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  • MTE: cresce o número de jovens de 14 a 24 anos ocupados no Brasil

    MTE: cresce o número de jovens de 14 a 24 anos ocupados no Brasil

    Um estudo divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) apontou um crescimento expressivo no número de jovens de 14 a 24 anos ocupados no Brasil no último trimestre de 2024, o que contribuiu para a redução das taxas de desemprego e informalidade nessa faixa etária. Os dados foram apresentados nesta terça-feira (29/4) pela subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do MTE, Paula Montagner, durante o evento Empregabilidade Jovem Brasil, promovido pelo CIEE, em São Paulo.

    O levantamento também revelou que o número de jovens que não estudam nem trabalham — os chamados “nem-nem” — caiu para o menor nível dos últimos 12 anos no segundo semestre de 2024. A apresentação contou ainda com a participação do diretor do Departamento de Políticas de Trabalho para a Juventude do MTE, João Victor da Motta.

    Segundo o levantamento, no último trimestre de 2024, o Brasil registrou 14,5 milhões de jovens ocupados, superando os 14,2 milhões observados no mesmo período de 2019, antes da pandemia. A taxa de desemprego entre os jovens caiu de 25,2% para 14,3%, enquanto a informalidade passou de 48% para 44%. Entre os jovens ocupados no final de 2024, 53% possuíam vínculo formal de trabalho, com carteira assinada. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD).

    Paula Montagner destacou que a redução no número de jovens de 18 a 24 anos que não estudam nem trabalham representa um avanço importante. No entanto, observou que as mulheres ainda são maioria nessa condição. No último trimestre de 2012, o país registrava 2,1 milhões de meninos e 4,2 milhões de meninas nessa situação. Já no mesmo período de 2024, os números caíram para 1,9 milhão e 3,3 milhões, respectivamente. “Muitas dessas meninas estão em casa cuidando da família, parentes adoentados, irmãos ou filhos. Isso é importante, mas elas precisam de apoio de políticas públicas, como a creche e o ensino tempo integral para poder trabalhar ou avançar na sua qualificação profissional, evitando dificuldades maiores de reingresso no futuro”, alertou Paula

    A subsecretária ressaltou que, embora os indicadores apontem para uma economia mais aquecida e com maior oferta de oportunidades, é preciso atenção à qualidade das ocupações que estão sendo assumidas pelos jovens. De acordo com dados do Novo Caged, metade dos 7,7 milhões de jovens com carteira assinada está concentrada em apenas 15 ocupações, caracterizadas por tarefas repetitivas e com alto potencial de automação. Além disso, 67,1% desses trabalhadores recebem salários abaixo da média nacional, que foi de R$ 1.854,01. “Precisamos considerar o futuro e evitar que esses jovens fiquem estagnados em tarefas repetitivas”, alertou Paula.

    Demissões voluntárias

    A pesquisa também revelou que a busca por melhores oportunidades e salários mais altos foi o principal motivo para que um terço dos jovens pedisse demissão em 2024. Segundo a subsecretária, esses trabalhadores estão atentos ao mercado e priorizam vagas que ofereçam melhores condições, benefícios e qualidade de vida. Entre os que vivem em regiões metropolitanas, o tempo de deslocamento até o trabalho também pesa na decisão. “Em média, esses jovens têm 12 meses de trabalho, estão aclimatados na empresa, mas não se sentem valorizados e reconhecidos”, explica Paula sobre as demissões.

    Estagiários e Aprendizes

    O número de jovens inseridos em estágios e programas de aprendizagem também apresentou crescimento significativo. Em 2023, foram registrados 624 mil estagiários, número que saltou para 990 mil apenas no primeiro bimestre de 2025. No caso da aprendizagem, novembro de 2024 marcou o maior patamar já registrado, com 637.509 jovens contratados sob a Lei nº 10.902. “Para melhorar a empregabilidade dos jovens, é necessário conectar o exercício do trabalho à formação técnica e tecnológica, além de reforçar a elevação da escolaridade e a capacitação para as novas tecnologias, especialmente para aqueles que estão fora do mercado de trabalho”, concluiu a subsecretaria.

