Tag: Dengue

  • Chuvas intensificam epidemia de arboviroses em Mato Grosso

    Chuvas intensificam epidemia de arboviroses em Mato Grosso

    A chegada das chuvas em Mato Grosso, embora seja um alívio para a seca, trouxe consigo uma preocupação crescente: a proliferação do mosquito Aedes aegypti e, consequentemente, o aumento de casos de dengue, chikungunya e zika. Os dados epidemiológicos são alarmantes.

    Em 2024, o estado registrou um aumento de 59% nos casos prováveis de dengue e um crescimento exponencial de 7.673% nos casos de chikungunya em comparação com o ano anterior. Apenas a zika apresentou uma leve redução. Ao todo, foram notificados mais de 41 mil casos de dengue, 20 mil de chikungunya e quase 400 de zika.

    A situação é ainda mais grave quando se analisam os óbitos. Neste ano, 36 pessoas perderam a vida em decorrência da dengue, com destaque para Pontes e Lacerda, Cuiabá e Tangará da Serra. A chikungunya também causou 11 mortes, sendo a maioria em Tangará da Serra.

    A circulação de três dos quatro sorotipos de dengue em Mato Grosso agrava a situação, pois aumenta o risco de reinfecções e casos mais graves.

    Diante desse cenário, as autoridades de saúde estão intensificando as ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Um plano nacional de ação foi lançado em setembro de 2023, com investimentos de R$ 1,5 bilhão para o enfrentamento das arboviroses em todo o país.

    No entanto, a principal barreira para o controle das doenças continua sendo a proliferação do mosquito em criadouros dentro das residências. A população é o principal agente na luta contra as arboviroses, sendo fundamental a realização de ações simples como a eliminação de recipientes com água parada e a conscientização sobre os riscos da doença.

    Os agentes comunitários de saúde e de combate às endemias desempenham um papel crucial nessa batalha, realizando visitas domiciliares e orientando a população sobre as medidas de prevenção.

    A intensificação das chuvas, aliada à falta de cuidados com a prevenção, torna a situação ainda mais complexa. É fundamental que a população esteja atenta e colabore com as ações de controle, buscando eliminar os criadouros do mosquito e, assim, reduzir o número de casos e mortes por dengue, chikungunya e zika.

    Dicas para prevenir as arboviroses:

    As arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, são doenças transmitidas por mosquitos
    As arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, são doenças transmitidas por mosquitos- FOTO: PIXABAY
    • Elimine a água parada:
      • Vasos de plantas: coloque areia nos pratinhos ou utilize água limpa e troque-a semanalmente.
      • Pneus: guarde-os em locais cobertos ou elimine os que não tiverem utilidade.
      • Garrafas, latas e outros recipientes: vire-os de boca para baixo ou descarte-os adequadamente.
      • Caixas d’água: mantenha-as sempre tampadas e faça a limpeza regularmente.
      • Calhas: remova a folhagem e outros detritos que possam impedir a passagem da água.
      • Lonas: estique bem as lonas para evitar o acúmulo de água.
    • Utilize repelentes:
      • Aplique repelente em todas as partes do corpo expostas, seguindo as instruções do fabricante.
      • Reaplique o repelente de acordo com as recomendações do produto, principalmente após o suor ou o banho.
    • Use roupas claras e que cubram o corpo:
      • As roupas claras refletem a luz e dificultam a localização do mosquito.
      • As roupas compridas ajudam a proteger a pele das picadas.
    • Instale telas em portas e janelas:
      • As telas impedem a entrada do mosquito em sua casa.
    • Mantenha os ambientes limpos e organizados:
      • A limpeza regular ajuda a eliminar possíveis criadouros do mosquito.

    As arboviroses, como dengue, chikungunya e zika, são doenças transmitidas por mosquitos, principalmente pelo Aedes aegypti. Para se proteger dessas doenças, é fundamental eliminar os criadouros do mosquito.

