Tag: Desabrigados

  • Thiago Maia leva prêmio Fair Play da Fifa por ajuda em enchentes no RS

    Thiago Maia leva prêmio Fair Play da Fifa por ajuda em enchentes no RS

    O meio-campista Thiago Maia, do Internacional, foi contemplado com o prêmio Fair Play da Fifa – prêmio Fifa The Best Awards – em cerimônia de gala, nesta terça-feira (17), em Doha (Catar). O jogador foi reconhecido pelo trabalho voluntário de ajuda nas enchentes no Rio Grande do Sul, no início do ano. O atleta de 27 anos fez salvamento de pessoas e animais ilhados em Porto Alegre e em cidades da região metropolitana. O Fifa The Best também premiou Vinicius Júnior (melhor jogador do ano), Marta (gol mais bonito), e Guilherme Gandra Moura (torcedor do ano), além da atacante Gabi Portilho (única brasileira escolhida para o time ideal feminino).

    Durante a tragédia, as imagens de Thiago Maia se atirando na água para resgatar pessoas no telhado, ou em locais de difícil acesso, receberam apoio de torcedores não só do Colorado como de outros clubes brasileiros. Um dos vídeos que viralizou na internet mostrava Thiago Maia carregando uma idosa apoiada em suas costas durante uma operação de resgate.

    Esta é a segunda vez que o prêmio Fair Play fica com o Brasil: no ano passado, a seleção canarinho foi contemplada pela campanha antirracismo, após os ataques sofrido por Vinicius Júnior em partidas na Espanha.

    A Fifa concede o prêmio Fair Play a jogadores, equipes, árbitros, técnico ou torcida que tenha demonstrado atitudes exemplares dentro ou fora de campo.

  • Voluntários de seis estados reforçam força-tarefa na ajuda a gaúchos

    Voluntários de seis estados reforçam força-tarefa na ajuda a gaúchos

    O Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e o governo do Rio Grande do Sul contarão com 42 profissionais voluntários de seis estados – Alagoas, Ceará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte -, para identificar e inscrever no Cadastro Único (CadÚnico) moradores do estado em situação de vulnerabilidade.

    Os entrevistadores também darão informações sobre programas sociais à população das cidades gaúchas que visitarão a partir desta quinta-feira (6), começando por Canoas, cidade da região metropolitana de Porto Alegre. Os integrantes da força-tarefa montada pelo MDS chegaram esta manhã à cidade, em um voo da Força Aérea Brasileira (FAB). O MDS fará um monitoramento diário e semanal do atendimento.

    Segundo o ministério, a iniciativa é uma resposta do governo federal “às necessidades da população local, garantindo o acesso aos benefícios sociais e o acompanhamento das famílias em situação de vulnerabilidade”, e integra a Força de Proteção do Sistema Único de Assistência Social no Rio Grande do Sul (Forsuas/RS), criada em 29 de maio, para coordenar ações emergenciais de assistência social em situações de risco excepcional como a que o estado enfrenta.

    “O Cadastro Único é uma política pública extremamente importante, porque nos permite atuar de forma dirigida para atender os que mais sofrem durante uma crise como essa, pois tem uma parcela da população que sofre mais”, disse na terça-feira (4) o ministro em exercício Osmar Júnior, que substitui o ministro Wellington Dias, em viagem oficial à China.

    Até 6 de julho, os 42 voluntários devem passar por Pelotas, Porto Alegre, Alvorada, Novo Hamburgo, São Leopoldo e Eldorado do Sul. O grupo é formado por profissionais do Ceará (20), Rio de Janeiro (9), Alagoas (5), Paraná (3), Rio Grande do Norte (3) e Paraíba (2).

    Edição: Fernando Fraga

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  • Sobe para 161 número de mortes por chuvas no Rio Grande do Sul

    Sobe para 161 número de mortes por chuvas no Rio Grande do Sul

    O número de mortes confirmadas no Rio Grande do Sul em consequência do maior evento climático já registrado no estado subiu para 161. Seguem desaparecidas 85 pessoas e 806 ficaram feridas. Os dados são do boletim divulgado pela Defesa Civil do estado nesta terça-feira (21).

