Tag: Defesa Civil

  • Com seca, 12 cidades gaúchas vão receber socorro de R$ 2,2 milhões

    Com seca, 12 cidades gaúchas vão receber socorro de R$ 2,2 milhões

    Mais de R$ 3,5 milhões serão transferidos para 16 cidades afetadas por desastres naturais, sendo a maioria no estado do Rio Grande do Sul que enfrenta período de estiagem. No total, 12 cidades gaúchas irão receber aproximadamente R$ 2,2 milhões para compra de cestas básicas, reservatórios de água, caixas de água, combustível e aluguel de caminhão-pipa.

    No início da semana, o governo federal já havia autorizado repasse de quase R$ 3 milhões para outras dez cidades do estado, também afetadas pela seca. Em fevereiro, uma comitiva de ministros do governo federal visitou a cidade de Hulha Negra, na fronteira com o Uruguai. A região é uma das mais castigadas pela estiagem que afeta o estado pelo terceiro ano seguido e que impacta a produção agropecuária.

    Os recursos autorizados nesta quarta-feira (8) irão atender também cidades de Minas Gerais e Santa Catarina, para restabelecimento de aterro e proteção de rua, respectivamente.

    De acordo com o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional, mais de R$ 174,8 milhões já foram repassados, este ano, para ações de defesa civil em todo o Brasil.

    Edição: Carolina Pimentel

  • Brasileiro já pode receber alertas de desastres naturais por WhatsApp

    Brasileiro já pode receber alertas de desastres naturais por WhatsApp

    Alertas de desastres naturais para brasileiros já podem ser enviados por WhatsApp desde sábado (12). Para ter acesso ao serviço, é necessário se cadastrar. As mensagens são disparadas pelas equipes de Defesa Civl dos estados e municípios por meio da plataforma Interface de Divulgação de Alertas Públicos (Idap), gerida pela Defesa Civil Nacional.

    A iniciativa é uma parceria entre o Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o WhatsApp, plataforma de mensagens privadas que pertence à Meta, e a Robbu, empresa especializada em automação de comunicações.

    Atualmente, alertas já são enviados por SMS pela plataforma Telegram, TV por assinatura ou pelo Google. Segundo a Defesa Civil nacional, o objetivo do envio de mensagens é “desenvolver a percepção de risco pela população e, consequentemente, prevenir ocorrências graves”.

    Podem ser enviadas orientações como: “Nunca atravesse pontes, ruas ou avenidas alagadas, mesmo estando de carro, moto ou bicicleta, pois a força da água poderá arrastá-lo”. A parceria entre as entidades antecede o verão, período em que fortes chuvas podem provocar alagamentos e deslizamentos de terra.

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento Regional, o Brasil é o primeiro país a ter o serviço de alertas por WhatsApp. O aplicativo está baixado em mais de 120 milhões de celulares brasileiros, diz a Meta. O MDR informou que o serviço de envio de notificações será gratuito. Para desenvolvimento do robô de atendimento, foi firmada colaboração com a Robbu, empresa licenciada pelo WhatsApp no Brasil. Já o processamento do envio dos alertas das regiões é do MDR.

    Os avisos serão gerenciados por órgãos estaduais e municipais por meio da plataforma Idap, que é mantida pelo órgão nacional desde 2017. Por enquanto, todos os estados estão cadastrados, mas apenas 148 dos 5,5 mil municípios integram a plataforma. O MDR considera fundamental que também os municípios se cadastrem para que possam fazer a comunicação de forma mais direta com os moradores. Os responsáveis em cada cidade devem criar login e senha, preencher um formulário e enviar um ofício assinado pela autoridade do município que autoriza a operação da ferramenta pelo usuário.

    De acordo com o MDR, será oferecido um curso online sobre o uso da plataforma, em uma parceria da Defesa Civil Nacional com a Escola Nacional de Administração Pública. Somente pessoas cadastradas, ou seja, com usuário e senha, acessam a Idap. Em nota, o MDR ressalta que tem por padrão trabalhar com regras de segurança e de tecnologia da informação. “São regras aplicadas pelos órgãos de governo para impedir que o banco de dados seja acessado.”

