Tag: crimes ambientais

  • Inteligência Artificial na Vanguarda: Mato Grosso investe para combater crimes ambientais

    Inteligência Artificial na Vanguarda: Mato Grosso investe para combater crimes ambientais

    O governador Mauro Mendes anunciou, nesta quinta-feira (18.04), que Mato Grosso vai passar a usar inteligência artifical para evitar que ocorra casos de desmatamento químico, como o detectado na Operação Cordilheira, deflagrada pela Polícia Civil neste mês de abril.

    “Nossos sistemas não estavam configurados para a detecção de casos de desmatamento químico, como ocorreu, mas já tomamos as providências e eles estarão preparados em breve, usando de inteligência inicial para detecção de qualquer alteração no bioma, não só na forma histórica e tradicional, de desmatamento com máquinas, mas também nesses casos de desmatamento químico”, afirmou.

    A fala ocorreu durante evento de assinatura de um termo de cooperação para proteção do Pantanal, firmado com o Ministério do Meio Ambiente, em parceria com o Governo de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande (MS).

    O governador destacou que Mato Grosso tem feito investimentos robustos para combater crimes ambientais, como o uso de satélites para monitoramento em tempo real, e tem trabalhado de forma integrada com o Governo de Mato Grosso do Sul para a preservação do Pantanal, como no combate aos incêndios florestais.

    Mauro ponderou que, no entanto, os esforços precisam ser somados à leis mais duras, reiterando a defesa pelo perdimento da terra em casos de crimes ambientais como o desmatamento ilegal.

    “Não é possível imaginar que nós possamos continuar convivendo com velhos problemas. Mato Grosso investe, todos os anos, mais de R$ 70 milhões para combater desmatamento e queimadas ilegais, e todos os anos tem pessoas que insistem em teimar e continuar praticando esse crime. Isso significa que os instrumentos legais que são tomados não são suficientes para mudar a cultura de uma sociedade. Precisamos deixar de conviver naturalmente com velhos problemas e trazer medidas novas, disruptivas, que às vezes assustam, mas são necessárias para romper com esse velho paradigma”, apontou.

    A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, também criticou a confiança na impunidade daqueles que cometem crimes ambientais e afirmou que a parceria firmada entre os Governos de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e o Governo Federal, aliada ao uso de tecnologias, é um importante passo para o combate à criminalidade.

    “O Governo Federal, junto com os dois estados, dizendo que vamos atuar conjuntamente, está avisando uma coisa para os que cometem ilegalidade: de que não adianta e que não terão para onde ir. Isso diminui a expectativa de impunidade. A gente unir esforços para trabalhar, utilizando mecanismos de inteligência, é importante para que os criminosos saibam que eles estão sendo investigados para além da superíficie, com um olhar por dentro, para pegar a criminalidade”, afirmou.

    O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel, afirmou que a assinatura da cooperação entre os Estados é um gesto de comprometimento dos Estado para a preservação do bioma.

    “Ao estreitarmos nossas ações em conjunto, e aqui validado pelo Ministério do Meio Ambiente, nós envolvemos todas as instituições, porque o Estado sozinho não consegue enfrentar esse desafio. Essa é uma tarefa de todos nós, para que a gente consiga criar uma cultura de proteção permanente de preservação do Pantanal, preservando o bioma e as atividades que lá estão”, afirmou.

    Cooperação pelo Pantanal

    O termo de cooperação para proteção do Pantanal foi assinado em parceria com o Governo Federal e o Governo de Mato Grosso do Sul durante o Seminário sobre as Causas e Consequências do Desmatamento no Pantanal, realizado em Campo Grande, pelo Ministério do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas.

    O documento aponta o comprometimento dos estados para unificar e compatilizar as leis sobre o uso dos recursos naturais do Pantanal, e indica a elaboração de um Plano Integrado de Prevenção, Preparação, Resposta e Responsabilização a Incêndios Florestais.

    Estiveram no evento, na comitiva de Mato Grosso, os secretários de Estado César Roveri (Segurança) e Mauren Lazzaretti (Meio Ambiente); o comandante-geral do Corpo de Bombeiros, coronel BM Alessandro Borges, e o promotor de Justiça Marcelo Vacchiano, do Ministério Público de Mato Grosso.

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  • Operação Garimpo Juruena: 5 presos por crimes ambientais e porte ilegal de armas

    Operação Garimpo Juruena: 5 presos por crimes ambientais e porte ilegal de armas

    Nova Bandeirantes (MT) – Uma operação conjunta da Polícia Militar e Civil de Mato Grosso resultou na prisão de cinco pessoas em um garimpo ilegal na região do Rio Juruena, em Nova Bandeirantes, na manhã desta sexta-feira (2). Entre os detidos está um homem, investigado por cinco homicídios.

