Tag: Dengue

  • Anvisa estuda comercialização de autotestes para o diagnóstico da dengue

    Anvisa estuda comercialização de autotestes para o diagnóstico da dengue

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) avalia a possibilidade de comercialização de autotestes para dengue. A expectativa é que os testes para o diagnóstico da doença possam ser encontrados em redes de farmácias, como ocorre atualmente com os testes para a Covid-19. O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou em entrevista ao programa A Voz do Brasil, desta segunda-feira (11/03), que as tratativas com o Ministério da Saúde estão em andamento.

    “Esses entendimentos já começaram. A dengue é uma doença de notificação compulsória, então é necessário que haja uma política pública, gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido. Mesmo no caso do [autoteste] que o próprio cidadão poderá realizar, é importante que os sistemas de monitoramento sejam notificados para que se possa computar todos esses dados de todo o Brasil”, destacou.

    De acordo com o Ministério da Saúde, até o momento, o Brasil registra mais de 1,5 milhão de casos prováveis e 391 mortes pela doença. Com foco no combate à dengue, a Anvisa anunciou, na última semana, que os pedidos de registro dos testes utilizados em laboratórios e farmácias para identificar a doença serão prioridade.

    A medida vale para as solicitações em andamento e as que forem protocoladas nos próximos 60 dias. O objetivo é ampliar o fornecimento de meios para o diagnóstico precoce da doença, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia.

    Durante a entrevista, o diretor-presidente da Anvisa destacou, ainda, a importância da prevenção. “O repelente é uma estratégia muito importante. Nós temos mais de 600 registros de repelentes no Brasil e nada nos leva a crer neste momento que possa haver algum tipo de desabastecimento”.

    “Para resolver o problema agora: combate ao foco do mosquito, prevenção contra o mosquito: uso do repelente”, concluiu Antonio Barra Torres.

    Confira a entrevista completa:

    Por: Agência Gov

    Texto: Thays de Araújo

    — news —

  • Brasil tem quase mil mortes por dengue em investigação

    Brasil tem quase mil mortes por dengue em investigação

    Autoridades sanitárias confirmaram 363 mortes por dengue no Brasil em 2024. Há ainda 763 óbitos em investigação e que podem ter sido causados pela doença, totalizando 1.126 mortes confirmadas ou suspeitas até o momento. Os dados – divulgados hoje (11), em Brasília -são do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde.

    Até a última sexta-feira (8), quando os dados foram atualizados, o país contabilizava 1.342.086 casos de dengue e um coeficiente de incidência da doença de 660,9 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

    Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres e 44,5% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de ocorrências de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.

    Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (464.223) entre os estados. Em seguida, estão São Paulo (238.993), Paraná (128.247) e o Distrito Federal (122.348). Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 4.343 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (2.260), Espírito Santo (1.270) e Paraná (1.120).

    Emergência

    A explosão de casos de dengue fez com que pelo menos oito unidades da federação decretassem emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

    A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença.

    *Título da matéria foi atualizado às 15h32 para melhor compreensão das informações

    arte dengue

    — news —

  • Brasil tem 391 mortes por dengue

    Brasil tem 391 mortes por dengue

    O Brasil já registrou 391 mortes por dengue de janeiro até esta segunda-feira (11), conforme dados do Painel de Monitoramento das Arboviroses do Ministério da Saúde. De acordo com o levantamento, os casos prováveis da doença chegaram a 1.538.183 e há 854 mortes e investigação.

    Entre os casos prováveis, 55,5% são de mulheres e 44,5% de homens. A faixa etária dos 30 aos 39 anos segue respondendo pelo maior número de ocorrências de dengue no país, seguida pelo grupo de 40 a 49 anos e de 50 a 59 anos.

    Minas Gerais lidera em número absoluto de casos prováveis (513.538) entre os estados. Em seguida, estão São Paulo (285.134), Paraná (149.134) e o Distrito Federal (137.050). Quando se considera o coeficiente de incidência, o Distrito Federal aparece em primeiro lugar, com 4.865 casos por 100 mil habitantes, seguido por Minas Gerais (2.500,3), Espírito Santo (1.490,2) e Paraná (1.303,3).

    A explosão de casos de dengue fez com que pelo menos oito unidades da Federação decretassem emergência em saúde pública: Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, São Paulo e Minas Gerais.

    A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença.

