Tag: desmatamento zero

  • Governo amplia para 48% a meta de redução da emissão de gases de efeito estufa até 2025

    Governo amplia para 48% a meta de redução da emissão de gases de efeito estufa até 2025

    O Governo Federal ampliou o compromisso brasileiro de redução da emissão de gases de efeito estufa de 37% para 48% até 2025. Para 2030, a previsão passou de 50% para 53%. O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, nesta quarta-feira (20/09), durante a abertura da Cúpula da Ambição Climática, evento que integra a programação da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, Em Nova York (EUA).

    Na ocasião, a ministra fez a leitura de uma carta, em nome do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva e destacou o compromisso do governo em zerar o desmatamento até 2030, reforçando que também é necessário um olhar mais incisivo sobre as metas de emissões dos gases de efeito estufa.

    “O mundo requer uma transição energética mais ampla. O Brasil, que já tinha uma das metas climáticas mais ambiciosas do mundo, decidiu ir além. Tenho a satisfação de anunciar hoje que vamos atualizar nossa contribuição nacionalmente determinada no âmbito do Acordo de Paris. Vamos retomar o nível de ambição que apresentamos originalmente na COP21 e que tinha sido alterado no governo anterior”, afirmou a ministra, completando que o Brasil decidiu reduzir a emissão de 37% para 48% até 2025, e de 50% para 53% até 2030.

    De acordo com a carta do Presidente Lula, as mudanças climáticas já atingem diretamente mais de 3 bilhões de pessoas, sobretudo em países de renda baixa ou média. “São os mais pobres, mulheres, indígenas, idosos, crianças, jovens, imigrantes os mais impactados. Nenhum país deve ter que escolher entre lutar contra o aquecimento global ou combater a fome ou a pobreza. Esse é um falso dilema, todos temos o compromisso ético de fazer ambos”, destacou o documento.

    COP30
    Marina Silva chamou atenção também para a importância da 30ª edição da Conferência do Clima das Nações Unidas, que será realizada em novembro de 2025. A COP30 será a primeira organizada na região amazônica, em Belém, no Pará. “Foi para continuar avançando na construção de um consenso social sobre esses temas que nos propusemos a sediar a COP30, em 2025, em Belém. Ela será a COP mais importante, desde o acordo de Paris. Antes disso, sediaremos a Cúpula do G20, no Rio de Janeiro, em 2024. Em nossa presidência no G20 lançaremos uma força-tarefa sobre a mobilização global contra a mudança do clima. Constituiremos um mundo justo e um planeta sustentável”, concluiu a ministra.Por: Agência Gov
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  • Marina Silva volta a defender desmatamento zero no Cerrado

    Marina Silva volta a defender desmatamento zero no Cerrado

    Ao participar, nesta quinta-feira (14), da abertura oficial do 10º Encontro e Feira dos Povos do Cerrado, a ministra do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, Marina Silva, voltou a defender a busca por desmatamento zero do bioma.

    Apelidado de “berço das águas”, por abrigar as nascentes de três bacias hidrográficas do continente, o Cerrado sofreu com desmatamento acelerado nas últimas décadas, principalmente com a expansão agropecuária na região.

    Um estudo da Universidade de Brasília (UnB) aponta que o bioma perde a vegetação nativa cinco vezes mais rápido que a Amazônia.

    A legislação atual determina que as propriedades privadas preservem 20% do território com a cobertura original.

    “A natureza não faz diferença entre legal e ilegal. Quem faz essa diferença somos nós e os interesses”, disse a ministra.

    Nesta semana, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) lançou aconsulta públicado Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento e das Queimadas no Bioma Cerrado (PP Cerrado). Os interessados podem participar até 12 de outubro.

    O plano prevê programas para impulsionar a bioeconomia, ampliar a fiscalização e a destinação de terras públicas para proteção e uso sustentável de recursos naturais.

    Participaram do evento os ministros Paulo Teixeira, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, e Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas.

    Edição: Nádia Franco
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  • Ninguém pode impor sua vontade, diz Marina sobre desmatamento zero

    Ninguém pode impor sua vontade, diz Marina sobre desmatamento zero

    Ao comentar a ausência de uma meta comum para o desmatamento zero na Declaração de Belém, divulgada nessa terça-feira (8), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, disse que ninguém pode impor sua vontade a ninguém. O documento é resultado da Cúpula da Amazônia, que reuniu representantes dos oito países amazônicos. 

    “O processo de negociação é sempre mediado. Ninguém pode impor a sua vontade. Então, são os consensos progressivos – na medida em que temos alguns consensos, a gente vai botando no documento. Uma coisa muito importante que aconteceu é que todos os países concordam que a Amazônia não pode ultrapassar o ponto de não retorno, ou seja, o ponto de quando não há volta. Porque, se ultrapassar 25% de desmatamento, a floresta entra num processo de savanização.”

    “Aí, é um ponto de não retorno. Será a destruição da floresta. E a destruição da floresta significa a destruição, sobretudo, do nosso sistema de chuvas. Nós só não somos um deserto porque temos a Amazônia. Isso a gente tem que pensar com muita atenção. Quando se diz desmatamento zero é porque a ciência e o consenso estão nos mandando parar, porque essa floresta é responsável pelas chuvas, por 75% do PIB [Produto Interno Bruto] da América do Sul e pelo equilíbrio do planeta.”

    Ao participar de entrevista a emissoras de rádio durante o programa Bom Dia, Ministro, Marina lembrou que quando a Organização do Tratado De Cooperação Amazônica (OTCA) foi criada, há 45 anos, diversas questões atualmente relacionadas à mudança do clima ainda não estavam em pauta.

    “Há 14 anos, não tínhamos uma reunião dos presidentes que compõem o Tratado de Cooperação da Amazônia. Esse espaço de tempo foi prejudicial ao andamento de políticas regionais que nos levem a enfrentar o problema do desmatamento, da desigualdade social, do abandono das comunidades indígenas quando se pensa na região amazônica.”

    Marina lembrou ainda que a cúpula, que termina nesta quarta-feira (9), tem como previsão a divulgação de dois documentos. “Essa cúpula terá dois comunicados. O comunicado conjunto dos oito países e o comunicado conjunto da sociedade, que servirá de impulso para os governos. Tudo aquilo que ainda não foi possível estabelecer como consenso na perspectiva dos vários países já é um consenso na perspectiva da ciência e da sociedade.”

    “O Brasil já tem um compromisso de desmatamento zero. Já estamos trabalhando para alcançar o desmatamento zero até 2030”, disse, ao citar que, nos primeiros sete meses de governo, a pasta ampliou a capacidade de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) em quase 200%, além de registrar queda de 42% no desmatamento do país.

    “Só no mês de julho, que é um dos mais difíceis, quando temos um pico de desmatamento, a queda foi de 66%, queda que aconteceu nos mais diferentes estados da Amazônia, em vários municípios. Portanto, ainda que não tenhamos na declaração conjunta, em função de não se chegar a um consenso com outros países, o Brasil já tem esse compromisso e nós vamos continuar perseguindo”, concluiu.

    Edição: Graça Adjuto