Tag: DESMATAMENTO

  • Vice-presidente visitou brigada do exército em Mato Grosso

    Vice-presidente visitou brigada do exército em Mato Grosso

     

    O Vice-presidente da República, Hamilton Mourão, que é o presidente do Comitê do Fundo Amazônia e do Conselho Nacional da Amazônia, visitou duas brigadas do Exército, em Cuiabá (MT) e Porto Velho (RO), que participaram das ações da Operação Verde Brasil 2.

    Em Cuiabá, o vice-presidente adiantou que a operação conjunta será prorrogada por mais um mês, por decreto que deverá ser assinado pelo presidente Jair Bolsonaro nesta terça-feira, 9, em Brasília.

    Para o General Mourão, o ideal era que as ações de vigilância ambiental não tivessem duração limitada. “Não adianta só termos operações por um mês ou dois meses. Ideal era estabelecer vinte bases permanentes de fiscalização na região amazônica. Para isso, é fundamental a retomada do Fundo Amazônia para financiar tudo isso”, afirmou.

    O Fundo Amazônia recebe doações de países europeus, como Noruega e Alemanha, para serem aplicadas em projetos de combate ao desmatamento e na conservação da floresta.

    Desde o dia 11 de maio, o governo brasileiro vem travando uma guerra contra quem comete crimes ambientais na floresta amazônica. Mais de 3.800 militares, agentes da Força Nacional, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e secretarias estaduais de meio-ambiente estão realizando ações de fiscalização, apreensão e autuação em madeireiras, serrarias e garimpos nos estados do Acre, Amazonas, Rondônia, Mato Grosso e Pará – atual campeão de desmatamento.

    Operações constantes

    Outro desejo do vice-presidente é fortalecer as agências fiscalizadoras, como IBAMA e ICMBio. No momento, há um estudo conjunto com o Ministério da Economia, que proibiu a realização de novos concursos. Para Mourão, “não adianta ter viaturas, se não temos gente”. No estado de Mato Grosso – onde está boa parte da reserva indígena Xingu – a Operação Verde Brasil 2 apreendeu 2.811 metros cúbicos de madeira, 46 tratores, 43 caminhões, 16 embarcações e aplicou um valor total de 66 milhões de reais em multas ambientais, contando com um efetivo de 1.200 homens.

    Na tarde de domingo, o general foi até Porto Velho, onde se reuniu com os governadores Marcos Rocha, de Rondônia, e Gladson Cameli, do Acre, na sede da 17a Brigada de Infantaria de Selva. Nos dois estados, os maiores problemas são as madeireiras ilegais, o desmatamento – que ocorre no primeiro semestre do ano – e as queimadas, que são feitas geralmente no segundo semestre.

    Rondônia está em terceiro lugar no ranking de desmatamento da Amazônia Legal, que é formada por nove estados.A região alcançou uma perda de 205 quilômetros quadrados de floresta de janeiro a maio. Segundo o vice-presidente, o investimento em ações ambientais foi reduzido a partir da crise econômica de 2012 e só agora vem sendo retomado. Mourão garantiu que as etapas da Operação Verde Brasil seguirão durante todo o mandato, ou seja, até o final de 2022, e revelou uma meta ambiciosa para contrapor ao que ocorreu no ano passado: “A meta é que o índice de queimadas fique abaixo da média histórica, já este ano.”

    Ano passado, as queimadas na floresta Amazônica atingiram o ápice, espalhando-se rapidamente por toda região e chegando até mesmo a São Paulo. Segundo o Comandante do Corpo de Bombeiros de Rondônia, Demargli da Costa Farias, “na Amazônia, grande parte dos problemas respiratórios que acontecem são causados pelas queimadas. Isso faz com que os hospitais fiquem mais cheios, e por causa do problema de covid-19, nós vamos ter resultados negativos. Essa ação de combate aos ilícitos florestais é fundamental para que tenhamos uma resposta positiva. Elas impactam diretamente na saúde”, explicou.

    O general Hamilton Mourão regressa na noite desta segunda-feira (8) para a Brasília, e na terça-feira já se reúne com o presidente Jair Bolsonaro para ratificar a necessidade de prorrogação da Operação Verde Brasil 2 nos estados da Amazônia Legal.

  • Oito municípios de MT estão entre os 50 do país que mais desmataram em 2019

    Oito municípios de MT estão entre os 50 do país que mais desmataram em 2019

    Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, foi o 10º município brasileiro que mais desmatou em 2019, com 17.709 hectares.


    Relatório Anual de Desmatamento, organizado pelo projeto MapBiomas e divulgado nessa terça-feira (26) mostra que oito cidades de Mato Grosso estão entre os 50 municípios que mais desmataram em 2019.

