Tag: Dengue

  • Número de Mortes por Dengue e Chikungunya sobe para 20 em Mato Grosso; Outras 16 estão sob investigação

    Número de Mortes por Dengue e Chikungunya sobe para 20 em Mato Grosso; Outras 16 estão sob investigação

    O número de mortes causadas por dengue e Chikungunya em Mato Grosso aumentou para 20 casos confirmados , conforme dados atualizados pelo Governo do Estado no último painel de arboviroses divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) na segunda-feira (24). Na semana anterior, haviam sido confirmadas 13 mortes , o que representa um aumento de 53,8% no número de óbitos em apenas uma semana.

    Dados confirmados

    • Dengue : Foram confirmadas 4 mortes .
    • Chikungunya : O total é de 16 mortes .

    Além disso, há outros 16 óbitos em investigação :

    • 4 mortes estão sendo analisadas como suspeitas de dengue.
    • 12 mortes estão sob investigação por suspeita de Chikungunya.

    Casos confirmados

    Até o momento, foram registrados:

    • 8.033 casos confirmados de dengue .
    • 12.245 casos confirmados de Chikungunya .

    Esses números reforçam a gravidade da situação e a necessidade de medidas urgentes para conter a disseminação dessas doenças transmitidas pelo mosquito Aedes Aegypti .

    Transmissão e Prevenção

    Dengue e Chikungunya - imagem CenárioMT
    Dengue e Chikungunya – imagem CenárioMT

    Ambas as doenças são transmitidas pelo mesmo vetor, o Aedes Aegypti , um mosquito que se reproduz em locais com água parada, especialmente em áreas urbanas. Os horários de maior atividade do inseto são durante o amanhecer e o final da tarde .

    Para evitar a proliferação do mosquito, as autoridades sanitárias recomendam:

    1. Manter os quintais limpos para evitar o acúmulo de entulhos e objetos que possam acumular água.
    2. Colocar areia nos pratos de vasos de plantas , impedindo o acúmulo de água.
    3. Eliminar recipientes descartáveis e tampar tonéis ou caixas d’água.
    4. Fazer vistorias regulares em calhas, pneus e outros locais propícios à formação de criadouros.

    Aumento Preocupante

    O aumento significativo no número de casos e mortes em tão pouco tempo chama a atenção para a importância de campanhas de conscientização e combate ao mosquito. As autoridades alertam que a população deve redobrar os cuidados, especialmente em períodos chuvosos, quando o risco de proliferação do Aedes Aegypti aumenta.

    Investigação dos Casos

    As mortes ainda em investigação estão sendo analisadas pelas equipes de saúde para confirmar a relação com as arboviroses. Esse processo inclui exames laboratoriais e avaliação clínica dos pacientes.


    Conclusão

    O cenário atual demonstra a necessidade de esforços conjuntos entre governo e população para reduzir os índices de infecção e mortalidade associados à dengue e à Chikungunya . Com a chegada das chuvas e o aumento da temperatura, o risco de novos casos tende a crescer, tornando ainda mais urgente a adoção de medidas preventivas.

    É fundamental que cada cidadão faça sua parte para evitar a proliferação do mosquito e proteger a saúde de sua família e comunidade.

  • Governo Federal oferece verba extra para cidades e estados controlarem a dengue

    Governo Federal oferece verba extra para cidades e estados controlarem a dengue

    Desde julho de 2024, o Ministério da Saúde conta com uma área técnica dedicada a coordenar e agilizar o encaminhamento de solicitações de apoio técnico e financeiro para estados e municípios em situações de emergência, como os surtos de dengue e outras arboviroses .

    A Coordenação-Geral de Resposta às Emergências em Saúde Pública (CGRESP), vinculada ao Departamento de Emergências em Saúde Pública (DEMSP), integra as áreas de comando, planejamento e administração do Centro de Operações de Emergências em Saúde Pública para Dengue e outras Arboviroses (COE Dengue) , atuando diretamente no suporte estratégico às demandas locais. Desde a criação do COE Dengue, a CGRESP já recebeu pedidos de apoio de sete municípios e um estado.