    Ao menos 654,19 mil gaúchos ainda estão fora das residências, sendo 581.633 desalojados – aqueles que tiveram de sair de seus lares e estão acolhidos em casas de familiares, amigos ou conhecidos – e outras 72.561 pessoas estão morando temporariamente em um dos 839 abrigos cadastrados pela Secretaria de Desenvolvimento Social do Rio Grande do Sul.

    Mais da metade da população desabrigada é da região metropolitana de Porto Alegre (54,09%). A segunda maior região do estado com desabrigados é o Vale dos Sinos (26,98%).

    O número de atingidos pela catástrofe climática também aumentou para 2.339.508, ou 21,49% dos 10,88 milhões de habitantes do estado.

    O número de pessoas resgatadas permanece em 82.666. O boletim da Defesa Civil contabiliza ainda o resgate de 12.358 animais silvestres e domésticos com vida, a maioria cães e gatos.

    Dos 497 municípios do Rio Grande do Sul, 464 tiveram suas rotinas impactadas pelas fortes chuvas, o equivalente a 93,36% de todas as cidades sul-rio-grandenses.

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  • Nova onda de desabrigados começa a chegar aos abrigos de Porto Alegre

    Nova onda de desabrigados começa a chegar aos abrigos de Porto Alegre

    Porto Alegre conta com cerca de 13 mil desabrigados, distribuídos em 130 abrigos, segundo dados da prefeitura. Só no centro de triagem montado no Clube Geraldo Santana, na zona leste, já passaram 15 mil pessoas, sendo que uma boa parte se realocou na casa de amigos ou parentes, o que os coloca na situação de desalojados.

    Porém, nos últimos dias, um outro perfil de desabrigado tem chegado ao local. São pessoas que relutaram em sair de suas casas, com medo de saques, mas que ficaram sem comida ou condições básicas de moradia, pediram resgate e agora buscam auxílio.

    Ao acessarem o centro de triagem, todos recebem atendimento psicológico e um kit básico, com roupas, artigos de higiene e comida. Após, são encaminhados a algum abrigo mais próximo, que tenha capacidade de atendimento.

    Um desses, que atualmente possui cerca de 200 desabrigados, funciona no Centro Estadual de Treinamento Esportivo (CETE), no bairro Menino Deus. Lá, encontram-se 60 crianças e 22 idosos. Além disso, o espaço também acolhe os bichinhos de estimação, juntamente com seus donos:19 cães, três gatos, um porquinho da Índia e uma porca.

    Segundo os funcionários da prefeitura, como está prevista mais chuvas ao longo dos próximos dias, juntamente com a chegada de uma nova frente fria, é possível que o fluxo de desabrigados continue. Entre os donativos que os abrigos vem recebendo, como roupas e alimentos, eles pedem agora dois artigos essenciais: roupas de frio e cobertores.

    Edição: Vinicius Lisboa

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  • Chuvas no RS: Defesa Civil confirma 107 mortes

    Chuvas no RS: Defesa Civil confirma 107 mortes

    A Defesa Civil do Rio Grande do Sul confirmou, nesta quinta-feira (9), mais duas mortes em consequência das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde o último dia 26. Com isso, sobe para 107 o total de óbitos confirmados. Uma morte ainda está em investigação.

    Segundo o boletim mais recente do órgão estadual, divulgado às 9h de hoje, pelo menos 136 pessoas estão desaparecidas, no desastre climático já que afetou 1,47 milhão de pessoas, nos 425 municípios atingidos.

    Os dados contabilizam ainda 164.583 pessoas desalojadas, que tiveram de, em algum momento, buscar abrigo nas residências de familiares ou amigos. Muitas destas seguem aguardando que o nível das águas baixe para poder retornar a suas casas.

    Outras 67.542 pessoas ficaram desabrigadas, ou seja, sem ter para onde ir, e precisaram se refugiar em abrigos públicos municipais.

    Segundo a tenente Sabrina Ribas, da comunicação da Defesa Civil estadual, a prioridade, neste momento, é concluir o resgate de pessoas que permanecem ilhadas em locais de difícil acesso e conseguir fazer com que a ajuda humanitária e os donativos cheguem aos municípios mais atingidos pelas fortes chuvas. Entre os itens mais necessários, estão água mineral, roupas e alimentos.