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBC

    Os principais sintomas da dengue. Foto: Arte/EBCArte/EBC

    Edição: Carolina Pimentel

    — news —

  • Saúde atualiza cenário epidemiológico sobre a dengue em Lucas do Rio Verde

    Saúde atualiza cenário epidemiológico sobre a dengue em Lucas do Rio Verde

    O transmissor dos vírus da dengue, zika e chikungunya se apresenta com maior frequência no período do verão. A Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Saúde, reforça que os cuidados e a prevenção contra a proliferação do mosquito Aedes aegypti, devem ser feitas durante o ano todo.

    De acordo com a Secretaria de Saúde, o município está com casos dentro do esperado, conforme dados extraídos Sistema de Informação de Agravos de Notificações (Sinan).

    Em 2024, até fevereiro, foram 126 notificações de casos suspeitos, sendo 82 confirmados. Nos demais foram 383 notificações e 197 casos confirmados, em 2023; já em 2022 foram 353 notificações e 262 casos confirmados.

    Atualmente, a Secretaria de Saúde conta com 39 Agentes de Combate as Endemias que atuam diariamente em cada imóvel de Lucas do Rio Verde, o que no momento corresponde a 97% de cobertura de imóveis. Além deles, outros dois atuam em pontos estratégicos e dois em bloqueio químico.

    “Os sintomas da dengue se confundem com demais doenças, por isso ao apresentar febre, dor muscular, dor nos olhos e dor de cabeça, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde e evitar se automedicar”, aponta supervisora da Vigilância em Saúde, Claudia Engelmann.

    — news —

  • Em um mês, casos de dengue dobram em São Paulo

    Em um mês, casos de dengue dobram em São Paulo

    Os casos de dengue confirmados no estado de São Paulo chegaram, neste domingo (10), a 183.288, de acordo com dados da Secretaria da Saúde do estado paulista. A quantidade é 2,1 vezes a registrada em 10 de fevereiro, quando o estado tinha 87.012 casos confirmados. No ano todo de 2023, foram 319 mil casos.

    Do total de casos registrados atualmente, 216 são de dengue grave (em que os pacientes apresentam deficiência respiratória, sangramento grave ou comprometimento grave de órgãos); e 2.346 são de dengue com sinal de alarme (situação em que, mesmo após o fim da febre, os pacientes continuam a apresentar dor abdominal, vômito, ou sangramento de mucosas).

    Os óbitos já chegam a 51 no estado. A maioria das mortes, cinco, ocorreu em Guarulhos. Em Pindamonhangaba foram registradas quatro, assim como em Taubaté. São Paulo, Pederneiras, Marília e Campinas registraram três óbitos, cada cidade.

    Os municípios com o maior número de infectados por 100 mil habitantes são Dois Córregos (6.013 casos em 100 mil habitantes), Mineiros do Tietê (3.909), e Pederneiras (4.015). As três cidades ficam na região de Bauru. Brodowski, na região de Ribeirão Preto, está com índice 6.281.

    Na última terça-feira (5), o governo de São Paulo decretou estado de emergência para a dengue. No dia anterior, o estado havia atingido 300 casos confirmados de dengue por 100 mil habitantes.

    arte dengue

    arte dengueArte/Agência Brasil

    Edição: Marcelo Brandão

    — news —

  • Minas Gerais responde por um em cada três casos de dengue no país

    Minas Gerais responde por um em cada três casos de dengue no país

    O Brasil já registrou, desde 1º de janeiro, 1.342.086 casos prováveis de dengue – desses, 464.223 casos foram reportados por autoridades sanitárias de Minas Gerais. Em primeiro lugar no ranking de números absolutos, o estado responde, atualmente, por praticamente um em cada três casos prováveis da doença contabilizados em todo o país.

    Dados do Painel de Monitoramento de Arboviroses do Ministério da Saúde mostram ainda que o coeficiente de incidência da dengue em Minas Gerais é de 2.260 casos para cada grupo de 100 mil habitantes, atrás apenas do Distrito Federal, que tem coeficiente de incidência de 4.343 casos por 100 mil habitantes. A média nacional é de 660 casos para cada 100 mil habitantes.

    O cenário epidemiológico da dengue este ano em Minas Gerais é consideravelmente pior que o de 2023. Os 464.223 casos prováveis registrados no estado nas primeiras semanas de 2024 já superam todos os casos contabilizados ao longo do ano passado: 408.393. Em 2023, o índice de incidência da doença no estado era de 1.907 casos para cada 100 mil habitantes.

