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  • Lideranças de favelas discutem propostas para apresentar ao G20

    Lideranças de favelas discutem propostas para apresentar ao G20

    Lideranças e moradores de favelas se reúnem neste sábado (24), em vários estados, para discutir as demandas das comunidades a serem apresentadas na Cúpula do G20, em novembro próximo, no Rio de Janeiro. A mobilização é organizada pela Central Única das Favelas (Cufa), em parceria com a Frente Parlamentar das Favelas e a Frente Nacional Antirracista, e faz parte de um esforço nacional que começou em março, com a realização de conferências em mais de 3 mil favelas de todo o Brasil.

    Agora, as conferências estaduais vão consolidar uma agenda coletiva, com temas como segurança, acesso ao mercado de trabalho, saúde, educação, cultura, economia local, entre outros temas. No Rio de Janeiro, o encontro ocorre na sede da Cufa, instalada sob o Viaduto de Madureira, reduto de manifestações culturais negras, na zona norte da capital. A expectativa é reunir mais de 400 participantes.

    O fundador da Cufa, Celso Atayde, destacou que as lideranças das favelas querem garantir que as vozes das periferias sejam ouvidas no cenário global. No Rio, as lideranças decidirão os assuntos mais importantes que serão levados à Cúpula do G20. “Eu poderia dizer que algumas das demandas que mais tiveram peso foram as da área da saúde, o combate à perseguição religiosa nas favelas, principalmente às religiões de matrizes africanas, e também a oportunidade que devem receber às pessoas egressas do sistema penitenciário. Outro tema que foi muito discutido foi o empreendedorismo nas comunidades, que emprega, gera receita e renda, diminuindo as desigualdades sociais”, acrescentou Athayde.

    Essas conferências estaduais marcam um processo de engajamento e envolvimento das favelas em discussões importantes para o desenvolvimento social. A finalidade é criar um documento robusto e coeso que represente com precisão as demandas e perspectivas das favelas em nível nacional.

    A Cúpula do G20 vai trazer à capital fluminense chefes de Estado e ministros dos 19 países mais ricos do mundo, além da União Europeia e da União Africana, para tratar dos desafios globais.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Central Única das Favelas distribui livros a bibliotecas comunitárias

    Central Única das Favelas distribui livros a bibliotecas comunitárias

    A Central Única das Favelas do Rio de Janeiro (Cufa Rio) está distribuindo mais de 150 mil livros para ampliar o acervo de mais de 100 bibliotecas comunitárias do estado. Neste domingo (23), Dia Mundial do Livro, data criada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), foram entregues volumes para cerca de 20 comunidades.

    Os livros foram doados por uma empresa multinacional de varejo online. Eles seriam descartados para abrir espaço nos estoques da loja e acabaram sendo doados para a Cufa, a fim de que chegassem aos leitores de favelas fluminenses, segundo o presidente da Cufa Rio, Wellington Galdino.

    A distribuição começou em 1º de abril. A previsão é concluir a entrega dos livros nos próximos dias. Além das bibliotecas, os livros poderão ser usados em projetos literários das favelas.

    “Além da capital, já foram livros para Caxias, Nova Iguaçu, São Gonçalo, Angra dos Reis, Paraty, Volta Redonda. O livro é um dos maiores meios de absorver conhecimento. É uma das coisas que mais despertam o raciocínio e a inteligência humanos”, afirmou Galdino, enquanto ajudava a carregar uma kombi, na sede da Cufa Rio, embaixo do viaduto de Madureira, com livros que seriam levados à comunidade do Faz-quem-quer, localizada perto dali.

    Segundo Galdino, um dos focos principais das doações dos livros são as crianças. “A gente quer estimular a leitura, que é algo que vem se perdendo, por causa da internet e de várias outras distrações. Essa doação vem em boa hora e é muito importante a gente estimular a leitura dentro das favelas do estado”.

    Além dos livros de ficção em língua portuguesa, foram recebidos muitos volumes de literatura em língua inglesa e também livros técnicos, como aqueles voltados ao estudo do direito.

    Essas obras estão sendo separadas para públicos específicos que possam aproveitar melhor esse material.

    Galdino explicou também que a Cufa Rio trabalha permanentemente com a doação de livros, distribuindo material para mais de 130 bibliotecas comunitárias cadastradas.

    Edição: Graça Adjuto