Tag: Dengue

  • Casos de dengue e Chikungunya disparam em Lucas do Rio Verde e acendem alerta sanitário

    Casos de dengue e Chikungunya disparam em Lucas do Rio Verde e acendem alerta sanitário

    O número de casos de dengue e Chikungunya teve um crescimento alarmante em Lucas do Rio Verde entre o fim de janeiro e o fim de fevereiro de 2025. Dados da Vigilância em Saúde apontam um aumento de mais de 140% nas notificações de dengue, passando de 110 para 267, e de mais de 160% nos casos confirmados, que saltaram de 15 para 40.

    A coordenadora da Vigilância Ambiental, Miriam Campos, reforça que as equipes de agentes de endemias estão percorrendo os bairros para eliminar focos do mosquito Aedes aegypti, mas enfrentam dificuldades para acessar os imóveis.

    “Precisamos que a população luverdense abra as portas para os nossos agentes de endemias. Eles estão uniformizados, com crachá, e estão para salvar vidas. São parceiros da comunidade”, destaca Miriam.

    Os casos de Chikungunya também apresentaram alta expressiva. As notificações cresceram mais de 225%, passando de 23 para 75, enquanto os casos confirmados saltaram de 10 para 28, um aumento de 180%.

    Diante do desafio de acessar casas fechadas, o agente comunitário de endemias Paulo Cesar explica que a equipe tem deixado bilhetes orientando os moradores a entrarem em contato com a Vigilância.

    O Aedes aegypti se reproduz em água parada e seu ciclo de desenvolvimento, do ovo até a fase adulta, leva de sete a dez dias. Segundo Paulo Cesar, os focos têm sido encontrados, principalmente, em ralos, banheiros desocupados, piscinas, potes plásticos, calhas e lixo acumulado.

    “Uma vistoria pode evitar a proliferação da doença no município. Se não houver colaboração da população, o poder público não conseguirá conter o avanço sozinho”, alerta o agente.

    Para facilitar as denúncias de focos do mosquito, a Vigilância Ambiental disponibiliza os telefones (65) 3548-2508 e a Ouvidoria Municipal pelo número 0800 646 4004.

    A supervisora da Vigilância em Saúde, Cláudia Engelmann, ressalta que todas as denúncias estão sendo averiguadas e que o município tem adotado medidas mais rigorosas para conter a proliferação do mosquito.

    Amparado pela Lei Municipal nº 3.487, de março de 2023, o poder público tem adentrado imóveis vazios e notificado ou multado os proprietários que mantêm criadouros do Aedes aegypti.

    “Estamos empregando todos os recursos possíveis para combater o mosquito, mas se a população não fizer a sua parte, eliminando os focos, podemos perder essa batalha. A dengue pode levar à morte”, alerta Cláudia.

  • Brasil registra queda de quase 70% nos casos de dengue nos 2 primeiros meses de 2025

    Brasil registra queda de quase 70% nos casos de dengue nos 2 primeiros meses de 2025

    Nos dois primeiros meses de 2025, o Brasil registrou uma redução de 69,25% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período de 2024. O levantamento corresponde às semanas epidemiológicas 1 a 9, compreendendo o intervalo de 29 de dezembro de 2024 a 1º de março de 2025. A queda nos números demonstra a efetividade das medidas adotadas pelo Ministério da Saúde, em parceria com estados e municípios, mas reforça a necessidade de esforços contínuos para manter a tendência de redução.

    De acordo com o painel de monitoramento da pasta, nos primeiros meses deste ano, foram contabilizados 493 mil casos prováveis da doença, 217 óbitos confirmados e 477 mortes em investigação. No mesmo período de 2024, o país havia registrado 1,6 milhão de casos prováveis, 1.356 óbitos confirmados e 85 em análise.

    A região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 1 milhão de registros em janeiro e fevereiro de 2024 contra 360 mil este ano. O estado de São Paulo lidera os números atuais, com 285 mil casos prováveis, representando mais da metade do total do país. E contabiliza também 168 das 217 mortes confirmadas este ano.

    Comparativo por semanas epidemiológicas (SE) 1 a 9:

    2024

    • Brasil: 1.604.611 casos;
    • Sudeste: 1.061.436 casos (66,14% do total nacional).

    2025

    • Brasil: 493.403 casos;
    • Sudeste: 360.989 casos (73,16% do total nacional).