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  • Sobe para 17 o número de mortes por causa das chuvas no Espírito Santo

    Sobe para 17 o número de mortes por causa das chuvas no Espírito Santo

    A Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil (Cepdec) do Espírito Santo confirmou 17 mortes em decorrência por causa das chuvas – 15 em Mimoso do Sul e 2 em Apiacá.

    A estimativa, segundo o último boletim extraordinário da Defesa Civil do estado, divulgado às 11h deste domingo (24), é que 5.481 pessoas estejam desalojadas, além dos 255 desabrigados em decorrência das chuvas.

    O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, decretou, no sábado (23), situação de emergência em alguns municípios por conta das fortes chuvas que atingiram a região sul do estado desde a noite de sexta-feira (22).

    Segundo o Decreto nº 501-S, publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado, a situação de emergência foi decretada nos municípios de Alegre, Alfredo Chaves, Apiacá, Atílio Vivacqua, Bom Jesus do Norte, Guaçuí, Jerônimo Monteiro, Mimoso do Sul, Muniz Freire, Muqui, Rio Novo do Sul, São José do Calçado e Vargem Alta.

    As equipes da Defesa Civil continuam trabalhando, e o nível da água está baixando, o que permite a chegada de ajuda a lugares antes inacessíveis. Em várias cidades,houve deslizamentos, alagamentos e enxurradas.

    Vídeos feitos por moradores das regiões atingidas e obtidos pela TVE Espírito Santo mostram ruas cobertas de água, correntezas arrastando até 20 carros de passeio, gado isolado em alagamentos, pessoas sendo resgatadas em botes e moradores no telhado de casas esperando socorro. Nas imagens, é possível ver a água se aproximando de telhados, ou seja, atingindo cerca de três metros de altura.

    *Texto atualizado às 17h28

    Edição: Nádia Franco

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  • Ministros anunciam ajuda a municípios alagoanos afetados pelas chuvas

    Ministros anunciam ajuda a municípios alagoanos afetados pelas chuvas

    O ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Goés, disse nesta terça-feira (11), em Maceió, que o apoio aos municípios afetados pelas chuvas em Alagoas se dará em uma vertente emergencial e em outra mais estruturante, pautada na mitigação, resiliência e adaptabilidade para esse tipo de evento, com base nos planos de ações humanitárias elaborados pelas municipalidades. Segundo ele, ainda não há um valor de recursos fechado para envio ao estado, mas a orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva é de prestar todo apoio necessário.

    “Mesmo que saia uma medida provisória, pode ser que não seja suficiente, mas pode sobrar porque isso está vinculado aos planos de trabalho. Tanto que o presidente Lula recomenda que o apoio que for necessário para amenizar o sofrimento das pessoas será garantido, como tem sido feito desde 1º de janeiro em todos os estados”, disse o ministro.

    Os ministros do Desenvolvimento, Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, e dos Transportes, Renan Filho, juntamente com Waldez Góes, sobrevoaram as áreas afetadas pelas chuvas em Alagoas.

    De acordo com Goés, a segunda parte da ajuda, de reconstrução da infraestrutura afetada, de moradias e outras obras, deve ser incluídas no plano de investimento em infraestrutura, anunciado pelo governo federal em abril.

    “Vamos trabalhar em duas frentes, a frente da resposta em respeito a ajuda humanitária, desobstrução, limpeza e também a da reconstrução quando há perda de patrimônio, de estradas, casas, então tem todo um planejamento. A Defesa Civil nacional não ficará esperando nas quatro paredes o que os municípios e o estado vão fazer”, disse. “Quanto for necessário, vai ser colocado à disposição de acordo com os planos de ajuda humanitária. No final é que a gente vai saber quanto foi necessário e o quanto será liberado pelo governo federal para estados e municípios”, acrescentou Goés.

