Tag: DESMATAMENTO

  • Cerrado: desmatamento emite 135 milhões de toneladas de CO2 desde 2023

    Cerrado: desmatamento emite 135 milhões de toneladas de CO2 desde 2023

    O desmatamento no Cerrado gerou a emissão de mais de 135 milhões de toneladas de CO2, de janeiro de 2023 a julho de 2024. O volume que corresponde a 1,5 vezes o total produzido pela indústria brasileira a cada ano.

    Levantamento foi feito pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e divulgado hoje (18). Os dados foram obtidos através do SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado), que utiliza satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia e compara imagens de áreas com um intervalo mínimo de seis meses, a fim de observar se houve derrubada de árvores.

    Relacionamos

    Segundo maior bioma do país e altamente diverso, o bioma é formado por três tipos de vegetação: a savânica, que predomina e foi a mais destruída no período, a florestal e a campestre.

    As formações savânicas do Cerrado, que compõem 62% da vegetação do bioma, responderam por 88 milhões de toneladas de CO2 (65%) emitidas no intervalo analisado. As queimadas de formações florestais geraram quase 37 milhões de toneladas, enquanto a destruição das formações campestres, que ocupam 6% da área do bioma, resultou na emissão de cerca de 10 milhões de toneladas.

    Mais uma vez, o Ipam evidenciou a catástrofe que o desmatamento na região apelidada de Matopiba – que compreende os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – tem representado para o bioma. Os casos de incêndio nessas unidades federativas são o motivo da distribuição de 108 milhões de toneladas de gás carbônico, espalhadas na atmosfera.

    O volume corresponde a 80% do total registrado no bioma e à metade do dispersado pelo setor de transportes, de acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG).

    Na lista da Matopiba, o estado com o maior volume de dióxido de carbono liberado foi Tocantins, com mais de 39 milhões de toneladas. No total, 273 mil hectares foram desmatados, e, tanto em 2023 como em 2024, a unidade federativa liderou o ranking de emissões provenientes da derrubada de formações savânicas e florestais, que acabaram representando, juntas, 98% do total do estado.

    Em segundo lugar, aparece o Maranhão, com 35 milhões de toneladas de dióxido de carbono expelidas e 301 mil hectares de vegetação nativa devastada. Conforme salienta o Ipam, o estado também lidera as emissões originadas pelo desmatamento de formações campestres (6 milhões de toneladas).

    Dentro da sigla que compreende os quatro estados, estão Bahia, em terceira posição na lista, com 24 milhões de toneladas, e Piauí, por último, com 11 milhões.

    A relação de estados que abrangem o bioma segue com Minas Gerais (6,9 milhões), Mato Grosso (6 milhões), Goiás (5,7 milhões), Mato Grosso do Sul (3,2 milhões), Pará (1,9 milhões), Rondônia (220 mil), Distrito Federal (81 mil) e São Paulo (2 mil). No Paraná, nada foi detectado no período.

    Edição: Maria Claudia

    — news —

  • Pacheco busca sensibilizar UE para evitar perdas para o agronegócio

    Pacheco busca sensibilizar UE para evitar perdas para o agronegócio

    A partir de 30 de dezembro de 2024, a União Europeia (UE) proibirá a importação de produtos agropecuários originados de áreas desmatadas após 2020, mesmo que o desmatamento tenha sido legal. Preocupado com potenciais prejuízos para o setor agropecuário brasileiro com a nova legislação, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou nesta terça-feira (17) que vai atuar para esclarecer as diferenças entre desmatamento ilegal e a supressão vegetal autorizada no país. Durante a sessão plenária do Senado, ele pediu que o governo federal avance nesse trabalho.

    O Código Florestal determina que, em imóveis rurais localizados na Amazônia Legal, a reserva será de 80% da propriedade nas áreas de floresta; 35% nas de Cerrado; e 20% para os imóveis em áreas de campos gerais. Nas demais regiões do país, independentemente do tipo de vegetação, a área mínima de reserva é de 20%.