    A ação, batizada de “Operação Garimpo Juruena”, teve início por volta das 6h, após denúncias de atividades ilegais no local. Ao chegarem ao garimpo, os policiais flagraram cinco indivíduos em pleno exercício do crime.

    Durante buscas pelo local, foi apreendido armas de fogo, munições, ouro sem documentação, dinheiro e insumos para fabricação de munições. Os 5 criminosos foram presos em flagrante e encaminhados a delegacia para as providências que o caso requer.

  • MP afirma que ação do governador foi primordial para sucesso de operação contra crimes ambientais

    MP afirma que ação do governador foi primordial para sucesso de operação contra crimes ambientais

    Promotor de Justiça, Marcelo Caetano Vacchiano, afirmou que a atuação do governador Mauro Mendes foi primordial para o sucesso da Operação Desbaste, deflagrada pelo Grupo de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra crimes ambientais, nesta quinta-feira (21.09). No total, 37 ordens judiciais são cumpridas em sete municípios do Estado.

    São 20 mandados de buscas e apreensões e 17 medidas cautelares expedidas pelo Núcleo de Inquéritos Policiais da Comarca de Cuiabá, que resultaram no afastamento de servidores públicos pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), que apoia as investigações e fornece os dados necessários para o sucesso da operação.

    “A autorização concedida pelo governador do Estado para o ingresso e busca de documentos, equipamentos e informações diretamente no órgão ambiental tem sido fundamental. Com base no compartilhamento de informações, sempre autorizado pela Justiça, a Sema tem adotado as medidas cabíveis com o afastamento imediato dos servidores”, disse o promotor.

    O objetivo da operação é combater uma organização criminosa formada para fraudar licenciamentos ambientais e sistemas de controle ambiental (CC-Sema, Sisflora e Simlam). Além disso, os responsáveis atuavam na lavagem de dinheiro e outros ativos obtidos de forma criminosa com desmatamentos, falsificações e corrupção.

    São investigados ainda milhares de metros cúbicos de árvores de desmatamentos ilegais principalmente na floresta amazônica. O esquema contava com o envolvimento de engenheiros, agentes públicos e empresários.

    Os mandados são cumpridos nos municípios de Cuiabá, Sinop, Cláudia, Santa Carmem, Feliz Natal, Alta Floresta e Colniza.

    Os investigados respondem pelos delitos de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistemas de informação, corrupção e outros crimes contra a administração ambiental, dentre outros, cujas penas máximas somadas podem chegar a mais de 20 anos. O inquérito está sob sigilo judicial.
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  • Pesquisa traça conexões entre narcotráfico e crimes ambientais no país

    Pesquisa traça conexões entre narcotráfico e crimes ambientais no país

    Comunidades da floresta, periferias rurais e regiões do interior do Brasil estão cada vez mais conectadas nas redes nacionais e internacionais do crime organizado. A ponto de não fazer mais sentido diferenciar violência urbana da rural.

    A conclusão é do estudo “Além da floresta: crimes socioambientais nas periferias”, divulgado nesta segunda-feira (19) pela Rede de Observatórios da Segurança. O projeto reúne pesquisadores do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania.

    Nessa perspectiva, ganha destaque o processo de dominação de territórios no norte e nordeste por facções criminosas do sudeste. O que inclui tanto as áreas de fronteiras, quanto as cidades pequenas, os centros urbanos, os quilombos e as aldeias indígenas. Nos últimos anos, houve crescimento e diversificação de atividades ilegais. Além das microcriminalidades, como roubos de motos e celulares, há conflitos armados entre grupos rivais, tráfico de drogas e exploração ilegal de insumos florestais.

    A pesquisa reúne dados obtidos via Lei de Acesso à Informação com as secretarias de segurança pública de sete estados: Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo. Ela mapeia tanto os crimes cometidos contra populações tradicionais, como quilombolas e indígenas, quanto os crimes ambientais (grilagem de terras, exploração ilegal de madeira e garimpo em áreas não autorizadas).

    Guerra às drogas

    Apesar da variedade e da complexidade desses problemas nos estados, os pesquisadores indicam que as autoridades insistem em um modo único de ação: o modelo de segurança pública baseado na guerra às drogas. O que acaba produzindo o mesmo cenário de racismo e encarceramento da juventude negra.