    Como receber

    Os interessados em receber o alerta devem se cadastrar pelo telefone (61) 2034-4611, por este link. Em seguida, é preciso interagir com um robô de atendimento – basta enviar um “Oi”. Após a primeira interação, a pessoa tem que informar sua localização atual ou escolher outra de interesse. O robô confirmará o desejo de receber os alertas e disponibilizará os termos de uso e política de privacidade, que regulamentam o projeto, para o aceite do usuário.

    Podem ser cadastradas várias localizações diferentes, o que torna possível acompanhar os diferentes lugares que a pessoa frequenta ou quando faz uma viagem. O usuário pode compartilhar a localização (toque em Anexar > Localização); digitar o código de endereçamento postal (CEP) e clicar em enviar ou, simplesmente, digitar o nome do município e enviar. As áreas de interesse podem ser editadas a qualquer momento.

    Quem já faz parte da base de dados da Defesa Civil por SMS, cerca de 10 milhões de pessoas, receberá um convite para o cadastro pelo aplicativo.

  • Ciclone extratropical causa ventos fortes e estragos no Rio de Janeiro

    Ciclone extratropical causa ventos fortes e estragos no Rio de Janeiro

    O deslocamento do ciclone extratropical, que já passou por Santa Catarina e São Paulo, trouxe rajadas fortes de vento e estragos desde o início da madrugada de hoje (11) ao município do Rio de Janeiro.

    Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), entre 4h e 5h a velocidade dos ventos atingiu 93,6 quilômetros por hora (km/h) na estação Forte de Copacabana, na zona sul da cidade. No mesmo local entre 2h e 3h da madrugada foi registrado vento de 76,7 km/h.

    Outra região muito atingida é a da estação Marambaia, na zona oeste, onde a velocidade dos ventos chegou a 84,2 km/h, segundo o Inmetm, entre 4h e 5h. A previsão para o estado é de que as rajadas podem chegar a 100 km/h ao longo do dia.

    Há registros de quedas de árvores em vários pontos da cidade. A ventania trouxe também apreensão a quem precisou sair de casa, por causa dos riscos de ser atingido por galhos e pedaços de objetos e até de telhas de coberturas de casas.

    De acordo com o Centro de Operações da Prefeitura do Rio de Janeiro (COR), o tempo vai permanecer instável na cidade ao longo do gia, em consequência do deslocamento de um sistema de baixa pressão associado à frente fria no oceano.

    “O dia terá predomínio de céu nublado, com chuvisco/chuva fraca isolada a qualquer momento do período. Os ventos estarão moderados a fortes até a tarde e as temperaturas ficarão em declínio em relação ao dia anterior, com mínima de 16°C [graus Celsius] e máxima de 25°C”, informou o COR.

    Ressaca

    Além dos ventos fortes, a orla do estado registra ondas de até 4 metros (m). A ressaca que começou ontem (10) às 9h, segundo o aviso da Marinha vai seguir até às 21h de amanhã (12).

    As recomendações para evitar acidentes são não tomar banhos e nem praticar esportes no mar, não ficar à beira da orla ou em mirantes. A população deve evitar a navegação e as atividades de pesca, não pedalar na orla e não tentar resgatar vítimas de afogamento. Em caso de emergência, deve-se acionar os Bombeiros (193) e a Defesa Civil (199).

    “Esse ciclone já vinha se formando era observado nos últimos dias. No Rio, a chuva não vai ser com intensidade. Não é chuva em quantidade. Fizemos um aviso de acumulados de chuva que podem ser de 20 [milímetros] a 30 mm em uma hora e a situação de queda de temperatura. O Rio já estava há alguns dias declinando a temperatura entre 22°C e 26°C, o que deve permanecer entre hoje e amanhã com temperatura de 22°C”, disse a meteorologista do Inmet, Marlene Leal, acrescentando que para o fim de semana, a previsão é de tempo bom, já que o ciclone terá se deslocado em direção ao oceano.