    “Obviamente que ninguém aqui vai comungar com o desmatamento ilegal, mas é muito importante que possa haver, por parte do governo brasileiro, uma intervenção que possa estabelecer a diferença entre desmatamento ilegal, que descumpre a legislação ambiental brasileira, e a supressão vegetal, autorizada pela legislação e autorizada pelos órgãos ambientais. Esse esclarecimento é fundamental, porque o Brasil é um país que disciplina as áreas produtivas”, apontou.

    Nesta terça-feira, Pacheco recebeu a presidente do Conselho Federal da Alemanha, Manuela Schwesig, e procurou sensibilizá-la sobre a questão. Ele afirmou que o Senado continuará esse trabalho junto às delegações que virão ao Brasil para a Cúpula de Líderes do G20. O evento está agendado para os dias 18 e 19 de novembro de 2024 e ocorrerá no Rio de Janeiro.

    “Eu quero registrar a importância da intervenção do chanceler, o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, e também do ministro Carlos Fávaro, da Agricultura e Pecuária, justamente para que esse esclarecimento seja feito e que se possa, então, estabelecer regras que sejam claras às tradings, às grandes produtoras, aos pequenos produtores e aos médios produtores para evitar prejuízos à produção brasileira, que é motivo de orgulho nacional”, acrescentou.

    Na semana passada, o governo enviou uma carta à cúpula da UE pedindo que a legislação não seja aplicada, sob risco de impactar as exportações para os países da região. A senadora Rosana Martinelli (PL-MT) apontou que as novas regras europeias representam um boicote aos produtos brasileiros.

    “O governo tem que vir para a negociação, tem que vir para o esclarecimento, para que, realmente, resolva o problema. O nosso Código Florestal é o mais rígido do mundo. É muito desumano o que está sendo feito, uma retaliação, um boicote econômico”, disse.

    O senador Flávio Arns (PSB-PR) afirmou que a posição de Pacheco representa a de todo o Senado Federal.

    “É essencial que haja, lógico, a punição, particularmente neste momento da história do Brasil em relação ao desmatamento ilegal. Isso, ninguém quer. Ao mesmo tempo, como Vossa Excelência enfatizou, a supressão da vegetação pode eventualmente acontecer sob outras condições externadas dentro da legislação brasileira, o que é essencial”.

  • Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começa em 17 estados

    Operação contra o desmatamento da Mata Atlântica começa em 17 estados

    Realizada anualmente, a maior ação de combate ao desmatamento na Mata Atlântica teve início nesta segunda-feira (16) em 17 estados. Chamada de Operação Mata Atlântica em Pé, a iniciativa é coordenada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e pela Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa).

    A operação ocorre simultaneamente em todos os estados em que o bioma está presente: Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe.

    Resultado de uma ação conjunta entre os ministérios públicos estaduais e os órgãos ambientais relacionados, a ação tem quatro fases. Na primeira, são levantadas as áreas desmatadas com base em informações da Fundação SOS Mata Atlântica e do Mapbiomas Alerta. Em seguida, os proprietários são identificados pelos ministérios públicos, e as áreas são fiscalizadas pelos órgãos públicos e pelas polícias ambientais. Se detectado o desmatamento, os responsáveis são autuados e podem responder judicialmente nas esferas cível e criminal.

    Mata Atlântica

    De 2022 para 2023, o desmatamento no bioma teve uma diminuição de 27%, passando de 20.075 hectares para 14.697. Os dados são do Atlas da Mata Atlântica, coordenado pela SOS Mata Atlântica e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que também mostram a queda do desmatamento em 13 dos 17 estados com cobertura do bioma — Piauí, Ceará, Mato Grosso do Sul e Pernambuco foram as exceções. No último ano, também foi identificada a retirada ilegal de 17.931 hectares de vegetação nativa de Mata Atlântica pela Operação Nacional conduzida pelos ministérios públicos.