    Passo a passo para solicitar recursos

    As solicitações de recursos estão divididas em duas categorias:

    •Preparação: voltados para ações preventivas, como o fortalecimento das capacidades locais e a preparação do sistema de saúde para potenciais epidemias, como a capacitação de profissionais de saúde para manejo clínico de pacientes com arboviroses
    •Resposta: destinados a ações imediatas de vigilância e atenção em saúde durante uma emergência, com o objetivo de mitigar danos, controlar a situação e proteger a população afetada, como a contratação emergencial de profissionais de saúde para reforço nas unidades hospitalares. As ações também podem envolver a atenção primária, especializada ou vigilância em Saúde.

    Solicitação de Recursos para Resposta:

    •Identifique a situação de emergência — É necessário verificar se o evento se enquadra como emergência em saúde pública, como aumento significativo de casos de dengue ou eventos acima da capacidade local de resposta
    •Faça a solicitação formal ao ministério — A solicitação deve ser encaminhada ao DEMSP por meio de ofício e acompanhada de um decreto municipal ou estadual de declaração de emergência em saúde pública, pelo e-mail diretoria.demsp@saude.gov.br
    •Envie o Plano de Ação — Após o primeiro repasse, o gestor deve apresentar um Plano de Ação detalhado em até 30 dias. A não apresentação pode resultar na devolução do recurso recebido
    •Aguarde a análise e homologação — O pedido será analisado pelo DEMSP, podendo envolver outros setores do Ministério da Saúde. Após aprovação, será publicada uma portaria de homologação
    •Receba o repasse e preste contas — Os recursos serão transferidos pelo Fundo Nacional de Saúde para os fundos locais, e a aplicação deverá ser detalhada no Relatório Anual de Gestão (RAG). Os repasses serão realizados apenas durante a vigência do decreto
    •Solicite novos repasses — Em caso de necessidade de um novo repasse, deverá ser enviado um novo Plano de Ação de Resposta para a Emergência em Saúde Pública contendo ações não finalizadas ou não contempladas anteriormente e que necessitam de novo incremento para execução.

    Solicitação de Recursos para Preparação

    Diferente do processo de solicitação para resposta, os recursos de preparação só serão liberados após a apresentação e aprovação prévia de um Plano de Ação de Preparação para Emergências em Saúde Pública relacionado às arboviroses. Confira o passo a passo:

    •Identifique a situação de emergência — Verifique se o evento se enquadra como ESP, como aumento expressivo de casos de dengue ou sobrecarga na rede local de atendimento
    •Faça a solicitação formal ao Ministério e Envie do Plano de Ação — Encaminhe a solicitação ao DEMSP, pelo e-mail diretoria.demsp@saude.gov.br , acompanhada do Plano de Ação de preparação
    •Execute o Plano de Ação — O gestor deve informar o andamento da execução do plano em até 30 dias após o recebimento do repasse. Essa prestação de informações é condição para futuros repasses e evita a devolução dos recursos já recebidos
    •Aguarde a análise e homologação — O DEMSP analisará o pedido, podendo envolver outros setores do Ministério da Saúde. Após aprovação, será publicada uma portaria de homologação autorizando o repasse dos recursos.

    “A Coordenação-Geral de Resposta às Emergências é responsável por receber as demandas de recursos emergenciais de estados e municípios e encaminhar, em até 24 horas, o processo para as demais áreas técnicas do Ministério da Saúde, garantindo o compromisso de uma resposta ágil no enfrentamento de emergências em saúde pública”, explica o coordenador-geral da CGRESP, Weslley Vitor.