  • Saúde orienta sobre cuidados contra a dengue em Lucas do Rio Verde

    Saúde orienta sobre cuidados contra a dengue em Lucas do Rio Verde

    Neste momento em que as chuvas estão voltando, aumentam as preocupações com a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya. Por isso, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, orienta que para prevenir as doenças transmitidas pelo inseto é fundamental evitar o acúmulo de água parada, onde ocorre a proliferação do mosquito.

    O período do ano com maior transmissão são os meses mais chuvosos de cada região, mas é importante manter a higiene e evitar água parada todos os dias, porque os ovos do Aedes Aegypti podem sobreviver por um ano até encontrar as melhores condições para se desenvolver.

    Em Lucas do Rio Verde, de janeiro até o dia 12 de outubro de 2024, foram confirmados 304 casos de dengue, 8 casos de Chikungunya e 1 em investigação.

    Alerta-se também para a vacinação contra a dengue para crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, que está disponível em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs), de segunda a sexta-feira, das 07h às 10h30 e das 13h às 16h30.

    A vacina é administrada em duas doses e, conforme o Ministério da Saúde, os imunizantes para a aplicação da segunda dose serão aplicados considerando o intervalo recomendado de três meses para completar o esquema da vacinação.

    Para se vacinar, é necessário apresentar documento de identificação, cartão de vacina, no caso das crianças, deve ser acompanhada de um adulto responsável.

    “Já aplicamos mais de 800 doses da vacina contra a dengue, sem nenhum evento adverso, e pedimos aos responsáveis que levem as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos para garantir essa proteção nesse período mais crítico. Além da dengue estamos receosos quanto a um possível aumento dos casos de chikungunya em nosso município, pois na nossa regional os casos aumentaram de forma geral, pedimos a colaboração de toda a sociedade nesse combate.” explica a supervisora da Vigilância em Saúde, Claudia Engelmann.

    Contraindicação da vacina da dengue

    A vacina é contraindicada para gestantes, mulheres em amamentação e pessoas imunossuprimidas. Vale ressaltar que, nesse momento, a vacina contra a dengue não pode ser tomada junto com outra vacina, tendo que ter no mínimo 24 horas de intervalo se a pessoa recebeu uma vacina inativada, e 30 dias de vacinas atenuadas.

    Na avaliação clínica da vacina foi demonstrada uma eficácia geral de proteção de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo.

  • Chuvas trazem alívio e alerta para o aumento de casos de dengue em Mato Grosso

    Chuvas trazem alívio e alerta para o aumento de casos de dengue em Mato Grosso

    As recentes chuvas que atingiram Mato Grosso trouxeram um alívio para a população que sofria com o forte calor e a estiagem. No entanto, a volta das precipitações também acendeu o alerta para o aumento de casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como a dengue, chikungunya e zika.

    De acordo com dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), o estado já registrou 37.126 casos confirmados de dengue, 19.304 de chikungunya e 295 de zika. A dengue, em especial, tem sido a maior preocupação, com 36 óbitos confirmados em diversas cidades mato-grossenses.

    Cuiabá, com cinco óbitos, e Pontes e Lacerda, com sete, estão entre as cidades mais atingidas. Outros municípios como Tangará da Serra, Nova Mutum, Primavera do Leste, Alta Floresta e Lucas do Rio Verde também registraram mortes por dengue.

    A chikungunya também tem sido um problema de saúde pública, com 11 óbitos confirmados em todo o estado. Tangará da Serra foi a cidade mais afetada, com sete mortes.

    Autoridades de Mato Grosso em alerta

    A principal forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é combater o mosquito transmissor.
    FOTO:PIXABAY

    As autoridades de saúde de Mato Grosso estão intensificando as ações de combate ao mosquito transmissor e de conscientização da população sobre a importância da prevenção.

    A Secretaria Estadual de Saúde orienta a população a buscar informações sobre as doenças em sites e redes sociais oficiais e a procurar atendimento médico imediatamente ao apresentar os sintomas.