    Em nota, o promotor de justiça do Ministério Público do Paraná e presidente da Abrampa, Alexandre Gaio. defendeu que a operação consolidou uma cultura de fiscalização do desmatamento ilegal no bioma, por meio da utilização de inteligência e contínuo engajamento dos Ministérios Públicos e órgãos de fiscalização ambiental, “o que também tem contribuído para a redução dos índices de supressão ilegal e enfrentamento às mudanças climáticas”.

    O resultado da edição da operação deste ano será apresentado ao final das ações de fiscalização, em 27 de setembro, com transmissão on-line e ao vivo pelo Ministério Público de Minas Gerais.

    — news —

  • Alertas de desmatamento na Amazônia caem 10,6% em agosto

    Alertas de desmatamento na Amazônia caem 10,6% em agosto

    Os alertas de desmatamento na Amazônia Legal tiveram queda de 10,6% em agosto deste ano, comparados ao mesmo mês de 2023, e de 69,7% em relação a agosto de 2022. “É o menor índice para o mês desde 2018 e o segundo ano consecutivo com redução significativa”, informou o governo federal, em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira (13).

    Em agosto de 2023, o sistema registrou 563,09 quilômetros quadrados (km²) sob alerta de desmatamento na Amazônia Legal. Já no mês passado, foram 503,65 km². A queda é bem maior quando comparada a agosto de 2022, quando houve alertas de desmatamento em 1.661,02 km² na região.

    Nove estados compõem a Amazônia Legal: Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins.

    Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter-B), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), desenvolvido para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novas alterações na cobertura florestal. O Deter-B identifica e mapeia desmatamentos e demais alterações na floresta com área mínima próxima a um hectare.

    Já a taxa anual de desmatamento por corte raso na Amazônia Legal brasileira é fornecida, desde 1988, pelo Programa de Cálculo do Desmatamento da Amazônia (Prodes). As imagens utilizadas são do satélite Landsat, com maior resolução, que detecta exclusivamente desmatamentos tipo corte raso superiores a 6,25 hectares.

    Sistemas de monitoramento

    O Deter e o Prodes formam o conjunto de sistemas para monitoramento e acompanhamento dos biomas brasileiros, que tem como ano referência sempre de agosto de um ano a julho do ano seguinte.

    De agosto de 2023 a julho de 2024, os alertas de desmatamento na Amazônia – detectados pelo Deter – caíram 45,7% em relação ao período anterior. O número de 4.314,76 km² desmatados é o menor da série histórica iniciada em 2016.

    Já os dados consolidados de desmatamento do Prodes de 2023/2024 são divulgados no fim do ano. No período de agosto de 2022 a julho de 2023, o desmatamento na Amazônia Legal alcançou 9.001 km², o que representa queda de 22,3% em relação ao ano anterior (2021/2022).

    No bioma Cerrado, o Deter-B verificou aumento de 9% de supressão da vegetação de agosto de 2023 a julho de 2024, em relação ao período anterior, chegando a 7.015 km² de área sob alerta. No caso do Pantanal, a área sob alerta está em 1.159,98 km². Como essa medição começou em agosto do ano passado, ainda não é possível o comparativo.

    Mesmo com a retomada das políticas ambientais pelo atual governo – que resultaram em sucessivas reduções de desmatamento na Amazônia – a degradação também é uma preocupação e afeta uma área três vezes maior que o desmatamento. Camuflados por frágeis vegetações, distúrbios ambientais causados pelo homem avançam sobre a biodiversidade, longe do alcance das imagens de satélite e do monitoramento governamental.

    — news —

  • Seca e queimadas exigem mais cuidados com saúde; confira orientações

    Seca e queimadas exigem mais cuidados com saúde; confira orientações

    As condições atuais de seca, queimadas e altas temperaturas em boa parte do país levou o Ministério da Saúde a reforçar orientações para a proteção dos brasileiros.