    As solicitações de recursos são regulamentadas pela Portaria GM/MS nº 6.495 , de 31 de dezembro de 2024. A norma estabelece as regras para que gestores solicitem recursos financeiros destinados às situações de emergência ligadas a riscos de saúde pública no Sistema Único de Saúde (SUS) , como surtos epidemiológicos, desastres ou crises eventos climáticos extremos e desassistência à saúde pública.

    A situação epidemiológica da dengue em 2025 nas seis primeiras semanas apresenta números inferiores aos de 2024, conforme a última atualização do Painel de Monitoramento de Arboviroses . Apesar da redução, o Ministério da Saúde mantém uma postura preventiva, orientando e apoiando estados e municípios no enfrentamento da doença.

    Participação de entes federativos

    Para todos os casos em que o Plano de Ação envolver a participação de mais de um ente federativo, é obrigatório que haja previsão da divisão de responsabilidades e dos recursos a serem repassados a cada ente, além da respectiva aprovação pela Comissão Intergestores Bipartite (CIB).

    Foco na prevenção e resposta rápida

    Com a criação desse canal de solicitações, o Ministério da Saúde reforça o compromisso de preparar o SUS para emergências e assegurar que os estados e municípios tenham apoio adequado para proteger a população em situações críticas. Gestores de saúde devem estar atentos às etapas do processo para garantir o acesso aos recursos e a efetividade das ações de combate às arboviroses.

    Por Ministério da Saúde

  • Casos de dengue e chikungunya disparam e já somam 20 mortes em 2025 em Mato Grosso

    Casos de dengue e chikungunya disparam e já somam 20 mortes em 2025 em Mato Grosso

    Desde o início de 2025, Mato Grosso enfrenta um aumento preocupante nos casos de dengue e chikungunya, doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

    Nas primeiras cinco semanas do ano, as duas arboviroses já causaram 20 mortes no estado, com 12 óbitos confirmados e outros 8 ainda em investigação, de acordo com dados do painel epidemiológico da Secretaria de Estado de Saúde (Ses-MT).

    A chikungunya é a doença que mais preocupa, com um total de 10.424 casos prováveis, o que representa uma taxa de incidência de 284,90 notificações para cada 100 mil habitantes.

    Esse número se aproxima do limiar de epidemia, que a Organização Mundial da Saúde (OMS) define como taxas acima de 300 casos por 100 mil habitantes. A doença já causou 11 mortes em Mato Grosso, com outros três casos ainda sob investigação.

    A dengue também apresenta números elevados, com 9.770 casos prováveis, o que corresponde a uma incidência de 267,03 ocorrências para cada 100 mil pessoas. A infecção já causou seis óbitos, sendo um confirmado e cinco em investigação.

    Em relação à zika, foram confirmadas 51 ocorrências no estado, sem registro de óbitos até o momento.

    Óbitos em diversos municípios de Mato Grosso

    As mortes por dengue e chikungunya se espalham por diversos municípios de Mato Grosso, incluindo a capital Cuiabá, que registra o maior número de vítimas fatais por chikungunya (7 casos). Outras cidades como Rondonópolis, Várzea Grande, Pontes e Lacerda, Jaciara, Cláudia, Nossa Senhora do Livramento e Dom Aquino também registraram óbitos em decorrência das arboviroses.

    A situação em Mato Grosso se agrava com o alerta epidemiológico emitido pela Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) sobre o risco de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. A circulação desse sorotipo, que não predomina no Brasil desde 2008, já foi registrada em diversos países do continente e está associada a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias.

  • Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano

    Casos de dengue no Brasil caem 60% nas primeiras semanas do ano

    Dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses indicam que o Brasil registrou, ao longo das seis primeiras semanas de 2025, um total de 281.049 casos prováveis de dengue. O número representa uma redução de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram contabilizados 698.482 casos prováveis da doença.

    Em nota, o Ministério da Saúde avaliou a redução como substancial e um reflexo da mobilização nacional promovida pela pasta de forma conjunta com estados e municípios. “O resultado é parte do Plano de Ação para Redução dos Impactos das Arboviroses, lançado pelo Governo Federal em setembro de 2024.

