Após a recuperação registrada em fevereiro, os preços do suíno vivo e da carne suína voltaram a cair ao longo de março. Apesar da retração, os valores médios mensais ainda se mantêm significativamente acima dos praticados no mesmo período de 2024 em algumas regiões acompanhadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Um exemplo é a região SP-5 (Bragança Paulista, Campinas, Piracicaba, São Paulo e Sorocaba), onde o suíno vivo foi cotado à média de R$ 8,56/kg em março, queda de 3,3% frente a fevereiro. Em relação a março do ano passado, porém, o valor está 17,9% mais alto, considerando dados deflacionados pelo IGP-DI de março de 2025.
No mercado externo, os embarques brasileiros de carne suína mantiveram o ritmo acelerado. Em março, o país exportou 114,7 mil toneladas de carne suína in natura e industrializada, aumento de 1,4% sobre fevereiro e expressivos 26,5% frente ao mesmo mês de 2024, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior). A média diária de exportações alcançou 5,4 mil toneladas, a segunda maior da série histórica iniciada em 1997, com crescimento de 6,9% em relação a fevereiro e 37,1% acima do volume registrado em março do ano passado.
No entanto, o cenário interno para a suinocultura foi de pressão sobre a rentabilidade. A valorização do milho, principal insumo da alimentação animal, elevou os custos de produção. O indicador ESALQ/BM&FBovespa para o milho (praça de Campinas – SP) chegou à marca de R$ 90 por saca de 60 kg, valor nominal que não era observado desde abril de 2022. A combinação entre insumos mais caros e queda no preço do animal impactou negativamente a relação de troca dos suinocultores.
Além disso, a carne suína enfrentou vendas lentas no mercado interno em março, enquanto a oferta de animais para abate permaneceu relativamente elevada. Isso gerou um excedente de produto no atacado e pressionou os preços das carcaças especiais suínas. As carnes concorrentes, bovina e de frango, também registraram recuos nos preços médios mensais, mas as baixas foram menos intensas em comparação com a carne suína.
Diante deste cenário, o setor suinícola brasileiro segue atento à volatilidade do mercado e às oscilações de custo, enquanto aposta nas exportações como um dos principais sustentáculos da demanda em 2025.
O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro, calculado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), registrou crescimento de 4,48% no quarto trimestre de 2024. Esse excelente desempenho permitiu uma reversão do movimento de queda anual que era observado até o terceiro trimestre, e, no acumulado de 2024, o PIB avançou 1,81%.
Diante disso, considerando-se também o desempenho da economia brasileira como um todo, o PIB do agronegócio correspondeu por 23,2% do PIB do Brasil em 2024, ligeiramente abaixo dos 23,5% registrados em 2023.
Segundo pesquisadores do Cepea/CNA, o expressivo avanço de 12,48% no ramo pecuário foi determinante para o desempenho geral do setor, compensando o recuo de 2,19% no ramo agrícola.
A alta no ramo pecuário em 2024 foi impulsionada por todos os segmentos, com destaque para a agroindústria e os agrosserviços, que avançaram ambos 16,8%. De acordo com pesquisadores do Cepea, o avanço do PIB da agroindústria de base pecuária foi influenciado pelos maiores preços e pelo crescimento na produção de carnes e pescados e couro e calçados. No caso do agrosserviços, a expansão do PIB se deve ao crescimento da produção nos segmentos de insumos, primários e agroindustriais, o que resulta em aumento na demanda por serviços em algumas das atividades que integram esse setor.
Já o desempenho negativo observado no ramo agrícola esteve relacionado às retrações observadas para todos os segmentos, sobretudo no de insumos (que registrou queda de quase 7%) e no primário (com baixa de 3,54%), conforme indicam pesquisadores do Cepea/CNA. A retração do PIB de insumos foi influenciada negativamente pelas quedas nos preços de fertilizantes, defensivos e máquinas agrícolas, além da redução na produção de máquinas agrícolas. Quanto ao segmento primário, apesar da diminuição de custos com insumos, o desempenho foi prejudicado pela desvalorização de commodities importantes, como algodão, milho, soja e trigo, além da retração na produção anual, com destaque para as quedas o milho e a soja.
A produção da indústria brasileira recuou 0,1% de janeiro para fevereiro, variação que pode ser considerada como estabilidade. No entanto, significa também que a indústria atinge a marca de cinco meses seguidos sem crescimento, período em que soma perda de 1,3%.
Em janeiro, a produção industrial tinha apresentado variação nula (0%). O último mês com crescimento foi em setembro de 2024 (0,9%). De outubro a dezembro de 2024 foram três meses de queda. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal, divulgada nesta quarta-feira (2) no Rio de Janeiro, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
No acumulado de 2025, a indústria expandiu 1,4% ante mesmo período de 2024. No somatório dos últimos 12 meses, a alta é de 2,6%. Em comparação com fevereiro de 2024, a variação ficou positiva em 1,5%.