    Em áreas onde há dificuldade de acesso à água potável, por exemplo, existe o risco de desidratação. E a fumaça das queimadas pode levar a quadros de doenças respiratórias.

    As orientações para a população são: aumentar a ingestão de água e procurar locais frescos; evitar atividades físicas em áreas abertas; não ficar próximo dos focos de queimadas e procurar atendimento médico em caso de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen.

    Neste sábado (14), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia também ampliou recomendações à população dado o aumento das concentrações de poluentes no ar.

    O documento cita registros de poluição decorrentes de incêndios florestais na região Norte, principalmente nos estados do Amazonas, Rondônia e Acre; em todo Centro-Oeste, Sul e Sudeste.

    Cuidados

    A entidade explica que há aumento do risco de infecções respiratórias para os seguintes grupos: crianças de até 2 anos, idosos com 65 anos ou mais e pessoas com doenças metabólicas e cardiovasculares, e imunocomprometidas.

    Nesses casos, além da hidratação, é recomendável o uso de máscaras, se possível N95 ou PFF1, 2 ou 3, que são mais eficazes que as cirúrgicas; permanecer o maior tempo possível no interior das casas e com as janelas fechadas; além de evitar atividades físicas.

    Pessoas sem comorbidades ou fora dos grupos considerados de risco devem evitar exercícios físicos ao ar livre e o tempo da atividade não deve exceder 30 minutos; os especialistas também recomendam uso de máscara em ambientes externos.

    Para melhorar o interior das residências, umidificar o ambiente com toalhas molhadas ou umidificadores e manter o local limpo. Sempre utilizar panos úmidos ou aspiradores para a limpeza e não vassouras.

    — news —

  • Mauro Mendes defende punições mais duras para desmatamento ilegal em Mato Grosso

    Mauro Mendes defende punições mais duras para desmatamento ilegal em Mato Grosso

    O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, voltou a defender medidas mais rigorosas contra o desmatamento ilegal no país. Durante o Fórum Internacional da Agropecuária, realizado nesta segunda-feira (9), em Cuiabá, Mendes propôs a perda de terras para aqueles que forem flagrados praticando o crime ambiental.

    “Nós temos também no país alguns desafios que precisam ser tratados de forma diferente. Devemos ter a coragem de agir dentro da legalidade e punir quem desmata ilegalmente, retirando suas terras”, afirmou o governador.

    Além da punição mais severa para os crimes ambientais, Mendes também destacou a importância de implementar um seguro agrícola mais robusto para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. “O seguro agrícola precisa ser mais robusto, precisamos olhar para ele porque diante das mudanças climáticas, é algo que pode em algum momento salvar esse importante setor”, afirmou.

    O governador alertou para os desafios do agronegócio brasileiro, como as mudanças climáticas e a necessidade de investimentos em tecnologia e irrigação para garantir a produtividade e a sustentabilidade do setor.

    “O agronegócio brasileiro, apesar de sua importância estratégica, enfrenta desafios significativos, como as mudanças climáticas que impactam a produção e a necessidade de investimentos em irrigação para garantir a produtividade. É fundamental que o país tenha uma política consistente para o setor, com investimentos estratégicos em tecnologias que garantam o aumento da produtividade e a sustentabilidade da produção de alimentos”, disse.

    Mauro Mendes e o agronegócio mundial

    16 20

    Mauro Mendes finalizou seu discurso defendendo o protagonismo do Brasil no agronegócio mundial e cobrando dos demais países um compromisso maior com a redução das emissões de gases do efeito estufa.

