Tag: Dengue

  • Pesquisa detecta vírus zika e chikungunya em ovos de mosquitos Aedes

    Pesquisa detecta vírus zika e chikungunya em ovos de mosquitos Aedes

    Um estudo de nove pesquisadores da Universidade Federal de Goiás (UFG) detectou ovos do mosquito Aedes aegypti com a presença dos vírus ZIKV, causador da zika, e do CHIKV, da chikungunya. O resultado demonstra a transmissão vertical do vírus, quando é passado de fêmeas adultas para larvas depositadas por elas. Posteriormente, os ovos eclodem e os novos mosquitos já nascem com o vírus recebido.

    O estudo foi publicado em um artigo da Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical com o título Detecção de arbovírus em Aedes aegypti por meio de análise transovariana: um estudo em Goiânia, Goiás.

    O novo mecanismo de transmissão descoberto para essas duas doenças infecciosas é diferente do modo de transmissão mais conhecido, o horizontal. Nesse caso, o mosquito pica um ser humano ou animal infectado, suga e se contamina com esse sangue e, então, o inseto fica apto a contaminar outras pessoas com o chamado repasto sanguíneo do vírus, ou seja, nas picadas.

    A conclusão da pesquisa é que a transmissão direta aos ovos de Aedes aegypti, classificada como transovariana, sem passar por um hospedeiro, serve de alerta às autoridades de saúde, pois, seu principal vetor urbano, o mosquito, provavelmente, adquiriu essa capacidade, destaca o estudo.

    Em entrevista à Agência Brasil, o coordenador do estudo, Diego Michel Fernandes da Silva, disse que a descoberta de que os mosquitos já estão nascendo infectados preocupa pelo fato de a transmissão vertical ser um mecanismo de adaptação que os insetos encontram para transmitir os vírus a seus descendentes, facilitando a dispersão deles para áreas urbanas.

    “É preocupante para a saúde pública porque descobrimos um novo mecanismo de transmissão. A gente sabia da transmissão horizontal. Agora, nesse meio, encontramos a transmissão vertical, com o depósito de seus ovos contendo o vírus e que transmite esse vírus de forma direta. [A fêmea] não precisa primeiro achar um hospedeiro, o que pode aumentar essa disseminação”, explica o biólogo e doutorando na UFG.

    Método

    Ovos e mosquitos adultos de Aedes aegypti foram capturados nas três grandes regiões da capital goiana – noroeste, sudoeste e norte – por agentes da Vigilância Sanitária do Estado de Goiás, de janeiro a setembro de 2022.

    Brasília (DF) 27/02/2024 - Ilustração do Artigo científico publicado na Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT). Fonte: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical/Divulgação

    Após a captura, um total de 1.570 fêmeas adultas foram separadas e organizadas em grupos de dez insetos cada, contendo a cabeça e o tórax para análise, o que resultou na distribuição de 157 grupos para análise e investigação laboratorial. Os ovos dessas fêmeas foram cultivados em condições controladas de laboratório até o surgimento dos mosquitos adultos.

    Desse total, dois grupos (20 amostras) com resultados positivos para o vírus CHIKV e um grupo (10 amostras) com resultados positivos para o ZIKV, indicaram que os descendentes estavam infectados e que esses mesmos descendentes podem transmitir o vírus após o nascimento.

    Recomendação

    Além do estudo alertar as autoridades de saúde para a possibilidade do aumento das transmissões dos dois vírus causadores da zika e do chikungunya, o biólogo da UFG Diego Michel Fernandes da Silva enfatiza que é preciso reforçar a vigilância epidemiológica local e procurar novos mecanismos de prevenção e eliminação do Aedes.

    Brasília (DF) 27/02/2024 - Coordenador da pesquisa e doutorando da Universidade Federal de Goiás (UFG), Diego Michel Fernandes da Silva Foto: Diego Michel Fernandes da Silva/Arquivo Pessoal
    Coordenador da pesquisa Diego Michel Fernandes da Silva – Foto: Arquivo Pessoal

    À população em geral, o biólogo insiste que todos devem estar atentos à eliminação de criadouros de ovos do mosquito Aedes aegypti, depositados em recipientes com água, preferencialmente limpa, parada e na sombra. Contudo, não basta secar os reservatórios de água parada para impedir a reprodução do inseto. O pesquisador reforça que é preciso, também, limpar o local, pois o ovo do Aedes pode sobreviver sem água por determinado período.

