Tag: crimes

  • Polícia prende homem com 452 cartões no Sambódromo em São Paulo

    Polícia prende homem com 452 cartões no Sambódromo em São Paulo

    A polícia de São Paulo prendeu um homem de 38 anos de idade que aplicava o golpe da maquininha e estava em posse de 452 cartões bancários no Sambódromo do Anhembi, na capital paulista. O homem tentou fugir no momento em que foi abordado pelos policiais, na noite deste sábado (10).

    Por volta das 23h, os policiais avistaram dois homens em atitude suspeita em meio aos populares no Sambódromo. De acordo com a SSP, assim que os suspeitos perceberam a aproximação dos agentes, correram em direção à multidão, mas os investigadores conseguiram abordar um deles, que tentou se desfazer de uma bolsa que carregava. No interior havia 452 cartões bancários de diferentes instituições, além de uma máquina de cartão.

    “Entre os cartões apreendidos, os policiais localizaram dois que tinham boletim de ocorrência anterior, um por roubo em junho do ano passado, e o outro por furto, em setembro. O restante do material foi apreendido e encaminhado à perícia para dar prosseguimento à pesquisa”, informou a SSP, em nota.

    O golpe da maquininha ocorre quando as vítimas dão o cartão bancário ao criminoso para efetuar uma compra, e digitam a senha no equipamento. O aparelho, com um software malicioso, memoriza a senha. O falso comerciante, então, devolve à vítima um cartão trocado e fica com o original. Dessa forma, o criminoso obtém o cartão e a senha.

    A polícia prendeu também sete pessoas que estavam praticando crimes nos blocos de rua, na tarde de sábado (10). Em um dos casos, os policiais identificaram uma mulher que estava escondendo celulares furtados em uma bolsa. Foram localizados 22 aparelhos com a suspeita.

    Ao todo, os agentes conseguiram recuperar 55 aparelhos furtados, até o início da noite deste sábado. As ocorrências foram registradas nas delegacias das regiões onde os blocos estavam concentrados.

    Aplicativo

    O governo federal, em parceria com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), apresentou em dezembro o aplicativo Celular Seguro para impedir o acesso dos criminosos a aplicativos financeiros e dados pessoais em caso de roubo ou furto de celulares.

    O aplicativo e o site Celular Seguro permitem bloquear o aparelho, a linha telefônica e os aplicativos bancários em poucos cliques.

    Após baixar o aplicativo ou acessar o site, é preciso fazer o login por meio da conta Gov.br. O usuário deverá cadastrar seu aparelho informando o número, marca e modelo. Pode ser registrado mais de um dispositivo, mas a linha deve estar cadastrada no CPF do usuário.

    O sistema permite o cadastro de uma ou mais pessoas de confiança, que poderão auxiliar criando ocorrências em nome do usuário. Em caso de perda ou roubo, o usuário ou a pessoa de confiança poderá registrar uma ocorrência por meio do site ou do aplicativo.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Operação da PCDF investiga grupo suspeito de estelionato

    Operação da PCDF investiga grupo suspeito de estelionato

    A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) deflagrou na manhã desta quinta-feira (24) a Operação Nexum. O objetivo é reprimir a prática de crimes contra a fé pública e associação criminosa, além de crimes cometidos em prejuízo do erário do Distrito Federal. Em nota, a corporação informou que cumpre dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão.  

    “O principal alvo da operação e mentor do esquema coleciona registros criminais por falsificação de documentos, estelionato, organização criminosa, peculato, lavagem de dinheiro, corrupção ativa, uso de documento falso e disparo de arma de fogo e, no ano de 2023, já foi alvo de duas operações da PCDF”, destacou o comunicado.

    De acordo com a PCDF, materiais apreendidos em ambas as operações abriram caminho para uma nova investigação, que revelou um esquema de fraudes com crimes de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, com o objetivo final de blindar o patrimônio dos envolvidos.

    “A investigação apontou para a existência de uma associação criminosa cuja estratégia para obter indevida vantagem econômica passa pela inserção de um terceiro, testa de ferro ou laranja, para se ocultar o verdadeiro proprietário das empresas de fachada ou empresas fantasmas, utilizadas pelo alvo principal e seus comparsas.”