Os novos números de fevereiro deixam o parque industrial nacional 1,1% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 15,7% abaixo do ponto mais alto da série histórica, registrado em maio de 2011.
Dos 25 ramos pesquisados pelo IBGE, 14 tiveram queda na produção na passagem de janeiro para fevereiro de 2025. O índice de difusão apontou que 51,8% dos 789 produtos industriais pesquisados tiveram alta na produção.
Juros, inflação e dólar
O período de cinco meses sem crescimento anotado em fevereiro é o mais longo desde 2015, quando a indústria amargou jejum de seis meses sem expansão. Na época, o recuo acumulado chegou a 6,7%, bem acima do 1,3% de agora.
Segundo o gerente da pesquisa, André Macedo, a falta de crescimento recente é explicada em grande parte pela trajetória crescente da taxa de juros no país, pela desvalorização do real ante o dólar e pela inflação alta. “É claro que isso guarda relação com a redução de níveis de confiança de famílias e empresários”, diz André.
No caso dos juros, política monetária adotada pelo Banco Central para tentar conter a inflação, a medida encarece crédito, tenta esfriar a demanda de consumo e acaba desestimulando investimentos.
Em relação ao dólar, a valorização da moeda americana faz produtos como máquinas e equipamentos importados ficarem mais caros. Já a inflação alta, principalmente nos preços dos alimentos, “impacta de forma direta a renda disponível das famílias. São fatores que estamos elencando há alguns meses”, afirma.
Para retratar a redução no ritmo da indústria brasileira, André Macedo cita que 2024 terminou com expansão de 3,1%, patamar que caiu para 2,6% no acumulado de 12 meses até fevereiro. “Claramente perdendo ímpeto em termos de magnitude de expansão”, constata.
A média móvel trimestral – indicador que permite avaliar a tendência de comportamento sem efeitos de volatilidade mês a mês – teve recuo de 0,1%, configurando a terceira divulgação seguida no campo negativo.
Comportamento de setores
O setor que mais influenciou na queda de janeiro para fevereiro foi o de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-12,3%).
“A queda da indústria farmacêutica pode ser explicada pela própria volatilidade de resultados, que é uma característica do setor, pelo menor número de dias trabalhados, por conta da concessão de férias coletivas em algumas plantas industriais e por uma base de comparação mais elevada, devido aos avanços registrados em janeiro de 2025 (4,5%) e dezembro de 2024 (2,5%), com ganho acumulado de 7,1% nesse período”, analisa Macedo.
Outros destaques negativos
– máquinas e equipamentos (-2,7%)
– produtos de madeira (-8,6%)
– produtos diversos (-5,9%)
– veículos automotores, reboques e carrocerias (-0,7%)
– máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-1,4%)
– equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-1,5%)
– móveis (-2,1%)
Entre as 11 atividades que apresentaram alta na produção, as indústrias extrativas (2,7%) e produtos alimentícios (1,7%) exerceram os principais impactos.
Avanços
– produtos químicos (2,1%)
– celulose, papel e produtos de papel (1,8%)
– produtos de borracha e de material plástico (1,2%)
– outros equipamentos de transporte (2,2%)
Em relação às grandes categorias econômicas, ainda na comparação com janeiro, os setores de bens de consumo duráveis (-3,2%) e bens de consumo semi e não duráveis (-0,8%) apresentaram as taxas negativas.
Já os setores de bens de capital (0,8%) e bens intermediários (0,8%) alcançaram resultados positivos.
O desempenho da agroindústria brasileira em 2024 trouxe resultados expressivos que reforçam o otimismo para 2025. Com um crescimento acumulado de 2,7% entre janeiro e outubro – o melhor índice para esse período em 14 anos –, o setor consolidou sua recuperação e se posiciona como um dos pilares da economia nacional. Os dados, apresentados este mês, fazem parte da publicação Índice de Produção Agroindustrial PIMAgro, Painel Agro da FGV Agro.
A expansão de 4,2% em outubro, comparada ao mesmo mês do ano anterior, foi impulsionada pelo aumento na produção de produtos alimentícios e não alimentícios. O segmento de produtos não alimentícios foi o grande destaque, com alta de 7,4%, enquanto alimentos e bebidas cresceram 1,4%. Esses números refletem a combinação de um mercado interno aquecido e o ritmo consistente das exportações.