    “É necessário fugir do modelo bélico do combate às drogas e às ilegalidades. E, principalmente, estabelecer contenções ao tipo de desenvolvimento que destrói a vida na floresta. Mostra-se importante fortalecer os órgãos de prevenção da destruição e incluir no centro do diálogo organizações indígenas, rurais e ribeirinhas, além dos movimentos de periferia urbanos que lutam por direitos sociais”, defende Silvia Ramos, coordenadora da Rede de Observatórios da Segurança.

    O caso do Pará

    A pesquisa aponta o Pará como uma região emblemática das novas configurações do crime no país. As redes do narcotráfico – lideradas por facções do Rio de Janeiro e São Paulo – chegaram em diferentes municípios do interior. Altamira, Marabá, Parauapebas, Jacareacanga, Floresta do Araguaia e Senador José Porfírio são exemplos citados como rotas importantes de drogas, mas também de exploração de madeira, contrabando de manganês e cassiterita, grilagem de terras e avanço do garimpo ilegal. As atividades estão intimamente conectadas por meio da ação dessas organizações criminosas e do uso dos mesmos portos e vias de escoamento.

    No caminho, comunidades tradicionais do estado sofrem com a violência gerada por essas atividades ilegais. Os dados obtidos com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social do Pará mostram aumento a cada ano dos crimes contra povos indígenas e quilombolas entre 2017 e 2022. No total, foram 474 vítimas de crimes contra a vida, violações sexuais e patrimoniais.

    Dados por estado

    No Ceará, pesquisadores criticam a forma como o governo estadual produz os dados. Só foram disponibilizadas informações genéricas sobre crimes ambientais, que totalizaram 6.995 ocorrências entre 2017 e 2022. Mas não foi possível analisar os tipos criminais, os grupos atingidos ou perfil das vítimas.

    No Maranhão, os principais problemas verificados foram as violações aos biomas nativos da região e exploração dos territórios de comunidades tradicionais para fins lucrativos. Entre 2020 a 2022, o estado teve aumento de 28,93% nos registros de crimes ambientais, com 2.568 ocorrências. E os principais tipos são relacionados à exploração ilegal de madeira e à devastação de floresta nativa.

    Em Pernambuco, crimes socioambientais cresceram nos últimos dois anos. Foram de 800 casos por ano para uma média de mais de mil. As principais ocorrências referem-se a incêndios florestais e maus tratos contra animais. Dados sobre quilombolas, indígenas e outros povos tradicionais não foram enviados pela Secretaria de Defesa Social.

    No Rio de Janeiro, há destaque para a exploração das milícias e redes do tráfico de animais silvestres. Dados do Instituto de Segurança Pública mostram 21.476 casos de crimes ambientais 2017 e 2022. A capital do estado do Rio teve o maior número de casos (4.783), com aumento de 52,23% entre 2017 e 2022. Os números são sete vezes maiores do que a segunda colocada, a cidade de Maricá, com 684 registros. O terceiro lugar ficou com Duque de Caxias (613 casos).

    Em São Paulo, há destaque para a expansão da degradação de territórios verdes ligados ao tráfico de animais e construções imobiliárias, além do caso peculiar de guerra política contra as pichações como principais crimes socioambientais. Entre 2017 e 2022, foram 34.772 ocorrências. Os crimes cometidos especificamente contra animais, florestas e pichações concentraram mais da metade dos registros (56,70%).

    Edição: Kleber Sampaio

  • Mato Grosso aplicou R$ 1,2 bilhão em multa por crimes ambientais em 2022

    Mato Grosso aplicou R$ 1,2 bilhão em multa por crimes ambientais em 2022

    O Estado de Mato Grosso aplicou R$ 1,2 bilhão em multas entre janeiro e outubro de 2022, resultado de 167 operações de combate a crimes ambientais e 6.966 alertas de desmatamento atendidos. Sessenta por cento das multas aplicadas foram por meio de operações in loco e 40% de modo remoto, por monitoramento de imagens de satélite de alta resolução.

    Durante as operações, foram apreendidos 200 tratores, 86 caminhões, 21 veículos, 436 ferramentas, 95 motosserras, 55 armas de fogo, 43,67 m³ de madeira e 58 pessoas foram conduzidas à delegacia.

    A maioria das multas aplicadas, R$ 810 milhões, é por desmate ilegal, seguida por queimadas (R$ 102 milhões), descumprimento de embargo de área (R$ 94 milhões) e exploração florestal ilegal (R$ 66 milhões), entre outras. As equipes de fiscalização emitiram 2388 autos de infração e embargaram uma área de 188 mil HA.