    A corporação destacou que o principal investigado e um de seus comparsas criaram uma pessoa de nome Antonio Amancio Alves Mandarrari, cuja identidade falsa foi usada para abertura de conta bancária e para figurar como proprietário de pessoas jurídicas na condição de laranja.

    Os policiais civis descobriram ainda que os investigados forjam relações de faturamento e outros documentos das empresas investigadas, utilizando-se de dados de contadores sem o consentimento deles, inserindo declarações falsas e mantendo movimentações financeiras suspeitas entre si, inclusive com o possível envio de valores para o exterior.

    Mandados

    Os mandados de busca e apreensão, segundo a PCDF, foram cumpridos no Distrito Federal e em Santa Catarina.

    “No Distrito Federal, as ordens foram cumpridas em Águas Claras e no Sudoeste, em desfavor do alvo principal e de dois comparsas, sendo um deles um testa de ferro usado pelo grupo para figurar como proprietário das empresas e, ainda, na Asa Sul, em um mesmo endereço em que estão registradas uma empresa vinculada ao principal investigado e outra vinculada a um dos demais envolvidos, o qual também foi alvo de busca em sua residência localizada em Balneário Camboriú (SC).”

    Também foi cumprido um mandado de prisão preventiva em desfavor do mentor do esquema. Outro investigado teve sua prisão decretada, mas, de acordo com a corporação, encontra-se foragido e também é procurado em razão de um homicídio ocorrido em Planaltina (DF).

    “As diligências de hoje visam apreender bens e documentos especificamente relacionados aos fatos apurados no âmbito da investigação policial, bem como colher outros elementos de convicção relacionados aos investigados.”

    Os investigados são suspeitos dos crimes de falsidade ideológica, associação criminosa, estelionato, crimes contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro.

    Edição: Valéria Aguiar

  • Disque-Denúncia leva à prisão 445 criminosos no Rio de Janeiro

    Disque-Denúncia leva à prisão 445 criminosos no Rio de Janeiro

    O Disque-Denúncia, serviço que auxilia no combate ao crime, criado em 1995, quando a cidade vivia uma onda de extrema violência, divulgou um balanço dos primeiros seis meses deste ano. Até junho, o serviço registrou 36.375 denúncias anônimas sobre atividades criminosas em todo o estado do Rio de Janeiro. Foram passadas aos órgãos de segurança informações que levaram a prisão de 445 criminosos, apreensão de 32 fuzis, 190 pistolas e revólveres, 30 granadas e 2.593 munições para variados calibres de armas.

    Após denúncias passadas às polícias Civil e Militar, foram retiradas das ruas, no primeiro semestre deste ano, 647 toneladas de barricadas instaladas por traficantes e milicianos para impedir a entrada da polícia nas comunidades, 9.779 unidades de crack, 700 frascos de cheirinho da loló e mais de uma tonelada de maconha e cocaína.

    O Linha Verde, canal voltado para denúncias de crimes ambientais, recebeu mais de 9 mil denúncias de desmatamento florestal, guarda e comércio ilegal de animais silvestres, comércio e soltura de balões e de maus tratos contra animais. Ao todo, 315 balões, além de 3 toneladas de carvão foram apreendidas em fornos irregulares. Mais de 340 pássaros silvestres foram retirados de cativeiros e devolvidos à natureza.

    O serviço recebe denúncias pelo telefone (21) 2253-1177, pelo WhatsApp e pelo aplicativo Disque Denúncia RJ, disponível gratuitamente nas plataformas Android e iPhone.

    O denunciante fica no anonimato e recebe uma premiação em dinheiro, em caso de denúncias que levem à prisão de criminosos, que tenham o rosto divulgado no Portal dos Procurados.

    Edição: Fernando Fraga

  • Ministério Público investiga manipulação de resultados na Série A

    Ministério Público investiga manipulação de resultados na Série A

    O Ministério Público de Goiás (MP-GO) deflagrou nesta terça-feira (18) uma operação para cumprir mandados de prisão e de busca e apreensão em 16 municípios de seis estados (Goiás, São Paulo, Rio de Janeiro, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Santa Catarina) para desbaratar uma associação criminosa especializada em manipulação de resultados de jogos de futebol para favorecer apostas esportivas.