    “No caso desse ciclone, ele ficou bem tangente à Região Sul do país e veio se deslocando em direção a São Paulo e o Rio de Janeiro, daí os ventos bem fortes”, completou.

  • Defesa Civil de Petrópolis já concluiu mais de 10 mil vistorias

    Defesa Civil de Petrópolis já concluiu mais de 10 mil vistorias

    A Secretaria de Defesa Civil de Petrópolis , na região serrana do Rio de Janeiro, já concluiu mais de 10 mil laudos de vistorias de áreas e imóveis atingidos pelos temporais de fevereiro e março deste ano, que mataram mais de 240 pessoas. Esse número representa 93,4% do total de registros cadastrados em áreas de cerca de 60 localidades. Das 10.777 ocorrências, a maior parte foi por deslizamentos, que representam 76% dos casos. Até agora, já foram apontados mais de 6,9 mil laudos de interdição na cidade.

    A Defesa Civil mantém as equipes reforçadas para a conclusão de todos os atendimentos referentes às chuvas. As equipes técnicas seguem diariamente com vistorias por toda cidade. Na quarta-feira (18), 13 equipes vistoriaram áreas no Caxambu, Bingen, Koeler, Itaipava, Centro, Morin, Quitandinha, Estrada da Saudade, Floresta, Alto da Serra, Siméria, Thouzet e São Sebastião.

    Os lugares com maior número de casos registrados já estão com mais de 90% dos pedidos de vistorias concluídos, entre os quais o Alto da Serra, Chácara Flora, Castelânea, Quitandinha, Centro, São Sebastião, Valparaíso, Independência, Vila Militar, Siméria, Corrêas, Quissamã, Meio da Serra e Retiro.

    Os moradores que aguardam pelo laudo de vistoria podem consultar a disponibilidade do documento no site da Defesa Civil. No mesmo ambiente, pode ser solicitada a versão digital do laudo. As equipes também realizam atendimento presencial, de 8h às 17h, e a população pode adquirir o laudo impresso.

    Edição: Fernando Fraga

  • Defesa Civil emite alerta para ventos e ressaca no litoral paulista

    Defesa Civil emite alerta para ventos e ressaca no litoral paulista

    A Defesa Civil Estadual de São Paulo emitiu hoje (16) um alerta para ventos fortes que devem atingir todo o litoral do estado a partir desta noite. Segundo o órgão, o fenômeno pode se estender até a próxima quarta-feira (18). As rajadas, com velocidades entre 62 e 88 quilômetros por hora, podem provocar ressaca no mar, com ondas de até três metros de altura.

    A frente fria que está chegando ao país deve derrubar as temperaturas nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, além dos ventos fortes, deverá ocorrer geada e até neve nos locais mais frios.

    Capital paulista

    Na capital paulista, o Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) prevê que a massa de ar polar derrube as temperaturas a partir de amanhã (17). Segundo o órgão municipal, o frio mais intenso deve ocorrer entre quarta-feira (18) e sexta-feira (20). Nestes dias, as temperaturas mínimas das madrugadas podem chegar a 6º graus Celsius (C). Para amanhã, a previsão é de mínima de 10º C e máxima de 18º, durante o dia.

    Os fortes ventos podem, segundo o CGE, diminuir ainda mais a sensação térmica.

  • Depois de temporal, Petrópolis faz buscas a desaparecidos

    Depois de temporal, Petrópolis faz buscas a desaparecidos

    A Defesa Civil de Petrópolis faz buscas, na manhã de hoje (21), a desaparecidos em duas localidades da cidade atingidas por um forte temporal, na tarde de ontem (20). Embora com menos intensidade, a chuva ainda não parou na região serrana do Rio de Janeiro, o que torna mais difícil o trabalho.

