A dinâmica do comércio internacional em Mato Grosso revela um protagonista consistente: Rondonópolis. Mesmo diante de um recuo de 26% no volume de negócios em comparação com o mesmo período do ano anterior, o município assegurou a primeira colocação no ranking estadual de exportações durante o primeiro quadrimestre de 2025. Os dados, divulgados pelo Ministério da Indústria e Comércio Exterior nesta quarta-feira (7), indicam que a cidade movimentou expressivos U$ 790,68 milhões em vendas para o exterior, figurando ainda entre os 25 maiores exportadores do Brasil, precisamente na 22ª posição.
O desempenho exportador de Rondonópolis representou quase 10% (9,8%) do total embarcado por Mato Grosso e 0,7% de todas as exportações realizadas pelo Brasil no período de janeiro a abril. Apenas no mês de abril, o fluxo de mercadorias para outros países originárias do município alcançou a cifra de U$ 235 milhões.
Em um contraponto, o município de Rondonópolis demonstrou uma retração significativa no fluxo de compras internacionais. As importações registraram uma queda acentuada de 49,8% no acumulado dos quatro primeiros meses do ano, em relação ao mesmo intervalo de 2024, totalizando U$ 103,52 milhões. Apesar da queda, a cidade se posicionou como o terceiro maior importador do estado e o 141º no cenário nacional.
O volume de mercadorias ingressando no município representou 16,3% do total importado por Mato Grosso e uma parcela modesta de 0,1% das importações brasileiras. Somente em abril, as importações locais somaram U$ 29,6 milhões.
A balança comercial de Rondonópolis no primeiro quadrimestre de 2025 apresentou um saldo amplamente positivo. Ao confrontar o montante exportado (U$ 790,68 milhões) com o valor importado (U$ 103,52 milhões), o município registrou um superávit robusto de U$ 687,16 milhões.
A análise dos destinos das exportações revela a China como principal parceiro comercial de Rondonópolis neste início de ano. O gigante asiático absorveu U$ 230 milhões em produtos locais, o que corresponde a 29% do total exportado pelo município no período. No que tange aos produtos, a torta e outros resíduos sólidos da extração do óleo de soja se destacaram como o principal item de exportação, representando 48% do total. A soja em grãos figurou em segundo lugar, com 27% das vendas externas, seguida pelo algodão (16%) e pela carne bovina (4,2%).
No âmbito das importações, a pauta de Rondonópolis foi dominada pela aquisição de adubos ou fertilizantes, que representaram mais de 81% do valor total importado. Os inseticidas também tiveram uma participação relevante, correspondendo a 7,6% das compras internacionais do município.
Mais de 36,4 mil trabalhadores do setor privado com carteira assinada em Mato Grosso já se beneficiaram do Crédito do Trabalhador, o programa do Governo Federal que facilita o acesso a empréstimos com taxas de juros mais acessíveis, utilizando o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como garantia. Até o dia 7 de maio, o volume total de contratos firmados no estado atingiu a marca de R$ 235,71 milhões.
Com um valor médio por empréstimo de R$ 6,3 mil, a prestação média mensal para os trabalhadores mato-grossenses que aderiram ao programa ficou em R$ 375,72.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, destacou o impacto positivo do programa na vida financeira das famílias trabalhadoras. “O programa melhora a qualidade de vida das famílias trabalhadoras, que podem tomar um crédito com juros mais baixos, visto que os empréstimos têm garantias que chegam a 10% do FGTS”, afirmou o ministro, alertando também para a importância de evitar as altas taxas de juros do cartão de crédito. “O trabalhador precisa ter cautela para fazer o empréstimo e pesquisar as melhores taxas”, recomendou.
Panorama nacional
Em pouco mais de um mês desde o seu lançamento, o Crédito do Trabalhador já ultrapassou a marca de R$ 10 bilhões em empréstimos consignados aprovados em todo o país, beneficiando 1,8 milhão de trabalhadores com carteira assinada. A média dos empréstimos em nível nacional é de quase R$ 5,4 mil por contrato, com uma prestação média de R$ 323,76 e um prazo médio de 17 meses para quitação.