Avanços em segmentos estratégicos
Os insumos agropecuários, um dos motores do setor, registraram uma alta expressiva de 8,3% em outubro, impulsionados pela maior produção de defensivos agrícolas e desinfestantes, que cresceram 29,7%. Essa retomada marca o fim das dificuldades enfrentadas no início do ano e aponta para um cenário mais favorável em 2025, especialmente com condições climáticas mais estáveis após o término do fenômeno La Niña.
O setor de produtos florestais também apresentou resultados sólidos, com crescimento de 5,1% em outubro e alta acumulada ao longo do ano, sustentada pela maior produção de madeira, celulose e papel. As exportações desempenharam um papel crucial, com um aumento de 24,6% no volume exportado em relação a 2023.
Alimentos lideram recuperação
O segmento de alimentos e bebidas, embora tenha registrado crescimento mais moderado, acumula alta de 2,7% no ano. Dentro desse grupo, alimentos de origem animal foram o principal destaque, com uma expansão de 4,8%, impulsionada pelo aumento da produção de carnes. Apesar de uma leve retração no subsetor de alimentos de origem vegetal, a produção de carnes e derivados mostrou resiliência, acompanhada de um crescimento consistente na produção de outros alimentos básicos.
Expectativas da agroindústria para 2025
Os números de 2024 criam um cenário de confiança para 2025. A expansão contínua em segmentos estratégicos, aliada à recuperação dos insumos agropecuários e ao fortalecimento das exportações, projeta um novo ciclo de crescimento para o setor. A agroindústria também se beneficia de iniciativas como o RenovaBio, que reforçam a sustentabilidade e a competitividade do segmento.
Com base nos indicadores recentes, espera-se que a agroindústria mantenha um ritmo de expansão sólido, consolidando sua relevância no cenário nacional e global. As perspectivas para 2025 são de avanços ainda mais expressivos, fortalecendo o papel do setor como motor do desenvolvimento econômico e sustentável do Brasil.
Lucas do Rio Verde alcançou a melhor nota do estado de Mato Grosso no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB) para os anos iniciais do Ensino Fundamental, com uma pontuação de 6,7. A divulgação dos dados relacionados ao IDEB foi feita ontem, quarta-feira (14), em Cuiabá, pelo governador Mauro Mendes.
A secretária de Educação de Lucas do Rio Verde, Elaine Lovatel, comemorou a conquista, destacando a “sensação de dever cumprido enorme” e a satisfação com o resultado. Elaine ressaltou o trabalho coletivo das escolas, que se dedicaram intensamente para elevar os índices educacionais. “Nós, enquanto rede municipal, recebemos a notícia com muita alegria e com muita satisfação. Tivemos nossas unidades escolares que se desdobraram em conjunto para que nossos resultados pudessem ser alavancados”, afirmou a secretária.
A secretária ainda destacou a importância do Centro de Formação para o sucesso do município. “Foi muito investimento em horas de estudo, em horas de formação. Nós temos um centro de formação onde os professores trocam ideias e socializam tanto sucessos quanto dúvidas e insucessos, para que o coletivo pudesse crescer”, explicou Elaine.
No contexto estadual, Lucas do Rio Verde se destacou entre 128 municípios, e no cenário nacional, figura entre os 700 melhores do país. A secretária enfatizou que, apesar da celebração, o trabalho continua: “Agora é um minuto de festa, mas depois temos que voltar à realidade, porque precisamos continuar revendo os números.”
O envolvimento das famílias também foi crucial para o bom desempenho dos alunos. Elaine agradeceu publicamente às famílias luverdenses, destacando que a presença do aluno na escola é fundamental para o aprendizado e para alcançar bons resultados no IDEB.
Primeira avaliação
A escola Marcelino Dutra, que participou do IDEB pela primeira vez, foi mencionada pela secretária como exemplo de sucesso. Ela ressaltou que, apesar do bom resultado, o desafio agora é manter a qualidade e evitar quedas nos índices.
A conquista no IDEB reflete o compromisso e a dedicação de toda a comunidade escolar de Lucas do Rio Verde, que continua trabalhando para elevar ainda mais os padrões de educação no município.
Com a prata no futebol feminino e o bronze no vôlei feminino, o Brasil encerrou sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris neste sábado (10). Embora ainda haja medalhas a serem definidas no domingo (11), último dia da Olimpíada, nenhuma delas tem brasileiros na disputa. Com isso, já se sabe a quantidade oficial de pódios brasileiros em 2024. Foram 20 no total: três ouros, sete pratas e dez bronzes. O país se despede sem registrar o melhor desempenho em boa parte dos esportes, embora tenha se aproximado em alguns casos.