  • Desemprego de 7% no 1º trimestre é o menor já registrado desde 2012

    Desemprego de 7% no 1º trimestre é o menor já registrado desde 2012

    O Brasil fechou o primeiro trimestre de 2025 com taxa de desocupação de 7%. Esse patamar fica acima do registrado no trimestre anterior, encerrado em dezembro (6,2%), no entanto, é o menor para os meses de janeiro a março em toda a série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.

    O recorde anterior era de 2014, quando a taxa de desocupação no período marcou 7,2%. Em 2024, o índice era de 7,2%.

    Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta quarta-feira (30). O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

    Na metodologia do IBGE, pessoas que não trabalham, mas que também não buscam vagas não entram no cálculo de desempregados.

    De acordo com a pesquisa, a alta da desocupação na passagem do quatro trimestre de 2024 para o primeiro de 2025 é explicada pelo aumento no número de pessoas que buscaram emprego, que cresceu 13,1%, representando 7,7 milhões à procura de vaga (891 mil a mais que no período terminado em dezembro). No entanto, quando a comparação é com o mesmo período de 2024, houve redução de 10,5% nesse contingente.

    De acordo com a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, o resultado revela comportamento sazonal, “de modo geral, observado nos primeiros trimestres de cada ano”.

    Setores

    Em relação ao número de ocupados, as reduções mais significativas entre o fim de 2024 e o dado apurado em março pertencem aos seguintes setores:

    – construção (menos 397 mil pessoas);

    – alojamento e alimentação (menos 190 mil pessoas);

    – administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (menos 297 mil pessoas);

    – serviços domésticos (menos 241 mil pessoas);

    Carteira assinada

    Adriana Beringuy considera que a redução da ocupação no primeiro trimestre (menos 1,3 milhão de pessoas) não comprometeu negativamente o cenário do mercado de trabalho brasileiro.

    “Embora tenha havido retração da ocupação, essa retração não comprometeu o contingente de empregados com carteira assinada”.

    O número de trabalhadores com carteira assinada não teve variação significativa na comparação com o trimestre encerrado em dezembro e chega a 39,4 milhões, renovando um recorde.

    Segundo Adriana, o patamar é sinal de “sustentabilidade” do mercado de trabalho. De acordo com a pesquisadora, o panorama do emprego é mais resistente a sofrer efeitos do cenário macroeconômico, como os juros altos, utilizados para esfriar a economia em momentos de inflação alta.

    A taxa de informalidade, que contempla a população sem carteira assinada, marcou 38% no trimestre encerrado em março – a menor desde o terceiro trimestre de 2020 (também 38%). A mais baixa já registrada foi de 36,5% no segundo trimestre de 2020.

    Rendimento

    A pesquisa mostra ainda que o rendimento médio mensal dos trabalhadores foi de R$ 3.410, renovando recorde que pertencia ao trimestre encerrado em fevereiro (R$ 3.401). Esses valores são reais, ou seja, já aplicados os efeitos da inflação.

    A massa de rendimentos, o conjunto de dinheiro que os trabalhadores recebem para girar a economia ou poupar, ficou em R$ 345 bilhões, bem perto do maior já registrado (R$ 345,2 no último trimestre de 2024).

  • Informalidade recua no mercado de trabalho em janeiro, diz IBGE

    Informalidade recua no mercado de trabalho em janeiro, diz IBGE

    O percentual de pessoas trabalhando na informalidade no país caiu para 38,3% no trimestre encerrado em janeiro deste ano. Isto significa que 39,5 milhões do total de 103 milhões de trabalhadores no país trabalhavam sem carteira assinada ou sem CNPJ, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgados nesta quinta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A taxa de informalidade recuou nas comparações com o trimestre anterior, encerrado em outubro de 2024 (38,9% ou 40,3 milhões), e com o trimestre encerrado em janeiro de 2024 (39%, ou 39,2 milhões).

    De acordo com o IBGE, o número de empregados sem carteira no setor privado (13,9 milhões) caiu na comparação trimestral (menos 553 mil pessoas) e cresceu 3,2% na comparação anual (mais 436 mil pessoas).