    “É fundamental que, na COP30, realizada no próximo ano aqui no Brasil, a comunidade internacional assuma seus compromissos com a redução das emissões de carbono, algo que não tem ocorrido desde a primeira conferência. O Brasil não deve ser alvo de cobranças por suas ações, enquanto outros países não demonstram o mesmo compromisso com a sustentabilidade global. É preciso que todos os países atuem nesse processo de forma justa e equilibrada, para podermos construir um futuro sustentável para o planeta”, concluiu.

  • Dia da Amazônia: Mato Grosso lidera ranking de aumento de focos de calor na Amazônia em 2024

    Dia da Amazônia: Mato Grosso lidera ranking de aumento de focos de calor na Amazônia em 2024

    Nesta quinta-feira (5), é celebrado o Dia da Amazônia, uma data para refletir sobre a importância dessa floresta para o planeta e para as futuras gerações. A intensificação do desmatamento e das queimadas coloca em risco a existência da maior floresta tropical do mundo e exige ações urgentes para reverter esse cenário.

    O desmatamento e as queimadas continuam a devastar a Amazônia, e Mato Grosso é um dos estados brasileiros mais afetados por esse problema. De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado registrou um aumento de 104% no número de focos de calor na Amazônia em 2024, comparado ao mesmo período do ano passado.

    Com 16.212 focos de calor, Mato Grosso ocupa a terceira posição no ranking nacional, ficando atrás apenas do Pará (24.051 focos) e Amazonas (16.444 focos). A alta expressiva nos números chama a atenção para a gravidade da situação e a necessidade de ações urgentes para conter o avanço do desmatamento.

    A Amazônia, a maior floresta tropical do mundo, desempenha um papel fundamental na regulação do clima global e na biodiversidade. No entanto, a região enfrenta diversas ameaças, como o desmatamento, as queimadas e a expansão da atividade mineradora ilegal.

    Em Mato Grosso, 86 dos 142 municípios estão localizados na Amazônia Legal, o que corresponde a 54% do território estadual. A floresta amazônica em Mato Grosso abrange uma área de 480.215 km², mas vem sofrendo com a destruição causada por atividades ilegais e a exploração madeireira.

    Um levantamento realizado pelo WWF-Brasil aponta a existência de mais de 4.114 pontos de mineração ilegal em todo o bioma amazônico brasileiro. Essa atividade causa diversos impactos ambientais, como a contaminação de rios e solos por mercúrio, a destruição da vegetação e a intensificação do desmatamento.

    Dia da Amazônia

    Mato Grosso reduz em 51% o desmatamento na Amazônia em um ano

    Celebrado em 5 de setembro, o Dia da Amazônia homenageia a maior floresta tropical do mundo, um dos mais preciosos patrimônios naturais do planeta. Instituída pela Lei nº 11.621/2007, a data tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a importância da Amazônia para o equilíbrio ambiental global e a biodiversidade.

    A floresta amazônica é um ecossistema complexo e vital, que oferece inúmeros benefícios para a humanidade. Ela abriga uma imensa variedade de plantas, animais e microrganismos, além de ser uma importante fonte de água doce, regular o clima e fornecer recursos naturais essenciais para diversas atividades humanas.

    Ameaças à floresta

    FISCALIZACAO MARCELANDIA OPERACAO AMAZONIA 1 scaled 1
    Foto: SemaMT

    Apesar de sua importância, a Amazônia enfrenta ameaças crescentes devido a atividades predatórias como o desmatamento ilegal, a mineração e a exploração madeireira. Essas atividades não apenas destroem a floresta, mas também contribuem para o aquecimento global, a perda da biodiversidade e a intensificação de eventos climáticos extremos.

    A frase do filósofo Thomas Hobbes, “o homem é o lobo do homem”, reflete a realidade da relação entre o ser humano e a natureza. Muitas vezes, por interesses econômicos de curto prazo, o homem coloca em risco os recursos naturais essenciais para sua própria sobrevivência.

    A preservação da Amazônia é fundamental para garantir a saúde do planeta e o bem-estar das futuras gerações. É preciso que governos, empresas e sociedade civil se unam para combater o desmatamento, a degradação ambiental e as mudanças climáticas.