    O secretário municipal de Defesa Civil, tenente-coronel Gil Kempers, disse à Agência Brasil que as equipes estão trabalhando no Valparaíso e na Washington Luiz, mas até agora não há informações de quantas pessoas estariam desaparecidas e se há vítimas fatais nesses locais.

    “A gente não tem como precisar. As buscas estão em andamento e a gente não tem como saber se são óbitos ou não”, contou à reportagem, acrescentando que as cinco mortes registradas, até o momento, foram no Morro da Oficina, na Washington Luiz e no Centro.

    O secretário informou que, novamente, a região mais atingida é a do 1º Distrito, que inclui as áreas do Morro da Oficina e da 24 de maio. Nas últimas 24 horas foram registrados 524 milímetros (mm) de chuva, mais do que durante o temporal do dia 15 de fevereiro, que causou 233 mortes.

    “Exatamente o 1º Distrito e o volume de chuvas foi até maior que da outra vez, a gente já está com 524 mm nas últimas 24 horas. A gente tem alguns registros de ocorrências com vítimas. No momento, as equipes do Corpo de Bombeiros trabalham nos locais para fazer o resgate das vítimas”, disse Kempers.

    O secretário informou ainda que a Defesa Civil acionou as sirenes ontem por volta das 14h20, e que os pontos de apoio aos moradores da cidade estão abertos, com várias pessoas trabalhando no apoio.

    Todas as áreas de risco geológico são alvo de preocupação da Defesa Civil. “As sirenes continuam acionadas e a gente pede à população que fique atenta a qualquer indicativo de escorregamento”, disse o tenente-coronel.

    Na região da Rua Teresa, também muito atingida no temporal do mês passado, a chuva de ontem causou estragos e escorregamento na 24 de Maio, mas segundo Kempers não há registro de vítimas porque ontem a área tinha sido evacuada.

    Previsão

    Com a previsão de que a chuva permaneça até o começo da noite de hoje, a recomendação à população é para evitar transitar pela cidade.

    “Uma dica para moradores é verificar, agora pela manhã, em uma condição de melhor visibilidade, se tem alguma trinca na casa, se a porta está fechando direito, se tem um poste tombado próximo a sua casa, um muro tombado. Esses são indicativos, em um primeiro momento, de que o solo está trabalhando e pode ter um escorregamento secundário. Então, a gente pede à população que, se observar este tipo de informação, este tipo de movimentação de massa, que se desloque imediatamente a um ponto de apoio”, recomendou.

    Trânsito

    A operação dos ônibus das empresas Cidade Real, Petro Ita e Cascatinha foi totalmente suspensa por causa da interdição de vias da cidade por alagamentos, deslizamentos e queda de postes e de árvores. As linhas da Cidade das Hortênsias operam normalmente, com exceção das regiões da Ponte de Ferro, Bairro Esperança e Floresta que estão com as vias obstruídas.

    Já as linhas da Turp estão com 85% da operação circulando na ligação dos distritos da Posse, Itaipava e regiões de Nogueira e Corrêas para o Centro. Alguns horários, no entanto, estão comprometidos porque alguns rodoviários não conseguiram chegar para trabalhar.

    No momento estão interditadas as ruas 24 de Maio; Washington Luiz; Bingen, na altura da descida do Manoel Torres, e dos Expedicionários; as estradas da Saudade e da Independência; a subida do Sargento Boening; além de Conde D’Eu e Lopes Trovão no meio da Serra.

    Vacinação

    A campanha de vacinação contra a covid-19 foi suspensa hoje (21) pela Secretaria Municipal de Saúde. O motivo é que a mobilidade está comprometida em diversos pontos do município, o que impediu a abertura dos pontos de vacinação.

    Nesta segunda-feira, também estão suspensos os atendimentos e consultas no Centro de Saúde Coletiva, na Rua Santos Dumont, no Centro da Cidade.