O desempenho em Tóquio-2020 seguirá, pelo menos por mais quatro anos, como o parâmetro a ser batido. No Japão, tivemos a maior quantidade de ouros (sete, empatado com os Jogos do Rio, em 2016), o maior total de medalhas (21), a melhor posição no quadro geral (12º), assim como o maior número de modalidades diferentes subindo ao pódio (13).
A principal queda na performance em Paris está no número de ouros. Além de Rio e Tóquio, o desempenho em Atenas, quando o Brasil conquistou cinco primeiros lugares, também foi superior. Neste critério, o resultado é igual a Atlanta (1996), Pequim (2008) e Londres (2012), todas com três ouros. De 1996 para cá, apenas em Sydney, em 2000, o país teve menos ouros. Naquela edição, na realidade, o Brasil não subiu ao lugar mais alto nenhuma vez.
No número total de medalhas, no entanto, Paris fica atrás apenas de Tóquio. Agora são duas edições consecutivas na casa dos 20 pódios.
Ainda é preciso esperar o fim dos Jogos para saber em que posição o país termina no quadro de medalhas. Porém, já se sabe que serão onze as modalidades medalhistas, atrás de Tóquio e Rio (em casa, doze esportes medalharam). No final das contas, nenhuma modalidade estreou como medalhista para o Brasil em Paris.
A Olimpíada de Paris chegará ao fim neste domingo (11), com a cerimônia de encerramento, prevista para começar às 16h (horário de Brasília). no Stade de France. O Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que a dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs olímpicas no vôlei de praia, ficará responsável por carregar a bandeira do país no evento.
No mundo dos games, a busca por gráficos cada vez mais realistas e fluidos é constante. As placas de vídeo mais potentes lutam para acompanhar essa demanda, e é aí que entram as tecnologias de super resolução: DLSS, FSR e XESS. Mas o que são elas e como funcionam?
Lembrando que esse artigo é neutro, não tem favoritos, apenas alternativas.
O que são e como funcionam?
As tecnologias de super resolução, também conhecidas como upscaling, visam aumentar a resolução das imagens em jogos sem comprometer a qualidade visual ou o desempenho. Elas utilizam técnicas inteligentes, como aprendizado de máquina e inteligência artificial, para analisar a imagem original e gerar novos pixels que se encaixam perfeitamente no cenário.
DLSS (Deep Learning Super Sampling): Pioneira no segmento, a DLSS foi criada pela Nvidia e utiliza núcleos tensores dedicados em suas placas RTX para realizar o upscaling. Ela é considerada a tecnologia com melhor qualidade de imagem, mas está disponível apenas para placas RTX.
FSR (FidelityFX Super Resolution): A resposta da AMD ao DLSS, o FSR é uma solução de código aberto que funciona em uma gama mais ampla de placas de vídeo, incluindo GPUs da Nvidia e AMD. Apesar de ter uma qualidade de imagem ligeiramente inferior ao DLSS, o FSR se destaca pela sua ampla compatibilidade.
XESS (Xe Super Sampling): A Intel também entrou na disputa com o XESS, sua tecnologia de super resolução. Similar ao DLSS, o XESS utiliza aprendizado de máquina para aprimorar a imagem, mas também possui um modo que funciona em GPUs sem hardware dedicado para a tecnologia, similar ao FSR.
Como utilizar?
Crédito: Monster Hunter World
A utilização das tecnologias de super resolução varia de acordo com o jogo e a placa de vídeo. Em geral, é necessário ativar a opção de upscaling no menu de configurações do jogo e selecionar a qualidade desejada.
Lembre-se: Com upscaling quanto maior a performance, menor a qualidade e vice-versa.
Jogos famosos com suporte:
Cyberpunk 2077: Trauma Team
Diversos jogos populares já suportam DLSS, FSR ou XESS, como:
Cyberpunk 2077
Red Dead Redemption 2
God of War
Resident Evil Village
Deathloop
Estes games estão por ordem da minha recomendação, joga aí que você vai gostar
Qual a melhor opção?
Créditos: Divulgação / Nvidia
A melhor tecnologia de super resolução para você depende de alguns fatores, como a sua placa de vídeo e os jogos que você joga. Se você tem uma placa RTX e prioriza a melhor qualidade de imagem, o DLSS é a escolha ideal. Já se você busca uma solução compatível com uma variedade maior de placas, o FSR pode ser mais indicado. O XESS, por sua vez, ainda está em desenvolvimento, mas se mostra promissor e pode ser uma boa opção no futuro, especialmente para quem utiliza GPUs Intel Arc.
As tecnologias de super resolução DLSS, FSR e XESS são ferramentas valiosas para os jogadores que desejam melhorar a experiência visual em seus games sem sacrificar o desempenho. Com diferentes opções disponíveis, é importante escolher a que melhor se adapta às suas necessidades e hardware. A tendência é que essas tecnologias continuem a evoluir e se tornar cada vez mais acessíveis, proporcionando experiências de jogo ainda mais imersivas.