    Sintomas e cuidados

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    FOTO:PIXABAY

    Os sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, e dor atrás dos olhos.

    Já a chikungunya se caracteriza por febre alta, dores articulares intensas e erupção cutânea.

    É importante ressaltar que a dengue pode evoluir para formas mais graves, como a dengue hemorrágica, que pode ser fatal. Por isso, ao apresentar os primeiros sintomas, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente.

    Prevenção

    A principal forma de prevenir a dengue, chikungunya e zika é combater o mosquito transmissor. A população deve eliminar os criadouros do Aedes aegypti, como vasos com água parada, pneus velhos e outros recipientes que acumulam água.

    A limpeza de calhas, a cobertura de caixas d’água e a utilização de repelentes também são medidas importantes para se proteger dessas doenças.

  • Entenda técnica que faz mosquito levar larvicida a seus criadouros

    Entenda técnica que faz mosquito levar larvicida a seus criadouros

    Pesquisadores brasileiros desenvolvem estratégia para combater insetos transmissores de arboviroses. O trabalho comprovou que o uso dos mosquitos para “autodisseminar” larvicidas em seus próprios criadouros pode ajudar no controle das doenças transmitidas, sobretudo aquelas levadas pelo Aedes aegypti, como a dengue.

    Chamada de Estação Disseminadora de Larvicida (EDL), a técnica atrai os insetos para um pote plástico com água, recoberto com tecido preto umedecido e impregnado com um larvicida em pó muito fino. Ao pousar, o larvicida adere ao mosquito que o leva para o criadouro, permitindo que a substância alcance suas larvas e impeça a proliferação.

    Elaborado por pesquisadores do Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz Amazônia) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas), em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte, o projeto distribuiu cerca de 2.500 “Estações Disseminadoras de Larvicida” (EDLs) em nove bairros de Belo Horizonte ao longo de dois anos. De acordo com a investigação, houve redução da incidência de dengue em 29% nesses bairros e em 21% nos bairros vizinhos.

    Publicado na revista The Lancet Infectious Diseases, a pesquisa começou em um bairro de Manaus, capital do Amazonas. Devido aos bons resultados, o estudo foi levado para novos locais, com populações maiores.

    “Começamos há alguns anos testando a hipótese que existia na literatura científica de que os mosquitos poderiam carregar larvicidas de um lado para o outro”, introduz o pesquisador da Fiocruz Amazônia e um dos autores do estudo, Sérgio Luz, “como as fêmeas colocam ovos em vários lugares, elas pousam na superfície, ficam impregnados com o larvicida e depois o ‘distribuem’ em outros locais”. No inseto, o larvicida atua como um hormônio do crescimento na etapa entre a fase larval e de pupa, fazendo com que a larva continue crescendo, mas sem avançar para o próximo estágio, ou impedindo que o mosquito alcance a fase adulta.

    Com apoio de pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB), o estudo foi realizado em Brasília e também obteve bons resultados na diminuição de doenças. “Isso aconteceu no contexto da epidemia de zika em 2016. Na época, o governo federal estava atrás de novas estratégias para fazer o combate vetorial do mosquito, tendo em vista que as ações eram as mesmas há mais de um século”, comenta Luz em entrevista à Agência Brasil. A partir disso, com o Centro de Operações de Emergência (COE) para Dengue e outras Arboviroses, foram selecionadas diferentes cidades para entender como a estratégia de autodisseminação funcionaria em áreas diferentes da Amazônia.

    “Tivemos um resultado bem significativo, de redução de cerca de 30% de casos de dengue na área central, onde estão as estações disseminadoras, e 20% nas áreas adjacentes, comprovando o que já tínhamos mostrado: o mosquito voa e, se ele voa, consegue dispersar larvicida para outras áreas”, informou o pesquisador.