    O que podemos fazer?

    • Conscientizar: Divulgar a importância da Amazônia e os impactos do desmatamento.
    • Consumir de forma consciente: Optar por produtos provenientes de fontes sustentáveis e evitar empresas que contribuem para a destruição da floresta.
    • Apoiar projetos de conservação: Contribuir financeiramente ou como voluntário para projetos que visam proteger a Amazônia.
    • Cobrar ações dos governantes: Exigir políticas públicas eficazes para combater o desmatamento e promover a conservação da floresta.

    A Amazônia é um patrimônio de todos nós. Ao preservar essa floresta, estamos garantindo um futuro mais sustentável para as próximas gerações.

  • Polícia Federal combate crimes ambientais em Mato Grosso e prende suspeito em flagrante no Pantanal

    Polícia Federal combate crimes ambientais em Mato Grosso e prende suspeito em flagrante no Pantanal

    A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (23) em Mato Grosso, a Operação Chamberlin, com o objetivo de combater crimes ambientais como desmatamento, trabalho escravo, mineração ilegal e grilagem de terras no Pantanal.

    A ação, que contou com a participação de equipes especializadas, resultou na prisão em flagrante de um dos investigados por posse ilegal de arma de fogo.

    Os investigados responderão pelos crimes de desmatamento, trabalho escravo, mineração ilegal, grilagem de terras e posse ilegal de arma de fogo. As penas para esses crimes podem chegar a vários anos de prisão.

    Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Corumbá (MS) e um em Cuiabá (MT). Durante as buscas, as equipes da Polícia Federal apreenderam diversos materiais que serão analisados para aprofundar as investigações e identificar outros integrantes da organização criminosa. Entre os itens apreendidos estão:

    • Mídias com conteúdo digital
    • Dinheiro
    • Armas de fogo
    • Pedras preciosas
    • Veículos

    A importância do Pantanal de Mato Grosso

    Bioma Pantanal é tema da quarta plenária do Plano Clima Participativo, em Campo Grande (MS) - Zig Koch/Banco de imagens ANA

    O Pantanal é o maior wetland do mundo e um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta. A região enfrenta diversas ameaças, como o desmatamento, a poluição e a caça ilegal, que colocam em risco a fauna e a flora locais.

  • Mato Grosso perde um quarto de sua vegetação nativa em quase 40 anos, aponta MapBiomas

    Mato Grosso perde um quarto de sua vegetação nativa em quase 40 anos, aponta MapBiomas

    O desmatamento em Mato Grosso avançou significativamente nos últimos 39 anos, segundo dados do MapBiomas. A área de vegetação nativa no estado reduziu de 87% para 60% entre 1985 e 2023, uma perda de 27%. Concomitantemente, a área de pastagem quase quadruplicou, passando de 6% para 24% no mesmo período.

    Pode te interessar também: Mudanças climáticas pressionam por mais irrigação nos Cerrados

    Os dados foram apresentados durante o Seminário Anual do MapBiomas, que monitora a cobertura e o uso da terra no Brasil. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, esteve presente no evento.

    Em âmbito nacional, a perda de vegetação nativa também é alarmante. Desde a colonização, o Brasil perdeu 33% de sua cobertura vegetal original. A Amazônia, por exemplo, perdeu 55 milhões de hectares de áreas naturais nesse período.

    Outros estados brasileiros, como Rondônia, Maranhão e Tocantins, também registraram perdas significativas de vegetação nativa. Apenas o Rio de Janeiro apresentou um leve aumento.

    As terras indígenas, que abrigam 13% do território nacional, são as áreas mais preservadas do Brasil. No entanto, mesmo assim, elas sofreram perdas de vegetação nativa, embora em menor escala do que as áreas privadas. A pressão de invasores, que praticam desmatamento e garimpo ilegal, é uma ameaça constante a esses territórios.