Três notícias chamaram a atenção nos últimos dias. A primeira foi a decisão da Eridivisie CV, entidade que comanda o futebol nos Países Baixos, de banir do Campeonato Holandês os gramados sintéticos a partir de 2025.
A segunda surgiu em Belo Horizonte: o gramado da nova arena do Atlético-MG, possivelmente, será sintético. E a terceira veio embalada pela onda de calor no Rio de Janeiro: o Flamengo mediu a temperatura em quatro campos de futebol no seu Centro de Treinamento (CT) – o Ninho do Urubu, em Vargem Grande, na zona oeste.
Os termômetros nos dois campos de grama sintética chegaram a marcar 70 graus Celsius.
O Flamengo mediu a temperatura no CT do NInho do Urubu na última sexta (17). Enquanto nos campos de grama natural (2 e 3) a temperatura não passou dos 45 graus, nos demais os termômetros chegaram a 70 graus – Pedro Queiroz/Flamengo/Direitos Reservados
Não é de hoje que o futebol brasileiro se envolve nessa discussão. E tudo começou em 2016, quando o Athletico Paranaense adotou o gramado sintético na Arena da Baixada, Naquele ano, com mais de 80% de aproveitamento nos jogos disputados em casa, o Furacão garantiu vaga na Copa Libertadores do ano seguinte.
O desempenho incomodou e, então, teve início um movimento entre os clubes, liderados pelo então presidente do Vasco Eurico Miranda, para que todos os gramados da Série A fossem naturais. No entanto, na reunião do Conselho Técnico de Clubes, em fevereiro de 2018, o clube paranaense conseguiu a adesão de outros times participantes do Brasileirão e garantiu votos suficientes para que a grama sintética fosse aceita.
Atualmente, há mais dois gramados sintéticos no país e, curiosamente, diferentes entre si. No Allianz Parque o Palmeiras mudou o piso em 2020 e, na primeira temporada, teve aproveitamento superior a 70% em casa, faturando os títulos estadual e o da Copa Libertadores. Este ano, a mudança aconteceu no estádio Nílton Santos, casa do Botafogo. O Alvinegro carioca venceu todos os adversários em casa, no primeiro turno do Brasileirão, o que lhe deu, então, uma vantagem inédita na liderança do campeonato.
O Athletico-PR foi o primeiro clube do país a trocar a grama natural pela sintética na Arena da Baixada, em 2016 – José Tramonlin/Athletico-PR/Direitos Reservados
Mas além da disparidade de desempenho em casa dos times que adotaram o gramado sintético, duas outras questões são debatidas: o jogador fica mais suscetível à lesão? E por que as principais ligas europeias não permitem o gramado sintético em seus jogos? Além disso, vale ressaltar que a Fifa, entidade que regula o futebol no mundo, até autoriza jogos em grama artificial, mas nas competições por ela organizadas, o gramado precisa ser, no mínimo, 90% natural.
Segundo o fisiatra Robson de Bem, especialista em Medicina do Exercício e do Esporte, nenhum estudo europeu ou americano mostra diferenças significativas entre os dois tipos de gramados. Mas ele ressalta que, nos dois últimos anos, nos três gramados sintéticos na Série A, houve sete jogadores com lesões graves, enquanto nos outros 17 (gramados naturais ou híbridos) foram 16.
“É sabido que na grama sintética o impacto nas articulações é maior, a bola corre mais rápido e isso exige mais do atleta, nos aspectos metabólico e físico. Por conta disso, a recuperação no pós-jogo demanda mais tempo”, ressalta o médico.
Já o fisioterapeuta Antonio Ricardo, que trabalhou na Copa da Alemanha (2006) com a seleção do Japão, faz uma alerta.
“O atleta precisa adequar o treinamento ao piso, para se adaptar ao máximo ao controle da bola e à velocidade da partida. Com isso, ele minimiza a possibilidade da lesão”.
O jornalista Tim Vickey, da BBC de Londres, lembra que, quando jovem, viu muitos jogos da Premier League, o Campeonato inglês, serem disputados em “lama total”.
“Era lastimável, principalmente no período de novembro a março”, recorda Vickey.
Mesmo assim, os ingleses não buscaram a solução na adoção da grama sintética, mas sim na profissionalização do cuidado com os gramados.
“Bastou contratarem profissionais, adotar tecnologia, e os campos viraram tapetes. Se lá foi possível, porque não aqui, com condições climáticas bem mais favoráveis? Basta que se adote o bom estado do gramado como uma prioridade para o espetáculo”, defende o jornalista britânico.
