Tag: DESMATAMENTO

  • Após cinco anos de aumento, desmatamento no Cerrado tem queda

    Após cinco anos de aumento, desmatamento no Cerrado tem queda

    A taxa oficial de desmatamento do Cerrado, o segundo maior bioma do país, registrou redução pela primeira vez nos últimos cinco anos, informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta quarta-feira (6). De acordo com os dados, a supressão da vegetação nativa foi de 8.174 quilômetros quadrados (km²), no período entre agosto de 2023 e julho de 2024.

    O levantamento do Inpe é feito por meio do Projeto de Monitoramento do Desmatamento no Cerrado por Satélite (Prodes Cerrado), em que a detecção alcança precisão de 10 metros sobre corte raso e desmatamento por degradação progressiva, como incêndios. O monitoramento do Prodes é feito no intervalo de agosto de um ano até julho do ano seguinte, entre as estações mais secas do bioma. O resultado reverte um aumento do desmatamento no Cerrado registrado por cinco anos consecutivos, desde o período 2018/2019.

    Cerca de 76% desse desmatamento segue concentrado em quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados que formam o acrônimo Matopiba, principal fronteira agropecuária do Cerrado na atualidade. Nesses estados, no entanto, o Prodes registrou queda significativa de desmatamento, na comparação 2023/2024 com o período imediatamente anterior. Na Bahia, por exemplo, a redução foi de 63,3%, seguida por 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.

    A redução do desmatamento no Cerrado possibilitou, segundo o governo federal, que um volume de 41,8 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que mais contribui para o aquecimento global, deixasse de ser emitido na atmosfera.

    “O dado que acabamos de ver aqui, de queda do desmatamento no Cerrado, que para muitos seria impossível, começa a ganhar fôlego cada vez mais, inclusive com a participação do setor privado”, celebrou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, durante anúncio dos resultados à imprensa, em evento no Palácio do Planalto.

    Já para entidades da sociedade civil, o patamar do desmatamento ainda está muito elevado.

    “Apesar da tendência de redução confirmada pelo Prodes, os números da destruição ainda permanecem em patamares elevados quando comparamos com a série histórica. Em grande parte, o desmatamento no Cerrado ocorre em propriedades privadas, o que evidencia a necessidade urgente de um maior engajamento do setor produtivo. A pressão econômica sobre este bioma, principalmente pela expansão das atividades relacionadas às commodities, aliado a uma legislação ambiental ainda frágil e pouco efetiva, torna a situação ainda mais crítica”, advertiu Daniel Silva, especialista em conservação do WWF-Brasil.

    Pacto com estados

    No evento desta quarta, a ministra do Meio Ambiente também assinou um pacto entre o governo federal e os governos estaduais do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. O objetivo é reforçar a ação conjunta na prevenção e combate ao desmatamento e incêndios na região, em uma articulação que vem sendo construída desde março.

    Segundo o MMA, a parceria “busca aumentar a atuação coletiva para identificar e aplicar sanções ao desmatamento ilegal em imóveis rurais da região, além de aprimorar as regras e processos para garantir transparência, compartilhamento de informações e formulação de estratégia para a conservação da água e dos ativos florestais de vegetação nativa nos diferentes ecossistemas do Cerrado no Matopiba”.

    O governo federal também atribui a queda medida pelo Prodes à intensificação das ações de fiscalização no Cerrado e também na Amazônia Legal. De janeiro de 2023 a outubro de 2024, a média de multas aplicadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por desmatamento e queimadas ilegais foi 98% maior que a registrada de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. No Cerrado, o aumento foi de 20% ao ano.

    Amazônia

    Além da queda no Cerrado, a redução do desmatamento também foi verificada na Amazônia Legal, no período de agosto de 2023 a julho de 2024, de acordo com o Prodes. A queda atingiu 30,6% em relação ao ano anterior (2022/2023).

    Com o resultado, o desmatamento foi ao menor valor percentual em 15 anos, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Em termos de área desmatada, o valor medido agora na Amazônia é o menor desde 2013.

  • Desmatamento na Amazônia cai 30,6% em um ano

    Desmatamento na Amazônia cai 30,6% em um ano

    O desmatamento na Amazônia Legal, no período de agosto de 2023 a julho de 2024, alcançou 6.288 quilômetros quadrados (km²), valor que representa uma redução de 30,6% em relação ao ano anterior (2022/2023), informou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta quarta-feira (6).

    Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes), sistema mantido pelo Inpe que faz uma apuração anual da supressão florestal nos nove estados que compõem a Amazônia Legal.

    Com o resultado, o desmatamento foi o menor valor percentual em 15 anos, segundo o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). Em termos de área desmatada, o valor medido agora na Amazônia é o menor desde 2015 (6.207 Km²).

    O monitoramento do Prodes é feito no intervalo de agosto de um ano até julho do ano seguinte, entre as estações mais secas da floresta, e é considerado resultado mais confiável pelos cientistas, em que a detecção por satélite alcança precisão de 10 metros sobre corte raso e desmatamento por degradação progressiva, como incêndios.

    “Conseguimos resultados importantes no ano passado e este ano, novamente, um resultado altamente significativo”, avaliou a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, em anúncio dos resultados à imprensa, no Palácio do Planalto. A ministra destacou, por exemplo, que no acumulado dos últimos dois anos, a redução do desmatamento na Amazônia foi de 45%.

    “Uma contribuição para nós mesmos e ao mundo, no contexto em que o problema da mudança do clima é uma realidade avassaladora”, lembrou a ministra, ao citar eventos climáticos extemos, como geadas na África, enchentes na Espanha e ondas de calor em outros países da Europa.

    Em relação aos estados, a melhor taxa de redução foi medida em Rondônia, com queda de 62,5% do desmatamento, seguido pelo Mato Grosso (-45,1%), informou o Inpe. Pará (-28,4%) e Amazonas (-29%) também tiveram quedas. Já Roraima registrou aumento de 53% no desmatamento ao longo do último período analisado.

    Entre os 70 municípios mais prioritários para o combate ao desmatamento na Amazônia, 78% deles tiveram redução na supressão de floresta, segundo o MMA. Outros 23% tiveram aumento na derrubada florestal.

    A redução do desmatamento na Amazônia possibilitou, segundo o governo federal, que um volume de 359 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que mais contribui para o aquecimento global, deixasse de ser emitido na atmosfera.

    A queda no desmatamento foi comemorada por organizações da sociedade civil, mas a cobrança é por melhorar ainda mais esses resultados.

    “Uma queda significativa no desmatamento da Amazônia pelo terceiro ano consecutivo é sem dúvida uma boa notícia, porém não é suficiente diante do tamanho dos desafios climáticos e de preservação da biodiversidade que enfrentamos. Não podemos esquecer que 2024 foi um ano de diversas tragédias climáticas no Brasil. E se quisermos evitar os piores cenários de eventos extremos no país, como o que aconteceu no Rio Grande do Sul e as queimadas no Pantanal, precisamos garantir que a queda no desmatamento seja mantida e acelerada nos próximos anos”, ponderou Mariana Napolitano, diretora de estratégia do WWF-Brasil.

    Cerrado

    Já no Cerrado, a taxa oficial de desmatamento, medida pelo Sistema Prodes, do Inpe, foi de 8.174 km², entre agosto do ano passado e julho deste ano. Assim, houve queda de 25,7% em relação ao período de agosto de 2023 a julho de 2024, a primeira redução do desmatamento em quatro anos no bioma.

    Cerca de 76% desse desmatamento segue concentrado em quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados que formam o acrônimo Matopiba, principal fronteira agropecuária do Cerrado na atualidade. Nesses estados, no entanto, o Prodes registrou uma queda significativa de desmatamento, na comparação 2023/2024 com o período imediatamente anterior. Na Bahia, por exemplo, a redução foi de 63,3%, seguida por 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.

  • Fazendeiro de Mato Grosso faz acordo para reparar danos ambientais em área de reserva

    Fazendeiro de Mato Grosso faz acordo para reparar danos ambientais em área de reserva

    Um proprietário rural firmou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) e a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA-MT), comprometendo-se a reparar danos ambientais causados por desmatamento ilegal em sua propriedade, localizada na região de Água Boa.  

    O acordo, celebrado durante o Mutirão da Conciliação Ambiental, determina que o fazendeiro restaure 66,84 hectares de Área de Reserva Legal Degrada (ARLD) e realize a reposição florestal em outros 240,08 hectares, no prazo de 120 dias. Além disso, o proprietário deverá pagar uma indenização civil de R$ 300.359,64 e uma multa ambiental de R$ 325.103,44, ambas divididas em 36 parcelas.

    O valor da indenização será destinado a projetos ambientais, enquanto a multa será revertida para o Fundo Estadual do Meio Ambiente. O fazendeiro também se comprometeu a regularizar o Cadastro Ambiental Rural (CAR) de sua propriedade.