    Edição: Denise Griesinger

  • Mulheres são maioria das mortes em Petrópolis por causa das chuvas

    Mulheres são maioria das mortes em Petrópolis por causa das chuvas

    Já são 183 os mortos confirmados desde o temporal que atingiu Petrópolis (RJ) na terça-feira (15). Uma semana após a tragédia, 111 mulheres perderam suas vidas, o que representa 60,6% do total das vítimas. As outras 72 pessoas que vieram à óbito são do sexo masculino.

    Os dados estão sendo divulgados pela Defesa Civil municipal e pelo Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro. Ainda conforme os números atualizados, dos 183 mortos, 32 são crianças. O Instituto Médico Legal (IML), vinculado à Polícia Civil, é o responsável pelo processo de identificação das vítimas. Até o momento, 152 corpos foram liberados para sepultamento.

    O temporal que desabou em Petrópolis foi apontado pelo governo do Rio de Janeiro como a pior chuva na cidade desde 1932. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, choveu 258,6 milímetros em apenas 3 horas. Os números já fazem da maior tragédia da história da cidade. Uma outra catástrofe ocorrida devido às chuvas deixou 171 mortos em 1988. Já em 2011, 73 moradores de Petrópolis perderam a vida em meio a temporais que caíram sobre a região serrana, atingindo mais fortemente as cidades de Teresópolis e Nova Friburgo.

    As chuvas continuam preocupando. Com um registro de 41 milímetros de precipitação em uma hora, a Defesa Civil municipal acionou as sirenes do bairro Quitandinha nesta tarde. Mais cedo, para informar sobre o risco de chuva moderada a forte, o alarme soou em todos os 18 dispositivos espalhados pela cidade próximos a áreas de risco. Moradores também receberam o alerta por mensagem de celular, e vias importantes voltaram a ser interditadas.

    “A orientação é que, em caso de chuva forte, a população busque local seguro em casa de familiares, fora de área de risco ou em um dos pontos de apoio mantidos pela prefeitura”, reitera a Defesa Civil.

    A cidade já contabiliza 875 desabrigados, acolhidos em 13 escolas públicas sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Assistência Social. Ontem (21), o prefeito Rubens Bomtempo anunciou um acordo com o governador do estado, Cláudio Castro, para a garantia de um aluguel social no valor de R$ 1 mil, sendo R$ 800 pagos pelo estado e R$ 200 pelo município. O intuito do benefício é permitir que as famílias possam alugar quartos ou casas temporariamente.

    Buscas

    As buscas pelas vítimas continuam. Segundo o Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro, 24 pessoas já foram resgatadas com vida. Para reforçar os trabalhos, mais de 150 militares de 15 estados e do Distrito Federal estão se somando ao contingente de mais de 500 da corporação fluminense.

    Há também equipes atuando no resgate de animais, sob a liderança da Coordenadoria Municipal de Bem-Estar Animal (Cobea). O trabalho recebeu o reforço de agentes da prefeitura do Rio de Janeiro, de voluntários e de ativistas de organizações não governamentais. Mais de 300 animais já foram resgatados. Quando feridos, são encaminhados para clínicas veterinárias que estão atendendo voluntariamente. Em seguida, inicia-se a busca por lares temporários.

    Apoios

    Diversos serviços da cidade têm contado com o suporte solidário de outros municípios. Niterói (RJ), por exemplo, se somou ao esforço da limpeza urbana. A cidade de Magé (RJ) cedeu máquinas para as intervenções emergenciais. A tendência é que novas colaborações sejam anunciadas.

    Hoje (22), o prefeito de Petrópolis , Rubens Bomtempo, assinou um termo de cooperação técnica com a diretoria da Frente Nacional de Prefeitos (FNP), que reúne 412 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes. O objetivo do documento é facilitar os trâmites para o empréstimo de equipamentos e para as ajudas técnicas de profissionais variados como engenheiros, geólogos e orçamentistas.

    “Para um segundo momento, está prevista a criação de uma comissão dentro da FNP com prefeitos que passaram por catástrofes em suas cidades, para a troca de experiências sobre as medidas adotadas em cada município”, informou a prefeitura de Petrópolis .