    “A investigação indica que as manipulações eram diversas e visavam, por exemplo, assegurar a punição a determinado jogador por cartão amarelo, cartão vermelho, cometimento de penalidade máxima, além de assegurar número de escanteios durante a partida e, até mesmo, o placar de derrota de determinado time no intervalo do jogo. Há indícios de que as condutas previamente solicitadas aos jogadores buscavam possibilitar que os investigados conseguissem grandes lucros em apostas realizadas em sites de casas esportivas, utilizando, ainda, contas cadastradas em nome de terceiros para aumentar os rendimentos”, diz nota emitida pela assessoria de imprensa do MP-GO.

    Segundo as investigações realizadas na Operação Penalidade Máxima II, “há suspeitas de que o grupo criminoso tenha concretamente atuado em, pelo menos, cinco jogos da Série A do futebol-ao-vivo/”>Campeonato Brasileiro de Futebol de 2022, bem como em cinco partidas de campeonatos estaduais”.

    Em coletiva realizada na tarde desta terça, o promotor Fernando Cesconetto, do MP-GO, informou que “a investigação partiu de cinco partidas na reta final do Brasileirão de 2022”: Santos x Avaí (disputada no dia cinco de novembro, e na qual há a suspeita de haver um esquema para um atleta do Santos tomar cartão amarelo), Bragantino x América-MG (disputada no dia cinco de novembro e na qual há a suspeita de haver esquema para jogador do Bragantino receber amarelo), Goiás x Juventude (realizada em cinco de novembro e na qual dois atletas do Juventude estariam acertados para tomar amarelo), Cuiabá x Palmeiras (disputada em seis de novembro e na qual um jogador do Cuiabá deveria receber amarelo), Santos x Botafogo (disputada no dia dez de novembro e no qual um jogador do Santos deveria tomar vermelho).

    No decorrer da investigação ainda foi apurado que pode haver também um esquema envolvendo a partida entre Palmeiras e Juventude (disputada em 10 de setembro e no qual um jogador do Juventude deveria tomar um amarelo). Segundo o promotor do MP-GO, cada atleta cooptado pela quadrilha para o esquema das partidas da Série A do Brasileiro receberia entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para forçar uma punição.

    Na coletiva, Fernando Cesconetto também informou que “foram emitidos 20 mandados de apreensão [um em Goiás, três no Rio Grande do Sul, dois em Santa Catarina, um no Rio de Janeiro, dois no Pernambuco e 11 no estado de São Paulo] além de terem sido efetuadas três prisões preventivas no estado de São Paulo. Entre os investigados estão jogadores e intermediários, não descartando que essas pessoas também sejam jogadores de futebol”.

    “O esquema de cooptação de atletas de futebol existe há anos, acho que chegou o momento de discutir entre atletas e clubes a necessidade de investir na atividade de compliance [garantir que as regras sejam cumpridas]. Segundo a CBF, as casas de apostas possuem esses mecanismos, mas precisamos conhecer”, declarou o coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Rodney da Silva.

    Operação Penalidade Máxima

    A Operação Penalidade Máxima II é um desdobramento da Operação Penalidade Máxima, deflagrada em fevereiro de 2023 e que resultou no oferecimento de denúncia, já recebida pelo Poder Judiciário, com imputação dos crimes de integrar organização criminosa e corrupção em âmbito desportivo.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Polícia Federal deflagra operação contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa

    Polícia Federal deflagra operação contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e organização criminosa

    A Polícia Federal deflagrou hoje (14) a Operação Fair Play, com o objetivo de reprimir “crimes contra o sistema financeiro nacional, contra a economia popular, lavagem de dinheiro e organização criminosa”.

    Segundo os investigadores, as ações de hoje dão sequência a apurações que vêm sendo feitas desde 2021, e que “ainda persistem”, contra um “grupo empresarial no ramo de investimentos financeiros”, ligado à promoção de eventos, em especial shows.

