Tag: #demandaexterna

  • Demanda externa segue firme em 2024; preços do suíno atingem máximas nominais

    Demanda externa segue firme em 2024; preços do suíno atingem máximas nominais

    Como já era esperado pelo setor suinocultor nacional, a demanda externa por carne suína manteve-se firme ao longo de 2024, com as exportações brasileiras da proteína atingindo novos recordes.

    Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o setor exportador brasileiro ultrapassou em 2024 a marca histórica de 1,21 milhão de toneladas alcançada em 2023. De janeiro a novembro de 2024, os embarques brasileiros de carne suína somam 1,23 milhão de toneladas, 11,2% acima do volume escoado de janeiro a novembro/23.

    No mercado interno, o desempenho também foi positivo para os agentes do setor. Os valores de comercialização do suíno vivo e da carne atingiram as máximas nominais das respectivas séries históricas do Cepea.

    Pesquisadores do Cepea indicam que o impulso aos valores veio das demandas interna e externa aquecidas, da oferta restrita de animais para abate e de ganhos de competitividade da proteína suinícola em relação à carne bovina no mercado doméstico.

    E os maiores preços do setor, atrelados à desvalorização dos principais insumos da suinocultura, como o milho e o farelo de soja, permitiram que suinocultores ampliassem suas margens.

  • Preços da soja no Brasil sobem com expectativa de forte demanda externa

    Preços da soja no Brasil sobem com expectativa de forte demanda externa

    Os preços da soja em grão têm apresentado um movimento de alta contínua no mercado brasileiro, impulsionados por uma série de fatores que incluem a valorização cambial e o cenário internacional favorável às exportações. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa tendência de valorização tem sido reforçada pela postura dos sojicultores nacionais, que estão reticentes em comercializar grandes volumes da safra 2023/24, à espera de condições de mercado ainda mais favoráveis.

    Essa expectativa se baseia na firme demanda externa, principalmente por parte da China, que se mantém como um dos maiores compradores da soja brasileira. Os produtores, que estão em uma posição financeira sólida, optam por reter seus estoques, antecipando oportunidades de negócio mais vantajosas ao longo do segundo semestre.

    A decisão de postergar as vendas também é influenciada pela volatilidade cambial, exacerbada pelas incertezas políticas e econômicas, sobretudo pelo ano eleitoral nos Estados Unidos. As oscilações no câmbio (R$/US$) têm um impacto direto na competitividade dos produtos brasileiros no mercado internacional, incentivando a estratégia de retenção adotada pelos agricultores.

    Além disso, a valorização externa da soja contribui para esse cenário de alta, favorecendo as exportações nacionais e elevando os preços internos. Com o real mais fraco frente ao dólar, os produtos brasileiros ganham competitividade no mercado global, fortalecendo as perspectivas de demanda.

    Os especialistas do Cepea destacam que a atual conjuntura coloca o Brasil em uma posição estratégica no mercado de soja, com potencial para capturar valor significativo, desde que os produtores saibam manejar os riscos associados às variáveis econômicas e geopolíticas.

    Com a expectativa de que essa demanda externa permaneça robusta, especialmente pela procura contínua da China, o mercado brasileiro de soja parece destinado a permanecer aquecido nos próximos meses, oferecendo aos produtores oportunidades lucrativas, mas também exigindo cautela em meio à volatilidade global.