O atacante Luis Suárez revelou em entrevista que “não entra em campo quando o gramado é sintético”. Lucas Uebel/Grêmio/Direitos
E o jogador não precisa estar lesionado para deixar de jogar na Série A. Uma das principais contratações do futebol brasileiro na atual temporada, o uruguaio Luis Suárez, do Grêmio, não entra em campo quando o gramado é sintético. Em coletiva, ele mesmo confessou evitar esse encontro.
“Todos sabem do problema que tenho no joelho e jogar no campo sintético, para mim, é muito difícil, eu sofreria muito e, por isso, procuro sempre evitar”, atacante uruguaio, deixando bem claro que jamais pediu qualquer privilégio no clube, nem tratamento diferenciado.
A tecnologia tem sido a arma mais utilizada pelos clubes para fazer de seus estádios arenas multiuso sem prejuízo ao campo de futebol. O Schalke 04 (Alemanha) foi o primeiro a inovar, apresentando um gramado que desliza para fora do estádio, que é coberto, para receber a luz do sol. A novidade foi adotada pelo Saporo Dome (Japão). Na Inglaterra, o Tottenham guarda o gramado no subsolo e, com isso, consegue receber jogos da NFL (liga de futebol americano) em um piso sintético. O novo estádio do Real Madrid (Espanha) também resguarda a grama natural para realizar show no Santiago Bernabéu.
Em tese, o campo do Maracanã possui 90% de gramado natural e 10% de fibras sintéticas, mas esse percentual varia de acordo com o crescimento da grama – CBF/Divulgação/Maracanã
O Maracanã adota a grama híbrida. Em tese, o campo possui 90% de gramado natural e 10% de fibras sintéticas, mas esse percentual varia de acordo com o crescimento da grama. No processo de mudança do piso, foram colocados 30 centímetros de areia e neles foram plantados os estolões (tipo de caule) de grama natural, da variedade Bermuda Celebration (espécie com tolerância a ser pisoteada e rápida regeneração), já cultivada em fazendas na Região dos Lagos, no estado do Rio. Após 50 dias de adubação, irrigação e corte, com o campo já todo verde, uma máquina holandesa foi adquirida para “costurar” o gramado. As 180 agulhas injetaram a fibra sintética, a cada dois centímetros de extensão e a 18cm de profundidade, o que garante mais resistência ao campo.
O ortopedista José Luiz Runco, campeão do mundo com a seleção no Mundial do Japão e da Coreia do Sul (2002), acredita que o gramado híbrido é melhor alternativa.
“Para mim, o gramado híbrido será a grande solução para o futebol, pois ele permite um futebol de qualidade, com menos exposição do atleta às lesões”.
Insatisfeito com o atual cenário, o goleiro Romero, do Boca Juniors ( Argentina), não vê a hora de uma solução definitiva ..
“É lamentável que a essa altura da vida eu tenha de me preocupar em jogar em gramado sintético. A Conmebol e a Fifa deveriam definir : ou se joga em gramado natural ou em híbrido. Gramado sintético é para hóquei”, sintetiza.
Em 2021, os estudantes do último ano do ensino médio da rede estadual de São Paulo tiveram o pior desempenho em matemática dos últimos 11 anos. Isso é o que demonstrou o resultado do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), que são provas aplicadas em estudantes para analisar a situação da escolaridade básica paulista e ajudar os gestores a monitorar as políticas voltadas para a melhoria da qualidade da educação no estado.
No caso dos estudantes do 3º ano do ensino médio, a queda foi de 4,4%, passando de uma média de 276,6 pontos para 264,6, o pior resultado dos últimos 11 anos. Até então, o resultado mais baixo havia sido registrado em 2013, quando a média de proficiência correspondeu a 268,7 pontos.
Na avaliação de língua portuguesa, a variação negativa foi de 4,1% em relação a 2019 [ano em que foi realizada a última prova, já que em 2020 ela não ocorreu], passando de 274,5 pontos para 263,1.
De acordo com a secretaria, os dados demonstram que o aluno da última série do ensino médio estão com uma defasagem de quase seis anos no aprendizado de Matemática. Em relação à língua portuguesa, seu conhecimento corresponde ao que deveria aprender um estudante do 8o ano do ensino fundamental.
Pandemia
A explicação para a queda no desempenho, segundo a Secretaria Estadual de Educação, é o surgimento da pandemia de covid-19, que provocou o fechamento das escolas por mais de um ano. “Existem outros fatores que podem sim ter influenciado nos resultados mais negativos. Um é o fato de não termos a escola presencial. A presencialidade faz uma diferença absurda”, disse hoje (2) o secretário estadual da Educação de São Paulo, Rossieli Soares.