    Infestação

    Na semana passada, a Secretaria Estadual de Saúde divulgou os resultados do primeiro Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti de 2024, realizado entre 8 e 27 de janeiro. Dos 808 municípios participantes, 366 foram classificados como em situação de alerta, enquanto 305 apresentavam risco elevado para a transmissão de dengue, Zika e chikungunya.

    Emergência

    A explosão de casos de dengue fez com que Minas Gerais decretasse emergência em saúde pública pouco após a virada do ano, em 27 de janeiro. A medida facilita acesso a recursos federais e agiliza processos voltados ao combate da doença. Acre, Distrito Federal, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina e São Paulo também decretaram emergência devido à alta de notificações de dengue.

    Capacitação

    Na próxima semana, o governo mineiro irá promover, nos dias 11 e 12, o Encontro Macrorregional de Enfrentamento das Arboviroses e a Oficina Macrorregional Sobre Manejo Clínico das Arboviroses. O primeiro evento tem como público-alvo secretários municipais de saúde, coordenadores de vigilância epidemiológica e coordenadores de assistência à saúde.

    Já a oficina de capacitação será direcionada a médicos e enfermeiros que atuam na assistência de casos de arboviroses. “O objetivo é ampliar a qualificação dos profissionais para atuar na resposta assistencial e atendimento dos pacientes suspeitos de arboviroses, prevenindo mortes e agravamentos evitáveis”, informou a secretaria.

    A previsão é que, ao todo, cerca de 500 profissionais de saúde de 103 municípios das macrorregiões de saúde Sul e Extremo Sul de Minas Gerais participem dos dois eventos.

    Edição: Carolina Pimentel

    — news —

  • Dengue: Anvisa vai priorizar registro de dispositivos para diagnóstico

    Dengue: Anvisa vai priorizar registro de dispositivos para diagnóstico

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) vai priorizar, em caráter de urgência, todos os pedidos de registro de dispositivos destinados ao diagnóstico da dengue. A decisão foi tomada durante reunião da diretoria colegiada.

    “O objetivo é ampliar o fornecimento de meios eficazes para o diagnóstico precoce da doença, permitindo uma resposta mais rápida no controle da epidemia”, destacou a Anvisa em nota.

    A medida abrange as solicitações em andamento e também as que forem protocoladas ao longo dos próximos 60 dias. Segundo a agência, também terão prioridade pedidos de Certificação de Boas Práticas de Fabricação de empresas fabricantes de testes para dengue, “garantindo a qualidade e a segurança desses produtos”.

    Autotestes

    Em nota, a Anvisa informou que ainda está avaliando, a pedido do Ministério da Saúde, a possibilidade de comercialização de autotestes para dengue. “Em breve, a agência deverá se pronunciar sobre o tema”.

    Edição: Graça Adjuto

    — news —

  • Diagnóstico de dengue e imunização exigem cautelas na doação de sangue

    Diagnóstico de dengue e imunização exigem cautelas na doação de sangue

    Pessoas que tiveram dengue ou que tomaram a vacina contra a doença devem aguardar prazos específicos para poder doar sangue. As orientações sobre triagem de candidatos voltadas a serviços de hemoterapia constam em nota técnica publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e pelo Ministério da Saúde.

    Em nota, a Anvisa informou que evidências científicas demonstram que há risco de transmissão da dengue por transfusão sanguínea. Quando uma pessoa recebe sangue contaminado com o vírus, há uma probabilidade de 38% de que ela seja infectada e desenvolva a doença após a transfusão.

    A agência destaca que, por esse motivo e “por precaução”, pessoas que tiveram dengue ou tomaram a vacina recentemente não podem doar sangue por um período determinado de tempo, conforme os seguintes critérios:

    • pessoas que tiveram dengue comum devem aguardar 30 dias após a recuperação completa;
    • pessoas que tiveram dengue grave devem aguardar 180 dias após a recuperação completa;
    • pessoas que tiveram contato sexual com pessoas que tiveram dengue nos últimos 30 dias deverão aguardar 30 dias após o último contato sexual;
    • pessoas que tomaram a vacina contra a dengue devem aguardar 30 dias após a vacinação.