    Alagoas está com 32 cidades em situação de emergência. Na segunda-feira (10), o governo do estado publicou um decreto incluindo Maceió. Com a situação de emergência, os municípios podem receber recursos federais com mais facilidade para utilizar na resposta emergencial. Até o momento, a Defesa Civil do estado registra 25.312 pessoas afetadas pelas chuvas. Aproximadamente 3.560 residências foram destruídas e o abastecimento de água foi afetado em diversos municípios.

    O governador do estado, Paulo Dantas (MDB), citou a capacitação que a Defesa Civil nacional está fazendo com as defesas civis municipais para agilizar a elaboração dos planos de ação humanitária.

    “Para que o governo do estado e o governo federal tenham as condições legais de encaminhar as ajudas para as prefeituras, tanto o governo de Alagoas quanto o governo federal encaminharão recursos para os municípios para ajudar na reconstrução do que ficou danificado nas cidades, nas estradas vicinais e outros pontos para que a normalidade volte para essas cidades”, disse Dantas. Ele anunciou a criação de um comitê com participação dos prefeitos para debater a construção de obras estruturantes para minimizar os efeitos das fortes chuvas.

    Wellington Dias disse que nesse primeiro momento estão sendo disponibilizados R$ 800 por família e sendo distribuídas mais de 4 mil cestas básicas para as pessoas desabrigadas.

    O ministro informou ainda que o cronograma de pagamentos do Bolsa Família será alterado para que as famílias não tenham que esperar o dia indicado para receber o benefício. Ele será pago na primeira data de recebimento. Outro anúncio feito pelo ministro é a disponibilização de saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para os trabalhadores dos municípios afetados.

    O ministro disse ainda que agricultores e agricultoras familiares que perderam suas plantações receberão um auxílio de R$ 4.600 por família, para compensar os prejuízos. Também está sendo estudada alteração no cronograma de pagamento do Programa de Fortalecimento de Agricultura Familiar (Pronaf) para renegociação dos empréstimos já concedidos.

    “Eu quero registrar a agilidade do governo de Alagoas e de cada prefeito e prefeita para vir imediatamente já cuidando para que tivéssemos o mapeamento dos danos, o decreto, as condições para que tivéssemos o reconhecimento [da situação de emergência que], abre a possibilidade do atendimento, tanto do estado quanto do governo federal”, disse.

    Já o ministro dos Transportes, Renan Filho, frisou a necessidade de obras estruturantes para minimizar os impactos das enchentes. O ministro informou que a pasta já liberou quase todas as rodovias federais que tiveram seu tráfego interrompido, e que cortam os municípios de São Miguel dos Campos (BR-101), Belém (BR-316) e São Miguel dos Campos (BR-101).

    “Todas as áreas interrompidas foram liberadas. No município de Joaquim Gomes, de Belém e na descida de São Miguel dos Campos, que vai ser liberada 100% hoje a tarde, ficando apenas aquela interrupção que não foi decorrente dessa chuva, mas de uma catástrofe muito mais grave e que será resolvida no segundo semestre”, disse.

    Os ministros foram enfáticos sobre a necessidade de obras estruturantes para conter fenômenos extremos. Renan Filho citou a chegada do fenômeno do El Niño, cuja principal característica é o aquecimento anormal e persistente da temperatura da superfície do Oceano Pacífico na região da Linha do Equador.

    De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nos últimos meses a temperatura na superfície oceânica perto da costa sul-americana ficou acima da média, o que ocasiona excesso de chuvas em algumas regiões e secas e queimadas em outras. A projeção é que o fenômeno dure até o final de 2023.

    “Com essas mudanças climáticas significativas que o mundo vem vivendo, vamos viver extremos climáticos nos próximos quatro anos, por isso é muito relevante que a gente inicie essas obras”, disse Renan Filho.

    Goés frisou a necessidade de que as autoridades fiquem atentas a esses fenômenos, tanto para a agenda de prevenção, quanto para a agenda de resposta.

    “Agora temos que estar atentos a isso. Por um lado, criar adaptabilidade para conviver com essas situações desafiadoras. O outro é nós criarmos mitigação, resiliência, adaptabilidade, porque não vão diminuir os eventos, porque o El Niño promete muita estiagem no Nordeste brasileiro, queimadas na Amazônia e as intensas chuvas no Sul brasileiro. Vamos conviver cada vez mais com eventos extremos”, disse Waldez Góes.