“A gente acredita que o principal fator [para a queda de desempenho] foi a falta das aulas presenciais. Lembrando que só voltamos com as aulas presenciais com todos os alunos, de forma obrigatória, em novembro [de 2021]”, ressaltou.
Por causa da pandemia, as aulas no estado de São Paulo foram suspensas em março de 2020, com adoção do ensino remoto. Em abril do ano passado, as escolas foram novamente reabertas, mas o governo paulista estabeleceu limite de até 35% de presença de alunos. Somente em outubro o governo determinou a volta obrigatória às aulas presenciais.
Segundo o secretário, o ensino remoto que foi aplicado durante o pior período da pandemia ajudou as crianças a manterem o vínculo com as escolas. Mas não substituiu o presencial. “A certeza é que ele não substituiu o presencial. Defendo muito o uso de tecnologia na educação, mas antes disso defendo a presença na sala de aula. A primeira solução para recuperar a aprendizagem é voltar para a sala de aula. O ensino remoto, como complemento, pode funcionar bem e serviu muito para manter o vínculo. Ele auxiliou também na aprendizagem, mas não temos anda como medir disso”, disse o secretário.
As provas do Saresp foram aplicadas em dezembro do ano passado para mais de 642 mil alunos do 5º e 9º anos do ensino fundamental e também para a 3ª série do ensino médio da rede estadual. Os dados se referem a escolas da rede estadual.
As provas analisaram o conhecimento em língua portuguesa, matemática, ciências da natureza, redação e questionário socioemocional e econômico. Hoje, foram divulgados apenas os resultados das provas de matemática e de língua portuguesa. Novos dados do Saresp ainda serão divulgados no dia 30 de março, trazendo dados de desempenho dos alunos nas provas de redação e de ciências.
Queda
Não foram somente os alunos de ensino médio que apresentaram queda de desempenho. O recuo ocorreu com os alunos de todos os ciclos analisados pelo Saresp.
No caso dos estudantes do 5º ano, o retrocesso de aprendizagem foi mais evidente. Para língua portuguesa, o recuo foi de 8,5%, passando de uma média de proficiência de 216,8 pontos para 198,2. Já em matemática, a queda no desempenho foi de 9,1%, passando de 231,3 pontos em 2019 para 210,2 pontos em 2021.
Segundo a secretaria, os dados do Saresp demonstraram que um aluno que está no 5º ano tem a mesma proficiência em língua portuguesa de um estudante que ainda está no 3º ano do ensino fundamental.
No caso da Matemática, a situação é ainda pior: o aluno que está no 5º ano tem a mesma proficiência de um aluno do 2º ano do ensino fundamental. Mais da metade desses alunos (61,6% do total) não conseguiu resolver uma conta simples de subtração.
Entre os estudantes do 9º ano, a perda foi de 3,3% em língua portuguesa (com média de 241,3 pontos) e de 5% para matemática (246,7 pontos).
Recuperação
Em entrevista hoje (2), o secretário estadual da educação, Rossieli Soares, disse que é difícil prever em quanto tempo vai ser possível recuperar toda essa perda provocada pela pandemia.
“É difícil afirmar com clareza o tempo de recuperação da aprendizagem que a gente perdeu. Acreditamos que pode haver um fator de recuperação mais rápido da base da pirâmide. Assim como foram os alunos do 5o ano os que mais perderam, que são os menos autônomos, a volta [presencial] para eles fará com que recuperem muito mais rápido. Mas não conseguimos dizer exatamente o tempo. Eu diria que, pelo menos, nos próximos três ou quatro anos, os estados e os municípios terão que fazer um esforço muito grande para a gente chegar perto do patamar de 2019.”
Para melhorar o desempenho dos alunos de São Paulo diversas estratégias estão sendo pensadas, segundo o secretário. Entre elas, o redesenho de materiais didáticos e aulas de reforço e de recuperação..
Para 2022, a secretaria prevê incluir disciplinas como inglês e ciências humanas nas provas do Saresp.
Os vereadores de Lucas do Rio Verde analisaram mais de 600 matérias ao longo do ano legislativo. O balanço foi apresentado nesta sexta-feira (17) pelo presidente Daltro Figur. As proposituras foram debatidas e votadas em 41 sessões ordinárias e outras 13 extraordinárias. Ao falar à imprensa, Figur estava ao lado da primeira secretária Sandra Barzotto.
Os vereadores apresentaram 65 projetos de lei, 2 substitutivos a projeto de lei, 19 projetos de resolução e três projetos de Decreto Legislativo. Também foram apresentadas 288 indicações e 53 moções.