    “O alerta é o mesmo de sempre. A população já está acostumada. É preciso eliminar esses ovos antes da eclosão. O melhor modo é não deixar a água parada. Mas o ovo em si, consegue durar cerca de 1 ano na natureza sem contato com a água, esperando o momento propício para ele se desenvolver”, disse.

    O biólogo Diego Michel avalia que o estudo pode despertar a curiosidade de outros cientistas para desenvolverem também novos métodos de prevenção ao mosquito vetor de transmissão.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Casos de dengue em Mato Grosso disparam 296% em 20 dias, com quatro mortes confirmadas

    Casos de dengue em Mato Grosso disparam 296% em 20 dias, com quatro mortes confirmadas

    A dengue está se proliferando em Mato Grosso com um aumento alarmante de 296,7% nos casos em apenas 20 dias, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES) atualizados até 21 de fevereiro. O número de pessoas infectadas saltou de 1.496 para 5.935, e quatro óbitos foram confirmados, além de outros dois sob investigação.

    Aumento Preocupante:

    296,7% de aumento nos casos de dengue em 20 dias.

    5.935 pessoas foram diagnosticadas com a doença.

    4 óbitos confirmados e 2 sob investigação.

    7.675 casos notificados, dos quais 6.006 são prováveis.

    Sorotipos Circulantes:

    A SES confirmou a circulação dos sorotipos DENV-1 e DENV-2 do vírus da dengue em Mato Grosso.

    Outras Arboviroses:

    Chikungunya: 1.324 casos confirmados, 1.498 notificados e 1.457 prováveis.

    Zika: 31 casos confirmados, 93 notificados e 57 prováveis.

    Municípios com Óbitos:

    Campo Verde (2)

    Confresa (1)

    Várzea Grande (1)

    Municípios com Mais Casos:

    Rondonópolis (1.355)

    Tangará da Serra (1.313)

    Sinop (651)

    Peixoto de Azevedo (436)

    Baixada Cuiabana (405)

    Preocupação com a Prevenção:

    O relaxamento com as medidas de prevenção contra o mosquito Aedes aegypti, vetor da dengue, zika e chikungunya, preocupa a população.

    Medidas Necessárias:

    É urgente que as autoridades tomem medidas para conter o avanço da dengue em Mato Grosso. Ações de conscientização da população, intensificação da limpeza urbana e combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti são essenciais para evitar novas infecções e mortes.

    Ajude a Combater a Dengue:

    Elimine a água parada de qualquer recipiente.

    Mantenha calhas e ralos limpos.

    Cubra caixas d’água e tambores.

    Utilize repelentes e telas de proteção.

    Denuncie focos do mosquito Aedes aegypti.

    Juntos, podemos evitar a proliferação da dengue e proteger a saúde da população.

  • Entenda por que hemorragia não é o principal sintoma da dengue grave

    Entenda por que hemorragia não é o principal sintoma da dengue grave

    Popularmente conhecido como dengue hemorrágica, o agravamento da dengue se caracteriza por uma queda acentuada de plaquetas – fragmentos celulares produzidos pela medula óssea que circulam na corrente sanguínea e ajudam o sangue a coagular – e que geralmente leva ao extravasamento grave de plasma. O termo dengue hemorrágica, na verdade, deixou de ser usado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 2009, uma vez que a hemorragia, nesses casos, nem sempre está presente.

    De acordo com as diretrizes publicadas pela OMS, as autoridades sanitárias atualmente distinguem as infecções basicamente entre dengue e dengue grave. Enquanto os casos de dengue não grave são subdivididos entre pacientes com ou sem sinais de alerta, a dengue grave é definida quando há vazamento de plasma ou de acúmulo de líquidos, levando a choque ou dificuldade respiratória. Pode haver ainda sangramento grave e comprometimento de órgãos como fígado e até mesmo o coração.