Uma sondagem recente da Abrasel revela um cenário de esperança para os estabelecimentos de Mato Grosso com a proximidade do Dia das Mães. A maioria dos empresários do setor no estado projeta um aumento nas vendas neste domingo, 11 de maio, em comparação com o desempenho registrado na mesma data do ano anterior.
De acordo com o levantamento, metade dos entrevistados em Mato Grosso vislumbra um acréscimo no faturamento entre 5% e 10%. Dentro desse grupo, uma parcela de 22% estima um crescimento de até 5%, enquanto 28% demonstram maior confiança, apostando em uma expansão de receita entre 6% e 10%.
Este otimismo local ecoa uma tendência nacional de recuperação gradual do setor, evidenciada pela diminuição no número de negócios operando no vermelho em março. A expectativa para o Dia das Mães, considerada uma das datas cruciais para o faturamento anual, e para o subsequente Dia dos Namorados, impulsiona a esperança de um aquecimento nas vendas. A Abrasel planeja inclusive ações promocionais para a Semana dos Namorados, buscando estender as oportunidades de receita.
Contudo, o presidente da Abrasel em Mato Grosso, Daniel Teixeira, adverte que, apesar das projeções positivas para as datas comemorativas, a realidade financeira de muitos estabelecimentos ainda é delicada. Um expressivo contingente de 50% das empresas do ramo no estado enfrenta o peso de dívidas em atraso, com destaque para os débitos fiscais federais (68%), estaduais (49%) e os compromissos bancários (37%).
A pressão inflacionária, que acumulou 5,48% entre abril de 2024 e março de 2025, representa outro obstáculo para a plena recuperação do setor. A maioria dos empresários mato-grossenses tem encontrado dificuldades em repassar integralmente o aumento dos custos aos seus clientes. Apenas uma minoria de 38% conseguiu ajustar seus preços de acordo com a inflação, enquanto uma parcela considerável de 33% não realizou qualquer reajuste, e 21% implementaram aumentos inferiores ao índice geral. Apenas 8% dos estabelecimentos elevaram seus preços acima da inflação.
O levantamento da Abrasel aponta que 37% dos bares e restaurantes de Mato Grosso possuem pagamentos pendentes, com os tributos federais e estaduais liderando as obrigações em atraso. Embora esse índice represente uma ligeira melhora em relação ao mesmo período de 2024, quando atingiu 40%, a situação financeira de muitos negócios ainda exige atenção.
Diante desse cenário misto de otimismo para datas específicas e desafios financeiros persistentes, a Abrasel nacional, sob a liderança de Paulo Solmucci, está articulando um plano de apoio abrangente para auxiliar os estabelecimentos em dificuldades. A iniciativa busca reunir esforços de diversas empresas para criar um movimento coordenado de suporte ao setor, cujos detalhes devem ser divulgados na próxima semana.
Com o encerramento do período chuvoso em Mato Grosso, a Nova Rota do Oeste reativou o terceiro turno de obras para dar celeridade à duplicação da BR-163/MT. Nesta etapa inicial, os trabalhos noturnos estão concentrados no trecho entre Diamantino e Lucas do Rio Verde — onde ocorre a ampliação da capacidade da rodovia — e em Sinop, onde a pista existente passa por reconstrução.
A duplicação da BR-163 foi retomada após o Governo de Mato Grosso assumir o controle acionário da concessionária e destinar investimentos da ordem de R$ 1,6 bilhão. Desde então, as frentes de trabalho vêm sendo reforçadas para garantir o cumprimento dos prazos estabelecidos junto à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
De acordo com o gerente de Obras da Nova Rota, Jhonatan Bezerra, a reativação do terceiro turno faz parte do planejamento estratégico da concessionária. “Durante o período chuvoso, há naturalmente uma redução no ritmo dos serviços devido às limitações climáticas. Agora, com a retomada das condições favoráveis, intensificamos as atividades com reforço das equipes e ampliação da jornada de trabalho, conforme previsto em nosso cronograma de execução”, destacou.
O trecho norte da BR-163 — que vai de Diamantino a Sinop — já conta com 100% das obras de duplicação contratadas. Ao todo, o Governo de Mato Grosso e a Nova Rota firmaram contratos com cinco consórcios responsáveis pela ampliação da rodovia entre o km 507 e o km 855. Mais de 100 quilômetros de novas pistas já foram entregues, além de serviços de recuperação e manutenção em todo o trecho sob concessão e a construção de viadutos e pontes, atualmente em andamento.