O presidente Daltro Figur observa que algumas das sessões extraordinárias foram realizadas durante a pandemia. “Algumas foram convocadas na sexta, a gente votou no sábado de manhã, foi na época da pandemia, porque precisávamos de pressa”, pontuou.
Figur lembra que quase todos os edis iniciaram no Legislativo em 2021, portanto, ainda sem experiência política. Além disso, eles assumiram o mandato em meio à pandemia de covid-19. “Então, nós passamos uma fase muito difícil e fomos aprendendo com as dificuldades. E assim foi durante o ano”, destacou o presidente. “Os embates existiram e vão continuar existindo, mas nós sempre temos que esquecer aqueles votos que nós recebemos pra nos elegermos, foi até o dia quinze de novembro. A partir daí nós fomos eleito pra oitenta mil ou cem mil luverdenses”, acrescentou.
Empenho
O presidente lembrou que todos os vereadores se empenharam em dar andamento a tramitação dos projetos. Daltro salienta que a intenção é garantir a governabilidade do município, observando o interesse coletivo. “Eu acho que a gente não pode trabalhar aqui pra uma ou pra outra pessoa. Então vamos olhar sempre as principais demandas que é saúde, educação, moradia. Em nossas andanças, pedindo voto, nós sabemos o que a população precisa”, observa.
As comissões da Casa tiveram atuação importante para analisar as matérias. Figur citou a Comissão de Legislação e Justiça como fundamental para avaliar a legalidade das proposituras. A comissão tem como integrantes as vereadoras Sandra Barzotto, Ideiva Foltto e o vereador Wlad Mesquita. “Uma das comissões que mais funcionou e a mais importante”, frisou.
Independência
Daltro Figur fez questão de destacar a independência dos vereadores, inclusive a dele, enquanto presidente. “Pra mim ninguém vai botar canga em mim e me falar o jeito que tem que ser. Me preocupo muito com a legalidade. Até porque quem vai responder pelo exercício de presidente durante vinte anos aí sou eu”, declarou. “Ano que vem nós temos eleição da nova Mesa Diretora da mesma forma o novo presidente da mesa vai responder pelos seus atos”.
Diálogo
A vereadora Sandra Barzotto, que acumula a primeira secretaria e liderança do Executivo na Casa, assinalou que o diálogo foi um grande diferencial neste primeiro ano de mandato. Com experiência em gestão escolar, Sandra buscou trazer esta experiência no Legislativo.
“Esse diálogo entre o Executivo e o Legislativo é muito importante para que a cidade também progrida, para que chegue logo o serviço que o munícipe precisa”, opina a vereadora.
Sandra observa que as pessoas que procuravam os vereadores muitas vezes estavam em busca de contato com o prefeito Miguel Vaz ou algum secretário. Neste sentido, ela considerou “um grande avanço dessa Câmara que é que aqui está. Além da questão da chamada Casa do Povo, que nós tivemos muitas audiências chamando a população também pra participar, pra contribuir”.
Divergências
Sobre os debates e divergências acerca de algumas matérias que tramitaram na Casa, Sandra disse considerar normal o embate político. Ela afirmou que acima de tudo o diálogo é que vai determinar os ganhos para a comunidade.
“A questão do certo e do errado entra no diálogo. Por isso que eu acho que o diálogo é tão importante, que essa abertura da conversa é tão importante, que haja realmente um ganho pra todos”, ressalta a vereadora, citando que o bom entendimento vai garantir um 2022 ainda mais próspero para Lucas do Rio Verde.
“Os embates no plenário, acho que isso não tem como evitar, eles acontecerão. Mas, como eu disse, não vejo prejuízo nenhum que esse embates aconteça. De forma mais calorosa ou menos calorosa, mas enfim, isso é de certa forma produtivo”, analisou.
Esclarecimentos
Dentro da proposta de buscar estreitar o diálogo, secretários da administração luverdense fizeram várias visitas ao Legislativo durante o ano. As reuniões serviram para trazer informações e esclarecimentos a respeito dos projetos de autoria do Executivo.
Segundo Sandra, as vindas dos secretários trazendo detalhes sobre os assuntos mostraram a boa vontade do Executivo num relacionamento com o Executivo. “É sempre necessário colocar os interesses da população acima da individualidade”, acrescenta.
Natal
Falando em nome de todos os vereadores, Daltro Figur desejou um fim de ano abençoado aos luverdenses. “Nós sempre vamos pedir a Deus que nos dê sabedoria pra gente poder conduzir, e deixarmos uma boa impressão no final dos nossos quatro anos de mandato assim. Então os nossos desejos de um Natal feliz e abençoado e um Ano Novo repleto de coisas boas. Muito trabalho porque as oportunidades vão surgir, basta nós estar preparado. Obrigado a todos e um ótimo final ano aí a todos”, conclui.