    Edição: Fernando Fraga

  • Sobe para 31 municípios alagoanos em situação de emergência

    Sobe para 31 municípios alagoanos em situação de emergência

    Subiu para 31 o número de municípios em situação de emergência, em decorrência dos estragos causados pelas chuvas intensas que atingiram o estado de Alagoas nos últimos dias. No domingo (9), o governador Paulo Dantas (MDB) publicou decreto incluindo as cidades de Barra de Santo Antônio e Passo de Camaragibe à lista de cidades em situação emergencial. Esse número vai chegar até 32 podendo ir até 33.

    O último boletim da Defesa Civil do estado, divulgado nesta segunda-feira (10), apontou que as chuvas que caíram em Alagoas desde sexta-feira (7) deixaram 3.578 pessoas desabrigadas e 20.458 desalojadas em todo estado. O município de Matriz de Camaragibe é o mais afetado, com 390 desabrigados e 3.158 desalojados. No município de Joaquim Gomes uma pessoa morreu.

    O levantamento informa ainda que Matriz de Camaragibe é o município com o maior número de pessoas atingidas, com 3.548 no total, sendo 390 desabrigados e outros 3.158 desalojados. Em seguida aparecem Marechal Deodoro, com 3.004 pessoas afetadas; São Miguel dos Milagres, com 2.860 pessoas afetadas; União dos Palmares 2.302; Rio Largo, 2.108; Atalaia, 1.624; Cajueiro, 1.336; Murici, 1.200, e Jacuípe, 1.040 pessoas afetadas.

    Segundo a Defesa Civil, há também desabrigados e desalojados em cidades que não decretaram situação de emergência. São 13 desalojados em Feliz Deserto, 47 desalojados em Jequiá da Praia, 211 desabrigados e 116 desalojados, em Maceió, 12 desabrigados e 78 desalojados em Porto Calvo, 11 desabrigados e 63 desalojados em Santa Luzia do Norte e2 desabrigados e 2 desalojados Teotônio Vilela.

    Em resposta à Agência Brasil, o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) disse que está acompanhando, junto ao estado e municípios, as ações de resgate, de atendimento à população afetada e o levantamento dos danos humanos. A assessoria informou que já há um panorama inicial de danos, mas como as ações emergenciais estão em curso, os dados estão em constante atualização.

    “Até o momento, já foi feito o reconhecimento federal de situação de emergência em 22 cidades e o Grupo de Apoio a Desastres já está em Alagoas para auxiliar na elaboração dos planos de trabalho. Após o reconhecimento da situação de emergência ou estado de calamidade pública e a aprovação dos Planos de Trabalho apresentados pelas prefeituras, é feita a liberação de recursos para as cidades afetadas”, informou a pasta.

    Nesta terça-feira (11), uma comitiva do governo federal, liderada pelo ministro da da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, estará em Alagoas para avaliar os danos e prestar apoio às vítimas.

    Pernambuco

    Em Pernambuco, o número de cidades em situação de emergência também subiu. Agora são 15 municípios da Zona da Mata Sul afetados pelas fortes chuvas. Segundo a Defesa Civil do estado, 2.862 pessoas foram atingidas pelas chuvas, das quais 2.447 estão desalojadas e 415 desabrigadas.

    Até o momento, 19 cidades pernambucanas foram afetadas: Água Preta, Amaraji, Barreiros, Belém de Maria, Buíque, Camutanga, Catende, Correntes, Cortês, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Jaqueira, Joaquim Nabuco, Palmares, Paulista, Quipapá, Rio Formoso, Sirinhaém e Tamandaré.

    O ministério informou que o ministro Waldez Góes já entrou em contato com a governadora, Raquel Lyra (PSDB), para prestar apoio e colocar a pasta à disposição para as ações de resposta.