Uma extensa operação da Polícia Civil de Mato Grosso (PC), denominada “Poço sem Fundo“, desarticulou um esquema criminoso instalado na Companhia Mato-Grossense de Mineração (Metamat) desde 2020, que fraudava a execução de contratos de perfuração de poços artesianos. A investigação, conduzida pela Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor) após denúncia do Governo Estadual, revelou um prejuízo estimado de R$ 22 milhões aos cofres públicos.
Conforme informado pela redação do CenárioMT, ação policial, deflagrada nesta quinta-feira (8), cumpriu um total de 226 ordens judiciais, incluindo 30 mandados de busca e apreensão, o sequestro de 49 imóveis e 79 bens móveis, além do bloqueio de valores bancários pertencentes aos investigados e às empresas envolvidas, totalizando o montante do desvio identificado. Adicionalmente, foram implementadas medidas cautelares como o afastamento de servidores públicos de suas funções.
As investigações da Deccor foram iniciadas após o recebimento de informações sobre auditorias realizadas pela Controladoria Geral do Estado (CGE), que apontaram um significativo desfalque financeiro, estimado em pelo menos R$ 22 milhões, decorrente de irregularidades na execução dos contratos.
As determinações judiciais foram emitidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá contra seis empresas e 24 pessoas físicas, sendo 16 servidores ou ex-servidores públicos e oito empresários. Os mandados foram cumpridos nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Tangará da Serra.
Entre as medidas judiciais de maior impacto está a suspensão imediata dos pagamentos do Estado às empresas sob investigação, as quais também foram proibidas de firmar novos contratos com a administração pública estadual. A Justiça também autorizou a quebra do sigilo dos dados contidos nos dispositivos eletrônicos dos investigados e determinou o afastamento dos servidores da Metamat de seus cargos.
Outras medidas cautelares diversas da prisão foram decretadas, incluindo a proibição de contato entre os investigados e o impedimento de acesso aos prédios e dependências da Metamat e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec). Os passaportes dos suspeitos foram recolhidos, e o Judiciário, atendendo a um pedido da Polícia Civil, proibiu o Estado de nomear ou contratar os investigados para exercer qualquer cargo na administração pública estadual.
Detalhes do Esquema de Desvio
As investigações da PC revelaram a existência de uma organização criminosa estruturada na Metamat, com o objetivo de desviar recursos de contratos firmados pela estatal entre 2020 e 2023. O objeto desses contratos era a perfuração de poços artesianos para o abastecimento de água em comunidades rurais de Mato Grosso.
As empresas contratadas tinham a obrigação de construir os poços e garantir a distribuição da água aos moradores. No entanto, as auditorias da CGE constataram diversas irregularidades graves, incluindo a não localização de poços nos endereços indicados, a perfuração de poços sem condições de armazenamento de água e, em casos extremos, a identificação de poços construídos em locais totalmente alheios ao objetivo do programa, como propriedades particulares, áreas de pastagens e plantações, garimpos e até mesmo dentro de uma granja ou em áreas urbanas.
A CGE também identificou falhas significativas na execução e fiscalização das obras, que resultaram no pagamento por serviços não realizados ou mal executados, como a perfuração de poços secos ou improdutivos. A Polícia Civil, citando as auditorias, informou que “as inexecuções parciais dos contratos, pagamentos indevidos e transgressões nos termos das contratações resultaram em prejuízo de pelo menos R$ 22 milhões aos cofres públicos”.
O Poder Judiciário determinou a realização de auditorias complementares para detalhar o prejuízo causado em cada contrato específico e verificar a ocorrência de direcionamento nas licitações.
O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou esta semana sua primeira projeção de área plantada com soja para a safra 2025/26 em Mato Grosso. A estimativa inicial indica um crescimento de 1,67% em relação à safra anterior, totalizando 13,00 milhões de hectares cultivados com a oleaginosa no estado.
Apesar do avanço, o instituto destaca que a valorização da soja ainda é tímida, o que tem limitado o entusiasmo dos produtores em expandir a cultura de forma mais acelerada. O cenário de mercado atual não tem proporcionado estímulos suficientes para investimentos expressivos em novas áreas.