    Medidas de controle e parcerias

    Desde a ativação do Centro de Operações de Emergências para Dengue e outras Arboviroses (COE-Dengue), em 8 de janeiro, o Ministério da Saúde intensificou ações para conter o avanço das arboviroses . Entre as principais estratégias adotadas estão:

    •Visitas técnicas a estados e municípios para reforçar a vigilância e o controle da doença;

    •Distribuição de 4,5 milhões de testes de diagnóstico para dengue, priorizando localidades com menor acesso a laboratórios;

    •Expansão do método Wolbachia para 44 cidades em 2025, ampliando uma estratégia inovadora de controle do Aedes aegypti;

    •Reuniões ampliadas do COE com representantes da sociedade civil, sindicatos, federações e entidades científicas;

    •Mobilização em escolas, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), para conscientizar crianças e jovens sobre a prevenção; e

    •Parceria com o Instituto Butantan para a produção da primeira vacina 100% nacional e de dose única contra a dengue. A previsão é disponibilizar 60 milhões de doses anuais a partir de 2026, com possibilidade de ampliação conforme a demanda.

    Febre amarela: atenção redobrada

    Além da dengue, a pasta reforça a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a febre amarela , principal estratégia de prevenção da doença. A intensificação da vigilância epidemiológica é fundamental, especialmente no monitoramento de primatas não humanos com suspeita de febre amarela e na identificação precoce de possíveis casos em humanos. Esse acompanhamento permite antecipar surtos e garantir uma resposta rápida das autoridades de saúde.

     

  • Cidade de Mato Grosso declara emergência em saúde pública por causa do avanço das Arboviroses

    Cidade de Mato Grosso declara emergência em saúde pública por causa do avanço das Arboviroses

    Colíder, cidade localizada a 648 km de Cuiabá, Mato Grosso, declarou estado de emergência em saúde pública diante do aumento alarmante de casos de dengue, chikungunya e zika. A medida, oficializada por decreto publicado na quinta-feira (5), tem validade de 90 dias e visa intensificar o combate ao mosquito Aedes aegypti, vetor das doenças.

    A situação em Colíder é preocupante. Dados da Secretaria Estadual de Saúde revelam um total de 426 casos prováveis de dengue, 138 de chikungunya e 1 de zika.

    A alta demanda por atendimento médico sobrecarregou o hospital regional, levando à suspensão de cirurgias eletivas para priorizar pacientes com arboviroses. Além disso, uma morte suspeita por dengue está sob investigação.

    Medidas de Combate

    O decreto de emergência estabelece uma série de ações para conter a proliferação do Aedes aegypti, incluindo:

    • Entrada forçada em imóveis particulares em casos específicos, como focos do mosquito.
    • Intensificação de campanhas educativas para conscientizar a população.
    • Realização de mutirões de limpeza para eliminar criadouros do mosquito.
    • Remanejamento e contratação de novos servidores para reforçar as ações de combate.
    • Contratação de serviços e aquisição de equipamentos para auxiliar no controle das arboviroses.

    A Prefeitura de Colíder busca mobilizar todos os recursos disponíveis para enfrentar a emergência em saúde pública. A medida visa garantir o atendimento adequado aos pacientes e conter a propagação das doenças, protegendo a saúde da população.

  • Conselho de Medicina propõe estratégia para enfrentar surto de dengue e chikungunya em Mato Grosso

    Conselho de Medicina propõe estratégia para enfrentar surto de dengue e chikungunya em Mato Grosso

    Mato Grosso enfrenta um cenário alarmante com o aumento exponencial dos casos de dengue e chikungunya. Hospitais lotados, unidades de saúde sobrecarregadas e a preocupação crescente com o pico da doença, previsto para os próximos meses, acenderam o sinal de alerta nas autoridades de saúde.

    Diante dessa realidade, o Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT) tomou a iniciativa de propor a criação de centros de triagem especializados, uma medida crucial para desafogar o sistema de saúde e garantir um atendimento mais ágil e eficiente à população. A recomendação, endossada por especialistas e conselheiros, busca replicar o sucesso dos centros de triagem durante a pandemia de Covid-19, adaptando-os à realidade das arboviroses.

