficit de 45,10 milhões de toneladas.

    Nos últimos 10 anos, dados da Conab indicam que a produção estadual aumentou em 51,6 milhões de toneladas, enquanto a capacidade de armazenagem saiu de 37,82 milhões de toneladas em 2015 (safra 13/14), para 52,29 milhões em 2025 (safra 23/24), um crescimento que não acompanha a evolução do volume de grãos produzidos. Considerando a expectativa de aumento de produção, o IMEA aponta que será necessário ampliar em 177,13% a capacidade de armazenagem até 2034, caso contrário, o déficit de armazenagem poderá ser 71,87% maior que o projetado para 2025, chegando a 77,51 milhões de toneladas.

    Para o vice-presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), Luiz Pedro Bier, este problema afeta não apenas a logística, mas também a segurança econômica e estratégica do Estado. Ele lembra que a concentração do escoamento nos primeiros meses do ano gera sobrecarga nas rodovias e nos portos, com aumento do custo do frete e perda de competitividade.

    “A grande maioria dos armazéns estão nas mãos de tradings e a gente precisa que esse armazém esteja na mão do produtor. Nós precisamos de linhas de financiamentos menos burocratizadas e com juros mais acessíveis. A questão da armazenagem de grãos é uma questão econômica muito importante, mas também é uma questão de soberania nacional ter o controle do próprio grão”, afirma.

    Desde 2021, a campanha Armazém para Todos tem orientado produtores de todo o estado, como Rosana Balbieri Leal, de Primavera do Leste, que estava enfrentando dificuldades para ampliar o armazém que tinha em sua fazenda. Ela conta que através do simulador disponibilizado pela entidade, conseguiu calcular a viabilidade, considerando o volume de produção, a distância da propriedade, média de frete e até descontos por umidade.

    “Começamos a mexer na plataforma e vimos que o armazém se pagava em dois ou três anos, devido à quantidade de frete e ao que perdia de desconto com umidade. Aumentamos o armazém para mais 160 mil sacas, totalizando 185 mil sacas. Depois de dois anos ele ficou pequeno, daí fizemos mais um silo de 100 mil sacas. Então, hoje, tem capacidade para quase 285 mil sacas de grãos, que é o suficiente para você fazer um giro legal e sair do momento crítico de preço de frete ou de questões de umidade. Você consegue colher, jogar no seu pulmão e voltar. E essa conta, hoje, em 2025, se fecha, pois ele está praticamente pago”, relata Rosana.

    A agricultora ressalta que ter uma estrutura de armazenagem é um grande diferencial. “Quando você tem um armazém, você é dono do seu produto e consegue fazer um planejamento melhor dessa comercialização. A que hora vou vender e a hora que eu não vou vender, essas decisões começam a ser suas, você sai do mercado de soja disponível e entra no mercado de soja que está tendo balcão”, acrescenta.

    O delegado do núcleo de Campos de Júlio, Ivo Frohlich Junior, também construiu estrutura própria e já conseguiu armazenar os grãos da safra 24/25 para garantir melhores contratos de comercialização. “A gente depositava a nossa soja na trading e no ano passado, a soja chegou em R$ 160 reais a saca na nossa região, sendo que nas tradings estavam pagando em torno de R$ 100 até R$ 110 reais, ou seja, tinha papel e não tinha grão, já hoje o que nós temos é a valorização do grão”, conta.

    Segundo o produtor, o armazém foi feito para atender a primeira safra e, portanto, continuará utilizando silo bolsa para armazenagem da segunda safra. “A soja a gente sabe que o custo desse armazenamento é um pouco elevado. Então, com isso, a gente fez a estrutura somente para a soja”, enfatiza.