    Cerca de 50 policiais federais participam da operação de hoje, para o cumprimento de sete mandados de prisão temporária e 18 ordens judiciais de busca e apreensão nas cidades de Manaus, Boa Vista, Belém e Natal.

    “Além dos mandados, foi determinado o bloqueio de bens e valores das pessoas físicas e jurídicas investigadas, tal como o sequestro de bens móveis e imóveis que, eventualmente, estejam em sua posse”, informou a PF.

    Eventos

    De acordo com os investigadores, a empresa investigada está ligada a um grupo empresarial que atua “nos mais diversos segmentos comerciais” relacionados a promoção de eventos como shows com “atrações nacionais na cidade de Manaus, campeonatos de pescaria, patrocínio de equipe de e-sports, até a compra e venda de automóveis”.

    Para ter sucesso nessa empreitada, os suspeitos adotaram como estratégia a de atrair principalmente servidores públicos e aposentados.

    “Em um período de 2 anos, o grupo empresarial investigado movimentou, aproximadamente, R$ 156 milhões. Os sócios e representantes, por sua vez, apresentaram evolução patrimonial meteórica, enquanto ostentavam um alto padrão de vida em redes sociais, residindo em condomínios de luxo, realizando viagens nacionais e internacionais e adquirindo veículos e embarcações também de luxo”, detalhou a PF.

    Segundo a PF, estão sendo apuradas práticas criminosas que vão desde crimes contra o sistema financeiro e a economia popular, até lavagem de dinheiro e organização criminosa, dentre outros. Se somadas, as penas podem ultrapassam 30 anos de prisão.

    Edição: Fernando Fraga

  • Governo Federal leiloa bens relacionados a crimes de lavagem de dinheiro no Mato Grosso

    Governo Federal leiloa bens relacionados a crimes de lavagem de dinheiro no Mato Grosso

    Dez lotes de bens imóveis no Mato Grosso serão leiloados pelo Governo Federal. É o maior leilão da história já realizado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.

    “No ano em que o Ministério da Justiça e Segurança Pública comemora seus 199 anos de existência, a Secretaria Nacional de Política sobre Drogas (Senad) realiza o seu maior leilão da história, cujos bens estão avaliados em mais de R$ 80 milhões”, disse o secretário Nacional de Políticas sobre Drogas, Luiz Roberto Beggiora.

    Todo o patrimônio que será leiloado está relacionado a crimes de lavagem de dinheiro. Entre bens, há fazenda, salas comerciais e terrenos urbanos.

    “São bens apreendidos em Mato Grosso que pertenceram a João Arcanjo Ribeiro, que foi condenado por jogo do bicho e lavagem de dinheiro. Serão vendidos vários imóveis urbanos e rurais, salas comerciais, alguns avaliados em mais de R$ 10 milhões”, acrescentou o secretário.

    Lances na internet

    Os lances, de forma on line, podem ser realizados até o dia 22 de julho.

    Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os lances iniciam abaixo do valor avaliado, o equivalente a 75% do preço de mercado; e o pagamento pode ser parcelado.

    Todo recurso arrecadado é destinado aos cofres públicos. Quando os bens leiloados vêm de crimes relacionados ao tráfico de drogas, o dinheiro é destinado ao Fundo Nacional Antidrogas (Funad) para financiar projetos de segurança pública e combate à entorpecentes no país.

    “É uma boa oportunidade para adquirir um bem abaixo do valor do mercado e ainda contribuir para descapitalização do crime organizado. Os recursos da venda desses bens serão aplicados em políticas públicas na área de segurança no estado”, finalizou Luiz Roberto Beggiora.

    Leilões no país

    A venda de bens apreendidos pelas forças policiais no combate ao crime é realizada sempre por meio de leilões do Ministério da Justiça e Segurança Pública. São colocados à venda carros, motocicletas, aeronaves, terras, embarcações, apartamentos, cabeças de gado e itens de luxo, como diamantes e ouro.

    Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, até 2018, eram realizados, em média, seis leilões por ano. De 2019 para cá, esse número vem aumentando. Em 2020, foram realizados quase 100 leilões de bens apreendidos. Todo o valor arrecadado é revertido de volta à sociedade para o fortalecimento de políticas públicas.