Entre as regiões do estado, o maior destaque ficou para o Norte e o Nordeste, com aumentos estimados de 3,07% e 3,00%, respectivamente. Esses avanços regionais compensam, em parte, o crescimento mais contido em outras localidades.
A análise do Imea reforça que o comportamento do mercado nas próximas semanas será decisivo para consolidar ou ajustar as expectativas dos produtores quanto à área efetivamente plantada no ciclo 25/26.
Duas novas cultivares de algodão com tecnologias genéticas avançadas acabam de ser disponibilizadas aos produtores brasileiros. Desenvolvidas pela Embrapa, em parceria com a IST Brasil – Lyntera, as variedades BRS 700FL B3RF e BRS 800 B3RF prometem atender demandas distintas do mercado: uma com fibra de alta qualidade voltada ao segmento de roupas premium e outra com forte resistência a doenças que desafiam a sustentabilidade da cotonicultura no País.
A primeira, BRS 700FL B3RF, é indicada para quem busca agregar valor com uma fibra longa a extralonga, de espessura fina e resistência elevada. Seu desempenho se aproxima do algodão importado dos tipos egípcio e pima, tradicionalmente utilizados para a produção de tecidos finos e de alto valor agregado. Já a BRS 800 B3RF tem foco em sanidade e produtividade, sendo indicada para regiões onde a presença de doenças como a ramulária e pragas como o nematoide de galhas comprometem a viabilidade do cultivo.
Ambas as cultivares são transgênicas e possuem a tecnologia Bollgard 3 RRFlex, que protege contra as principais lagartas do algodoeiro e permite o uso de herbicida glifosato. Segundo os pesquisadores responsáveis, essas características reduzem o número de aplicações de defensivos e os custos operacionais, além de contribuir para práticas mais sustentáveis.
Fibra de excelência para mercados exigentes
A cultivar BRS 700FL B3RF foi desenvolvida com foco na qualidade da fibra, alcançando comprimento médio de 33,5 milímetros e chegando a ultrapassar os 34 milímetros em mais da metade dos locais onde foi testada. O pesquisador Camilo Morello, coordenador do Programa de Melhoramento Genético do Algodoeiro na Embrapa Algodão (PB), afirma que esse desempenho é inédito no País. “Essa cultivar visa suprir uma demanda por fibras de alta qualidade, com maior valor agregado, já que o Brasil importa fibras de classificação extralonga, de algodoeiros dos tipos egípcio ou pima. Com a BRS 700FL B3RF, chegamos a uma qualidade de fibra bastante próxima, porém em algodoeiro herbáceo (Upland), preservando produtividade e sanidade”, declara Morello.
Além do comprimento, a fibra apresenta resistência de 32,8 gf/tex e micronaire de 3,7, o que garante boas condições para fiação e acabamento. A produtividade média da cultivar é de 4.524 quilos por hectare, com rendimento de fibra de 38%, porte alto e ciclo longo. Esses números representam um avanço em relação à primeira cultivar transgênica de fibra longa lançada pela Embrapa, a BRS 433FL B2RF, cuja fibra alcançava em torno de 32,5 milímetros.
A BRS 700FL B3RF é recomendada para cultivos nos biomas Cerrado e Caatinga, com destaque para os estados da Bahia, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rondônia, Minas Gerais, Paraná, São Paulo, Paraíba e Ceará.
Foto: Nelson Suassuna
Redução de perdas e economia com defensivos
A outra cultivar lançada, a BRS 800 B3RF, se destaca pela resistência a múltiplas doenças, incluindo a mancha de ramulária, a doença azul e a bacteriose (mancha angular). Além disso, apresenta resistência ao nematoide de galhas (Meloidogyne incognita), uma das pragas mais problemáticas do algodão, capaz de inviabilizar lavouras inteiras.
De acordo com o pesquisador da Embrapa Nelson Suassuna, a ramulária é a doença que exige o maior número de aplicações de fungicidas no Brasil, até oito durante o ciclo em variedades suscetíveis.
Ele conta que outro importante problema dos sistemas de produção com o algodoeiro é o nematoide de galhas, que causa drástica redução na produção das lavouras, muitas vezes inviabilizando a produção. “A nova cultivar oferece ao produtor uma forma de reduzir esses custos e ainda manter a produção em áreas afetadas, como no Mato Grosso e na Bahia, onde o nematoide está presente em cerca de 25% e 37% das áreas, respectivamente”, destaca Suassuna.