    A proposta do CRM-MT não é apenas uma medida paliativa, mas sim uma estratégia para otimizar o fluxo de pacientes, agilizar diagnósticos e garantir o tratamento adequado.

    Os centros de triagem, com equipes multidisciplinares e infraestrutura completa, serão a linha de frente no combate à dengue e chikungunya, evitando a sobrecarga das unidades de pronto-atendimento e salvando vidas.

  • Municípios de Mato Grosso são notificados a combaterem dengue, chicungunya e zika

    Municípios de Mato Grosso são notificados a combaterem dengue, chicungunya e zika

    Três municípios de Mato Grosso – Água Boa, Nova Nazaré e Cocalinho – foram notificados pelo Ministério Público do Estado, por meio da 1ª Primeira Promotoria de Justiça Cível de Água Boa, para que elaborem medidas de prevenção e combate ao mosquito aedes aegypti, causador de doenças como a dengue, chicungunya e zika.

     

    Nas recomendações notificatórias enviadas às secretarias de Saúde dos municípios, a promotora de Justiça Ana Paula Silveira Parente solicita que seja elaborado um plano de contingência de prevenção e enfrentamento das doenças, o qual deverá ter pelo menos quatro eixos: controle do vetor; vigilância epidemiológica, gestão, assistência (recuperação); mobilização e comunicação para fins de prevenção e promoção.

     

    O MP requer ainda a realização de mapeamento estratégico das áreas de risco das doenças, a ampla divulgação do mapeamento estratégico das áreas de risco; a elaboração de calendário dos mutirões de recolhimento de resíduos e entulhos, de modo a conter a proliferação do mosquito transmissor, com definição dos locais e data a serem visitados.

     

    Na recomendação está elencado também a inclusão nos planos de ação das unidades básicas de saúde de medidas para prevenir a ocorrência de tais enfermidades. A elaboração de calendário de fiscalização, visando responsabilizar o descumprimento das obrigações sanitárias relacionadas à prevenção das doenças, bem como campanha educativa, atuação dos agentes comunitários de saúde, entre outras recomendações.

     

    “Deverão ser encaminhadas, por escrito, a este órgão ministerial, informações acerca das providências adotadas para o cumprimento da presente recomendação, acompanhados dos documentos necessários à sua comprovação, no prazo de 30 dias”, destacou a promotora de Justiça.

  • Mato Grosso capacita profissionais para manejo dos casos de dengue, zika e chikungunya

    Mato Grosso capacita profissionais para manejo dos casos de dengue, zika e chikungunya

    A Escola de Saúde Pública de Mato Grosso (ESP-MT), a Superintendência de Atenção à Saúde do Estado e o Ministério da Saúde capacitaram gestores e profissionais de saúde para o controle e manejo clínico de casos de arboviroses. A oficina “Estratégias integradas para formação de multiplicadores na organização da rede de atenção e manejo clínico das arboviroses” ocorreu nos dias 27 e 28 de fevereiro e contou com a participação de 192 profissionais.

    A agenda também foi realizada em parceria com a Superintendência de Vigilância em Saúde da SES, a Regulação do Estado, o Escritório Regional de Saúde da Baixada Cuiabana, o Lacen, e as Secretarias e Municipais de Saúde.

    Além de fortalecer uma estratégia coordenada entre os gestores e profissionais da saúde, a oficina buscou qualificar a assistência em saúde e facilitar o acesso de orientações frente às arboviroses, à proteção e ao cuidado do paciente.

    “Por meio das capacitações ofertadas pela Escola de Saúde Pública, o Estado busca qualificar os gestores e os profissionais de saúde para atuarem mais fortemente contra as arboviroses em Mato Grosso. Esse é um assunto que merece o nosso esforço e atenção, sobretudo neste momento em que há o aumento no número de casos de dengue e chikungunya, situação que demanda a qualificação de gestores e profissionais”, ressaltou o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo.

    O curso contou com uma metodologia híbrida para o planejamento, com práticas ativas e expositivas, proporcionando a interação entre os participantes e a troca de experiências.

    As atividades foram realizadas em 2 eixos: organização da rede de serviços e manejo clínico. Foram abordados os seguintes temas:

    • Construindo pontes ou criando barreiras? Reflexões sobre a integração entre a vigilância, assistência e território no enfrentamento das arboviroses;
    • Superando a fragmentação: boas práticas de integração entre vigilância e assistência em saúde;
    • Rumo à solução: Eixo Organização da rede assistencial (público: gestores) e Eixo Manejo Clinico (público: médicos e enfermeiros das APS e RUE).