    Diante da dificuldade de financiar armazéns próprios, muitos produtores avaliam a construção de armazém através de cooperativa ou em condomínio com outros produtores. “Temos muitos pequenos produtores que são os principais prejudicados e eu acredito que nós temos que unir esses pequenos produtores para eles montarem uma unidade. Nós já temos em nossa região um caso parecido, de cinco a seis produtores que se uniram e compraram uma unidade de beneficiamento, no caso, de armazenagem. Eles se uniram, produtores com 200, 300 hectares, e essa unidade já está rodando pelo segundo ano consecutivo”, afirma Junior.

    Por meio da Comissão de Política Agrícola, a Aprosoja Mato Grosso continuará em busca de políticas públicas e de campanhas orientativas que incentivem a construção de silos em propriedades de pequeno e médio porte, para ampliar a capacidade de armazenamento no estado. Armazéns próprios ou em condomínio, representam uma estratégia importante para os agricultores, pois permite a comercialização da produção em momentos oportunos. Além disso, oferecem maior segurança diante de adversidades climáticas durante a colheita, fortalecem a segurança alimentar e contribuem para a soberania nacional.

  • Corpo de Bombeiros orienta sobre como agir (e o que evitar) em acidentes de trânsito em Mato Grosso

    Corpo de Bombeiros orienta sobre como agir (e o que evitar) em acidentes de trânsito em Mato Grosso

    O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) oferece orientações cruciais sobre como proceder em situações de emergência, especialmente em acidentes de trânsito com vítimas presas ou em locais de difícil acesso, que demandam cautela e consciência nas ações de socorro. O objetivo é instruir a população sobre o que fazer e o que evitar até a chegada do atendimento especializado.

    A tenente-coronel BM Marielle Paula Voltarelli Rodrigues, diretora adjunta de Saúde do CBMMT, explica que os primeiros socorros consistem em ações imediatas realizadas no local do acidente antes da chegada de profissionais.

    Segundo a oficial, cada ocorrência possui suas particularidades, e tentar auxiliar as vítimas sem o preparo técnico adequado pode agravar ainda mais a situação e colocar vidas em risco. “Acidentes envolvendo veículos em chamas, em curvas perigosas ou com exposição a substâncias tóxicas exigem uma avaliação cuidadosa”, ressalta.

    Apesar da complexidade de algumas situações, existem condutas básicas que qualquer pessoa pode seguir para auxiliar as vítimas de forma segura:

    • Mantenha a calma e evite agir impulsivamente.
    • Sinalize a área do acidente com o triângulo de segurança do veículo, posicionando-o sempre a uma distância segura.
    • Ligue imediatamente para o número de emergência 193, fornecendo informações precisas sobre o número de vítimas e seu estado aparente.

    É igualmente importante estar ciente do que não se deve fazer em tais situações:

    • Não abandone a vítima sob nenhuma circunstância.
    • Não se omita em prestar socorro, mesmo que não tenha testemunhado o acidente.
    • Não tente remover a vítima das ferragens do veículo. Essa ação requer treinamento e equipamentos específicos.
    • Evite tumultuar o local do acidente, mantendo a área o mais livre possível para a atuação das equipes de resgate.
    • Não se recuse a colaborar com as autoridades presentes no local.

    A diretora de saúde reforça que indivíduos sem formação profissional na área da saúde ou conhecimento mínimo necessário devem evitar o contato direto com a vítima. A assistência mais eficaz, nesses casos, é acionar o resgate do Corpo de Bombeiros Militar, através do 193, ou do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), pelo número 192, e aguardar a chegada das equipes em um local seguro.

    “A conscientização sobre os limites da ação leiga é fundamental. Agir de maneira inadequada pode piorar o quadro da vítima, mesmo que a intenção seja boa”, concluiu a tenente-coronel Marielle.

  • Adolescente de Mato Grosso é suspeito de ajudar a planejar atentado contra show de Lady Gaga no Rio de Janeiro

    Adolescente de Mato Grosso é suspeito de ajudar a planejar atentado contra show de Lady Gaga no Rio de Janeiro

    A Polícia Civil de Mato Grosso, através da delegacia de Campo Novo do Parecis, colaborou com a operação “Fake Monsters”, deflagrada neste sábado (3.5) pela Polícia Civil do Rio de Janeiro. A ação investiga crimes cibernéticos relacionados à incitação ou financiamento de terrorismo, planejamento de atos terroristas e outros crimes de ódio.