    Dengue
    Dengue

    Entre as unidades federativas, 17 registraram redução nos casos prováveis de dengue, sendo que as maiores quedas foram identificadas no Distrito Federal, no Rio de Janeiro, em Minas Gerais, no Amapá e no Paraná. Já em dez estados, incluindo Tocantins e Pernambuco, houve aumento no comparativo com as seis primeiras semanas de 2024.

    Em relação à incidência, os estados com maior número de casos prováveis por 100 mil habitantes são Acre, São Paulo, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais. São Paulo figura como estado com o maior número de casos prováveis do país: 164.463 mil apenas em 2025, um aumento de cerca de 60% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Sorotipo 3

    De acordo com a pasta, a elevação preocupa, sobretudo em razão da presença de casos de infecção pelo sorotipo 3, que não circulava no país de forma predominante há mais de 15 anos. “Neste momento, por exemplo, a Força Nacional do SUS [Sistema Único de Saúde] mantém equipe em São José do Rio Preto, no interior do estado.”

    Este mês, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) emitiu alerta epidemiológico sobre o risco elevado de surtos de dengue tipo 3 nas Américas. De acordo com a entidade, a circulação do sorotipo já foi registrada em diversos países do continente – incluindo Brasil, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México e Peru.

    “A Opas pede aos países que reforcem sua vigilância, o diagnóstico precoce e a gestão clínica para que possam enfrentar um potencial aumento de casos de dengue”, destacou a organização, em nota. O comunicado cita ainda que a Argentina chegou a registrar alguns casos de dengue tipo 3 em 2024.

    O vírus da dengue conta, ao todo, com quatro sorotipos distintos, sendo que a imunidade contra um sorotipo oferece proteção vitalícia apenas contra esse sorotipo específico. “O que significa que infecções subsequentes com outros sorotipos podem aumentar o risco de formas graves da doença”, destacou a organização.

    Ainda de acordo com a entidade, o sorotipo 3 vem sendo associado a formas graves da doença, mesmo em infecções primárias (quando o paciente não possui histórico de infecções por outros sorotipos da dengue). “O cenário levanta preocupações sobre o potencial impacto do sorotipo 3 na saúde pública.”

    “O ressurgimento do sorotipo 3, após um período de ausência prolongada em determinadas áreas das Américas, aumenta a vulnerabilidade de populações que não foram previamente expostas a ele”, concluiu a Opas.

  • Dengue: Anvisa pede esclarecimentos para aprovar vacina do Butantan

    Dengue: Anvisa pede esclarecimentos para aprovar vacina do Butantan

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou mais informações e dados complementares sobre a vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan. Em nota, ela informou que concluiu, de forma antecipada, a análise de dados de qualidade, segurança e eficácia apresentados.

    “A equipe técnica da agência solicitou informações e dados complementares necessários para o seguimento da análise. Os questionamentos enviados contemplam dúvidas relacionadas aos três pacotes de dados apresentados pelo Instituto Butantan”, destacou a Anvisa.

    Ainda de acordo com o comunicado, por se tratar de um processo de submissão contínua, não há prazo definido para que o Butantan apresente as respostas solicitadas à agência reguladora. “Neste momento, a Anvisa aguarda o protocolo do pedido de registro da vacina”.

    Entenda

    A Anvisa recebeu, até o momento, três pacotes de dados referentes à vacina contra a dengue desenvolvida pelo Instituto Butantan, distribuídos da seguinte forma:

    – do primeiro pacote, constam documentos administrativos e informações gerais sobre os estudos não clínicos e clínicos;

    – no segundo pacote, foram apresentadas informações sobre bula e rotulagem, visão geral clínica, relatório da análise de benefício-risco e relatórios de estudos clínicos controlados;

    – o terceiro pacote contempla a atualização de documentos entregues nos pacotes anteriores, além de resumos de qualidade e de dados não clínicos e clínicos em formato adequado.

