Tag: Curitiba

  • Jovem desaparecido em Rondonópolis é localizado a caminho de Curitiba

    Jovem desaparecido em Rondonópolis é localizado a caminho de Curitiba

    Um caso de desaparecimento em Rondonópolis, Mato Grosso, teve um desfecho positivo com o retorno de um jovem de 22 anos à sua família. O rapaz havia desaparecido na terça-feira, após sair do trabalho, e foi localizado pela Polícia Civil em um ônibus com destino a Curitiba, Paraná.

    O pai do jovem procurou a 1ª Delegacia de Rondonópolis na última terça-feira (07.01), relatando que o filho, diagnosticado com esquizofrenia e em acompanhamento médico, não retornou para casa. O jovem trabalha em um supermercado atacadista na Vila Operária. O pai informou que procurou o filho em diversos lugares sem sucesso.

    A Delegacia de Homicídios iniciou diligências para localizar o rapaz. Com o auxílio de câmeras de segurança, foi confirmado o horário em que ele deixou o trabalho. Posteriormente, descobriu-se que ele embarcou em um ônibus rumo a Curitiba.

    Apoio e Resgate em Curitiba

    Com a confirmação, a Polícia Civil monitorou o ônibus e acionou as autoridades do Paraná. Quando o jovem chegou a Curitiba, foi recebido pela segurança pública local e encaminhado de volta a Rondonópolis.

    Na noite de quinta-feira (09.01), por volta das 22 horas, o jovem foi recebido na rodoviária de Rondonópolis por sua família e pela equipe policial.

    Fonte: Polícia Civil-MT

  • Eleições: capitais do Sul devem enfrentar questões raciais e de gênero

    Eleições: capitais do Sul devem enfrentar questões raciais e de gênero

    Na Região Sul, as capitais do Paraná, Curitiba, e do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, terão segundo turno nas eleições municipais para definir quem será o prefeito nos próximos quatro anos. Nas duas cidades, os negros vivem em média dez anos a menos do que os brancos. Em ambas as capitais, a diferença salarial entre homens e mulheres passa de 20%.

    Esses são alguns dos temas avaliados pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS) no levantamento Grandes Desafios das Capitais Brasileiras, que reúne dados e indicadores com foco nas eleições municipais de 2024.

    Em Curitiba, a idade média ao morrer para brancos e amarelos é de 71,5 anos. Para pretos, pardos e indígenas, a idade cai para 61,8 anos, ou seja, 9,7 anos de diferença. Já na capital gaúcha, as idades são 73,8 anos (brancos e amarelos) e 64,3 anos (pretos, pardos e indígenas) – diferença de 9,5 anos. Os dados são do Sistema de Informação de Mortalidade do Ministério da Saúde, com referência em 2022.

    “É uma diferença bastante elevada para estar dentro de uma mesma cidade, então isso mostra que temos uma vulnerabilidade acentuada da população negra e que isso é uma questão que merece um olhar de programas, políticas públicas e investimentos em relação a esse tema na cidade”, explica o coordenador-geral do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão.

    Segundo ele, os governos não têm tido sensibilidade em relação ao tema. “Esse item integra muitos outros. A baixa idade média ao morrer reúne uma questão de homicídios maiores, mortalidade infantil maior, habitação precária, as questões de educação e saúde. Então, isso denota uma infraestrutura mais precária para a população negra.”

    Curitiba-03/10/2024 Imagens da cidade de Curitiba. Fotos Pixabay

    Curitiba, capital do Paraná – Fotos Pixabay

    Diferenças salariais

    Outro ponto crítico nas duas capitais apontado pelo estudo do Instituto Cidades Sustentáveis é a diferença entre os rendimentos de homens e mulheres, levando em conta dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em Curitiba, as mulheres recebem em média 27,28% a menos do que os homens e, em Porto Alegre, a diferença é de 23,73%.

    “Isso denota uma estruturação do machismo nessas cidades e que precisa de alguma maneira ser enfrentada”, diz Abrahão.