    A OMS diz que, de 2009 em diante, a magnitude do problema da dengue no mundo aumentou de forma dramática, além de se estender, geograficamente, a muitas áreas anteriormente não afetadas pela doença. A avaliação da entidade é que a dengue foi e permanece sendo, ainda hoje, a mais importante doença viral humana transmitida por artrópodes – grupo de animais invertebrados que inclui o mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.

    Atualmente, a classificação de gravidade clínica para a dengue definida pela OMS e seguida pelo Ministério da Saúde no Brasil é a seguinte:

    Dengue sem sinais de alarme

    Nesses casos, o paciente apresenta febre geralmente por um período de 2 a 7 dias acompanhada de duas ou mais das seguintes manifestações clínicas: náusea ou vômitos; exantema (erupção cutânea); dor de cabeça ou dor atrás dos olhos; dor no corpo ou nas articulações; petéquias (manchas avermelhadas de tamanho pequeno); e baixos níveis de glóbulos brancos no sangue.

    Dengue com sinais de alarme

    Qualquer caso de dengue que apresente um ou mais dos seguintes sinais durante ou preferencialmente após a queda da febre: dor abdominal intensa e sustentada ou sensibilidade no abdômen; vômito persistente; acúmulo de líquidos; sangramento de mucosas; letargia ou inquietação; hipotensão postural (pressão arterial baixa ao levantar-se da posição sentada ou deitada); aumento do fígado; e aumento progressivo do hematócrito (porcentagem de hemácias no sangue), com queda na contagem de plaquetas.

    Dengue grave

    Qualquer caso de dengue que apresente uma ou mais das seguintes manifestações clínicas: choque ou dificuldade respiratória devido a extravasamento grave de plasma dos vasos sanguíneos; sangramento intenso; e comprometimento grave de órgãos (lesão hepática, miocardite e outros).

    Edição: Fernando Fraga

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  • Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios

    Governo vai enviar vacinas contra dengue para mais 29 municípios

    O Ministério da Saúde informou que vai enviar doses de vacinas contra dengue para mais 29 municípios nos próximos dias. O novo lote vai completar a lista de 521 municípios selecionados para receber as doses até a primeira quinzena de março. Até o momento, 492 cidades já receberam os imunizantes.

    A vacinação contra a dengue começou neste mês e é destinada à aplicação em crianças de 10 e 11 anos. Até o fim deste ano, a vacinação com a Qdenga, nome comercial do imunizante, será ampliada para adolescentes de 12,13 e 14 anos que moram nos 521 municípios.

    Os municípios foram escolhidos para receber os primeiros lotes das vacinas por estarem localizados em áreas de com alta incidência da dengue tipo 2 (Sorotipo 2), que provoca infecção mais grave da doença.

    A restrição de regiões que vão receber a vacinação foi feita diante das dificuldades apresentadas para produção e oferta da vacina, elaborada pelo laboratório Takeda. A partir da entrega de mais carregamentos, a vacinação será ampliada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

    Segundo o Ministério da Saúde, foram compradas 5,2 milhões de vacinas neste ano. Em 2025, serão mais 9 milhões.

    A vacina Qdenga teve o registro aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março de 2023. Em dezembro do ano passado, a pasta anunciou a incorporação do insumo no SUS.

    Pelo menos seis estados já declararam situação de emergência devido aos casos registrados de dengue na população. Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Acre, Goiás e o Distrito Federal estão na lista.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Em 17 dias, casos de dengue triplicam em São Paulo

    Em 17 dias, casos de dengue triplicam em São Paulo

    O número de casos confirmados de dengue no estado de São Paulo neste ano chegou a 88.318 nesta sexta-feira (23), de acordo com dados da Secretaria da Saúde. O número é o triplo do registrado no dia 6 deste mês, quando foram confirmados 29.386 casos no estado. Em todo o ano passado, foram registrados cerca de 319 mil casos.

    Entre os casos registrados atualmente, 122 são de dengue grave (em que os pacientes apresentam deficiência respiratória, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos) e 1.273, de dengue com sinal de alarme (situação em que, mesmo após o fim da febre, os pacientes continuam a ter dor abdominal, vômito ou sangramento de mucosas).