    Colniza, a 1.065 km de Cuiabá, foi o 10º município brasileiro que mais desmatou, com 17.709 hectares.

    Conforme o relatório, Aripuanã vem logo em seguida, em 11º lugar, com uma área desmatada de 15.596 hectares.

    Nova Bandeirantes figura em 17º lugar, com 9.985 hectares desmatados. Em 34º lugar dos municípios que mais desmataram em 2019, está Apiacás, com 7.124 hectares. Juara está em 40º lugar na lista, com área de 5.779 hectares desmatados. Em 47º, está Marcelândia, com 5.227 hectares desmatados. Cocalinho está em 48º na lista, com área desmatada de 5.091 hectares. Por fim, em 50º lugar, está Paranatinga, com 4.666 hectares desmatados.

    1. Colniza

    2. Aripuanã

    3. Nova Bandeirantes

    4. Apiacás

    5. Juara

    6. Marcelândia

    7. Cocalinho

    8. Paranatinga

    O MapBiomas é uma iniciativa que envolve universidades, ONGs e empresas de tecnologia para mapear a cobertura e uso do solo do Brasil e monitorar as mudanças do território.

    Estados

    Ainda segundo o relatório, os estados que apresentaram o maior número de eventos de desmatamento são: Pará (18,5 mil), Acre (9,3 mil), Amazonas (7 mil), Rondônia (5,3 mil) e Mato Grosso (4,7 mil). Já em termos de área desmatada os maiores são: Pará (299 mil ha), Mato Grosso (202 mil ha) e Amazonas (126 mil ha). Juntos estes três estados responderam por mais da metade da área de desmatamento detectado no país em 2019. Do total de áreas desmatadas, 11,1% dos alertas (12% em área) sobrepõem-se integralmente ou em partes com Unidades de Conservação (UC); 5,9% (3,6% em área) com Terras Indígenas (TI); e 65% (77% em área) com imóveis rurais inseridos no Cadastro Ambiental Rural.

    O desmatamento no Brasil só pode ser realizado legalmente mediante uma prévia Autorização de Supressão da Vegetação (ASV) que pode ser emitida pelos governos federal e estadual e, eventualmente, pelo município.

    As autorizações são vinculadas ao CAR das propriedades desde o ano 2018, quando também se tornou regra o registro no SINAFLOR de todas as ASV emitidas pelos estados. Apenas os estados do Mato Grosso e do Pará não possuem dados integrados com o SINAFLOR. O acesso à base de dados das autorizações foi realizado pelo geoservice do SINAFLOR/IBAMA e os dados do Mato Grosso e do Pará foram obtidos nos portais das respectivas secretarias de Meio Ambiente.

  • MT realiza notificação remota para evitar desmatamento ilegal

    MT realiza notificação remota para evitar desmatamento ilegal

    Para evitar a propagação do desmatamento e exploração florestais ilegais, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT) iniciou o trabalho de notificação remota via ligação telefônica. O objetivo é alertar os proprietários de imóveis para que as infrações ambientais não prossigam.

    A primeira ligação foi feita nesta quarta-feira (04.12) pelo secretário-chefe da Casa Civil, Mauro Carvalho, para notificar um proprietário de uma área no município de Cáceres (217 km a Oeste de Cuiabá).  Seguindo o roteiro pré-estabelecido pela Gerência de Planejamento de Fiscalização e Combate ao Desmatamento, Carvalho explicou ao proprietário que o Estado está utilizando tecnologia de imagens por satélite para detectar desmatamentos logo no início e o orientou a paralisar as atividades imediatamente e a buscar a regularização junto ao órgão ambiental.

    Após o telefonema, as imagens utilizadas para constatar a infração ambiental e relatório técnico são enviadas ao e-mail indicado no sistema Mato-grossense de Cadastro Ambiental (Simcar).

    Na opinião do secretário, a notificação remota será um importante trabalho preventivo. A secretária de Estado de Meio Ambiente ratifica o posicionamento: “Nosso objetivo é evitar o desmatamento. Então, quando identificarmos o menor sinal de irregularidade já vamos agir para que o dano não prossiga”.

    A analista de meio ambiente Laurienne Borges explica que os dados enviados à Sema por meio dos alertas da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal são cruzados com as demais bases de informações da secretaria, como Simcar e Sistema de Licenciamento Ambiental (Simlam) para mineração dos dados para diferenciação entre desmates legais dos ilegais, investigação de movimentações fraudulentas de créditos e identificação de possíveis infratores. Após esse processo, são identificados quais casos receberão a notificação remota, quais serão alvo de fiscalização em campo, entre outras ações administrativas.

    Constelação

    Para identificar as alterações na cobertura vegetal com precisão, as equipes da Sema utilizam a Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal. O Estado é beneficiário da ferramenta adquirida pelo Programa REM, por meio do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), com recursos da Alemanha e Reino Unido.