    Além das tratativas intermunicipais, empresas e pessoas físicas de todo o país se envolveram solidariamente com a tragédia e as doações não param de chegar. Elas são recebidas em uma central na rodovia federal BR-040, no quilômetro 62, no distrito de Itaipava. Doações menores, arrecadadas pelos próprios moradores, também podem ser destinadas a um dos pontos de apoio criados ao longo de toda a cidade.

    Segundo informou a Defesa Civil municipal, alguns itens que chegaram em grande volume, como água mineral e roupas usadas, já não são mais necessários. As maiores demandas agora são por itens de higiene e de cuidados pessoais, tais como desodorantes, absorventes, sabonetes, desinfetantes, sacos de lixo, luvas descartáveis, detergentes, esponjas, fraldas geriátricas, toalhas, roupas de cama e travesseiros.

    O voluntariado também tem sido um apoio importante. Há, no entanto, uma preocupação para que o trabalho seja realizado em sintonia com os órgãos públicos. Hoje, a prefeitura abriu um cadastro para médicos e enfermeiros que quiserem atuar como voluntários nos pontos de apoio. No formulário, é preciso indicar a profissão e especialidade, disponibilidade de horário e dados pessoais.

    Serviços

    Aos poucos, a cidade vai tentando retomar os serviços que foram suspensos. A vacinação contra a covid-19 foi reiniciada ontem (21). Nesse primeiro momento, sete postos funcionarão das 10h às 14h30 e o cadastramento deve ser feito pelo site da prefeitura. Crianças de 5 a 11 anos de idade podem ser atendidas pelas equipes itinerantes, onde o cadastro não é necessário.

  • Governo Federal repassa mais de R$ 2,5 milhões a 10 cidades atingidas por desastres

    Governo Federal repassa mais de R$ 2,5 milhões a 10 cidades atingidas por desastres

    O Governo Federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), vai repassar mais de R$ 2,5 milhões a 10 cidades brasileiras atingidas por desastres naturais. As portarias que autorizam a liberação de recursos foram publicadas na edição dessa quinta-feira (10/02) do Diário Oficial da União.

    O maior recurso – R$ 926,6 mil – será destinado à cidade de Blumenau, em Santa Catarina, que foi atingida por chuvas intensas. O repasse será usado em ações de recuperação, como contenção com muro, reconstrução de passeio e pista e implantação de guarda corpo.

    No Rio Grande do Sul, três municípios que enfrentam um período de estiagem receberão recursos. Jacutinga contará com R$ 10 mil para a compra de caixas d´água para armazenamento de água potável. Júlio de Castilhos vai receber R$ 136,6 mil para a aquisição de cestas básicas. Já a cidade de Erechim terá acesso a R$ 377,1 mil para a compra de reservatório de água flexível, cestas básicas, combustível e aluguel de equipamentos.

    Ainda na Região Sul, duas cidades do Paraná também atingidas pela estiagem receberão recursos para a compra de óleo diesel. Engenheiro Beltrão terá acesso a R$ 13,2 mil e Cruz Machado, a R$ 8 mil.

    Também atingida pela estiagem, a cidade de Amaturá, no Amazonas, vai receber R$ 330,5 mil para a compra de cestas básicas e combustível e aluguel de embarcações.

    Em Minas Gerais, dois municípios que enfrentaram chuvas intensas serão beneficiados com recursos da Defesa Civil Nacional. Bertópolis vai contar com R$ 593,1 mil para a reconstrução de uma ponte, enquanto Pai Pedro vai receber R$ 93,8 mil para a compra de cestas de alimentos, colchões e kits de limpeza, higiene pessoal e dormitório.

    A cidade de Cachoeiras de Macacu no Rio de Janeiro, vai contar com R$ 28,6 mil para a aquisição de cestas de alimentos, água potável e kits de limpeza e de higiene pessoal. O município foi atingido por chuvas intensas.