    A estratégia desenvolvida e coordenada pelos técnicos da Fiocruz Amazônia foi adotada pelo Ministério da Saúde (MS) em seu novo plano de ação para reduzir os impactos da dengue e de outras arboviroses no Brasil, divulgado na quarta-feira (18). Na publicação, o ministério informa que vai expandir o uso das EDLs para o controle do Aedes aegypti nas periferias brasileiras. “Agora, as Estações Disseminadoras de Larvicida fazem parte do grupo de estratégias usadas como política pública no controle do mosquito transmissor da dengue”, celebra Luz.

    “É importante dizer que essas medidas são complementares. A solução ainda depende muito, porque cerca de 70% dos criadouros dos mosquitos estão nas casas das pessoas, então é preciso que a comunidade e a população contribuam de forma decisiva, não deixando água acumulada, fazendo limpeza do terreno e descartando o lixo adequadamente”, alerta o pesquisador.

    Segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do MS, até setembro de 2024 foram registradas 5.428 mortes por dengue e 6.529.520 casos prováveis da doença. Os casos costumam ser mais comuns, sobretudo, em épocas de altas temperaturas e chuvas frequentes.

  • Mato Grosso enfrenta surto de dengue e vacinação infantil patina

    Mato Grosso enfrenta surto de dengue e vacinação infantil patina

    O aumento expressivo de casos de dengue em Mato Grosso tem preocupado as autoridades de saúde. Apesar da disponibilização da vacina contra a doença, a adesão da população, principalmente entre crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, tem sido baixa.

    De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Estado recebeu 44,7 mil doses da vacina, mas apenas 17,8 mil primeiras doses foram aplicadas. A baixa procura pelo imunizante preocupa ainda mais diante da chegada do período chuvoso, que favorece a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya.

    A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, explica que a faixa etária de 10 a 14 anos foi escolhida por apresentar o maior número de hospitalizações por dengue, mas a adesão tem sido menor por não ser uma faixa que frequenta rotineiramente os serviços de saúde. “É fundamental que os pais e responsáveis levem seus filhos para se vacinar”, ressalta a secretária.

    A baixa adesão à vacina contra a dengue se deve a diversos fatores, como a falta de informação, a subnotificação de casos e a dificuldade de acesso aos serviços de saúde em algumas regiões. Além disso, a capacidade de produção da vacina ainda é limitada, o que dificulta a imunização de toda a população.

    Apesar da importância da vacina, as autoridades de saúde reforçam que ela não substitui as medidas de prevenção, como a eliminação de criadouros do mosquito Aedes aegypti. A população deve continuar realizando a limpeza de quintais, varandas e outros locais onde possa haver água parada, além de utilizar repelentes e telas nas janelas.

    Impacto da dengue em Mato Grosso

    Brasil ultrapassa marca de 5 mil mortes por dengue Foto: shammiknr/Pixabay

    Os dados da Secretaria de Estado de Saúde são alarmantes. Em 2024, Mato Grosso já registrou mais de 41 mil casos prováveis de dengue, um aumento significativo em relação ao ano anterior. A doença também causou a morte de 36 pessoas. Além da dengue, os casos de chikungunya também aumentaram significativamente, com mais de 19 mil notificações e 11 óbitos.

  • Governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão no combate à dengue

    Governo federal vai investir R$ 1,5 bilhão no combate à dengue

    O presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou, nesta quarta-feira (18), o plano de ação contra a dengue e outras arboviroses, como chikungunya, zika e oropouche, para o próximo período de chuvas e calor no Brasil. Os recursos previstos, do orçamento regular do Ministério da Saúde, são de, aproximadamente, R$ 1,5 bilhão.

    “Todo verão nós somos intimados pelo crescimento da dengue e de outras doenças e, dessa vez, com a questão climática evoluindo para que o planeta fique mais aquecido, nós resolvemos antecipar o lançamento da nossa campanha para que a gente tenha tempo, não apenas de acionar a estrutura do SUS [Sistema Único de Saúde], mas nós precisamos, antes, preparar a sociedade brasileira porque os mosquitos estão na casa de cada um de nós”, disse o presidente durante evento no Palácio do Planalto.