    A doença já matou 17 pessoas em 2024 no estado. A maioria dos óbitos, cinco, ocorreu em municípios da região de Taubaté. Em seguida, aparecem os da região de Bauru e da Grande São Paulo, com três, da região de Marília, com dois. As regiões de São José do Rio Preto, de Ribeirão Preto, de Franca e região de Barretos registram, cada uma, um óbito.

    Os municípios com maior incidência da doença (acima de mil casos para cada 100 mil habitantes) são Bertioga, no litoral paulista; Tremembé e Pindamonhangaba, na região de Taubaté; Itu, na região de Sorocaba; Botucatu, São Manuel, Dois Córregos, e Mineiros do Tietê, na região de Botucatu; Pederneiras, Boracéia, Bariri, Itaju, Reginópolis e Pongaí, na região de Bauru; Sales, Ariranha, Palmares Paulista e Paraíso, na região de São José do Rio Preto; Monte Azul Paulista, Bebedouro e Colina, na região de Barretos; Analândia, na região de Piracicaba; Vargem Grande do Sul, na região de São João da Boa Vista; Brodowski, na região de Ribeirão Preto; e Restinga, na região de Franca.

    Sintomas

    Os sintomas mais comuns da dengue são febre, dor muscular, dor de cabeça, náusea e dor nas costas.

    Segundo a Secretaria da Saúde do estado, a tendência é de aumento das ocorrências da doença. “Trabalhamos, sim, com o aumento do número de casos. Se olharmos para as nossas fronteiras [divisas] – Rio de Janeiro, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Paraná –, eles também têm incidência bastante alta de casos”, disse a coordenadora de Saúde da Coordenadoria de Controle de Doenças, Regiane de Paula.

    “Sabemos que, frente a esse calor excessivo, as chuvas excessivas, o efeito até do El Niño, devemos ter aí um aumento do número de casos”, explicou.

    De acordo com a secretaria, o governo estadual repassou R$ 205 milhões para os 645 municípios paulistas combaterem das arboviroses, entre as quais, a dengue. A pasta informou que o Exército passará a trabalhar em conjunto com a Defesa Civil para eliminar os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença. Ainda não foi informado o efetivo de militares que vão participar desse trabalho.

    Recomendações

    Entre as recomendações gerais para eliminação dos criadouros do mosquito que transmite a dengue, a secretaria listou a eliminação de pratos de plantas ou o uso de um prato justo ao vaso, que não permita acúmulo de água; o descarte de pneus usados em postos de coleta da refeitura; a retirada dos quintais de objetos como potes e garrafas, que acumulam água; verificação de possíveis vazamentos em qualquer fonte de água; tampar ralos; manter o vaso sanitário sempre fechado; identificar sinais de umidade em calhas e lajes; verificar a presença de organismos vivos na água de piscinas ou fontes ornamentais.

    Edição: Nádia Franco

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  • Rio inicia vacinação de crianças de 10 anos contra a dengue

    Rio inicia vacinação de crianças de 10 anos contra a dengue

    O município do Rio de Janeiro iniciou, nesta sexta-feira (23), a vacinação de crianças de 10 anos de idade contra a dengue. A Secretaria Estadual de Saúde encaminhou à capital fluminense nesta semana um lote com 141,7 mil doses do imunizante.

    A costureira Elizabeth Felinto, de 42 anos, chegou cedo ao Super Centro Carioca de Vacinação, em Botafogo, na zona sul da cidade, para vacinar a filha. “Trouxe ela logo para vacinar. É muito importante para que não precise lidar com a doença”, disse.

    Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a ideia é imunizar, até o fim de março, 354 mil crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, de forma escalonada. As crianças com 11 anos começarão a ser vacinadas na próxima quarta-feira (28).

    O calendário para as demais faixas etárias (12 a 14 anos) será anunciado nos próximos dias, uma vez que será necessário aguardar a chegada de novo lote do imunizante. “Infelizmente a fabricante [da vacina] tem capacidade limitada de produção. Então, a gente espera [a produção e chegada de novos lotes] para continuar”, afirmou o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz.