    Como solicitar recursos

    Estados e municípios atingidos por desastres podem solicitar recursos do MDR para atendimento à população afetada, restabelecimento de serviços essenciais e reconstrução de equipamentos de infraestrutura danificados pelo desastre. Para isso, é necessário obter o reconhecimento federal de situação de emergência ou de estado de calamidade pública.

    A solicitação, nos dois casos, deve ser feita por meio do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD). Com base nas informações enviadas, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia as metas e os valores solicitados. Com a aprovação, é publicada portaria no DOU com a especificação do montante a ser liberado.

     

  • Secretário Nacional de Defesa Civil vem a Cuiabá para tratar de redução do risco de desastres

    Secretário Nacional de Defesa Civil vem a Cuiabá para tratar de redução do risco de desastres

    O secretário nacional de Proteção e Defesa Civil, Alexandre Lucas Alves, vem a Cuiabá na próxima semana para falar a respeito das políticas nacionais para prevenção e redução dos riscos de desastres. Ele será um dos palestrantes do 1º Seminário Mato-grossense sobre Redução do Risco de Desastres e abordará o tema “O Sistema Nacional de Proteção e Defesa Civil”.

    O encontro é organizado pela Secretaria Adjunta de Proteção e Defesa Civil, ligada à Casa Civil, e ocorre nas próximas quarta e quinta-feira (30 e 31.10), no Cenarium Rural. A abertura do evento está marcada para terça-feira (30.10), às 8h30, com a presença de autoridades.

    O objetivo da palestra de Alexandre Alves é discutir formas de compreender como e quando eventos adversos podem se tornar um desastre e, nesse sentido, promover ações para a redução dos problemas. A palestra do coronel será a primeira do seminário, às 9h30, no dia 30.

    De acordo com o secretário, a realidade brasileira pode ser caracterizada pela frequência dos desastres naturais cíclicos, especialmente as inundações em todo o país, seca na Região Nordeste e um crescente aumento dos desastres tecnológicos, devido ao crescimento urbano desordenado, às migrações internas e ao fenômeno da urbanização acelerada sem a disponibilidade dos serviços essenciais.

    “Os municípios devem estar preparados para atender imediatamente a população atingida, reduzindo perdas materiais e humanas. Por isso, a importância de cada cidade criar um órgão que trate da redução dos riscos e da eficácia na resposta imediata aos desastres”, destaca Alexandre.

    Alexandre Lucas Alves é coronel da Polícia Militar de Minas Gerais, formado em Ciências Militares, com ênfase em defesa social, e especialista em estratégias de segurança pública. Ele já realizou cursos de aperfeiçoamento em redução de desastres naturais e prevenção de riscos na Alemanha.

    O seminário

    O 1º Seminário Mato-grossense sobre Redução do Risco de Desastres tem o objetivo de apresentar as ações da Defesa Civil Estadual, fomentar a pesquisa com foco na redução de risco de desastres, produzir conhecimento acerca dos desastres no território mato-grossense, encorajar a participação popular nas ações de Defesa Civil e incentivar a criação das coordenadorias municipais de Proteção e Defesa Civil.

    “Acreditamos que aliar pesquisa científica e políticas públicas, além do correto planejamento urbano, pode contribuir de maneira significativa para a prevenção dos desastres e mitigação dos danos. É com essa tônica que pensamos a realização do seminário”, destaca o secretário adjunto de Proteção e Defesa Civil, César Viana de Brum.

    Além do secretário nacional, também estão previstas palestras com o vice chefe para as Américas do Escritório das Nações Unidas para Redução de Riscos de Desastres, Nahuel Arenas, com a vice-presidente da Associação Brasileira de Pesquisa Científica, Tecnológica e Inovação em Redução de Riscos de Deastres, Patrícia Sottoriva, e com o coordenador de Monitoramento e Alerta do Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos de Desastres, Tiago Molina Schnorr, entre outros palestrantes.

    Confira a programação completa