    A superintendente da Escola de Saúde Pública de Mato Grosso, Silvia Tomaz, reforçou como a criação de estratégias coordenadas promovem um atendimento de mais qualidade à população de Mato Grosso.

    “Os 192 gestores e profissionais da saúde inscritos nesta oficina foram habilitados para agir de forma estratégica, organizada e coordenada. A capacitação é uma resposta ao panorama atual de casos por arboviroses que ocorre no Estado, a fim de proporcionar um melhor atendimento para a população mato-grossenses. Além disso, a oficina também buscou capacitar os gestores dos municípios, trabalhando estratégias para organizar a rede de saúde na atuação contra as arboviroses, resultando em profissionais mais qualificados”, ressaltou.

    A coordenadora de Atenção Primária da SES, Regina de Paula Oliveira, comentou sobre a necessidade de organização da rede de atenção e a importância da capacitação dos profissionais da saúde dos municípios.

    “Esse evento foi pensado exatamente para reunirmos gestores e profissionais da saúde, responsáveis pelo cuidado das pessoas considerando todo esse cenário epidemiológico que a gente está vivendo com as arboviroses na nossa região, especialmente a chikungunya e dengue. Precisamos melhorar o cuidado, o acolhimento das pessoas que chegam com sintomas, e qualificar nossos profissionais de saúde para fazer o manejo adequado”, ressaltou.

    O médico de Saúde da Família, Giacomo Tonial, comentou que a qualificação de profissionais da saúde para atuarem contra as arboviroses é indispensável no atual cenário.

    “Eu acho que a principal importância em fazer esse curso de atualização é otimizar o tempo de atendimento aos casos de arboviroses que são moderados e graves. Participando do curso, capacitando enfermeiros, médicos, farmacêuticos, a equipe toda de atendimento, a gente consegue classificar e otimizar o atendimento dessas pessoas”, avaliou o médico.

  • Dengue: produção nacional e dose única são vantagens da nova vacina

    Dengue: produção nacional e dose única são vantagens da nova vacina

    O anúncio do Ministério da Saúde sobre a primeira vacina nacional contra a dengue traz consigo outros avanços importantes, como o aumento no volume de doses disponíveis, a produção do imunizante no país, o novo esquema vacinal de apenas uma dose e a perspectiva de inclusão de novos públicos-alvo, afirma a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (Sbim), Mônica Levi.

    A médica lembra que o total de 60 milhões de doses que serão entregues no ano que vem, apesar de ser seis vezes maior do que o previsto para 2025, é insuficiente para vacinar toda a população brasileira. Isso significa que o Programa Nacional de Imunizações ainda precisará definir um público-alvo para receber o imunizante que será produzido pelo Instituto Butantan e foi batizado de Butantan-DV.

    Por enquanto, a vacina que está sendo aplicada nos postos de saúde é a QDenga, da farmacêutica japonesa Takeda, e apenas em adolescentes de 10 a 14 anos, em cidades com maior incidência da doença, com exceção das doses próximas do vencimento, que podem ser recebidas por pessoas de outras idades.

    Mônica Levi diz esperar que novos estudos da Butantan-DV mostrem a segurança e a eficácia da vacina também entre os idosos.

    “Os adolescentes internam-se mais e tem mais quadros graves, mas quem mais morre são os idosos. Só que, nas vacinas disponíveis, a faixa etária acima de 60 anos não foi contemplada nos estudos. Mas, no projeto anunciado, há um estudo em populações de outras faixas etárias. Como a vacina do Butantã é de 2 a 59 anos, eu entendo que as outras faixas etárias de interesse são de 60 anos para cima. E isso seria muito importante, porque os idosos tem maior mortalidade”, diz a especialista.

    Mesmo que a capacidade de produção seja insuficiente para toda a população brasileira, outra inovação da Butantan-DV deve ajudar a aumentar as coberturas vacinais: é o primeiro imunizante contra a dengue do mundo aplicado em apenas uma dose.