    Segundo o coordenador do ICS, apesar de não ter a atribuição de interferir na política salarial das empresas, o poder público pode fazer campanhas para diminuir essas desigualdades. “Ele tem o poder, dentro do seu escopo, de trabalhar campanhas e avançar em um processo em que ele estimule essa redução de valores, valorizando essa aproximação e a redução dessa desigualdade entre o salário de homens e mulheres”, diz.

    Educação

    Na educação, Porto Alegre apresenta o segundo valor mais baixo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) na rede municipal nos anos iniciais do ensino fundamental. Com nota 4,7 em uma escala de 0 a 10, nos anos iniciais do ensino fundamental, a cidade só fica atrás da capital do Rio Grande do Norte, Natal (4,5). No outro extremo, Curitiba está em quarto lugar entre as capitais, com nota de 6,3.

    “A gente consegue perceber aí um descaso com a qualidade da educação. Como é que é uma uma cidade rica como Porto Alegre, com com uma boa base de infraestrutura em relação a outras cidades, tem um nível de educação que é um dos piores do país?”, questiona Abrahão.

    O Ideb é o principal instrumento de monitoramento da qualidade da educação básica do país. Ao reunir dados sobre o índice de aprovação e de desempenho dos estudantes em língua portuguesa e matemática, o indicador averigua desempenho e indicadores de fluxo e trajetória escolar.

    Gestão de Riscos

    Em maio deste ano, Porto Alegre enfrentou uma das maiores enchentes de sua história, afetando mais de 157 mil pessoas e deixando mais de mil desabrigados. Segundo a professora Silvana Krause, do Programa de Pós-Graduação de Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a tragédia ocorrida na cidade, com suas causas e consequências, está sendo o principal tema de debate na eleição da capital gaúcha.

    “A questão da tragédia de maio centralizou todo o debate dos candidatos. A expectativa era de que o candidato a prefeito que está concorrendo à reeleição fosse o mais prejudicado diante da tragédia, e não é o que está aparecendo nas pesquisas de intenção de voto”, diz a professora.

    Porto Alegre (RS), 19/06/2024 - Casas destruídas na ilha da Picada após chuvas e novos alagamentos. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

    Casas destruídas após chuvas e enchentes em Porto Alegre – Bruno Peres/Agência Brasil

    Em um ranking elaborado pelo Instituto Cidades Sustentáveis, que mede as estratégias de gestão de riscos das 26 capitais, Porto Alegre aparece em 22º lugar. Segundo o levantamento, a capital gaúcha tem verificadas 44% das 25 estratégias contra enchentes, inundações e deslizamentos de encostas. O desafio para a gestão que assumirá a prefeitura de 2025 a 2028 é chegar a 81% das estratégias cumpridas. Para 2030, a meta é chegar a 100%.

    Entre as estratégias avaliadas estão a elaboração de leis que contemplem a prevenção de enchentes ou inundações graduais, enxurradas ou inundações bruscas; legislação sobre o uso e ocupação do solo e mecanismos de controle e fiscalização para evitar ocupação em áreas suscetíveis aos desastres; além de plano de contingência.

    Jorge Abrahão alerta que, apesar de a questão do clima ser um tema global, as cidades devem se preparar para as consequências das mudanças climáticas. “A consequência das enchentes não está nas mãos de um governo municipal resolver, mas o que está nas mãos de um governo municipal resolver é a redução de riscos em relação a isso e os processos de adaptação que a gente pode ter, de mitigação dessas questões. E esse índice mostrou que Porto Alegre não estava preparada mesmo.”

    Segurança e transporte

    Em Curitiba, outra questão em debate nas eleições municipais é a segurança pública, especialmente na região central da cidade. “Estamos com um problema grave no centro de Curitiba, de segurança e de saúde pública, com muitos usuários e muito tráfico de drogas. E é preciso que o prefeito tome uma atitude quanto a isso na região central da cidade, que está bastante grave”, avalia o professor de ciência política da Universidade Federal do Paraná (UFPR) Bruno Bolognesi.