    Edição: Fernando Fraga

  • Famílias de Petrópolis afetadas pelo temporal receberão benefícios

    Famílias de Petrópolis afetadas pelo temporal receberão benefícios

    As famílias afetadas pelo temporal do dia 15 de fevereiro em Petrópolis , na região serrana do Rio de Janeiro, terão acesso a uma série de benefícios e isenções. Segundo a prefeitura da cidade, as famílias que perderam suas casas receberão o aluguel social no valor de R$ 1 mil, sendo R$ 800 pagos pelo governo estadual e R$ 200 pagos pelo poder municipal.

    Depois de 12 dias de buscas, o número de mortos na tragédia chega a 229, com 20 pessoas ainda desaparecidas. Os abrigos, montados pela prefeitura em 13 escolas da cidade, estão com 875 pessoas.

    As pessoas que estão nos abrigos estão sendo cadastradas no programa de forma automática. As famílias desalojadas devem comparecer à Escola Princesa Isabel para fazer o cadastro. Em parceria com o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci-RJ), a prefeitura busca imóveis que possam ser alugados para essas famílias.

    Promessas

    Um projeto de lei enviado pela prefeitura para a Câmara Municipal de Petrópolis propõe a isenção do IPTU para imóveis alugados por beneficiários do aluguel social, bem como a isenção da taxa da coleta de lixo. O prefeito, Rubens Bomtempo, disse que também pedirá a isenção das taxas de água e de energia elétrica.

    “Vamos solicitar que as concessionárias de água e energia elétrica façam as ligações, assim que acontecer o aluguel. E vamos solicitar também a isenção da taxa para essas pessoas que estiverem morando lá com o aluguel social. Vamos nos empenhar para que as concessionárias façam essa isenção”.

    A prefeitura busca, ainda, parceria com o terceiro setor para a compra de kits-moradia para as famílias que perderam tudo, com móveis e utensílios essenciais como fogão, geladeira, cama e armário.

    Outro benefício prometido pela prefeitura é o Cartão Imperial, no valor de R$ 70 por pessoa, para a compra de alimentos.

    Limpeza

    Hoje (27) a Defesa Civil fez o desmonte de duas rochas no Morro da Oficina, no Alto da Serra, para continuar a liberação da área, a mais atingida pelo desastre. O trabalho, precedido por avisos por SMS para a população local cadastrada, é feito com uma técnica de baixo impacto, utilizando reação química no lugar de explosivos.

    Até o momento, mais de 41 mil toneladas de entulho foram retiradas das ruas de Petrópolis após as chuvas. Equipes trabalham na limpeza, desobstrução e recuperação de vias, restabelecimentos de serviços, reforço na segurança e no atendimento à população afetada e resgate de vítimas.

    Já foram liberadas 16 vias bloqueadas por deslizamentos e 432 carros danificados pela chuva foram retirados das ruas. O abastecimento de energia elétrica foi normalizado para 30 mil usuários e o fornecimento de água alcançou 96,3% dos clientes.

  • Mulheres são maioria das mortes em Petrópolis por causa das chuvas

    Mulheres são maioria das mortes em Petrópolis por causa das chuvas

    Já são 183 os mortos confirmados desde o temporal que atingiu Petrópolis (RJ) na terça-feira (15). Uma semana após a tragédia, 111 mulheres perderam suas vidas, o que representa 60,6% do total das vítimas. As outras 72 pessoas que vieram à óbito são do sexo masculino.

    Os dados estão sendo divulgados pela Defesa Civil municipal e pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Ainda conforme os números atualizados, dos 183 mortos, 32 são crianças. O Instituto Médico Legal (IML), vinculado à Polícia Civil, é o responsável pelo processo de identificação das vítimas. Até o momento, 152 corpos foram liberados para sepultamento.

    O temporal que desabou em Petrópolis foi apontado pelo governo do Rio de Janeiro como a pior chuva na cidade desde 1932. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas. Os números já fazem da maior tragédia da história da cidade. Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988. Já em 2011, 73 moradores de Petrópolis perderam a vida em meio a temporais que caíram sobre a região serrana, atingindo mais fortemente as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo.