    “Em qualquer faixa etária, mas principalmente nos adolescentes, nas vacinas de múltiplas doses, a segunda ou a terceira sempre têm um uma evasão, sempre tem piores coberturas. Sem dúvida, é muito mais fácil fazer campanha pontual de uma dose só do que conseguir completar um esquema maior”, afirma Mônica Levi.

    A Butantan-DV foi desenvolvida em parceria com o Instituto Nacional de Saúde Americano e a farmacêutica MSD e será produzida em conjunto com a empresa WuXi Biologics. Ainda assim, a vacina foi apresentada como 100% nacional porque todas as etapas de sua produção serão realizada em solo brasileiro.

    Segundo a presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações, é uma grande vantagem, inclusive para diminuir o risco de desabastecimento ou atraso na entrega das vacinas. “Não depender de acordos que os laboratórios tenham com outros países, se há surtos ou epidemias, isso permite autonomia. Você vai ter uma produção que atenda a sua população, e isso é fundamental para garantir a quantidade de vacinas para a população que se pretende vacinar.”

    Bom resultado de testes

    O imunizante é tetravalente, ou seja, protege contra os quatro tipos da dengue. Na última etapa de testes, a vacina teve 79,6% de eficácia geral e 89,2% de eficácia entre as pessoas que já tiveram a doença, mas ainda está sendo avaliada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que é a responsável pela autorização do uso da vacina no país.

    Mônica Levi lembra ainda que todos esses benefícios da Butantan-DV só devem chegar à população a partir de 2026, logo, não se pode descuidar da prevenção ambiental, para controlar a disseminação do Aedes aegypti, mosquito que transmite a doença.

    A dengue não é transmitida de uma pessoa para outra, o que significa que a vacina não é capaz de produzir a chamada “imunidade de rebanho”, quando um certo número de pessoas vacinadas é suficiente para bloquear ou até erradicar o agente causador. “Claro que você vai ter menos gente infectada para os mosquitos se contaminarem e picarem outras pessoas, mas não é uma proteção segura, por exemplo, para quem não foi vacinado porque tinha contraindicação, ou estava gestante, era imunocomprometido grave.”

    De acordo com o Painel de Monitoramento do Ministério da Saúde, o Brasil já registrou este ano mais de 439 mil casos prováveis de dengue, com 177 mortes confirmadas. Em janeiro, a quantidade de casos foi menor do que no mesmo mês do ano passado, quando houve surto da doença, mas superior aos registros de 2023.

  • Dengue, Zika e Chikungunya: orientação e prevenção

    Dengue, Zika e Chikungunya: orientação e prevenção

    Com o período de chuvas, previsto para ir até maio, cuidados com a saúde precisam ser redobrados, em virtude da proliferação do  mosquito Aedes aegypti em águas paradas. Ele é o responsável pela transmissão das doenças Dengue, Zika e Chikungunya, que nos primeiros dias de 2025 já tem 5.391 casos confirmados de dengue e 10.020 de chikungunya, conforme dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

    Essas arboviroses, que se traduzem em um grupo de enfermidades virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos, criam um cenário preocupante no estado, e a quantidade de casos tende a aumentar, conforme afirma o profissional da enfermagem da Coordenação de Assistência Social e Saúde do Servidor (CASS), Rogério de Figueiredo.

    “Estamos só no começo da epidemia, que é cíclica. Todo ano a gente tem.As arboviroses são mais frequentes nesta época do ano por causa do período de chuvas. Eliminar o mosquito é um desafio. O aumento expressivo dos casos de arboviroses em Cuiabá pode estar relacionado a vários fatores, entre eles o período intenso de chuvas, que cria mais criadouros para o Aedes aegypti, já que a água parada favorece a reprodução do mosquito”, ressalta.

    Ele complementa que pode haver água atrativa para os mosquitos em calhas, vasos de plantas, atrás da geladeira, tampinhas de garrafas e qualquer objeto que possa acumular água parada.  “Remover folhas, galhos e tudo que possa impedir a água de correr pelas calhas. Manter a caixa d’água sempre fechada com tampas adequadas. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada. Evitar acúmulo de inservíveis, não estocar pneus em áreas descobertas, não acumular água em lajes ou calhas, colocar areia nos vasos de planta e cobrir bem as caixas d’água”, orienta.