    O procedimento de submissão contínua – criado pela agência em meio à pandemia de covid-19 – permite que o Instituto Butantan apresente dados e documentos em etapas, à medida que o trabalho de pesquisa e desenvolvimento for realizado.

    Vacinação em massa

    Em janeiro, o centro bioindustrial do Instituto Butantan anunciou o início da produção da vacina contra a dengue.

    Apesar da iniciativa, a população brasileira não será vacinada em massa contra a doença este ano. A dificuldade é fazer com que a fabricação ganhe escala de produção para chegar a uma centena de milhões de doses.

    “O Butantan está produzindo, mas não há previsão de uma vacinação em massa neste ano de 2025, isso é muito importante colocar, independente da Anvisa, porque é preciso ter escala nessa produção”, afirmou, à época, a ministra da Saúde, Nísia Trindade.

    A previsão do Butantan é fornecer um milhão de doses este ano e totalizar 100 milhões em 2027. A entrega, entretanto, só poderá ocorrer após a liberação da Anvisa.

    Posteriormente, a vacina deverá ser submetida à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) para incorporação ao Sistema Único de Saúde (SUS).

  • São Paulo faz busca ativa para segunda dose da vacina contra a dengue

    São Paulo faz busca ativa para segunda dose da vacina contra a dengue

    Com a alta do número de casos de dengue, entre as estratégias de combate à doença a Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo irá priorizar os esforços de busca ativa para a segunda dose da vacina.

    A imunização tem como público alvo as crianças e adolescentes de 10 a 14 anos e as unidades básicas de saúde fazem o acompanhamento em suas regiões, cabendo a elas a iniciativa do contato com os responsáveis, feito inicialmente por telefone. Em áreas cobertas pela Estratégia Saúde da Família (ESF), o contato também pode ser feito pessoalmente nas casas, pelos agentes comunitários de saúde. Serão contatadas famílias em que os jovens não tenham comparecido após o prazo de retorno, que é de três meses após a primeira dose.

    O público na faixa etária dos 10 aos 14 anos é estimado em 600 mil pessoas na capital, sendo que até o momento, 259 mil primeiras doses (38%) e 134 mil segundas doses (20%) foram aplicadas. A cidade de São Paulo não está entre as regiões com maior incidência de casos e óbitos, mas a densidade habitacional da região a coloca como área potencial para surtos ainda mais intensos, inclusive pela presença, na região, de casos dos sorotipos 1, 2 e 3.

    Mortes

    De acordo com as estatísticas da secretaria estadual de saúde, os óbitos por dengue em todo o estado chegaram a 56 em 2025, com destaque para as cidades de Jaboticabal e São José do Rio Preto, com 6 mortes em cada. São Paulo registrou 79 mil casos confirmados e tem outros 150 mil prováveis. O Instituto Adolfo Lutz investiga se outros 204 óbitos em condições similares às da doença ocorreram devido ao vírus.

    As informações do Ministério da Saúde são de 257 mil casos prováveis no país e 72 óbitos registrados, além de 290 óbitos em investigação, para o país todo.

  • Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Dengue: um ano após início da imunização, procura por vacina é baixa

    Um ano após o início da vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS), a procura pelo imunizante no país está bem abaixo do esperado. De fevereiro de 2024 a janeiro de 2025, 6.370.966 doses foram distribuídas. A Rede Nacional de Dados em Saúde, entretanto, indica que apenas 3.205.625 foram aplicadas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, grupo-alvo definido pela pasta.

    A faixa etária, de acordo com o ministério, concentra o maior número de hospitalizações por dengue depois de pessoas idosas, grupo para o qual o imunizante Qdenga, da farmacêutica japonesa Takeda, não foi liberado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O esquema vacinal utilizado pela pasta é composto por duas doses com intervalo de três meses entre elas.