    Ao mesmo tempo, o número de empregados com carteira assinada no setor privado, sem contar os trabalhadores domésticos (39,3 milhões), ficou estável na comparação com o trimestre anterior e cresceu 3,6% (mais 1,4 milhão de pessoas) na comparação anual.

    A população ocupada (103 milhões) ficou 0,6% abaixo da observada no trimestre anterior (menos 641 mil pessoas) e 2,4% acima do resultado apurado em janeiro de 2024 (mais 2,4 milhões de pessoas). O nível de ocupação ficou em 58,2%, abaixo do trimestre anterior (58,7%) mas acima do trimestre encerrado em janeiro de 2024 (57,3%).

    “A queda dos trabalhadores informais [-2%] foi maior do que a queda da população ocupada [-0,6%]”, afirmou o pesquisador do IBGE William Kratochwill. “A desocupação aumentou basicamente nos empregos sem carteira”.

    Desemprego

    A taxa de desemprego ficou em 6,5% no trimestre, acima dos 6,2% do trimestre anterior, mas abaixo da observada no trimestre encerrado em janeiro de 2024 (7,4%). A população desocupada (7,2 milhões) cresceu 5,3% em relação ao trimestre anterior mas caiu 13,1% na comparação anual

    Kratochwill diz que um dos motivos para a alta da taxa, na comparação trimestral, foi a troca de governos municipais, que gerou perda de postos de trabalho na área de administração pública. Isso porque a troca dos gestores envolve, geralmente, demissões de trabalhadores de gestões anteriores.

    “Nesse último ano, tivemos as eleições municipais, então há uma nova administração pública e esse movimento [de aumento da taxa de desemprego] se repete a cada ciclo de quatro anos”, explicou.

    Segundo o IBGE, a alta trimestral na taxa de desemprego, de 0,3 ponto percentual (de 6,2% para 6,5%) é a maior para um trimestre encerrado em janeiro desde 2017 (0,7 ponto percentual).

    Apesar disso, a taxa de desemprego de 6,5% é a menor para um trimestre encerrado em janeiro desde o início da série histórica, em 2012, igualando-se à taxa de janeiro de 2014.

    Atividades

    Na comparação trimestral, nenhum grupamento de atividade teve crescimento na população ocupada, mas houve quedas em agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (2,1%, ou menos 170 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou menos 469 mil pessoas).

    Já na comparação anual, houve crescimento em cinco áreas: indústria geral (2,7%, ou mais 355 mil pessoas), construção (3,3%, ou mais 246 mil pessoas), comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (3,4%, ou mais 654 mil pessoas), informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (2,9%, ou mais 373 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,9%, ou mais 523 mil pessoas). Nenhum grupamento teve perda significativa de postos de trabalho.

    Subutilização

    A população subutilizada, ou seja, a parcela dos desempregados e daqueles que poderiam trabalhar mais do que trabalham atualmente, ficou em 18,1 milhões, mantendo estabilidade na comparação trimestral e recuando 11% na comparação anual.

    Já a população desalentada, que inclui aqueles que gostariam de trabalhar e estavam disponíveis, mas que não buscaram trabalho por vários motivos ficou em 3,2 milhões, um crescimento de 4,8% no trimestre (mais 147 mil pessoas) e uma redução de 10,9% (menos 389 mil pessoas) no ano.

    Rendimento

    O rendimento médio real habitualmente recebido pelo trabalhador atingiu R$ 3.343, ficando acima do trimestre anterior (1,4%) e do ano anterior (3,7%). “Esse é o maior valor da série”, afirmou Kratochwill. O recorde anterior era de julho de 2020 (R$ 3.335).

    A massa de rendimento real habitual (R$ 339,5 bilhões) ficou estável no trimestre e aumentou 6,2% (mais R$ 19,9 bilhões) no ano.