    As outras 90,2 mil doses recebidas na última quinta-feira (22) pela Secretaria Estadual de Saúde foram distribuídas para dez municípios: Nilópolis (3,1 mil), Duque de Caxias (21,1 mil), Nova Iguaçu (20,3 mil), São João de Meriti (10,8 mil), Itaguaí (3,4 mil), Magé (6,2 mil), Belford Roxo (12,7 mil), Mesquita (4,2 mil), Seropédica (2,2 mil), Japeri (2,5 mil) e Queimados (3,7 mil).

    O governo fluminense reconheceu nessa quinta-feira situação de epidemia de dengue no estado, que soma quase 50 mil casos prováveis da doença, ou seja, 308 por 100 mil habitantes.

    Edição: Graça Adjuto

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  • DF registra 38 mortes por dengue e lidera ranking no país

    DF registra 38 mortes por dengue e lidera ranking no país

    O Distrito Federal contabiliza, desde o início do ano, 38 mortes por dengue. O número coloca a unidade federativa em primeiro lugar no ranking, na frente até mesmo de Minas Gerais, que tem o maior número de casos da doença em todo o país. O DF investiga ainda 78 mortes classificadas como suspeitas e que também podem ter sido provocadas pela dengue.

    Dados da Secretaria de Saúde do DF mostram um total de 81.408 casos prováveis da doença até o último dia 17 – um aumento de 1.351% em relação ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5.484 casos prováveis de dengue. A maioria das infecções foi identificada em mulheres e na faixa etária de 20 a 29 anos, seguida pelo grupo de 70 a 79 anos.

    Emergência

    Em janeiro, o DF decretou situação de emergência em saúde pública em meio a uma explosão de casos de dengue. O decreto, publicado no Diário Oficial da União, citava não apenas a expansão de casos da dengue, mas “risco de epidemia por doenças transmitidas pelo [mosquito] Aedes aegypti”, o que inclui enfermidades como zika e Chikungunya, além da febre amarela.

    Vacinação

    O DF foi a primeira unidade da Federação a iniciar a vacinação contra a dengue no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde o último dia 9, crianças de 10 e 11 anos podem ser imunizadas contra a doença. O esquema vacinal consiste em duas doses com intervalo de três meses. Ao todo, 15 unidades básicas de saúde (UBS) estão aplicando a vacina.

    Para receber a dose, não é necessário agendamento – basta comparecer a um dos pontos que fazem a aplicação do imunizante acompanhado dos pais ou responsáveis e apresentar um documento de identificação e a caderneta de vacinação.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Brasil ultrapassa 650 mil casos de dengue

    Brasil ultrapassa 650 mil casos de dengue

    Os casos de dengue no país já chegam a 653.656, conforme a atualização desta segunda-feira (19) do painel de monitoramento de arboviroses do Ministério da Saúde. São 321,9 casos por grupo de 100 mil habitantes.

    De acordo com os dados, foram 94 mortes em decorrência da doença e 438 óbitos estão em investigação.

    As mulheres respondem pela maioria das infecções (55%), enquanto os homens registram 45%. A faixa etária dos 30 aos 39 segue na liderança de casos de dengue, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e pelo grupo de 50 a 59 anos.

    O Distrito Federal registra, atualmente, o maior coeficiente de incidência (2.405,6 casos por 100 mi habitantes), seguido por Minas Gerais (936,1), Acre (622,4), Paraná (512,6) e Goiás (487,6). Em número de casos absolutos, Minas Gerais aparece em primeiro lugar com 192.258 registros. Em seguida estão São Paulo (90.408), Distrito Federal (67.768), Paraná (58.660) e Rio de Janeiro (41.435).

    Vacinação

    A vacinação contra a dengue começou em pelo menos seis dos dez estados selecionados pelo Ministério da Saúde para receberem o lote inicial de 712 mil doses. A distribuição das vacinas contra a dengue para 315 municípios iniciou no dia 8 de fevereiro.
    Segundo levantamento da Agência Brasil, a vacinação foi iniciada no Distrito Federal e em Goiás, duas das regiões com maiores índices de contaminação, e também nas capitais Campo Grande (MS), Salvador (BA), São Luís (MA) e Rio Branco (AC). Em Natal (RN) e João Pessoa (PB), a previsão de início da vacinação é nesta segunda-feira (19).