    Pós-doação

    A Anvisa pede ainda que os serviços de hemoterapia orientem os doadores caso confirmem diagnóstico por dengue logo após a doação de sangue. “O doador deve informar ao serviço caso tenha resultado confirmado de dengue ou apresente sintomas como febre ou diarréia até 14 dias após a doação”.

    “A informação é necessária para que os serviços possam resgatar eventuais hemocomponentes em estoque e/ou acompanhar os pacientes, receptores do material’, explicou a agência.

    Imunoglobulinas x vacinas

    A nota destaca ainda que, conforme instruções dos fabricantes das vacinas contra dengue disponíveis no Brasil, pacientes que estão recebendo tratamento com imunoglobulinas ou hemocomponentes contendo imunoglobulinas, como sangue ou plasma, devem esperar pelo menos 6 semanas e, preferencialmente, 3 meses após o término do tratamento para tomar a vacina.

    “O objetivo dessa recomendação é não comprometer a eficácia das vacinas nesses pacientes. A Anvisa incentiva a doação de sangue e recomenda que todos os brasileiros visitem os serviços de hemoterapia, conhecidos como bancos de sangue, para verificar se estão aptos a doar sangue com segurança. Dessa forma, podem ajudar a salvar vidas e praticar uma boa ação.”

    Edição: Fernando Fraga

    — news —

  • Dengue: 14,7% das vacinas distribuídas aos municípios foram aplicadas

    Dengue: 14,7% das vacinas distribuídas aos municípios foram aplicadas

    Das 1.235.119 vacinas contra a dengue distribuídas a municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, apenas 182.204 foram aplicadas em crianças e adolescentes que fazem parte do público-alvo definido pela pasta. A quantidade de doses aplicadas equivale a 14,75% do total distribuído.

    Os dados foram coletados desde o início da vacinação, em 9 de fevereiro, até o último sábado (2). Ao todo, 521 municípios foram selecionados pelo governo federal para receber as vacinas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As cidades compõem um total de 37 regiões de saúde que, segundo o ministério, são consideradas endêmicas para dengue.

    Pioneiro na vacinação contra a dengue, o Distrito Federal (DF) informou, na semana passada, que, quase 20 dias após o início da distribuição das doses, apenas 32% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido imunizadas. Das 71.708 doses recebidas do ministério, ainda havia cerca de 48 mil disponíveis para aplicação em todos os 67 pontos de vacinação do DF.

    “Como todo imunobiológico, a vacina da dengue também tem prazo de validade. Os imunizantes estão válidos até o dia 30 de abril”, destacou o governo do Distrito Federal em nota. O comunicado ressalta que “tratativas estão sendo feitas para uma possível ampliação no público-alvo, a fim de garantir que todas as doses sejam efetivamente aplicadas na população”.

    O Distrito Federal é uma das unidades federativas mais afetadas pela doença. Dados do painel de monitoramento de arboviroses indicam que o DF já contabiliza 117.588 casos prováveis de dengue, além de 78 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 3.647 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

    Já na cidade do Rio de Janeiro, até a última sexta-feira (1º), apenas 18% das crianças de 10 e 11 anos haviam sido levadas por seus responsáveis às unidades de saúde para receber a vacina contra a dengue. Segundo balanço da Secretaria Municipal de Saúde, na primeira semana de vacinação contra a doença, somente 25.317 doses foram aplicadas.

    Dados do painel de monitoramento de arboviroses mostram que, em todo o estado do Rio de Janeiro, foram registrados 91.445 casos prováveis de dengue, além de 13 mortes pela doença. Há ainda 73 óbitos em investigação. O coeficiente de incidência, neste momento, é de 575 casos para cada grupo de 100 mil habitantes.

    Alerta aos pais

    Pediatra Natália Bastos. Foto: Arquivo pessoal
    Pediatra Natália Bastos. Foto: Arquivo pessoalEfeitos colaterais da vacina são pequenos, se comparados aos que uma infecção por dengue pode causar, diz a pediatra Natália Bastos – Arquivo pessoal

    Há mais de 15 anos, a pediatra Natália Bastos atende desde pacientes recém-nascidos a adolescentes na capital federal. Em entrevista à Agência Brasil, ela destacou que há uma explosão de casos de dengue e que os pais precisam ter cautela.