    A perda de vegetação nativa tem consequências graves para o clima, aumentando o risco de eventos extremos como secas e inundações. Além disso, a redução da cobertura vegetal impacta a biodiversidade e os serviços ecossistêmicos.

    Cerrado de Mato Grosso

    cerrado
    Foto: Pedro Ventura/Agência Brasília

    O Cerrado, já considerado o segundo bioma brasileiro mais alterado pela ação humana, enfrenta uma nova fase de pressão. Enquanto o garimpo histórico contaminou rios e causou erosão, a expansão da agricultura e da pecuária nos últimos anos se tornou a principal ameaça ao bioma.

    A monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva, com o uso indiscriminado de agrotóxicos e fertilizantes, têm esgotado os recursos naturais do Cerrado e contaminado solos e águas. A erosão, intensificada por essas atividades, tem prejudicado a qualidade do solo e a produção agrícola a longo prazo.

    O garimpo, atividade histórica no Cerrado, deixou marcas profundas no bioma. A contaminação dos rios por mercúrio e o assoreamento dos cursos d’água são problemas crônicos em diversas regiões. A erosão causada pela atividade mineradora, em alguns casos, chegou a interromper a própria extração de ouro.

    A expansão da agricultura e da pecuária, impulsionada pela demanda por commodities como soja e carne, tem sido o principal motor do desmatamento no Cerrado. O uso de técnicas de cultivo intensivas, como o plantio em larga escala e a queimada, tem degradado os solos e reduzido a biodiversidade.

    Apenas 0,85% do Cerrado está oficialmente protegido em unidades de conservação. Os poucos remanescentes de vegetação nativa ainda intocada são cruciais para a manutenção da biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos do bioma. A criação de novas áreas protegidas e a implementação de políticas públicas eficazes para a conservação do Cerrado são medidas urgentes para garantir a preservação desse ecossistema tão importante para o Brasil.

    A degradação do Cerrado tem consequências graves para o país como um todo. A perda de biodiversidade, a alteração do clima regional e a escassez de água são apenas algumas das consequências desse processo. Além disso, a degradação do Cerrado afeta a qualidade de vida das populações locais e compromete a segurança alimentar do país.

  • Mato Grosso reduz em 51% o desmatamento na Amazônia em um ano

    Mato Grosso reduz em 51% o desmatamento na Amazônia em um ano

    Mato Grosso alcançou um marco histórico no combate ao desmatamento na Amazônia. Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), houve uma redução de 51% nos alertas de desmatamento no estado entre agosto de 2023 e julho de 2024, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

    A queda significativa nos índices de desmatamento é resultado de uma série de ações implementadas pelo governo estadual, em parceria com órgãos ambientais e forças de segurança. O uso de tecnologia para monitoramento em tempo real e a intensificação das operações de fiscalização foram fundamentais para alcançar esse resultado.

    “A redução do desmatamento é fruto de um trabalho conjunto e estratégico de todas as instituições envolvidas”, afirmou Alex Marega, secretário executivo da Secretaria de Estado de Meio Ambiente. “O monitoramento em tempo real nos permite identificar e agir rapidamente contra os crimes ambientais, aplicando as penalidades de forma mais eficiente.”

    Uma das principais ações do governo estadual foi a criação do Comitê Estratégico para Combate ao Desmatamento Ilegal, Exploração Florestal Ilegal e aos Incêndios Florestais de Mato Grosso (Cedif). O comitê reúne diversas instituições para coordenar as ações de combate ao desmatamento e garantir a efetividade das políticas públicas.

    A Operação Amazônia, deflagrada no início do ano, também contribuiu significativamente para a redução do desmatamento. Durante a operação, foram realizadas 196 ações de fiscalização, resultando na emissão de mais de 2 mil alertas de desmatamento e na apreensão de diversos equipamentos utilizados para a prática de crimes ambientais.