    O apoio da polícia mato-grossense consistiu no cumprimento de um mandado de busca e apreensão expedido pela Justiça do Rio de Janeiro. O alvo da diligência foi uma residência localizada no bairro Alvorada, em Campo Novo do Parecis, onde reside um adolescente de 15 anos. O jovem é suspeito de praticar atos infracionais análogos a crimes cibernéticos através de aplicativos e redes sociais.

    Segundo as investigações da polícia carioca, as ações do adolescente e de outros alvos da operação estariam relacionadas ao show da cantora Lady Gaga, realizado neste sábado (3.5) no Rio de Janeiro.

    Durante a operação em Campo Novo do Parecis, foram apreendidos um celular iPhone 11, utilizado pelo adolescente para acessar os aplicativos, e a CPU de um computador também de sua propriedade.

    Posteriormente, a equipe policial se dirigiu a um segundo endereço ligado ao adolescente, seguindo o procedimento padrão, uma vez que os objetivos da busca no primeiro local já haviam sido alcançados.

  • ALMT busca excluir Mato Grosso de regra de desapropriação por crimes ambientais decidida pelo STF

    ALMT busca excluir Mato Grosso de regra de desapropriação por crimes ambientais decidida pelo STF

    Em Mato Grosso, parlamentares da Assembleia Legislativa (ALMT) estão se mobilizando para dialogar com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino. O objetivo é buscar uma exceção para o estado em relação à nova regra que autoriza a desapropriação de propriedades rurais envolvidas em incêndios criminosos ou desmatamento ilegal, desde que a culpa dos proprietários seja comprovada.

    Essa articulação ocorre após recentes decisões do ministro, divulgadas na última segunda-feira (28.04), que reforçam o combate ao desmatamento e às queimadas ilegais na Amazônia e no Pantanal. O STF entende que a Constituição permite a desapropriação de terras que não cumprem sua função social, como aquelas onde ocorrem crimes ambientais, mesmo que não estejam regularizadas.

    A deputada estadual Janaina Riva (MDB) expressou sua preocupação com a medida, prevendo um impacto significativo nos pequenos produtores. Ela argumenta que muitos assentados enfrentam dificuldades na obtenção de licenças ambientais, e a análise dos Cadastros Ambientais Rurais (CAR) pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) é excessivamente lenta.

    “No ritmo atual, a Sema levaria mais de um século para analisar todos os pedidos de CAR. O pequeno produtor, o assentado, não tem como esperar a licença para produzir. Na necessidade de alimentar sua família, ele pode acabar cometendo desmatamento ilegal”, afirmou Janaina durante uma sessão da ALMT na quarta-feira (30).

    A deputada informou que a Assembleia Legislativa, liderada pelo presidente Max Russi (PSB), já está buscando agendar um encontro com o ministro Flávio Dino para apresentar as consequências locais da decisão do STF.

  • Incentivos fiscais impulsionam investimentos e geração de empregos em Mato Grosso

    Incentivos fiscais impulsionam investimentos e geração de empregos em Mato Grosso

    O Relatório Anual de Desempenho dos Programas de Incentivos Fiscais de Mato Grosso referente ao exercício de 2024 revelou, mais uma vez, a eficácia das políticas públicas de fomento à economia estadual. Para cada R$ 1 de renúncia fiscal concedida, R$ 2,24 retornaram em forma de investimentos diretos pelas empresas beneficiadas pelos programas Prodeic, Proder e Proalmat.

    No período de 2020 a 2024, a renúncia fiscal somou R$ 22,4 bilhões, enquanto os investimentos diretos ultrapassaram R$ 62,5 bilhões, o que representa um retorno de R$ 2,79 para cada R$ 1 concedido em incentivo.