     

  • Gaeco apura indícios de crime na concessão de benefícios fiscais no Mato Grosso

    Gaeco apura indícios de crime na concessão de benefícios fiscais no Mato Grosso

    Integrantes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado no Estado do Mato Grosso (Gaeco) estão investigando indícios de supostos crimes cometidos por funcionários de empresas distribuidoras de medicamentos em associação com servidores públicos estaduais.

    As evidências já reunidas motivaram o Ministério Público estadual (MP-MT) e a Polícia Militar (PM) a deflagrar hoje (4) uma operação para cumprir quatro mandados de busca e apreensão em endereços ligados a alguns dos investigados, cujos nomes não foram divulgados. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

    Segundo o MP, as provas recolhidas esta manhã, na chamada Operação Sem Receita, contribuirão para o aprofundamento da investigação de supostos crimes de corrupção passiva e ativa, organização criminosa e lavagem de dinheiro.

    Ainda de acordo com membros do Gaeco, agentes públicos erram corrompidos para conceder a distribuidoras de remédios benefícios fiscais previstos no Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial do Estado de Mato Grosso (Prodeic), criado em 2003 e então administrado pela extinta Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme).

    As supostas fraudes na concessão dos incentivos teriam ocorrido em 2014, mas as vantagens financeiras foram obtidas nos anos seguintes e podem ter causado um prejuízo aos cofres públicos estaduais superior a R$ 27 milhões.

    Em nota, a secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec) informou que o processo de concessão dos benefícios fiscais foi reformulado em 2019. “A lei estadual nº 631/2019 transformou a concessão de incentivos fiscais em uma adesão. Desta forma, qualquer empresário pode acessar o site da Sedec ou da Sefaz e aderir aos benefícios, tornando o processo seguro, transparente e isonômico”, informou a pasta.

    Operação Sodoma

    Denúncias de irregularidades na concessão de benefícios fiscais por meio do Prodeic vêm sendo investigadas há anos, tendo levado para a prisão o já então ex-governador Silval Barbosa (2010-2014) e secretários de estado da equipe de Barbosa, alvos da Operação Sodoma.

    A operação, cujo nome foi escolhido em referência à cidade de Sodoma (cuja destruição o Velho Testamento atribui ao comportamento dos habitantes), foi deflagrada em setembro de 2015, em virtude de um inquérito policial que apurou a existência de uma organização criminosa instalada no alto escalão do Poder Executivo mato-grossense.

    Já na época, o Ministério Público estadual apontou que, entre 2011 e 2014, membros do governo receberam propina de empresas privadas em troca da concessão de incentivos do Prodeic e da manutenção de contratos de prestação de serviços.

    A Operação Sodoma teve ainda outras fases, durante as quais investigadores afirmam ter reunido evidências de que as práticas ilícitas envolvendo agentes públicos estaduais do primeiro escalão ocorriam já em gestões anteriores.

    Investigado também no âmbito da Operação Ararath – deflagrada em 2013, pela Polícia Federal (PF), para apurar crimes financeiros -, Barbosa assinou um acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR), em 2017.

    A partir das informações fornecidas pelo ex-governador, procuradores concluíram que empresários e políticos locais tinham formado uma organização criminosa para garantir a “manutenção da governabilidade e o pagamento de dívidas de campanha”, cobrando propinas em obras do governo.

    Em 2017, Barbosa foi condenado a 13 anos e sete meses de prisão por fatos apurados no âmbito da Operação Sodoma. No entanto, por ter confessado seus crimes e assinado o acordo de delação com a PGR, o ex-governador passou apenas cerca de dois anos detido no Centro de Custódia de Cuiabá antes de obter progressão para o regime de prisão domiciliar.

    Um dos citados na delação de Barbosa foi seu antecessor no governo mato-grossense, o ex-governador e ex-senador pelo Mato Grosso, Blairo Maggi, a quem a PGR denunciou  por corrupção, em 2018. Maggi nega as acusações. Quando foi denunciado, o então ministro da Agricultura alegou que os fatos já tinham sido apurados e as suspeitas descartadas, com o arquivamento do inquérito por falta de provas.