    Lula destacou que o Ministério da Saúde está se preparando e que cada cidadão deve “cumprir com sua função e não permitir que haja nenhuma possibilidade dos mosquitos ficarem tirando férias no seu quintal”. “E não é só na casa das pessoas pobres, eles estão na casa de pessoas que tem o poder aquisitivo melhor, que tem piscina abandonada, que tem vaso com água empossada”, disse.

    “A gente quer ver se consegue antecipar e, se Deus ajudar, a gente quer ter o verão com menos dengue na história desse país”, completou Lula.

    De acordo com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, os recursos serão destinados a ações que envolvem desde vacinas, portarias emergenciais com planos de ação, testes rápidos, métodos de tecnologia e pesquisa e desenvolvimento, “que tem que ser constantes”, inclusive, com integração de dados.

    “É hora de colocarmos, de uma maneira muito clara, que é uma responsabilidade de governos e de sociedade”, disse, lembrando que 75% dos focos do mosquito estão nas residências, mas que a dengue também está relacionada a condições de saneamento, envolvendo limpeza urbana e condições de moradia.

    “Dificilmente teremos um verão com o menor número de casos na história, mas devemos ter isso como meta”, avaliou Nísia, sobre o discurso do presidente Lula.

    “Eu compararia com a vacinação, com o feminicídio zero, são metas que nós temos que colocar no nosso horizonte e trabalhar para isso. É possível reduzir muito sim, e os cenários mudam de acordo com a questão climática, a questão da circulação dos sorotipos [do vírus], mas também com a ação organizada da sociedade e é isso que nós estamos propondo aqui”, disse.

    A ministra Nísia ressaltou ainda que o plano está baseado nas evidências científicas mais atualizadas, novas tecnologias e é implementado em estreita parceria com estados e municípios e colaboração de instituições públicas e privadas, bem como de organizações sociais.

    Segundo ela, os estudos estão apontando que não haveria uma antecipação do pico de casos em 2025, como ocorreu em 2024, mas “não significa que vai acontecer da mesma forma em todo o Brasil”. “Os estudos de cenário apontam uma probabilidade de maior número de casos nas regiões Sul e Sudeste. No Sul, a introdução da dengue é mais recente, então você tem uma população mais suscetível. No caso do Sudeste, sobretudo a circulação do sorotipo 3, que é um fator de preocupação [ que menos pessoas tem imunidade]”, disse.

    “Mas esses cenários estão todo o tempo sendo analisados e sendo revistos, não se pode colocar isso como uma verdade absoluta”, ressaltou.

    O principal vetor de transmissão da dengue e outras arboviroses é o mosquito Aedes aegypti. De janeiro a agosto de 2024, foram notificados 6,5 milhões de casos prováveis, um aumento de três vezes em relação a 2023. São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal concentraram 87,70 % dos casos prováveis.

    O InfoDengue é o sistema de alerta para arboviroses desenvolvido pela Fiocruz e a Fundação Getúlio Vargas que, hoje, fornece os dados epidemiológicos e climáticos para a análise de cenários.

    Plano de ação

    O programa de redução dos impactos das arboviroses trabalha em seis eixos de atuação: prevenção; vigilância; controle vetorial (dos mosquitos); organização da rede assistencial e manejo clínico; preparação e resposta às emergências; e comunicação e participação comunitária.

    Fora do período de picos de casos, estão sendo intensificadas as ações preventivas, com retirada de criadouros do ambiente e a implementação das novas tecnologias de controle de populações de mosquito, como o método Wolbachia. Também será feita uma força-tarefa de sensibilização da rede de vigilância para a investigação oportuna de casos, coleta de amostras para diagnóstico laboratorial e identificação de sorotipos circulantes.

    Está prevista, ainda, a organização de fluxos da rede assistencial, revisão dos planos de contingência locais, capacitação dos profissionais de saúde para manejo clínico, gestão dos estoques de inseticidas, insumos para diagnóstico laboratorial e assistência ao doente.