    Sintomas e cuidados

    Quando acometido por essas doenças, o enfermeiro explica que na dengue clássica, em geral, a recomendação é de repouso, enquanto durar a febre. “A  ingestão de líquidos, administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre também são recomendadas. Assim como acontece nos casos de Dengue, o tratamento para a Chikungunya inclui medidas como repouso e o uso de medicamentos para controlar a febre e as dores no corpo. Também é essencial que o paciente se mantenha bem hidratado e se alimente bem durante todo o período de recuperação”, indica.

    Ele explica ainda que, classicamente, os sintomas variam de faixa etária para faixa etária. “De uma maneira geral, a dengue é uma doença que surge com uma febre elevada, de início súbito, com dor de cabeça, dor retro ocular atrás dos olhos, aquela sensação de que o olho parece que vai sair da órbita. Dor no corpo, a febre elevada, de difícil controle às vezes, e entre o terceiro e o quinto dia de evolução dessa febre, você tem aparecimento de manchas pelo corpo, no caso da dengue”, pontua.

    Complementa que normalmente, quando a dengue começa a aparecer essa erupção no corpo, a febre começa a ceder. “É nesse momento que, no caso da dengue, na forma hemorrágica, começam a aparecer os fenômenos hemorrágicos. Quando a febre desaparece, a erupção no corpo aparece no corpo inteiro, na forma hemorrágica é que você começa a ter a complicação”, sinaliza.

    Explica ainda que  aquelas pessoas que tiveram um quadro febril intenso, dor de cabeça, dor retro ocular, erupção no corpo, que a febre cedeu e voltou a ficar mal novamente, é um sinal de gravidade da doença. “Dor abdominal intensa, sinais de sangramentos, que normalmente ela não tem, nasal, gengival, isso seria uma forma mais grave da doença dengue”, diz.

    Outros sintomas, mais cuidados e vacina

    Sobre os sintomas da chikungunya, Rogério explica que nem sempre a febre é tão elevada e o que predomina é a dor, a dor articular. “É como se você tivesse apanhado. Então, o corpo inteiro doi, doi muito, tanto as juntas como os músculos. A febre, como eu falei, às vezes não é tão alta, mas pode ser elevada também e tem mais ou menos o mesmo curso”, conta, complementando ainda que a febre de uma virose dura de 3 até 5, ou 7 dias.

    Sobre o quadro de melhorias, o enfermeiro explica ainda que algumas pessoas mais suscetíveis podem permanecer com essas manifestações de dor no corpo, com os braços, extremidades inchadas, doloridas, com mobilidade difícil, um certo grau de vermelhidão ainda pelo corpo. “Classicamente, a dengue vem também uma coceira muito intensa ao final da erupção. A chikungunya não costuma ter tanta coceira assim, mas também pode ter”, conta.

    “O descarte irregular de lixo também é um problema, pois o acúmulo de resíduos como pneus, garrafas e recipientes plásticos facilita a reprodução do mosquito. Devemos jogar no lixo todo objeto que possa acumular água, como embalagens usadas, potes, latas, copos, garrafas vazias etc. Colocar o lixo em sacos plásticos e manter a lixeira bem fechada”, orienta, recomendando  a manutenção das casas sempre limpas e cuidar dos quintais, além de se prevenir com o uso de repelente.

    Sobre a vacinação contra a dengue, o Brasil se tornou o primeiro país do mundo a disponibilizar vacinas contra a dengue no sistema público de saúde. Produzida pelo laboratório japonês Takeda. Busque orientação junto ao seu município para verificar a disponibilidade do imunizante.

  • Vacinação em horário estendido reforça proteção contra covid e dengue em Lucas do Rio Verde

    Vacinação em horário estendido reforça proteção contra covid e dengue em Lucas do Rio Verde

    Os moradores de Lucas do Rio Verde terão uma oportunidade especial para atualizar a caderneta de vacinação nesta quarta-feira (26). As Unidades Básicas de Saúde (UBS) Cerrado e Jardim Amazônia funcionarão em horário estendido, das 17h às 20h30, para atender crianças, adolescentes e grupos prioritários com imunização contra covid-19.

    A coordenadora de Vigilância em Saúde, Claudia Engelmann, destacou a importância da vacinação, especialmente diante do aumento de casos de dengue e da retomada da circulação da covid-19 no município. “Teremos todas as vacinas de rotina disponíveis e, além disso, a imunização contra dengue para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Também estamos aplicando a vacina contra a covid para pessoas acima de 12 anos pertencentes a grupos prioritários, conforme a recomendação atual do Ministério da Saúde”, explicou.