  • IBGE: em 14 estados, desemprego de 2024 foi o menor já registrado

    IBGE: em 14 estados, desemprego de 2024 foi o menor já registrado

    Para 14 estados, o ano de 2024 terminou com o menor nível de desemprego já registrado pela série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que começou em 2012. O dado foi divulgado nesta sexta-feira (14) pelo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O comportamento desses estados se assemelha ao do Brasil como um todo, que registrou a taxa média de 6,6% de desemprego, em 2024, conforme já havia sido divulgado pelo IBGE.

    O recorde de baixa no nível de ocupação foi atingido nas seguintes localidades:

    Rio Grande do Norte (8,5%)

    Amazonas (8,4%)

    Amapá (8,3%)

    Alagoas (7,6%)

    Maranhão (7,1%)

    Ceará (7%)

    Acre (6,4%)

    São Paulo (6,2%)

    Tocantins (5,5%)

    Minas Gerais (5%)

    Espírito Santo (3,9%)

    Mato Grosso do Sul (3,9%)

    Santa Catarina (2,9%)

    Mato Grosso (2,6%)

    A pesquisa do IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja emprego com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.

    As maiores taxas médias de 2024 foram apontadas na Bahia (10,8%), Pernambuco (10,8%) e Distrito Federal (9,6%).

    Regiões

    Por regiões, o Norte (7%), Sudeste (6,4%), Sul (4,2%) e Centro-Oeste (5,4%) alcançaram os menores níveis de desocupação desde o início da série histórica.

    Já no Nordeste, a taxa ficou em 9%, a menor desde 2015, porém acima do recorde mínimo de 8,6%, atingido em 2014.

    Informalidade

    O IBGE revelou que ao longo do ano passado, a taxa de informalidade no país foi de 39% da população ocupada, sendo as maiores médias no Pará (58,1%), Piauí, (56,6%) e Maranhão (55,3%). As menores ficaram localizadas em Santa Catarina (26,4%), Distrito Federal (29,6%) e São Paulo (31,1%).

  • Taxa de desemprego global permanece em 5% em 2024, diz OIT

    Taxa de desemprego global permanece em 5% em 2024, diz OIT

    O índice global de desemprego permaneceu em 5% em 2024, o mesmo patamar de 2023. O dado consta do relatório Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo: Tendências 2025 (World Employment and Social Outlook: Trends 2025), lançado nesta quinta-feira (17) pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).

    Entre os fatores que colaboram para a dificuldade da recuperação do mercado de trabalho estão as tensões geopolíticas e o aumento dos custos das mudanças climáticas.

    De acordo com a instituição, a economia mundial está em expansão em ritmo moderado, porém a previsão é de perda do dinamismo, impedindo uma recuperação forte e duradoura do mercado de trabalho.

    “O crescimento econômico ficou em 3,2% em 2024, abaixo dos 3,3% e 3,6% em 2023 e 2022, respetivamente. Espera-se uma expansão semelhante em 2025 e depois uma desaceleração gradual no médio prazo”, aponta.

    Trabalho informal

    O relatório pontua que o trabalho informal e a quantidade de trabalhadoras e trabalhadores pobres voltaram aos níveis do período pré-pandemia.

    Os países de baixa renda, segundo a entidade, se defrontaram com mais desafios para a geração de postos de trabalho. Nessas localidades, a parcela de homens jovens nem-nem, ou seja, que nem estudam, nem trabalham aumentou quase quatro pontos percentuais acima da média atingida nos anos que antecederam a pandemia.

    No ano passado, entre o total de pessoas sem emprego formal, sem frequentar a escola ou fazendo capacitações, os homens jovens chegaram a 85,8 milhões (13,1%) e as mulheres jovens, 173,3 milhões (28,2%). De 2023 para 2024, houve um acréscimo de 1 milhão e 1,8 milhão, respectivamente.

    “Os jovens, especialmente, continuam a enfrentar taxas de desemprego muito mais elevadas – cerca de 12,6% – com poucos sinais de melhorias”, diz o relatório.

    Déficit global de empregos

    Ao todo, o déficit mundial de empregos – o número estimado de pessoas que querem trabalhar, mas não conseguem conquistar um emprego – atingiu 402 milhões no ano passado. Esse número é composto por 186 milhões de desempregados, 137 milhões que são principalmente de pessoas desencorajadas e 79 milhões que gostariam de trabalhar, mas têm obrigações, exercer funções de cuidado de outras pessoas, que as impedem de ter acesso ao emprego.