    Entenda

    Em janeiro de 2024, 521 municípios foram inicialmente selecionados para iniciar a imunização contra a dengue na rede pública já em fevereiro. As cidades compunham 37 regiões de saúde consideradas endêmicas para a doença e atendiam a três critérios: municípios de grande porte, com mais de 100 mil habitantes; alta transmissão de dengue no período 2023-2024; e maior predominância do sorotipo 2.

    Atualmente, todas unidades federativas recebem doses contra a dengue. Os critérios de distribuição, definidos pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), seguem recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI). Foram selecionadas regiões de saúde com municípios de grande porte, alta transmissão nos últimos 10 anos e/ou altas taxas de infecção nos últimos meses.

    A definição de um público-alvo e de regiões prioritárias, segundo o ministério, se fez necessária em razão da capacidade limitada de fornecimento de doses pelo fabricante. A primeira remessa, por exemplo, chegou ao Brasil em janeiro do ano passado e contava com apenas cerca de 757 mil doses. A pasta adquiriu todo o quantitativo disponibilizado pelo fabricante para 2024 – 5,2 milhões de doses e contratou 9 milhões de doses para 2025.

    Prioridade para o SUS

    Em comunicado divulgado no ano passado, a Takeda informou a decisão de priorizar o atendimento de pedidos feitos pelo ministério para o fornecimento de doses da Qdenga. De acordo com a nota, o laboratório suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios e limitou o fornecimento da vacina na rede privada, suprindo apenas o quantitativo necessário para que pessoas que tomaram a primeira dose completassem o esquema vacinal com a segunda dose.

    “Em linha com o princípio da equidade na saúde, a Takeda está comprometida em apoiar as autoridades de saúde, portanto, seus esforços estão voltados para atender a demanda do Ministério da Saúde, conforme a estratégia vacinal definida pelo Departamento do Programa Nacional de Imunizações que considera faixa etária e regiões para receberem a vacina. Conforme já anunciado, temos garantida a entrega de 6,6 milhões de doses para o ano de 2024 e o provisionamento de mais 9 milhões de doses para o ano de 2025.”

    Vacina

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Anvisa em março de 2023. Na prática, o processo permite a comercialização do produto no Brasil, desde que mantidas as condições aprovadas. Em dezembro do mesmo ano, o ministério anunciou a incorporação do imunizante ao SUS.

    Em 2024, o imunizante também foi pré-qualificado pela OMS. A entidade define a Qdenga como uma vacina viva atenuada que contém versões enfraquecidas dos quatro sorotipos do vírus causador da dengue e recomenda que a dose seja aplicada em crianças e adolescentes de 6 a 16 anos em locais com alta transmissão da doença.

    “A pré-qualificação é um passo importante na expansão do acesso global a vacinas contra a dengue, uma vez que torna a dose elegível para aquisição por parte de agências da ONU [Organização das Nações Unidas], incluindo o Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e a Opas [Organização Pan-Americana da Saúde]”, avalis, à época, o diretor de regulação e Pré-qualificação da OMS, Rogerio Gaspar.

    “Com apenas duas vacinas contra a dengue pré-qualificadas até o momento, esperamos que mais desenvolvedores de vacinas se apresentem para avaliação, para que possamos garantir que as doses cheguem a todas as comunidades que necessitam delas”, completou. A outra dose pré-qualificada é a da Sanofi Pasteur.

    Alerta

    No mês passado, a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) emitiu um alerta sobre a baixa procura pela vacina contra a dengue. A entidade destacou que o imunizante está disponível, atualmente, para um grupo restrito de pessoas em 1,9 mil cidades nas quais a doença é mais frequente e que apenas metade das doses distribuídas pelo ministério para estados e municípios foi aplicada.