    “A relação do benefício concedido e o retorno em investimentos e empregos seguem positivos e essa é uma política que fomenta o crescimento dos setores industrial e agropecuário, modernização da infraestrutura produtiva, ampliação da competitividade regional e incremento indireto na arrecadação estadual”, destacou o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, César Miranda.

    Conforme o relatório, a Região Sudeste de Mato Grosso concentra o maior número de empresas incentivadas, com 2.463 inscritos, seguida pelas regiões Médio Norte (1.922) e Centro-Sul (1.019). O destaque da Sudeste se justifica pela infraestrutura consolidada e condições favoráveis à produção agroindustrial, além da posição estratégica para o escoamento de mercadorias.

    Por outro lado, em volume de investimentos, a liderança é da Região Médio Norte, com R$ 3,47 bilhões aplicados em 2024, seguida pelas regiões Sudeste (R$ 2,63 bilhões) e Nordeste (R$ 2,5 bilhões). Essa injeção de capital fortaleceu a capacidade produtiva, modernizou instalações industriais e contribuiu diretamente para o fortalecimento das economias locais.

    Os valores dos investimentos das empresas beneficiadas tiveram redução de 2024, atingindo R$ 12 bilhões, enquanto em 2023 foram de R$ 18 bilhões. Segundo o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Sílvio Rangel, isso ocorre porque os investimentos realizados pelas indústrias não seguem uma trajetória linear, ou seja, uma empresa não realiza aportes robustos todos os anos.

    “Os investimentos industriais, especialmente os de grande porte, envolvem planejamento de médio e longo prazo, altos custos e, muitas vezes, períodos de maturação antes de gerar retorno. Ou seja, uma indústria pode investir fortemente em determinado ano na compra de máquinas, ampliação de estrutura ou modernização de processos e, nos anos seguintes, focar na consolidação desses investimentos e no aumento da produtividade com base na estrutura já instalada. Por isso, é natural que o volume de investimentos oscile de um ano para o outro, sem que isso signifique retração ou desinteresse, mas sim uma estratégia empresarial consistente”.

    Resultados por programa

    No Prodeic, o faturamento total de vendas internas e interestaduais das empresas incentivadas em 2024 foi de R$ 72,9 bilhões, com destaque para o crescimento na diversidade de produtos fabricados no Estado. As empresas incentivadas registraram 1.039 NCMs distintas, um aumento de mais de 51% em cinco anos. Produtos ligados a biocombustíveis e indústria alimentícia somaram mais de R$ 39 bilhões em vendas.

    Já o Proder, voltado ao desenvolvimento rural, destacou-se com vendas interestaduais que ultrapassaram R$ 1 bilhão em 2024, um crescimento de 13,8% em relação ao ano anterior. As cadeias produtivas do gado bovino e do feijão foram os destaques.

    No Proalmat, específico para a cadeia do algodão, registrou um faturamento de R$ 18,3 bilhões, 51,17% superior ao de 2023. A arrecadação do Fethab ligada ao setor alcançou R$ 376 milhões, com aumento de 62,1%.

    A consolidação dos dados foi possível por meio do Sistema de Monitoramento de Benefício Fiscal (SIMBEF), lançado no final de 2024. A ferramenta digital permite o envio ágil e seguro de informações pelas empresas beneficiadas, promovendo transparência e eficiência no acompanhamento dos resultados.

  • Clima favorável impulsiona desenvolvimento do algodão em Mato Grosso, mas maio inspira atenção

    Clima favorável impulsiona desenvolvimento do algodão em Mato Grosso, mas maio inspira atenção

    A safra 2024/25 de algodão em Mato Grosso apresenta um desenvolvimento promissor, impulsionado por condições climáticas favoráveis desde o início do plantio. Segundo a projeção do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), 51,14% das lavouras já atingiram a fase de pendoamento, enquanto 9,46% estão em florescimento. Analistas do Imea destacam a contribuição positiva do clima para a cultura no estado.