    A vacina contra a dengue, embora aprovada para a faixa etária de 4 a 59 anos, está sendo aplicada apenas em crianças e adolescentes de 10 a 14 anos devido à disponibilidade limitada de doses no país. “A adesão tem sido positiva, com mais de 1.900 doses já aplicadas. A vacinação é essencial, pois a dengue pode evoluir rapidamente para quadros graves, e essa faixa etária foi uma das mais afetadas nos últimos anos”, afirmou Engelmann.

    Casos de dengue e chikungunya preocupam

    O aumento no número de notificações de dengue e chikungunya em 2025 acendeu o alerta das autoridades de saúde. Segundo a coordenadora, já são 170 casos prováveis de dengue e 40 de chikungunya no município. “Isso mostra que o vírus está circulando e a população está suscetível. Como não temos vacina para todos, a prevenção contra o mosquito Aedes aegypti segue sendo fundamental”, enfatizou.

    Covid-19 volta a circular na cidade

    Engelmann também destacou que os casos de covid-19 voltaram a crescer em Lucas do Rio Verde, acompanhando a tendência observada em nível nacional. “Desde o início do ano, percebemos um aumento na circulação do vírus. Embora os sintomas estejam mais leves devido à imunização e às variantes atuais, ainda há grupos de risco que podem desenvolver complicações”, alertou.

    A vacinação contra a covid está disponível para pessoas acima de 12 anos pertencentes aos grupos prioritários, como idosos, gestantes, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas. A coordenadora reforçou que o município aguarda reposição de estoques para vacinar crianças menores de 12 anos assim que as doses estiverem disponíveis.

    Diante desse cenário, a Secretaria de Saúde orienta a população a manter a vacinação em dia e reforçar medidas preventivas, como o uso de máscaras em casos sintomáticos, higienização das mãos e cuidados com a proliferação do mosquito transmissor da dengue.

  • Prefeito e secretária pedem apoio da a população no enfrentamento contra dengue

    Prefeito e secretária pedem apoio da a população no enfrentamento contra dengue

    O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini, e a secretária municipal de Saúde, Lúcia Helena Barboza Sampaio, utilizaram as redes sociais para reforçar a importância da participação ativa da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. Em suas falas, os gestores destacaram que, sem a colaboração dos moradores, todas as ações podem se tornar ineficazes.

    “A maioria das pessoas que estão vindo aqui nas UPAs apresentam sintomas de dengue e chikungunya, mas, na maioria das vezes, quando os agentes de endemias vão nas casas dessas pessoas, elas não os recebem. Muitos moradores se recusam a permitir a entrada dos profissionais para fazer a inspeção e eliminar possíveis criadouros”, alertou o prefeito Abilio Brunini.

    O gestor também ressaltou que há vários terrenos baldios na cidade que não estão sendo limpos, tornando-se verdadeiros criadouros do mosquito. “Vamos aderir ao fumacê, ampliar a capacidade de atendimento nas UPAs e reforçar a distribuição de medicamentos. No entanto, se você não cobrar seu vizinho para fazer a parte dele, não teremos sucesso. Essa não é uma luta do Abílio, da secretária Lúcia, dos enfermeiros ou dos médicos. É uma luta que precisa de você e de cada vizinho. Sem esse apoio, todas as nossas ações não terão o efeito desejado”, enfatizou.

    A secretária de Saúde, dra. Lúcia, reforçou que pequenas atitudes podem fazer toda a diferença na prevenção das doenças causadas pelo mosquito. “São apenas dez minutinhos por semana que você pode dedicar para fazer a limpeza do seu quintal e conscientizar o seu vizinho a fazer o mesmo. Num instante, a gente acaba com essa pandemia”, destacou.

    As autoridades municipais fazem um apelo para que a população abra suas portas para os agentes de endemias, elimine recipientes que possam acumular água e cobre dos vizinhos a mesma atitude. Sem esse engajamento coletivo, a proliferação do mosquito continuará a ameaçar a saúde pública.

    O combate ao Aedes aegypti é uma responsabilidade de todos. Pequenos esforços individuais podem resultar em avanços na luta contra as arboviroses.