    A ação do Ministério Público visou reparar os danos causados ao meio ambiente e garantir a efetiva recuperação da área degradada. O acordo demonstra a importância da conciliação e da responsabilização ambiental, contribuindo para a preservação do Cerrado mato-grossense.

  • Desmatamento químico em Mato Grosso repercute na imprensa internacional

    Desmatamento químico em Mato Grosso repercute na imprensa internacional

    “Mais sorrateiros que o fogo, os produtos químicos matam as árvores do Brasil” é o título da reportagem de capa na edição impressa do jornal norte-americano The New York Times desta terça-feira (29), que relata o uso de produtos químicos para desmatamento no país. Em entrevista à publicação, a promotora de Justiça do Ministério Público de Mato Grosso Ana Luiza Avila Peterlini de Souza revelou que o desmatamento químico é mais difícil de detectar, parece um incêndio e pode desmatar milhares de hectares em pouco tempo.

    “Os criminosos estão sempre à frente de nós”, alertou Ana Luiza Peterlini à publicação. Segundo a promotora, os fazendeiros estão recorrendo a produtos químicos para evitar a detecção por meio dos sistemas de monitoramento via satélite, uma das defesas primárias contra o desmatamento. Esses sistemas apontam o desaparecimento abrupto da floresta, evidenciando corte raso ou queimada. Já os herbicidas fazem com que as árvores percam lentamente as folhas e sequem até morrer, tornando difícil diferenciar o processo de uma morte natural da árvore.

    Conforme a reportagem, o desmatamento químico representa uma ameaça ainda maior se comparado aos meios tradicionais, uma vez que traz consequências mais danosas ao meio ambiente, como a contaminação do solo e de águas subterrâneas. Além disso, a pulverização aérea pode causar o envenenamento de pessoas.

    A publicação cita o caso do pecuarista, denunciado pelo MPMT, que se tornou réu por cometer um dos maiores desmatamentos ilegais no Brasil, utilizando-se de produtos químicos. Ele é acusado de pulverizar agrotóxicos em 300 quilômetros quadrados de vegetação na região do Pantanal, a maior planície alagável do mundo.

    O MPMT busca indenização no valor de US$ 1 bilhão em compensação pelo dano ambiental.
    O MPMT busca indenização no valor de US$ 1 bilhão em compensação pelo dano ambiental.

    A reportagem é assinada pelo chefe da sucursal brasileira do jornal, Jack Nicas, e pela repórter Flávia Milhorance.

  • Mato Grosso intensifica combate a incêndios florestais com Operação Abafa Amazônia 2024

    Mato Grosso intensifica combate a incêndios florestais com Operação Abafa Amazônia 2024

    Em uma demonstração de força e união, autoridades de Mato Grosso deram início nesta quarta-feira (09.10) à Operação Abafa Amazônia 2024. A iniciativa, que conta com a participação de Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil, Perícia Oficial e Secretaria de Meio Ambiente, tem como objetivo prevenir e combater incêndios florestais na região de Santa Carmem e municípios vizinhos.

    Através de ações de monitoramento, fiscalização e conscientização, as equipes envolvidas trabalharão incansavelmente para identificar e punir os responsáveis por crimes ambientais.

    A prevenção é um dos pilares da operação, que utilizará dados de geomonitoramento para mapear áreas de risco e direcionar as ações de forma estratégica.

    “Essa operação é mais uma estratégia do Governo de Mato Grosso para a preservação e diminuição de focos de incêndios florestais. Através de fiscalizações e monitoramento, conseguimos identificar possíveis infratores, responsabilizando-os pelo ato criminoso e evitando o início de incêndios que podem causar danos irreparáveis”, afirmou o comandante-geral.

    Mato Grosso intensifica combate a incêndios florestais com Operação Abafa Amazônia 2024

    Mato Grosso intensifica combate a incêndios florestais com Operação Abafa Amazônia 2024
  • Lei europeia anti desmatamento ameaça R$ 6 bilhões em Mato Grosso

    Lei europeia anti desmatamento ameaça R$ 6 bilhões em Mato Grosso

    A notícia do adiamento da entrada em vigor da lei europeia que proíbe a importação de produtos provenientes de áreas desmatadas, anunciada pela Comissão Europeia, trouxe um alívio temporário para o setor produtivo brasileiro, principalmente em Mato Grosso. No entanto, a preocupação com os impactos da legislação ainda persiste.