    Para o período sazonal, caso ocorra nova alta sensível de casos, estão previstas medidas estabelecidas no plano de contingência, focadas sobretudo no fortalecimento da rede assistencial para redução das hospitalizações e óbitos evitáveis.

    Vacinação

    Sobre a vacinação contra a dengue, Nísia explicou que é uma estratégia progressiva, com incorporação gradativa de vacinas. Em 2024, foram compradas quatro milhões de doses da vacina do laboratório japonês Takeda e, para 2025, o Brasil possui contrato para distribuição de nove milhões de doses.

    Gestores federais, estaduais e municipais deverão pactuar, nos próximos 15 dias como elas serão distribuídas, a partir dos estudos de cenário.

    A faixa etária prioritária do Ministério da Saúde para a vacinação contra a dengue é de 11 a 14 anos. “É um grupo que foi menos exposto à dengue e por isso há uma tendência maior de hospitalizações nessa faixa etária. Nessa e nos idosos também, mas os idosos ainda não podem receber vacinas”, disse Nísia, explicando que a Anvisa não autorizou a aplicação em pessoas acima de 60 anos em razão da falta de estudos sobre eficácia e segurança para esta faixa etária.

    A ministra da Saúde defende que “mais importante do que ampliar a faixa etária” é olhar os municípios que ainda não foram contemplados com doses.

    “Mas essa revisão quem faz são os nossos técnicos e discutido numa pactuação na reunião tripartite que envolve os conselhos nacionais de secretários estaduais e municipais de saúde como fizemos no ano passado”, ressaltou.

    Há, ainda, a expectativa da distribuição de um milhão de doses da vacina contra a dengue do Instituto Butantan. Em breve, o laboratório paulista deve enviar o produto para análise da Anvisa.

    Edição: Maria Claudia

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  • Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano

    Brasil tem mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue este ano

    De janeiro a agosto deste ano, o Brasil registrou 6.500.835 casos prováveis de dengue. Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde contabilizam ainda 5.244 mortes confirmadas e 1.985 em investigação para a doença. O coeficiente de incidência da dengue no país, neste momento, é de 3.201,4 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

    Os números mostram que 55% dos casos de dengue foram identificados entre mulheres e 45% entre homens. As faixas etárias que mais contabilizaram infecções pela doença são de 20 a 29 anos; de 30 a 39 anos; e de 40 a 49 anos. Já os grupos menos atingidos são crianças com menos de 1 ano; idosos com 80 anos ou mais; e crianças de 1 a 4 anos.

    São Paulo lidera o ranking de estados que registraram maior número de dengue grave ou com sinais de alarme este ano, com um total de 24.825 casos. Em seguida aparecem Minas Gerais (15.101), Paraná (13.535) e Distrito Federal (10.212). Já os estados com menos casos graves ou com sinais de alarme são Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33) e Sergipe (62).

    Edição: Fernando Fraga

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  • Dengue: Brasil aplicou 2 milhões de total de 4,7 milhões de doses

    Dengue: Brasil aplicou 2 milhões de total de 4,7 milhões de doses

    Das 4.792.411 doses da vacina contra a dengue distribuídas no Brasil, 2.085.613 foram registradas no sistema e, portanto, aplicadas efetivamente em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, público-alvo definido para a campanha. Os números foram apresentados pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (29), durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.

    “Temos um quantitativo de aproximadamente cinco milhões de doses da vacina que foram distribuídas nesse período [até 21/8]. Há um delay em relação ao registro das doses aplicadas. Na realidade, esse quantitativo é bem maior do que 2,1 milhões aproximadamente. Esses números são atualizados semanalmente”, destacou o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio.

    Ao todo, 1.921 municípios foram selecionados pelo ministério para receber doses da vacina Qdenga, produzida pela farmacêutica japonesa Takeda. A seleção precisou ser feita em razão da quantidade limitada de imunizantes a serem fornecidos pelo laboratório fabricante. As cidades contempladas em 2024, segundo a pasta, compõem regiões de saúde classificadas como endêmicas para a doença.