  • Queda no desemprego em 2024 é consistente, diz coordenadora do IBGE

    Queda no desemprego em 2024 é consistente, diz coordenadora do IBGE

    A trajetória declinante da taxa de desemprego que vem ocorrendo em 2024 é consistente, afirma a coordenadora de Pesquisas Domiciliares do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Adriana Beringuy. O recuo ocorre desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2024 até o período terminado em novembro.

    De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, elaborada pelo IBGE, o percentual saiu de 7,8%, no trimestre encerrado em fevereiro para 6,1% no período entre setembro e novembro deste ano, que representa o menor patamar da série histórica iniciada em 2012.

    “Pelo movimento que temos em 2024, é bem consistente e mostra justamente a capacidade do mercado de trabalho brasileiro que, mesmo com toda a sua diversidade, tem um contingente de trabalhadores informais muito grande, mas a despeito disso, vem aumentando o número de empregados com carteira assinada. Com todas as suas particularidades, o mercado de trabalho brasileiro vem respondendo de forma bastante satisfatória no ano de 2024”, disse Adriana nesta sexta-feira (27), na entrevista em que apresentados os dados da PNAD Contínua do semestre encerrado em novembro.

    Para Adriana, o movimento de queda bem espalhado pelas atividades econômicas é uma das explicações para a manutenção do recuo. “Não tem concentração em uma atividade específica. Tem desde serviços de mais qualificação dos profissionais, especificamente, mas tem a parte da construção e de serviços domésticos. Tem uma diversidade de atividades econômicas que estão manifestando a sua demanda por trabalhador”, afirmou.

    Adriana Beringuy ressaltou que esse movimento terá que ser acompanhado ao longo de 2025, sempre olhando o conjunto de informações de indicadores econômicos, como a trajetória da renda. “Isso tudo a gente vai ter que considerar ao longo do ano de 2025 para ter a análise. O movimento de manutenção da estabilidade vai depender do contexto macroeconômico e também do quanto as atividades econômicas vão demandar de população ocupada para manter este nível atual de consumo, como também, até mesmo, a sua própria expansão.”

    Segundo Adriana, cada atividade tem suas particularidades, como no caso da agricultura, atividade que demanda poucos trabalhadores e vem reduzindo ainda mais essa necessidade em função de questões climáticas. Há também a atividade da construção, que se expandiu bastante neste ano. “Isso porque houve uma demanda maior de construção e de edificações. O setor de construção foi mais demandado e a indústria, também. Vai ser o comportamento dessas atividades econômicas, associado à renda dos trabalhadores, que vai realmente apontar, ou para a manutenção, ou para a expansão desses indicadores.”

    Ela acrescentou que, além das taxas quantitativas que vêm registrando recordes, existe as características relacionadas à forma de inserção, como é o caso do crescimento do número de empregados com carteira assinada, ou ainda pelo patamar de rendimento que vem se mantendo em crescimento. “Por isso, é que se vê essa consistência ao longo do ano de 2024.”

    Adriana destacou ainda que o mercado de trabalho tem seus movimentos sazonais, como o que costuma ocorrer no início de cada ano, com registro de expansão do desemprego. “No início de cada ano, esse indicador vai expandir e depois recuar, mas, excluindo a sazonalidade, há fatores que podem realmente influenciar, seja a manutenção desse patamar bastante baixo da taxa de ocupação, sua manutenção, a continuidade de queda ou a sua expansão. Isso vai depender do desempenho das atividades econômicas que tem sido fundamental para esta resposta do mercado de trabalho.”

  • Caged registra a criação de 106,6 mil postos de trabalho em novembro

    Caged registra a criação de 106,6 mil postos de trabalho em novembro

    O saldo de empregos formais subiu em novembro, segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta sexta-feira (27), pelo Ministério do Trabalho e Emprego. Foram criados 106.625 postos de trabalho com carteira assinada no último mês. O indicador mede a diferença entre contratações e demissões. No acumulado do ano, foram abertas 2.224.102 vagas de empregos.