Com ciclo precoce, a BRS 800 B3RF é ideal para a segunda safra – prática comum no Mato Grosso – e para cultivos tardios sob pivô, como ocorre na Bahia. A produtividade média alcança 5 mil quilos por hectare, com rendimento de fibra de 42% e comprimento de 29,5 milímetros.
A cultivar é indicada para cultivos em Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rondônia, Tocantins, Minas Gerais, São Paulo e Paraná.
Tecnologia genética e adaptação regional
Ambas as cultivares utilizam a tecnologia Bollgard 3 RRFlex, da Bayer, amplamente adotada por oferecer proteção contra as principais lagartas do algodão, como a Heliothis e a Spodoptera. Essa tecnologia transgênica também confere tolerância ao herbicida glifosato, facilitando o manejo de plantas daninhas.
Outro ponto forte é a adaptação regional das cultivares. A BRS 700FL B3RF, com ciclo mais longo e exigência alta de regulador de crescimento, é indicada para áreas de maior controle técnico e ambiental. Já a BRS 800 B3RF, de ciclo curto e menor exigência de manejo, se adapta bem às áreas de segunda safra, ampliando as opções para os produtores em diferentes estados e climas.
Mercado de algodão em transformação
A disponibilização dessas cultivares ocorre em um momento estratégico. O Brasil é um dos maiores exportadores de algodão do mundo, mas ainda importa fibras especiais para atender indústrias têxteis voltadas ao segmento de luxo. Com a BRS 700FL B3RF, há a expectativa de que parte dessa demanda possa ser suprida internamente, agregando valor ao produto nacional e reduzindo a dependência de importações.
Ao mesmo tempo, a BRS 800 B3RF representa um reforço importante para a sustentabilidade da cadeia produtiva, especialmente em regiões onde doenças e pragas vinham comprometendo a rentabilidade das lavouras. As novas cultivares estarão disponíveis aos produtores por meio da IST Brasil – Lyntera, empresa licenciada para a multiplicação e comercialização das sementes.
Conheça os novos algodões
Foto: Camilo Morello
A cultivar de algodão BRS 700FL B3RF *
Ciclo: tardio
Exigência regulador: alta
Exigência em fertilidade: média-alta
Aderência da fibra: média-forte
Rendimento de fibra (%): 38
Peso do capulho (g): 5,7
Micronaire: 3,7
Comprimento da fibra (UHML – mm): 33,5
Resistência da fibra (gf/tex): 32,8
Índice de fibras curtas (%): 5,1
Produtividade média: 4.524 kg/ha
Foto: Camilo Morello
A cultivar de algodão BRS 800 B3RF *:
Ciclo: precoce
Cem pequenas empresas de Mato Grosso serão capacitadas para iniciar ou expandir suas atividades de exportação de forma planejada e segura através do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX). A iniciativa, que oferece acompanhamento técnico gratuito, engloba um diagnóstico empresarial detalhado, consultorias especializadas e a elaboração de um plano de exportação estratégico, com foco no aumento da competitividade e na incorporação de inovação.
Este programa é resultado de uma colaboração entre a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (APEX Brasil) e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Estado de Mato Grosso (Sebrae/MT). O acordo de parceria foi formalizado nesta quarta-feira (7), em Brasília, e prevê a destinação de R$ 2 milhões em recursos para empresas de diversos setores da economia mato-grossense, que serão selecionadas por meio de edital específico.
A implementação do PEIEX em Mato Grosso terá uma abordagem descentralizada, visando atender 50 pequenas empresas da região metropolitana de Cuiabá, 25 da região norte e 25 da região sudeste do estado, alinhando-se às potencialidades econômicas de cada território.
O presidente da APEX Brasil, Jorge Viana, enfatizou a relevância de Mato Grosso como um importante polo exportador de alimentos no cenário nacional, expressando sua convicção de que a parceria com o Sebrae/MT fortalecerá ainda mais o desempenho das empresas locais no mercado internacional.