    Apesar de a bula da Qdenga indicar a dose para pessoas com idade entre 4 e 60 anos, o ministério definiu que, no Sistema Único de Saúde (SUS), o público-alvo, num primeiro momento, incluiria apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo que concentra maior número de hospitalizações por dengue, atrás apenas dos idosos. A decisão foi motivada pelo baixo estoque de doses disponibilizadas.

    Edição: Aécio Amado

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  • Queda de casos de dengue no Brasil deve se manter até fim de novembro

    Queda de casos de dengue no Brasil deve se manter até fim de novembro

    O Brasil já registrou, ao longo do ano de 2024, pouco mais de 6,5 milhões de casos prováveis de dengue, além de 5.219 mortes confirmadas pela doença e outras 2.012 em investigação. “De longe, a maior epidemia que tivemos na história”, avaliou o secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, Rivaldo Venâncio, durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite, em Brasília.

    “Felizmente, a dengue começa a dar sinais claros de que viveremos algumas semanas com uma certa tranquilidade. Aliás, já estamos a cerca de quatro ou cinco semanas com grande tranquilidade em relação ao número de casos novos que têm sido registrados país afora. Esperamos que esse quadro de baixa transmissibilidade se mantenha, pelo menos, até meados do final de novembro.”

    O coeficiente de incidência da dengue no Brasil, neste momento, é de 3.201 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. A maioria dos casos prováveis foi identificada entre pessoas brancas (49,9%) e pardas (42,3%) e entre as seguintes faixas etárias: 20 a 29 anos; 30 a 39 anos; 40 a 49 anos; e 50 a 59 anos. Já os grupos menos atingidos pela doença são menores de 1 ano; crianças de 1 a 4 anos e de 5 a 9 anos.

    São Paulo é a unidade federativa com maior quantidade de casos graves e sinais de alarme para dengue (24.786), seguido por Minas Gerais (15.084), Paraná (13.524), Distrito Federal (10.211) e Goiás (7.201). No final do ranking, com menos casos graves da doença registrados, aparecem Roraima (3), Acre (11), Rondônia (33), Sergipe (62) e Tocantins (66).

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Brasil ultrapassa marca de 5 mil mortes por dengue

    Brasil ultrapassa marca de 5 mil mortes por dengue

    O Brasil já contabiliza 5.008 mortes por dengue em 2024. O número é mais de quatro vezes superior ao registrado ao longo de todo o ano anterior, quando foram notificados 1.179 óbitos pela doença. Há ainda 2.137 mortes em investigação pela doença.ebcebc

    Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses indicam que o país contabiliza 6.449.380 casos prováveis de dengue. O coeficiente de incidência da doença, neste momento, é de 3.176,1 casos para cada 100 mil habitantes e a letalidade em casos prováveis é de 0,08.

    Os dados mostram que 55% dos casos prováveis se concentram entre mulheres e 45%, entre homens. O grupo de 20 a 29 anos responde pelo maior número de infecções, seguido pelos de 30 a 39 anos e de 40 a 49 anos. Já os grupos que registram menos casos são menores de 1 ano, 80 anos ou mais e 1 a 4 anos.

    São Paulo concentra a maior parte dos casos prováveis de dengue (2.066.346). Em seguida estão Minas Gerais (1.696.909), Paraná (644.507) e Santa Catarina (363.850). Já os estados com menor número de casos prováveis são Roraima (546), Sergipe (2.480), Acre (4.649) e Rondônia (5.046).

    Quando se considera o coeficiente de incidência da doença, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 9.749,7 casos para cada grupo de 100 mil habitantes. Em seguida estão Minas Gerais (8.266,9), Paraná (5.632,2) e Santa Catarina (4.781,5). Já as unidades federativas com menor coeficiente são Roraima (85,8), Sergipe (112,2), Ceará (138,9) e Maranhão (162,1).