    Segundo estudo do ICS, Curitiba tem índice de homicídio juvenil masculino de 9,68 a cada 100 mil habitantes no caso de brancos e amarelos e de 8,84 para pretos, pardos e indígenas.

    O transporte público da capital paranaense, que já foi referência de qualidade para todo o país, também tem sido questionado na eleição municipal deste ano. “Curitiba já foi referência no Brasil em transporte público e hoje perdeu um pouco desse embalo, ficou um pouco estagnada no que foi feito nos anos 1990. Então faz 30 anos que não tem uma inovação”, diz Bolognesi.

    Em Porto Alegre, o debate sobre o transporte público envolve os impactos da desestatização da companhia de ônibus Carris, realizada no ano passado. “Isso atinge principalmente as regiões mais periféricas, os setores que mais necessitam”, diz a professora Silvana Krause.

    eleicoes curitiba e porto alegre

    Disputa

    Os candidatos Eduardo Pimentel (PSD) e Cristina Graeml (PMB) disputarão o segundo turno das eleições para a prefeitura de Curitiba no próximo dia 27 de outubro. No primeiro turno, Pimentel, que é o atual vice-prefeito, teve 313.347 votos, o que corresponde a 33,51% dos votos válidos. Cristina Graeml ficou com 291.523 votos, totalizando 31,17%.

    Em Porto Alegre, o segundo turno será disputado pelo atual prefeito, Sebastião Melo (MDB), que conquistou 345.420 votos (49,72%) no primeiro turno, e Maria do Rosário (PT), com a preferência de 182.553 eleitores (26,28%).

  • Jaguatirica resgatada em Mato Grosso encontra novo lar em zoológico de Curitiba

    Jaguatirica resgatada em Mato Grosso encontra novo lar em zoológico de Curitiba

    Um novo capítulo se inicia na vida de Bagheera, um filhote de jaguatirica que, após um período de cuidados intensivos, foi transferido para o zoológico de Curitiba. O animal, resgatado ainda filhote em uma região de mata em Santo Antônio do Leverger, Mato Grosso, passará a integrar o programa de conservação da espécie em cativeiro.

    Encontrado em estado frágil e sem a mãe, Bagheera foi acolhido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) e submetido a cuidados veterinários especializados. A médica veterinária Ana Laura Karliski descreveu os desafios e as conquistas durante o período de recuperação do felino: “Considerando tudo o que ele passou, o fato de ter tido obstrução e chegar com cistite já tão novo, nos causou uma preocupação imensa. Foi desafiador e gratificante, ao mesmo tempo, porque ele foi respondendo gradativamente ao tratamento e ao enriquecimento ambiental.”

    Após meses de cuidados, Bagheera foi considerado apto para ser transferido para um novo lar. O zoológico de Curitiba, reconhecido por sua expertise na manutenção de felinos em cativeiro, foi escolhido para acolher o animal. Em seu novo habitat, Bagheera terá à disposição um grande recinto com diversas estruturas para escalada, esconderijos e exploração, proporcionando um ambiente enriquecedor e estimulante para seu desenvolvimento.

    Importância da conservação

    A transferência de Bagheera para o zoológico de Curitiba reforça a importância dos programas de conservação de espécies em cativeiro. Ao garantir a sobrevivência de indivíduos como Bagheera, esses programas contribuem para a preservação da diversidade genética da espécie e para a possibilidade de futuras reintroduções na natureza, caso as condições ambientais sejam adequadas.

    A importância do resgate e dos cuidados veterinários

    O caso de Bagheera demonstra a importância do trabalho de resgate e reabilitação de animais silvestres. Graças aos cuidados especializados recebidos, o filhote de jaguatirica teve a oportunidade de se recuperar e encontrar um novo lar onde poderá viver com qualidade de vida.

  • Curitiba: previsão do tempo para 29 de dezembro de 2023

    Curitiba: previsão do tempo para 29 de dezembro de 2023

    O dia 29 de dezembro de 2023 em Curitiba será de muitas nuvens, com tendência de elevação das temperaturas máxima (32°C) e mínima (18°C). A umidade relativa do ar variará entre 20% e 90%, e a intensidade do vento será fraca pela manhã e moderada à tarde.