    O alerta acompanha ações recentes de prevenção e monitoramento do Ministério da Saúde e chega em um momento de preocupação por conta da detecção do sorotipo 3 da dengue em diversas localidades. O sorotipo, de acordo com o ministério, não circula no país de forma predominante desde 2008 e, portanto, grande parte da população está suscetível à infecção.

    Procurada pela Agência Brasil, a pasta informou que a baixa disponibilidade para aquisição da Qdenga faz com que a vacinação não seja a principal estratégia do governo contra a doença. O ministério destacou ainda o lançamento do Plano de Ação para Redução da Dengue e Outras Arboviroses, que prevê a intensificação do controle vetorial do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença.

    No início de janeiro de 2025, o ministério voltou a instalar o Centro de Operações de Emergência em Saúde (COE), com o objetivo de ampliar o monitoramento de arboviroses no Brasil.

    Números

    Em 2024, o país registrou a pior epidemia de dengue, com 6.629.595 casos prováveis e 6.103 mortes por causa do vírus. Em 2025, o Painel de Monitoramento das Arboviroses já registra 230.191 casos prováveis da doença e 67 mortes confirmadas, além de 278 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 108 casos para cada 100 mil habitantes.

  • Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    Casos de chikungunya dobram e Mato Grosso lidera mortes pela doença no Brasil

    O número de mortes por chikungunya em Mato Grosso dobrou em menos de um mês, de acordo com o Painel de Monitoramento das Arboviroses, atualizado pelo Ministério da Saúde. Até este domingo (9), o estado registrou seis óbitos causados pela doença, enquanto no final de janeiro eram três.

    Mato Grosso lidera o ranking nacional de mortes por chikungunya. Ao todo, o Brasil contabiliza sete óbitos, sendo o sétimo registrado em Minas Gerais. O Ministério da Saúde também investiga outra morte suspeita no estado, além de 8.104 casos prováveis da doença.

    Municípios com óbitos confirmados: Cuiabá – 4 mortes confirmadas e uma em investigação; Jaciara – 1 morte e Dom Aquino – 1 morte. Além disso, outros 13 óbitos estão sob investigação em diferentes estados do país, incluindo um em Mato Grosso.

    Emergência em Cuiabá

    Diante do aumento de casos, a Prefeitura de Cuiabá decretou estado de emergência na saúde pública, válido por 60 dias. A medida busca intensificar as ações de controle e prevenção, incluindo a criação de um Comitê de Operações Emergenciais.

    Sintomas da chikungunya

    Segundo o Ministério da Saúde, os principais sintomas da chikungunya incluem:

    Febre; Dores e inchaços nas articulações; Dores musculares e nas costas; Manchas vermelhas e coceira na pele; Dor de cabeça e atrás dos olhos; Conjuntivite não-purulenta; Sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia (mais comuns em crianças)

    Dengue e zika também preocupam

    Além da chikungunya, Mato Grosso também enfrenta um aumento nos casos de dengue. O estado já registrou 9.948 casos prováveis, com três óbitos sob investigação. Em relação à zika, não há casos prováveis confirmados até o momento.

  • Lucas do Rio Verde realiza campanha de vacinação contra a dengue e atualização do cartão vacinal

    Lucas do Rio Verde realiza campanha de vacinação contra a dengue e atualização do cartão vacinal

    A Secretaria Municipal de Saúde de Lucas do Rio Verde promove neste sábado (08) uma campanha de vacinação contra a dengue e atualização do cartão vacinal. A ação ocorrerá nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos bairros Jardim Primaveras, Jardim Amazônia e Cerrado.

    A vacina contra a dengue está disponível exclusivamente para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, conforme diretriz estabelecida pelo Ministério da Saúde. De acordo com a supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, o imunizante apresenta mais de 80% de eficácia contra os quatro sorotipos do vírus e previne as formas graves da doença.