    O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 47.741.377 em novembro, o que representa alta de 0,22% em relação ao mês anterior.

    Na divisão por ramos de atividade, dois dos cinco setores pesquisados criaram empregos formais em novembro. A estatística foi liderada pelo comércio, com a abertura de 94.572 postos, todos concentrados na atividade de reparação de veículos automotores e motocicletas.

    No setor de serviços, que teve 67.717 postos a mais, a criação de empregos foi puxada pelo segmento de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, com a abertura de 40.118 postos formais.

    Na construção civil, o nível de emprego diminuiu, com o fechamento de 30.091 postos, bem como na agropecuária, que registrou 18.887 vagas de trabalho a menos, em razão das características sazonais do setor.

    A redução de 6.678 empregos formais na indústria foi puxada pela indústria de transformação, que eliminou 6.753 vagas no mês passado.

    Regiões

    Das cinco regiões brasileiras, quatro criaram empregos com carteira assinada em novembro. O Sudeste liderou a abertura de vagas, com 53.677 postos a mais, seguido pelo Nordeste, com 25.557 postos. Em seguida, vem o Sul, com 24.952 postos. O Norte abriu 7.274 postos de trabalho. Já o Centro-Oeste fechou 7.960 vagas formais no mês passado.

    Na divisão por unidades da federação, 21 das 27 registraram saldo positivo, em termos absolutos. Os destaques na criação de empregos foram São Paulo (38.562), Rio de Janeiro (13.810) e Rio Grande do Sul (11.865). Os estados com os números mais altos de fechamento de vagas foram Mato Grosso (7.852), Goiás (3.145) e Piauí (1.378).

    As estatísticas completas do Novo Caged estão disponíveis na página do Ministério do Trabalho e Emprego.

  • Lucas do Rio Verde está entre as cidades que mais empregam em Mato Grosso

    Lucas do Rio Verde está entre as cidades que mais empregam em Mato Grosso

    Mato Grosso se destaca nacionalmente por registrar uma das menores taxas de desocupação no Brasil, alcançando apenas 2,3% da população desempregada, segundo dados da PNAD Contínua do IBGE, analisados pelo Observatório da Indústria da Fiemt.

    No estado, são 1,9 milhão de pessoas empregadas de apenas 45 mil fora do mercado de trabalho, consolidando a região em um cenário de pleno emprego.

    O desempenho coloca Mato Grosso atrás apenas de Rondônia, que registrou uma taxa de desocupação de 2,1%. Segundo o presidente do Sistema Fiemt, Silvio Rangel, o crescimento econômico do estado impulsiona a oferta de empregos, com um equilíbrio entre a demanda e a oferta de vagas. “Vivemos o que os especialistas chamam de pleno emprego, com amplas opções no mercado de trabalho”, destacou.

    Norte de Mato Grosso lidera em empregabilidade

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    FOTO CANVA

    A região norte do estado, que inclui municípios como Sinop, Sorriso e Lucas do Rio Verde, apresentou a menor taxa de desocupação, com 1,4%. Em seguida, aparecem o leste de Mato Grosso, com 1,8%, e o sudoeste, com 2,6%. A expansão de indústrias e o dinamismo econômico no chamado “nortão” são apontados como principais fatores para os índices positivos.

    Apesar dos avanços, a informalidade ainda é um desafio. O número de trabalhadores sem vínculo formal subiu para 683 mil, o que representa 35,3% da força de trabalho. Mulheres enfrentam uma alta mais significativa na informalidade, passando de 31,8% para 34,1%.

    Desigualdades por gênero e idade

    A taxa de desocupação masculina é de 1,7%, enquanto entre as mulheres chega a 3%, refletindo desigualdades de gênero no mercado de trabalho. Jovens entre 14 e 17 anos enfrentam as maiores dificuldades, com uma taxa de desemprego de 10,3%, seguida pela população parda, que registra uma desocupação de 2,5%, maior do que as taxas para brancos (2,2%) e pretos (1,3%).