O diretor técnico do Sebrae/MT, André Schelini, destacou que a parceria complementa o trabalho já desenvolvido pela instituição no estado, agregando novas perspectivas e ferramentas por meio de atendimentos, consultorias e soluções direcionadas aos clientes. O objetivo é maximizar as oportunidades de participação em feiras internacionais e atrair novos investimentos para Mato Grosso, que apresenta um crescimento econômico superior à média do país.
O gerente da Unidade de Assessoria Internacional do Sebrae Nacional, Vinícius Lages, ressaltou o vasto potencial de Mato Grosso para expandir suas exportações em diversos setores, que vão além do agronegócio, incluindo serviços, mármore, minérios e outros segmentos. Ele mencionou o estado como um parceiro estratégico para o aprimoramento de metodologias de acesso a mercados internacionais.
APEX Brasil busca instalar escritório em Cuiabá:
Durante a cerimônia de assinatura do acordo, o presidente da APEX Brasil manifestou a intenção de estabelecer uma parceria com o Sebrae/MT para a instalação de um escritório da agência na capital mato-grossense, Cuiabá. Segundo ele, essa iniciativa visa estreitar a relação com o estado, reconhecendo sua diversificada capacidade produtiva.
O diretor do Sebrae/MT, André Schelini, reafirmou a disposição do estado em colaborar com a APEX Brasil, vislumbrando uma parceria de sucesso que impulsione os micro e pequenos negócios mato-grossenses a alcançar um protagonismo cada vez maior no cenário internacional.
O Governo de Mato Grosso, por meio de decreto assinado nesta quinta-feira (8.5), estabeleceu a realização de uma revisão preventiva dos descontos de empréstimos consignados nas folhas de pagamento dos servidores públicos ativos e inativos do estado.
A medida, conforme o Executivo estadual, visa garantir maior segurança financeira aos servidores, identificando e corrigindo eventuais irregularidades nos descontos efetuados. A Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), com o apoio da Controladoria Geral do Estado, será responsável pela condução da revisão.
Os prazos para a conclusão da análise foram definidos em 120 dias para servidores inativos e pensionistas, e 180 dias para servidores ativos. Durante o processo de revisão, as instituições financeiras que operam com consignados deverão apresentar a autorização formal dos servidores para a realização dos descontos em folha, conforme o cronograma a ser estabelecido pela Seplag.
As normas estaduais para consignações em folha de pagamento autorizam descontos exclusivamente para amortização de empréstimos ou cartões de crédito, seguro de vida ou amortização de despesas com cartão consignado de benefício, sempre mediante autorização prévia do servidor.
Caso a revisão identifique descontos irregulares, o Governo de Mato Grosso poderá proceder ao cancelamento das consignações indevidas e, inclusive, suspender novas operações de desconto em folha por parte das instituições financeiras que descumprirem as normas. O decreto também estabelece que a Seplag realize revisões preventivas de consignados a cada dois anos.
A reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), professora Marluce Souza e Silva, realizou importante agenda hoje (08/05) em Brasília com um importante avanço institucional voltado à criação do campus universitário em Lucas do Rio Verde. A gestora se encontrou com o professor Marcus David, diretor da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (SESU/MEC), para tratar de demandas cruciais ao processo de expansão.
Entre os principais pontos discutidos e acolhidos pela SESU, destacam-se: a solicitação dos códigos de vagas para docentes, além das funções gratificadas (FGs, CDs e FCCs) necessárias para a criação e estruturação dos cursos que serão ofertados no futuro campus; além da destinação de vagas para técnicos administrativos e previsão de funções gratificações também para toda a UFMT.
Outro assunto tratado diz respeito a possibilidade de substituição de objetos previstos nos recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com vistas a otimizar os investimentos nas novas unidades da universidade.
Ainda durante o encontro, a reitora solicitou orientações técnicas quanto aos trâmites do Revalida — processo que permite a revalidação de diplomas de médicos formados no exterior. Todas as pautas foram recebidas pela equipe da SESU/MEC, que agora inicia a análise detalhada de cada uma.
Segundo a reitora, a reunião marca um passo estratégico na consolidação da presença da UFMT em Lucas do Rio Verde. “Estamos construindo com responsabilidade e diálogo um projeto sólido, que respeita as especificidades da região e que vai ampliar o acesso ao ensino superior público, gratuito e de qualidade no médio-norte mato-grossense”, afirmou.