    O balanço integra dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Polícia Militar (PMMT) e Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), que fazem parte do Comitê Estratégico para o Combate do Desmatamento Ilegal, a Exploração Florestal Ilegal e aos Incêndios Florestais (CEDIF-MT), com apoio de outras instituições e órgãos estaduais.

    Para a emissão dos alertas de desmate ilegal, é utilizada a plataforma de Imagens de Satélite Planet, que monitora todo o território estadual com imagens de alta resolução. Adquirida em 2019, a ferramenta é financiada pelo Programa REM Mato Grosso. Neste ano, o valor investido no combate aos crimes ambientais soma R$ 60 milhões, que incluem o combate ao desmatamento ilegal e aos incêndios florestais.

    Por meio do monitoramento e alertas, são identificados os municípios que mais desmatam e as operações são intensificadas nestas regiões. Quem desmata ilegalmente é multado, tem a área embargada e responde nas esferas administrativa, civil e criminal. Em 2022, os cinco municípios com mais autuações por desmatamento são Colniza, Marcelândia, União do Sul, Nova Bandeirantes e Aripuanã.

    Maquinários, veículos e acessórios, flagrados na prática de crimes ambientais, são removidos do local. A apreensão de bens promove a descapitalização do infrator. Dos 200 tratores apreendidos, apenas 12 foram inutilizados, por estarem em local de difícil acesso, o que impossibilitou a remoção.

    Denúncias

    Ao se deparar com crimes ambientais, o cidadão pode fazer denúncias pelo 0800 065 3838, WhatsApp (65) 99321-9997 ou via aplicativo MT Cidadão (disponível para IOS e Android).

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  • Mato Grosso intensifica ações contra crimes ambientais

    Mato Grosso intensifica ações contra crimes ambientais

    O governo de Mato Grosso deflagrou hoje (4) a primeira etapa da operação de repressão aos crimes ambientais que realiza, anualmente, em todo o estado. Coordenada pelo Corpo de Bombeiros, a chamada Operação Abafa Amazônia 2022 conta com a participação de agentes de vários órgãos estaduais, além de efetivos da Força Nacional de Segurança Pública.

    Ao menos 40 servidores participam da primeira etapa da operação, concentrada na região norte do estado. Outras duas fases estão programadas para ocorrer até o fim do ano em outras localidades. A proposta é intensificar as ações ostensivas, incrementando a fiscalização contra o uso não autorizado de fogo, principalmente quando empregado para desmatar propriedades privadas.

    Segundo a comandante da operação, Juciney Rodrigues, os pontos mais sensíveis, com maior concentração de focos de calor, já foram mapeados por satélite.

    “Bem como as áreas onde houve supressão da vegetação”, disse a militar durante a cerimônia de lançamento da operação, no Batalhão de Emergências Ambientais do Corpo de Bombeiros, em Cuiabá.

    De acordo com o comandante-geral da corporação, coronel Alessandro Borges, o trabalho de identificar e responsabilizar os culpados por crimes ambientais no estado foi precedido por ações de orientação e prevenção.

    “Mato Grosso fez um trabalho muito forte durante este ano. Mobilizou todo seu efetivo e investiu muito para que pudéssemos ter um trabalho preventivo, de educação ambiental, de orientação e fiscalização preventiva. Depois, [fez] um trabalho de combate ao desmatamento e aos incêndios florestais. Agora, chegou o momento da responsabilização daqueles que teimam em não cumprir as normas, as leis ambientais”, afirmou o coronel.

    Multas

    Desde o início deste ano, os órgãos estaduais já aplicaram R$ 287 milhões em multas decorrentes do uso irregular do fogo. Segundo o secretário de Segurança Pública, Alexandre Bustamente, com o início da operação, o rigor tende a ser ainda maior. “A ideia agora é tolerância zero com os crimes ambientais. Vamos para cima”, disse.

    Sede de 141 dos 772 municípios que formam a chamada Amazônia Legal, Mato Grosso estabeleceu leis restringindo o uso do fogo em áreas rurais até 31 de outubro, devido ao potencial risco de incêndios florestais. Em áreas urbanas do estado, o uso do fogo é proibido durante todo o ano.