    “Gostaria de emitir esse alerta pedindo aos pais que não vacinaram que procurem a sala de vacina para fazerem a Qdenga [vacina contra a dengue]. É uma vacina feita com o vírus atenuado, uma vacina muito segura. Está sendo desenvolvida pelo laboratório Takeda desde antes da covid-19, antes da pandemia. Então, não é uma vacina nova, não é uma vacina que foi desenvolvida às pressas. Já existem vários estudos e ela passou por todas as etapas.”

    Natália destacou que o esquema vacinal completo da Qdenga, com duas doses, garante cerca de 80% de eficácia e que os efeitos colaterais, inclusive em crianças, são pequenos – sobretudo quando comparados aos que uma infecção por dengue pode causar.

    “Com uma dose, você tem, geralmente, efeitos colaterais imediatos muito leves e, com 10 dias, algumas manchas no corpo ou alguma dor no corpo. Mesmo assim, são poucos sintomas tendo em vista o que um quadro de dengue pode causar numa criança ou num adulto.”

    “Enquanto estava na sala da rede privada, era uma vacina que estava custando, em média, de R$ 400 a R$ 500. Hoje, a vacina está disponível na sala do centro de saúde gratuitamente. Então convido todos os pais a procurarem a vacina com os filhos de 10 a 11 anos com urgência”, concluiu.

    Edição: Nádia Franco

    — news —

  • Epidemia de dengue faz Natal decretar emergência em saúde

    Epidemia de dengue faz Natal decretar emergência em saúde

    A Prefeitura de Natal decretou emergência em saúde devido ao aumento do número de casos de dengue. De acordo com o município, os dados também indicam uma tendência de crescimento pela terceira semana consecutiva e o quadro atual já configura uma epidemia.

    A capital do Rio Grande do Norte contabilizou desde o início de 2024 um total de 692 ocorrências de arboviroses transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Dessas, 655 são casos de dengue. Os demais registros são de febre chikungunya e, em menor número, de zika. Entre os bairros com maior concentração de casos estão Pajuçara, Lagoa Azul, Redinha, Nossa Senhora da Apresentação e Igapó.

    O decreto que estabelece a emergência em saúde pública consta no Diário Oficial do município deste sábado (2) e tem validade por 90 dias. No período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) terá maior flexibilidade para adotar medidas e direcionar recursos com o objetivo de atender demandas de saúde pública.

    De acordo com a prefeitura, foi instalado um gabinete de crise para que os órgãos do municípios atuem de maneira integrada. A partir deles estão sendo estabelecidas as metas, as prioridades e as formas de enfrentamento à epidemia.

    Algumas medidas já foram definidas. As unidades Básica de Saúde receberão kits contendo repelentes para serem distribuídos às gestantes durante as consultas de pré-natal. Elas também estarão preparadas para fornecer reidratação oral e algumas foram destacadas como referências para hidratação venosa. Em casos de urgência, o paciente deve procurar as unidades de saúde de pronto-atendimento.

    Conforme dados divulgados pela secretaria, já foram identificados, somente neste ano, 35 mil focos do mosquito em depósitos que poderiam ser evitados, como garrafas e recipientes plásticos. Ao todo cerca de 30 mil domicílios receberam visitas de agentes sanitários neste ano até o momento. Os agentes verificam se algumas medidas essenciais estão sendo adotadas pelos moradores, tais como manter caixas d’água tampadas, bandejas de geladeira e ar-condicionado sem água, vasos sanitários sem uso fechados e piscinas tratadas.

    Entre outras pastas e órgãos que integram o gabinete de crise, estão a Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), que atua na fiscalização e notificação dos proprietários de imóveis, e a Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura (Seinfra), que irá intensificar a limpeza das lagoas e bueiros. Já a Companhia de Serviços Urbanos de Natal (Urbana), reforçará os serviços de limpeza e de recolhimento de resíduos sólidos que possam gerar acúmulo de água parada em locais públicos.

    Vacinação

    Natal recebeu do Ministério da Saúde mais de 18,8 mil doses da vacina contra a dengue. Conforme as diretrizes nacionais, a imunização iniciou atendendo crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos. O município alerta, no entanto, que a procura tem sido baixa, apenas 4,8 mil doses foram aplicadas nos primeiros 15 dias. Uma medida que está sendo planejada é a realização de vacinação nas escolas da rede municipal.

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    A melhor forma de combater a dengue é impedir a reprodução do mosquito. Foto: Arte/EBC

    Edição: Fernando Fraga

    — news —