    Mulheres fora da força de trabalho

    Cerca de 855 mil pessoas estão fora da força de trabalho em Mato Grosso, sendo 68% mulheres. O principal motivo apontado para a ausência no mercado é o envolvimento com afazeres domésticos, seguido por razões como idade (jovem ou idoso) e problemas de saúde.

    Mesmo com esses desafios, o estado avança em crescimento econômico e empregabilidade, consolidando-se como um dos destaques nacionais em geração de emprego e ocupação formal.

  • Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012

    Taxa de desemprego atinge menor patamar desde 2012

    A taxa de desocupação no país, também conhecida como taxa de desemprego, ficou em 6,2% no trimestre encerrado em outubro deste ano. A taxa é a menor registrada desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, em 2012.

    O trimestre anterior, encerrado em julho deste ano, havia registrado taxa de 6,8%. Em outubro do ano passado, havia ficado em 7,6%.

    A população ocupada (103,6 milhões) também atingiu recorde, ficando 1,5% acima da média do trimestre encerrado em julho e 3,4% superior a outubro.

    A população desocupada recuou para 6,8 milhões, ou seja, 8% a menos (menos 591 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior e 17,2% inferior a outubro de 2023 (menos 1,4 milhão de pessoas). É o menor contingente de desocupados desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014.

    O rendimento real habitual do trabalhador ficou em R$ 3.255, ficando estável na comparação trimestral e crescendo 3,9% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 332,6 bilhões) cresceu 2,4% (mais R$ 7,7 bilhões) no trimestre e 7,7% (mais R$ 23,6 bilhões) no ano.

  • Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

    Taxa de desemprego recua em 7 estados no terceiro trimestre, diz IBGE

    A taxa de desocupação, também chamada de taxa de desemprego, caiu em sete unidades da federação no terceiro trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior. Nas outras 20, a taxa manteve-se estável, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    A maior queda foi observada na Bahia, onde a taxa recuou 1,4 ponto percentual, passando de 11,1% no segundo trimestre para 9,7% no terceiro trimestre. Os outros seis locais com queda foram Rondônia (-1,2 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,1%), Rio de Janeiro (-1,1 ponto percentual, ao passar de 9,6% para 8,5%), Mato Grosso (-1 ponto percentual, ao passar de 3,3% para 2,3%), Pernambuco (-1 ponto percentual, ao passar de 11,5% para 10,5%), Rio Grande do Sul (-0,8 ponto percentual, ao passar de 5,9% para 5,1%) e Santa Catarina (-0,4 ponto percentual, ao passar de 3,2% para 2,8%).

    Apesar da queda, Pernambuco continua sendo o estado com maior taxa de desemprego. Rondônia apresentou a menor taxa. A taxa de desemprego nacional, divulgada no fim de outubro, recuou para 6,4% no terceiro trimestre, inferior ao observado no segundo trimestre deste ano (6,9%) e no terceiro trimestre de 2023 (7,7%).

    Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, a taxa de desemprego recuou em 13 unidades da federação, com destaque para o Amapá (com queda de 4,3 pontos percentuais, ao passar de 12,6% para 8,3%), Bahia (-3,6 pontos percentuais, ao passar de 13,3% para 9,7%) e Pernambuco (-2,7 pontos percentuais, ao passar de 13,2% para 10,5%).

    As outras 14 unidades da federação apresentaram estabilidade da taxa na comparação com o terceiro trimestre de 2023.

    A taxa de informalidade do mercado de trabalho, ou seja, o percentual de trabalhadores informais em relação ao total de pessoas ocupadas, subiu apenas em dois estados, na comparação com o segundo trimestre deste ano: Bahia (2,3 pontos percentuais, atingindo 51,7%) e Mato Grosso (1,7 ponto percentuais, alcançando 35,3%). Nas demais unidades da federação, manteve-se estável.

    Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, também houve alta em apenas dois locais: Roraima (3,6 pontos percentuais, atingindo 47,8%) e Rio Grande do Sul (1,4 ponto percentual, chegando a 32,9%). Nenhuma unidade da federação apresentou alta.