    Previsão para a manhã

    A manhã será de muitas nuvens, com temperatura mínima de 18°C. A umidade relativa do ar variará entre 20% e 90%, e a intensidade do vento será fraca.

    Previsão para a tarde

    A tarde será de muitas nuvens, com temperatura máxima de 32°C. A umidade relativa do ar variará entre 20% e 90%, e a intensidade do vento será moderada.

    Previsão para a noite

    A noite será de muitas nuvens, com temperatura mínima de 18°C. A umidade relativa do ar variará entre 20% e 90%, e a intensidade do vento será fraca.

    Não há previsão de chuva para o dia 29 de dezembro de 2023 em Curitiba.

  • Confira a previsão do tempo hoje em Curitiba, sexta-feira dia 28 de Julho de 2023

    Confira a previsão do tempo hoje em Curitiba, sexta-feira dia 28 de Julho de 2023

    Agora em Curitiba, o dia está nublado, veja como está o clima de hoje nesta sexta-feira 28 de Julho de 2023.

    Na previsão de hoje, teremos temperaturas que variam para mínima de 10°C à máxima de 20°C. Hoje o sol nasce às 06h57 da manhã e se põe às 05h50 da tarde.

    A temperatura agora está em 15°C, com umidade de 95% e vento à 6km/h. Os barômetros registram a pressão atmosférica de 1024.7(hPa), estes dados foram coletados hoje às 09h04.

    Clima para este final de semana em Curitiba

    Neste sábado dia 29, a previsão é de Nublado, com mínima de 9°C e máxima de 15°C. Já no domingo dia 30, a meteorologia prevê um dia Parcialmente nublado, com mínima de 8°C e máxima de 19°C.

    Previsão do tempo para amanhã e os próximos dias em Curitiba

    Veja como será o clima para os próximos 10 dias em Curitiba, fique atento para um dia nublado.

    Meteorologia para sexta-feira(28/07/2023) até segunda-feira(07/08/2023)
    DiaClimaMin.Max.
    Sexta-Feira(28/07)Nublado10°C20°C
    Sábado(29/07)Nublado9°C15°C
    Domingo(30/07)Parcialmente nublado8°C19°C
    Segunda-Feira(31/07)Parcialmente nublado9°C22°C
    Terça-Feira(01/08)Parcialmente nublado10°C24°C
    Quarta-Feira(02/08)Ensolarado9°C25°C
    Quinta-Feira(03/08)Ensolarado11°C25°C
    Sexta-Feira(04/08)Maior parte nublado11°C26°C
    Sábado(05/08)Nublado8°C16°C
    Domingo(06/08)Tempo de chuva12°C24°C
    Segunda-Feira(07/08)Parcialmente nublado10°C24°C

    Confira também a previsão do tempo para outras cidades:

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  • Gasolina mais cara faz pessoas trocarem carro por ônibus, prova estudo

    Gasolina mais cara faz pessoas trocarem carro por ônibus, prova estudo

    É razoável imaginar que, com o aumento do preço dos combustíveis, muitas pessoas deixem de se deslocar de carro e recorram ao transporte público. Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR) resolveram investigar a questão de forma mais aprofundada e criaram modelos matemáticos que permitiram provar essa relação com base na realidade de Curitiba.

    Segundo os cálculos dos pesquisadores, os ônibus de trânsito rápido (BRT) da capital paranaense lidam com um aumento de 5 mil passageiros mensais cada vez que o litro da gasolina sobe R$ 0,10.

    As conclusões foram publicados na revista Sustainability, referência internacional em pesquisas interdisciplinares sobre sustentabilidade ambiental, cultural, econômica e social. O estudo reuniu informações relativas a um intervalo de dez anos. Dois modelos matemáticos foram criados e aplicados para analisar as variações no preço dos combustíveis, nas tarifas do transporte público, no número de passageiros e no volume de veículos nas ruas entre janeiro de 2010 e dezembro de 2019.