    O Estado é monitorado diariamente com resolução espacial de três metros por meio da constelação de nano satélites Planet. A plataforma conta ainda com alertas semanais de desmatamento tanto na região Amazônica, como no Cerrado e Pantanal.

    A ferramenta permite detectar desmates a partir de um hectare e acompanhar a alteração da cobertura vegetal de forma rápida, possibilitando a notificação remota imediata em casos de infrações. Com o uso da tecnologia, o objetivo da Secretaria é autuar e embargar 100% das áreas em que forem detectados desmatamentos ilegais e enviar as equipes de fiscalização a campo para deter derrubadas da floresta que estejam em andamento.

    Programa REM Mato Grosso

    Mato Grosso é campeão na redução do desmatamento, marca que o credenciou para recebimento dos recursos do Programa REM, projeto internacional que premia as jurisdições pioneiras na Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de 2004 a 2019 o Estado acumula redução de 86% no desmatamento da Amazônia.

    Do valor destinado ao Estado pelos governos da Alemanha e do Reino Unido, 40% será designado para fortalecimento institucional do governo de Mato Grosso. Os recursos serão investidos para complementar ações já realizadas pelo Estado para combater o desmatamento e valorizar a floresta em pé.

    Para receber os valores, que são gerenciados pelo Fundo Brasileiro da Biodiversidade, o Estado se comprometeu a manter o desmatamento abaixo de 1788 km². O Programa REM Mato Grosso está integrado ao Sistema Estadual de REDD+ [Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal], com a Estratégia Produzir, Conservar, Incluir (PCI), e com o Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais (PPCDIF), contribuindo diretamente para o alcance das metas estabelecidas para conservação ambiental e redução do desmatamento.

  • Mato Grosso tem queda no desmatamento

    Mato Grosso tem queda no desmatamento

    Pelo quarto mês consecutivo, Mato Grosso obteve queda no desmatamento da Amazônia, de acordo com o Serviço de Alerta do Desmatamento (SAD) publicado mensalmente pelo Instituto Imazon. Avaliando apenas o período de 30 dias em comparação a maio de 2018, Mato Grosso teve queda de 16% no desflorestamento, único estado da Amazônia legal a apresentar decréscimo. Já no comparativo do período acumulado de agosto de 2018 a maio de 2019 em relação ao mesmo período anterior, a queda foi de 21%.

    “Mato Grosso vem alcançando bons resultados graças à coesão da secretaria, comprometimento e dedicação de toda a equipe. Mato Grosso mais uma vez se destaca na implementação de políticas públicas ambientais”, comemora a secretária de Estado de Meio Ambiente Mauren Lazzaretti. Ela explica que o Estado combina as ações de comando e controle com os incentivos para valorização da floresta em pé, como o Plano de Manejo Florestal Sustentável.

    Ao longo dos cinco primeiros meses de 2019, a equipe da Coordenadoria de Fiscalização de Flora aplicou mais de R$ 222 milhões de reais em multas por crimes relacionados ao desmatamento ilegal. Nesse período foram embargados mais de 44 mil hectares e apreendidos cerca de 3600 metros cúbicos de madeira de origem ilegal.

    As ações de Mato Grosso para combater o desmatamento ilegal em Mato Grosso estão elencadas no Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento e Incêndios Florestais do Estado de Mato Grosso (PPCDIF/MT), que já está em sua terceira fase. O secretário adjunto Executivo da Sema, Alex Marega, explica que as ações de comando e controle estão pautadas no monitoramento constante, por meio de autuação remota e presença da fiscalização; sensibilização dos proprietários rurais; criminalização e responsabilização

    Outra frente de atuação mato-grossense para conter o desmatamento e valorizar a floresta em pé é o desenvolvimento de estratégias integradas para o Desenvolvimento Rural de Baixa Emissão (DBRE). De acordo com o Instituto Earth Innovation, de 39 jurisdições que abrigam florestas tropicais em seu território, Mato Grosso é a única que mantém uma ampla gama de iniciativas mais avançadas que abordam a produção agropecuária sustentável para propriedades de grande e pequeno porte.

    Essas iniciativas estão todas elencadas dentro da Estratégia Produzir, Conservar e Incluir (PCI), lançada na COP 21 em Paris, que inclui 21 metas claras para aliar produção com conservação ambiental e inclusão social. Os marcos foram desenvolvidos por meio de processos participativos que incluíram atores de setores públicos, privados e sem fins lucrativos e buscam o desmatamento líquido zero em todo o estado e zerar emissões líquidas de carbono florestal até 2030, mantendo aproximadamente seis gigatoneladas de CO2 fora da atmosfera, além de manter no mínimo 60% da cobertura vegetal nativa.