    Segundo estimativas da Aprosoja-MT, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso, o estado poderia perder cerca de R$ 6 bilhões em receita com a aplicação da lei em sua forma original. O Governo Federal também sinalizou que as exigências europeias poderiam afetar significativamente as exportações brasileiras, com um impacto estimado em 15% do total e 34% das exportações para a Europa.

    A lei, que entraria em vigor em janeiro de 2025, estabelece que os importadores europeus deverão comprovar que os produtos que adquirem não foram produzidos em áreas desmatadas após 31 de dezembro de 2020. As cadeias produtivas do café, soja, óleo de palma, madeira, couro, carne bovina, cacau e borracha são as principais afetadas pela legislação.

    Impacto em Mato Grosso

    Mapa amplia calendário de semeadura da soja em sete estados

    Mato Grosso, um dos maiores produtores agrícolas do Brasil, seria fortemente impactado pela lei europeia. A soja, principal produto agrícola do estado, seria uma das mais afetadas pelas novas regras.

    A necessidade de rastrear a origem da soja e garantir que ela não esteja associada ao desmatamento representaria um grande desafio para os produtores mato-grossenses.

  • Operação flagra desmatamento ilegal de 3 hectares na capital de Mato Grosso

    Operação flagra desmatamento ilegal de 3 hectares na capital de Mato Grosso

    Em uma ação conjunta para combater o desmatamento ilegal em Mato Grosso, policiais civis da Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) prenderam cinco pessoas em flagrante nesta terça-feira (08.10), na zona rural de Cuiabá. A operação, que ocorreu na região da comunidade Água Limpa, na estrada do Aricazinho, resultou na apreensão de um caminhão com 20 metros cúbicos de madeira e duas motosserras.

    De acordo com as investigações, uma equipe da Dema estava realizando diligências na região quando avistou um caminhão carregado com madeira. Ao abordar o veículo, os policiais constataram que a carga era proveniente de um desmatamento ilegal em uma área de aproximadamente 3 hectares.

    O condutor do caminhão informou que havia adquirido a madeira de um sítio na região e que a venderia em uma olaria por R$ 70,00 o metro cúbico. No local, os policiais encontraram três pessoas trabalhando na extração ilegal da madeira, utilizando motosserras.

    O proprietário do sítio, ao ser questionado sobre a autorização para o desmatamento, informou não possuir as licenças ambientais necessárias. Diante dos fatos, todos os envolvidos foram presos em flagrante pelos crimes de desmatamento ilegal, transporte ilegal de madeira e comércio e uso de motosserra.

    Prejuízos ambientais e econômicos

    O desmatamento ilegal causa diversos prejuízos ao meio ambiente, como a perda de biodiversidade, o assoreamento de rios e a intensificação de processos erosivos. Além disso, a atividade gera prejuízos econômicos para o estado, uma vez que a madeira retirada ilegalmente não é tributada.

    A Polícia Civil reforça a importância da denúncia para o combate ao desmatamento ilegal. Qualquer informação que possa ajudar a identificar e punir os responsáveis por esses crimes pode ser repassada à Delegacia Especializada do Meio Ambiente.

  • Garimpo ilegal deixa rastro de destruição e mortes em Mato Grosso

    Garimpo ilegal deixa rastro de destruição e mortes em Mato Grosso

    A Terra Indígena Sararé, localizada em Mato Grosso, tem sido palco de uma tragédia ambiental e social. O avanço desenfreado do garimpo ilegal tem devastado a região, colocando em risco a vida dos povos indígenas Nambiquaras e causando danos irreparáveis ao meio ambiente.

    De acordo com dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), mais de 1,9 mil hectares da reserva já foram degradados desde 2021. A exploração ilegal de ouro tem provocado desmatamento em larga escala, poluição dos rios e desequilíbrio ambiental, ameaçando a sobrevivência de um povo e de suas tradições.

    A situação se agravou nos últimos meses. Entre janeiro e setembro de 2022, foram registrados 150 alertas de garimpo na região, um aumento de 636% em relação ao período anterior. A TI Sararé ocupa o segundo lugar no ranking de alertas de garimpo em terras indígenas brasileiras, perdendo apenas para a área Kayapó.

    Confronto fatal em Mato Grosso

    A violência gerada pelo garimpo ilegal chegou a um ponto crítico. Na última semana, houve um confronto entre garimpeiros e agentes do Ibama e da Polícia Rodoviária Federal durante uma operação de combate à exploração ilegal. Cinco garimpeiros foram mortos e seis armas foram apreendidas.