    Segundo o pesquisador Luis André Wernecke Fumagalli, do Grupo de Pesquisas em Cidade Digital Estratégica da PUC-PR e um dos autores do estudo, as pessoas levam em conta diversos fatores quando definem como vão se deslocar. Entre os fatores, estão a duração da viagem, a segurança e o conforto. O custo também exerce influência determinante. “Se os preços do combustível e da tarifa do transporte público ficarem estáveis, a tendência é que as pessoas mantenham sua opção.”

    As variações no número de passageiros foram apuradas a partir do histórico das seis linhas do BRT de Curitiba, que cruzam e conectam a capital paranaense em várias direções e representam quase 30% do total de usuários transportados diariamente na cidade.

    O estudo revela que cada carro na rua representa, em média, 25 passagens a menos vendidas no transporte público da capital paranaense. Fumagalli observa que muitas pessoas fazem sua escolha conforme a situação de momento. “O proprietário não vende o carro e começa a andar de ônibus. Ele deixa na garagem. E aí, quando ele volta a achar que vale mais a pena usar o carro, ele para de se locomover por transporte público.”

    Esse cenário, no entanto, geralmente não ocorre com o motociclista. De acordo com Fumagalli, aqueles que adquirem uma motocicleta tendem a não voltar a usar o transporte público. Diante desse movimento, o volume de motocicletas nas ruas vem aumentando consideravelmente.

    “Em Curitiba, isso se observa no dia a dia o tempo inteiro”, afirma Fumagalli.

    Gestão estratégica

    Obter conclusões que contribuam para pensar uma gestão estratégica da cidade foi uma das principais preocupações dos pesquisadores. Para Fumagalli, a partir dos dados levantados, é possível discutir melhores práticas para a administração pública, envolvendo, por exemplo, a alocação de recursos.

    “O município precisa investir no transporte público, na estrutura viária, na gestão do trânsito para acomodar, por exemplo, as motocicletas. Com maior número de motocicletas nas ruas, normalmente, ocorrem mais acidentes. No caso do transporte público, o número de passageiros é cada vez menor. E o serviço precisa ser viável economicamente”, observa o pesquisador.

    Ele ressalta que não se pode imaginar que tirar pessoas dos ônibus é bom. “Com menos passageiros, a passagem vai precisar ser mais cara para manter o funcionamento [do transporte público. E carro demais também é problema, porque passa a ter muito engarrafamento.”

    Um dos desafios dos municípios é avaliar como o aumento do preço dos combustíveis impacta na sustentabilidade do transporte público. Isso porque o serviço passa a ter simultaneamente mais despesas, para abastecer os veículos, e maior arrecadação, com o aumento do número de passageiros que passam a deixar o carro na garagem. Para os pesquisadores, não é possível fazer generalizações, já que cada cidade lida de forma diferente com o sistema de transporte público. Ainda que a operação seja realizada por concessionárias privadas na maioria das grandes cidades, muitas vezes, elas recebem subsídios municipais.

    “Em Curitiba, quando o preço do combustível sobe, há uma compensação feita pela prefeitura. Eventualmente, alguns aumentos acabam sendo repassados para o usuário nos reajustes da tarifa, mas não é algo linear”, pontua Fumagalli. Segundo o pesquisador, a série histórica das tarifas revela que estas não acompanham a frequência de aumentos do preço dos combustíveis.

    Para permitir o aprofundamento das análises, o estudo terá continuidade. A próxima etapa pretende incluir as bicicletas na equação.

    De acordo com Fumagalli, a bicicleta é uma solução ecológica e sustentável do ponto de vista ambiental, mas a ampliação das ciclovias pode acabar gerando impactos sociais e econômicos, se resultar, por exemplo, na subtração de passageiros de ônibus. “O desafio de gerenciamento é encontrar uma união ótima entre o ônibus, o carro, a bicicleta, que se complementam”, conclui.