    No estado de São Paulo, o município de Itaquaquecetuba, pertencente à região metropolitana de São Paulo e à do Alto Tietê, iniciou nesta segunda-feira (19) a vacinação.

    O estado do Amazonas ainda não informou quando irá começar a imunização.

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBCArte/EBC

    Edição: Carolina Pimentel

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  • Confira dicas para diferenciar os sintomas da dengue e da gripe

    Confira dicas para diferenciar os sintomas da dengue e da gripe

    A dengue e a gripe têm sintomas muito parecidos como febre, dor de cabeça e mal-estar, o que torna difícil diferenciar as duas doenças. Por isso, é preciso prestar atenção às características que podem ajudar na identificação de cada uma delas, como a presença de sintomas respiratórios que são comuns no caso de gripe.

    “Os sintomas da dengue, da Influenza, que é o vírus causador da gripe, e da Covid-19, são muito semelhantes entre si, o que vai diferenciar é a presença de sintomas respiratórios. A dengue não causa sintomas respiratórios, enquanto a gripe e a Covid-19 costumam ter com muita frequência esses sintomas respiratórios como tosse, congestão nasal, nariz escorrendo. Então, os sintomas respiratórios tendem a predominar nas infecções por Influenza e Covid-19”, explicou o infectologista do Hospital Universitário de Brasília (HUB), André Bon.

    Tanto a dengue quanto a gripe são causadas por vírus, mas têm formas de transmissão diferentes. A dengue é causada pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti. Normalmente, a primeira manifestação da doença é a febre alta, de início abrupto, que costuma durar de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e nas articulações, além de prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele.

    Já a gripe é uma infecção respiratória causada pelo vírus Influenza, mais comumente transmitido durante o período do inverno. Os sintomas geralmente aparecem de forma repentina, como febre, dor de garganta, tosse, dores no corpo e dor de cabeça. Geralmente, tem resolução espontânea em aproximadamente sete dias, embora a tosse, o mal-estar e a fadiga possam permanecer por algumas semanas.

    Em caso de suspeita e agravamento de sintomas que sugerem infecção por dengue, a recomendação é procurar uma unidade de saúde para diagnóstico médico. É possível realizar testes para identificar a exata enfermidade e fazer o tratamento adequado, sendo que o diagnóstico correto só pode ser feito pelo médico.

    O infectologista do HUB reforça que no caso de suspeita de ambas as doenças é importante evitar a automedicação. “É extremamente importante buscar orientação médica para saber exatamente quais medicações podem ser tomadas e receber a prescrição da hidratação, que é parte fundamental do tratamento da dengue. Os anti-inflamatórios não podem ser utilizados na infecção pela dengue porque eles pioram a evolução da doença”, explicou André Bon.

    Ele explica que para a Influenza e a Covid-19 há tratamentos específicos com medicações para combater esses vírus, enquanto para a dengue há apenas tratamentos sintomáticos com medicamento para dor, febre e hidratação. E destaca que, por isso, a busca pelo atendimento médico é importante para ter a orientação adequada.

    Combate ao mosquito causador da dengue

    A melhor forma de combater a dengue é impedir o nascimento do mosquito. Para eliminar criadouros é importante adotar medidas como: manter a caixa-d’água bem fechada; amarrar bem os sacos de lixo; colocar areia nos vasos de planta; guardar pneus em locais cobertos; limpar bem as calhas da casa; e esvaziar garrafas PET e potes vazios.

    Confira as características detalhadas dos sintomas da dengue e da gripe:

    Dengue
    • Febre alta;
    • Dor no corpo e nas articulações;
    • Dor atrás dos olhos;
    • Mal-estar;
    • Dor de cabeça;
    • Manchas vermelhas no corpo.

    Os sinais de alarme da doença são caracterizados principalmente por:
    • Dor abdominal intensa e contínua;
    • Vômitos persistentes;
    • Acúmulo de líquidos;
    • Sangramento de mucosa;
    • Irritabilidade.