    As autoridades destruíram equipamentos utilizados no garimpo, como escavadeiras, caminhonetes e acampamentos, em uma tentativa de conter a atividade criminosa.

  • STF determina que Mato Grosso apresente diagnóstico sobre queimadas em três municípios

    STF determina que Mato Grosso apresente diagnóstico sobre queimadas em três municípios

    O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinou que o estado de Mato Grosso, junto com outros cinco estados da Amazônia Legal, apresente um relatório detalhado sobre a concentração de focos de incêndio em três municípios do estado: Colniza, Nova Maringá e Aripuanã. A decisão foi tomada após uma audiência de conciliação no STF, com o objetivo de entender as causas do aumento das queimadas em áreas de preservação ambiental.

    Essas três cidades de Mato Grosso fazem parte de uma lista de 70 municípios prioritários para reduzir o desmatamento na Amazônia, conforme o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. As áreas em questão têm sido monitoradas pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que utiliza satélites para rastrear os focos de incêndio, destacando a necessidade de ações mais enérgicas de combate aos incêndios e ao desmatamento.

    O governo de Mato Grosso, juntamente com os estados do Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima e Pará, terá 30 dias para apresentar ao STF um diagnóstico detalhado. Esse documento deverá incluir as ações que estão sendo implementadas para combater as queimadas e as medidas preventivas que serão adotadas para impedir novos focos de incêndio.

    Mato Grosso no combate ao desmatamento

    Colniza, Nova Maringá e Aripuanã fazem parte do programa “União com Municípios pela Redução do Desmatamento e Incêndios Florestais na Amazônia”, lançado em abril de 2024 pelo Ministério do Meio Ambiente.

    O programa destina R$ 730 milhões para promover o desenvolvimento sustentável nessas localidades, contando com recursos do Fundo Amazônia e do programa Floresta+.

    Mato Grosso, um dos estados mais afetados pela expansão agrícola e pelo desmatamento, tem um papel central nesse esforço de preservação, e a resposta do governo estadual será crucial para enfrentar o avanço das queimadas.

  • Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas

    Dez cidades do Norte e Centro-Oeste respondem por 20% das queimadas

    Dez cidades das regiões Norte e Centro-Oeste respondem por 20,5% das queimadas que atingem o país desde o início do ano, segundo levantamento do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

    Localizadas nos estados do Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará e Rondônia, estes municípios concentram 39.247 pontos de incêndio dos 190.943 focos registrados em todo o Brasil, de 1º de janeiro até essa quarta-feira (18).

    A cidade com o maior número de queimadas é São Félix do Xingu, no Pará, com 6.474 focos. Em segundo lugar, aparece Altamira, no mesmo estado, com 5.250 queimadas. Na sequência, estão: Corumbá (MS), 4.736 focos; Novo Progresso (PA), 4.598; Apuí (AM), 4.308; Lábrea (AM), 3.723; Itaituba (PA), 2.973; Porto Velho (RO), 2.710; Colniza (MT), 2.277; e Novo Aripuanã (AM), 2.198 focos de incêndio.

    Membro do Grupo Estratégico da Grupo Estratégico da Coalizão Brasil Clima, Beto Mesquita, alerta para o fato de nove das cidades estarem na Amazônia, com exceção do município de Corumbá, localizado no Pantanal. “Por mais que tenha ocorrido muito incêndio no Cerrado, quando percebemos os focos de calor, notamos que eles continuam muito concentrados na Amazônia”, diz.

    De acordo com ele, sete das dez cidades com mais queimadas também estão na lista dos municípios que mais desmataram em 2023, de acordo com dados do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), do Inpe. São elas: Altamira, Corumbá, São Félix do Xingu, Porto Velho, Apuí, Lábrea e Colniza.

    “Os incêndios são os novos vetores de destruição, talvez, tentando escapar dos sensores remotos que detectam o desmatamento. Com isso, quando se abrem áreas, há maior dificuldade de detectar extração, por exemplo, de madeiras de valor mais nobre. É um desafio para os governos federal e estaduais, que precisam entender melhor estas dinâmicas para se prepararem com as estratégias mais adequadas de combate, fiscalização e preservação”, avalia o especialista.

    O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (19) que seis estados da Amazônia expliquem as razões para concentração de 85% dos focos de queimadas em apenas 20 municípios da região. A manifestação deverá ser enviada no prazo de 30 dias.

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