    “A vacinação começou em 2023 nas clínicas privadas e, em 2024, passou a ser ofertada na rede pública. Somente em nosso município, mais de 1.900 doses já foram aplicadas, sem registros de eventos adversos. Por isso, chamamos a atenção dos pais para que aproveitem essa oportunidade. Ainda temos doses disponíveis, o que não ocorre em todos os locais”, destacou.

    Segundo o último Boletim de Arboviroses da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, entre 1º e 30 de janeiro de 2025, foram confirmados 10 casos de dengue e seis casos de chikungunya no município.

    Além da vacina contra a dengue, a campanha também oferecerá a atualização da carteira vacinal, com a aplicação de todas as doses disponíveis, exceto os imunizantes contra a Covid-19 e varicela.

    A secretária municipal de Saúde, Keli Paludo Fernandes, reforçou a importância da imunização para a prevenção de doenças.

    “O que esperamos é que os pais aproveitem o sábado para levar seus filhos para vacinar. Também há vacinas destinadas aos adultos. Vamos nos proteger e cuidar de quem amamos”, ressaltou.

    Serviço

    Campanha de vacinação contra a dengue e atualização do cartão vacinalData: Sábado, 08 de fevereiroLocais: UBS Jardim Primaveras, UBS Jardim Amazônia e UBS CerradoHorário: 7h às 10h30 e 13h às 16h30Documentos necessários: RG ou CPF e carteira de vacinação

  • Tribunal de Contas vai cobrar de municípios de Mato Grosso notificações de casos de Dengue, Zika e Chikungunya

    Tribunal de Contas vai cobrar de municípios de Mato Grosso notificações de casos de Dengue, Zika e Chikungunya

    Diante do aumento dos casos de Dengue, Zika e Chikungunya em Mato Grosso, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT) irá recomendar que os 142 municípios do estado notifiquem a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT) sobre os casos das três doenças. A medida foi anunciada nesta sexta-feira (31) pelo presidente da Comissão Permanente de Saúde, Previdência e Assistência Social (Copspas) do TCE-MT, conselheiro Guilherme Antonio Maluf, após reunião com o titular da SES-MT, Gilberto Figueiredo.

    A preocupação com o aumento dos casos é evidente, com mais de 12.700 casos prováveis registrados neste ano, segundo o Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. No entanto, este número pode ser ainda maior, já que muitas prefeituras não estão repassando os dados, dificultando o planejamento de ações de combate e prevenção.

    O conselheiro Maluf ressaltou a importância da colaboração dos municípios para que o estado tenha um retrato real da situação e possa planejar campanhas de conscientização e aplicação de inseticidas de forma eficaz. O secretário Figueiredo também destacou a importância dos dados para o monitoramento dos sorotipos do vírus em circulação no estado, essencial para o controle e tratamento das doenças.

    Além da falta de informação, outro problema apontado por Maluf é a troca de profissionais capacitados na área da Saúde, o que pode prejudicar o combate às arboviroses, já que um servidor da área da saúde leva anos para ser treinado.

    O TCE-MT e a SES-MT buscam uma resposta estruturada do poder público para combater a epidemia, com foco na prevenção e conscientização da população. O secretário Figueiredo ressaltou que 80% dos focos do mosquito Aedes Aegypti estão nas residências, o que exige o engajamento da população e o comprometimento dos gestores municipais.

    Durante a reunião, também foi discutido o acompanhamento das obras de infraestrutura hospitalar no estado, com a previsão de inauguração de diversas unidades neste ano. O TCE-MT irá desenvolver um cronograma de visitas técnicas aos hospitais em construção para acompanhar o andamento das obras e garantir a transparência do processo.

    O conselheiro Maluf anunciou que o estado passará por uma “revolução na saúde”, com a construção de quatro novos hospitais regionais e a ampliação do Hospital Universitário, o que deve descentralizar o atendimento e melhorar a assistência à saúde da população do interior. Além disso, serão reforçadas as iniciativas para suprir a falta de especialistas no interior do estado, ampliando os programas de residência médica.