    Gripe
    • Febre;
    • Coriza;
    • Dor de garganta;
    • Tosse;
    • Dor no corpo;
    • Dor de cabeça;
    • Dores articulares;
    • Diarreia;
    • Vômito;
    • Fadiga;
    • Prostração;
    • Rouquidão;
    • Olhos avermelhados e lacrimejantes.

    Por: Agência Gov, com informações do Ministério da Saúde
    Texto: Yara Aquino

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  • Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    Dengue: prefeitura de Belo Horizonte decreta situação de emergência

    O cenário epidemiológico e assistencial levou a Prefeitura de Belo Horizonte a decretar situação de emergência em saúde pública. A medida é resultado da epidemia de dengue e outras arboviroses na capital mineira. As ações de combate às doenças se estendem a todas as áreas da cidade por um período de seis meses, que pode ser prorrogado se for necessário.

    O texto do decreto do prefeito Fuad Noman foi publicado neste sábado (17), no Diário Oficial do Município. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) terá que instituir diretrizes gerais para a execução das medidas de enfrentamento à situação de emergência em saúde pública, “podendo, no âmbito de sua competência, editar normas complementares para a fiel execução do disposto neste decreto”.

    Uma das medidas definidas no decreto autoriza a entrada forçada em imóveis públicos ou particulares vagos, não habitados ou abandonados. Essa ação poderá ser feita sem a necessidade prévia de autorização dos proprietários. “Seguindo um fluxo de atuação já estabelecido, a entrada forçada será realizada após três tentativas de vistoria em dias e horários distintos. Não sendo possível a visita, um relatório com a situação de risco para arboviroses será encaminhado aos órgãos responsáveis pela fiscalização para tomar as medidas cabíveis”, informou a prefeitura.

    A abertura forçada também está autorizada em imóveis onde os ocupantes se recusem a dar acesso aos Agentes de Combate a Endemias (ACE). Caberá à Defesa Civil dar apoio na intensificação de ações de mobilização, com visitas noturnas nas residências para agendar as vistorias que não puderem ser realizadas pelos ACE ou Agentes Sanitários (AS) durante o horário comercial.

    A ampliação da carga horária dos contratos dos profissionais foi autorizada para permitir o enfrentamento da situação de emergência. Isso será feito por meio de atos simplificados de aditivos. A medida, no entanto, depende de concordância do trabalhador, além da dispensa do intervalo de 30 dias para as possíveis renovações. O decreto também dispensa licitações para aquisições de bens e serviços.

    Atendimentos

    De acordo com a prefeitura da capital mineira, a circulação simultânea de três sorotipos do vírus da dengue (DEN I, DEN II e DEN III) e da chikungunya, além do aumento considerável de casos e a situação de epidemia na cidade, “tornaram imprescindíveis a necessidade de declarar a situação de emergência”. Os dados mais recentes indicam que Belo Horizonte registrou 3.718 casos positivos de dengue e 259 de chikungunya.

    O esquema montado pela prefeitura para receber a população inclui três Centros de Atendimento às Arboviroses (CAAs), nas regionais Barreiro, Centro-Sul e Venda Nova, que funcionam diariamente das 7h às 22h. Além disso, os atendimentos podem ser feitos nas Unidades de Reposição Volêmica (URVs) das regionais Centro-Sul e Venda Nova.

    Esses locais, que ficam abertos todos os dias, durante as 24 horas, recebem exclusivamente os usuários encaminhados pelos centros de saúde e CAAs e que precisam de hidratação venosa e assistência contínua. A população pode ser atendida ainda em uma outra URV no Hospital Júlia Kubitschek, no Barreiro, que foi aberta em parceria com a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) e atende os usuários 24h por dia.

    A prefeitura afirmou ainda que para ampliar os atendimentos, centros de saúde abrem durante os fins de semana, para prestar assistência tanto no sábado, como no domingo. Como orientação adicional, os pacientes devem se dirigir às unidades de saúde no caso de aparecimento de sintomas como febre, dor atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele. Mais informações, no site da prefeitura.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCA melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBCArte/EBC

    Edição: Juliana Cézar Nunes

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