    As chuvas continuam preocupando. Com um registro de 41 milímetros de precipitação em uma hora, a Defesa Civil municipal acionou as sirenes do bairro Quitandinha nesta tarde. Mais cedo, para informar sobre o risco de chuva moderada a forte, o alarme soou em todos os 18 dispositivos espalhados pela cidade próximos a áreas de risco. Moradores também receberam o alerta por mensagem de celular, e vias importantes voltaram a ser interditadas.

    “A orientação é que, em caso de chuva forte, a população busque local seguro em casa de familiares, fora de área de risco ou em um dos pontos de apoio mantidos pela prefeitura”, reitera a Defesa Civil.

    A cidade já contabiliza 875 desabrigados, acolhidos em 13 escolas públicas sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social. Ontem (21), o prefeito Rubens Bomtempo anunciou um acordo com o governador do estado, Cláudio Castro, para a garantia de um aluguel social no valor de R$ 1 mil, sendo R$ 800 pagos pelo estado e R$ 200 pelo município. O intuito do benefício é permitir que as famílias possam alugar quartos ou casas temporariamente.

    Buscas

    As buscas pelas vítimas continuam. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, 24 pessoas já foram resgatadas com vida. Para reforçar os trabalhos, mais de 150 militares de 15 estados e do Distrito Federal estão se somando ao contingente de mais de 500 da corporação fluminense.

    Há também equipes atuando no resgate de animais, sob a liderança da Coordenadoria Municipal de Bem-Estar Animal (Cobea). O trabalho recebeu o reforço de agentes da prefeitura do Rio de Janeiro, de voluntários e de ativistas de organizações não governamentais. Mais de 300 animais já foram resgatados. Quando feridos, são encaminhados para clínicas veterinárias que estão atendendo voluntariamente. Em seguida, inicia-se a busca por lares temporários.

    Apoios

    Diversos serviços da cidade têm contado com o suporte solidário de outros municípios. Niterói (RJ), por exemplo, se somou ao esforço da limpeza urbana. A cidade de Magé (RJ) cedeu máquinas para as intervenções emergenciais. A tendência é que novas colaborações sejam anunciadas.

    Hoje (22), o prefeito de Petrópolis , Rubens Bomtempo, assinou um termo de cooperação técnica com a diretoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que reúne 412 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. O objetivo do documento é facilitar os trâmites para o empréstimo de equipamentos e para as ajudas técnicas de profissionais variados como engenheiros, geólogos e orçamentistas.

    “Para um segundo momento, está prevista a criação de uma comissão dentro da FNP com prefeitos que passaram por catástrofes em suas cidades, para a troca de experiências sobre as medidas adotadas em cada município”, informou a prefeitura de Petrópolis .

    Além das tratativas intermunicipais, empresas e pessoas físicas de todo o país se envolveram solidariamente com a tragédia e as doações não param de chegar. Elas são recebidas em uma central na rodovia federal BR-040, no quilômetro 62, no distrito de Itaipava. Doações menores, arrecadadas pelos próprios moradores, também podem ser destinadas a um dos pontos de apoio criados ao longo de toda a cidade.

    Segundo informou a Defesa Civil municipal, alguns itens que chegaram em grande volume, como água mineral e roupas usadas, já não são mais necessários. As maiores demandas agora são por itens de higiene e de cuidados pessoais, tais como desodorantes, absorventes, sabonetes, desinfetantes, sacos de lixo, luvas descartáveis, detergentes, esponjas, fraldas geriátricas, toalhas, roupas de cama e travesseiros.

    O voluntariado também tem sido um apoio importante. Há, no entanto, uma preocupação para que o trabalho seja realizado em sintonia com os órgãos públicos. Hoje, a prefeitura abriu um cadastro para médicos e enfermeiros que quiserem atuar como voluntários nos pontos de apoio. No formulário, é preciso indicar a profissão e especialidade, disponibilidade de horário e dados pessoais.

    Serviços

    Aos poucos, a cidade vai tentando retomar os serviços que foram suspensos. A vacinação contra a covid-19 foi reiniciada ontem (21). Nesse primeiro momento, sete postos funcionarão das 10h às 14h30 e o cadastramento deve ser feito pelo site da prefeitura. Crianças de 5 a 11 anos de idade podem ser atendidas pelas equipes itinerantes, onde o cadastro não é necessário.