    As chuvas registradas ao longo de abril foram especialmente benéficas para as áreas de segunda safra, que tiveram um plantio mais tardio. Um percentual significativo de 46,52% dessas áreas ficou fora da janela considerada ideal para o cultivo, que se encerrou em 31 de janeiro.

    No entanto, a atenção dos produtores e do Imea se volta agora para o mês de maio. A previsão é de que volumes elevados de chuva possam ocorrer no estado. Caso se confirmem durante a atual fase fenológica do algodão, a alta umidade pode impactar negativamente o manejo das lavouras e comprometer a qualidade dos capulhos, principalmente nas áreas de primeira safra, que foram semeadas mais cedo.

    Dados do NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) indicam uma probabilidade de chuvas acima da média histórica até o dia 7 de maio em parte das regiões norte, nordeste e médio-norte de Mato Grosso. A persistência desse cenário pode gerar impactos no rendimento final da safra.

    Área Cultivada e Projeção de Produção

    Com o encerramento da semeadura da safra 2024/25 em fevereiro, o Imea pôde refinar a estimativa da área cultivada em Mato Grosso. A projeção atual aponta para 1,51 milhão de hectares dedicados ao algodão na temporada, representando uma leve redução de 1,18% em comparação com a estimativa de março. Essa diminuição é atribuída principalmente ao atraso no plantio e, consequentemente, na colheita da soja, o que encurtou a janela ideal para o plantio do algodão.

    A produção de algodão em caroço está projetada em 6,42 milhões de toneladas, e a produção de pluma em 2,67 milhões de toneladas. Ambas as estimativas representam um recuo de pouco mais de 1,20% em relação à projeção de março.

    Apesar da revisão para baixo nas estimativas de área e produção em relação ao mês anterior, o Imea ressalta que a área cultivada nesta safra ainda é 2,97% superior à registrada no ciclo 2023/24. Em relação à produtividade, o instituto mantém a média dos últimos anos, considerando o estágio inicial de desenvolvimento da cultura. Com isso, a produtividade média estimada é de 284,26 arrobas por hectare, um índice 2,56% inferior ao alcançado na safra passada.

  • Suspeito é preso por vender carne de cavalo como bovina em Mato Grosso

    Suspeito é preso por vender carne de cavalo como bovina em Mato Grosso

    Um homem foi detido pela Polícia Militar no bairro Três Barras, em Cuiabá, Mato Grosso, sob a suspeita de transportar e comercializar carne de cavalo como se fosse de gado. A prisão ocorreu na tarde desta quinta-feira (02), após denúncia de que o indivíduo estaria utilizando o porta-malas de um Fiat Uno para transportar a carne de origem duvidosa.

    A polícia foi acionada por volta das 17h30, informada sobre um possível carregamento de carne de cavalo abatido dentro de um veículo. Ao localizarem o carro, os policiais realizaram a abordagem e, durante a revista veicular, encontraram partes de um animal abatido. A Polícia Militar não pôde confirmar de imediato se a carne era bovina ou equina.

    O suspeito alegou que a carne seria de uma novilha de sua propriedade que teria se perdido próximo a um supermercado no bairro Morada do Ouro. No entanto, ele não apresentou qualquer documentação que comprovasse a propriedade ou a origem legal do produto.

    O denunciante informou às autoridades que o mesmo homem já teria furtado e abatido um cavalo de sua propriedade em ocasiões anteriores, afirmando possuir evidências fotográficas e videográficas dos atos. Segundo o relato, o suspeito costuma abater cavalos para vender a carne de forma clandestina. A Polícia Militar orientou o denunciante a apresentar as provas à Polícia Civil para investigação.

    Diante da falta de comprovação da origem da carne e das suspeitas de fraude e abate clandestino, o homem foi preso em flagrante e encaminhado à Central de Flagrantes para as providências legais. A Polícia Civil investigará o caso, e a análise da carne apreendida poderá configurar crimes contra a saúde pública e maus-tratos a animais, dependendo da confirmação da espécie abatida.