  • Governo de MT aplica R$ 545 milhões em multas por crimes ambientais em 2022

    Governo de MT aplica R$ 545 milhões em multas por crimes ambientais em 2022

    O Governo de Mato Grosso aplicou R$ 545 milhões em multas por crimes ambientais nos cinco primeiros meses de 2022. As autuações resultantes da Operação Amazônia foram realizadas 57% presencial e 43% de forma remota. Os municípios com maiores índices de autuação foram Rosário Oeste, Marcelândia, Colniza, Juara e Porto dos Gaúchos.

    As multas foram aplicadas por equipes de fiscalização da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema-MT), Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) e Diretorias de Unidades Desconcentradas da Sema.

    As infrações com maiores incidências de multas foram o desmatamento, com R$ 424 milhões, seguido por exploração florestal, com R$ 30,89 milhões, e fiscalização de área embargada, R$ 27,72 milhões. Foram aplicadas R$ 344,17 milhões de autuações no Bioma Amazônia, R$168,09 mi no Cerrado e R$ 31,84 mi no Pantanal.

    A operação Amazônia teve 4.172 alertas atendidos entre janeiro e maio deste ano. Os alertas são emitidos por meio da Plataforma de Monitoramento da Cobertura Vegetal, que utiliza Imagens de Satélite Planet e age de forma preventiva, minimizando os danos e aumentando a celeridade na resposta.

    Mais de 80% dos alertas são atendidos no mesmo ano em que ocorreu o crime ambiental. Os planejamentos das operações são baseados nestas informações e podem resultar em multas, embargos da área e condução dos infratores à delegacia. Os municípios com mais alertas atendidos são Aripuanã, Juara, Tabaporã, Marcelândia e Colniza.

    Para a prevenção e combate aos crimes ambientais, o Governo do Estado investe, em 2022, R$ 60 milhões para infraestrutura, insumos e serviços.

    Atuam em conjunto no combate aos crimes ambientais Sema-MT, Polícia Militar (PM), Batalhão de Polícia Militar de Proteção Ambiental (BPMPA) e Batalhão de Emergências Ambientais (BEA). Também fazem parte da força-tarefa o Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Corpo de Bombeiros Militar (CBMMT), Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), Ministério Público Federal (MPF) e Ibama.

    Outros dados

    As equipes de fiscalização apreenderam 45 tratores pneu, 37 tratores esteira, 62 ferramentas ou acessórios, 38 caminhões, 15 veículos, 39 motosserras, 4,41 mil m³ de madeira e 24 armas de fogo. Ao todo, 20 infratores foram conduzidos à delegacia e 397 animais foram resgatados.

    Foram autuados 194,45 mil hectares de área por desmate ilegal, 1,29 mil hectares de área por uso ilegal do fogo, 5,02 mil hectares de área por exploração ilegal da floresta.

    Os fiscais emitiram 1.276 notificações, 1.330 Autos de Infração, 1.196 Termos de Embargos, 198 Termos de Apreensão e 70 Termos de Depósito.

    Operação Cedif

    A Operação Cedif foi lançada pelo Governo de Mato Grosso nesta terça-feira. Mais de 100 homens estarão em campo em combate a crimes ambientais, divididos em 31 equipes que fiscalizarão todas as regiões do estado. O planejamento estratégico da operação é baseado nos alertas de satélite que apontam onde está ocorrendo o desmatamento ilegal e os focos de calor

    Na solenidade foram entregues 30 veículos novos, que serão integrados a frota já existente. Até o final do mês, serão mais 80 caminhonetes, adequadas para o uso da fiscalização ambiental, Corpo de Bombeiros e Forças de Segurança, somando 110 veículos novos em campo.

     

  • Instituto de ex-alunos da UFRJ apoia ações contra crimes ambientais

    Instituto de ex-alunos da UFRJ apoia ações contra crimes ambientais

    Fundado em 2018 por ex-alunos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o Instituto Reditus administra um fundo patrimonial cujo objetivo é apoiar projetos de alunos da instituição. Em latim, a palavra reditus significa retorno, retribuição.

    O primeiro edital lançado pelo instituto distribuiu R$ 100 mil para 12 projetos inovadores de jovens estudantes, entre os quais um drone autônomo para patrulhar e coibir crimes ambientais e uma plataforma de foguetes de sondagem atmosférica para transportar experimentos embarcados. O segundo edital, lançado em agosto deste ano, vai distribuir R$ 300 mil para 17 projetos.

    Ele recebeu 55 inscrições, envolvendo 538 alunos, com crescimento de 67% em relação ao primeiro edital. Atualmente, o foco para apoio está centrado nas áreas de engenharia, ciência da computação e matemática da UFRJ, informou à Agência Brasil Henrique Duarte, presidente, um dos fundadores do instituto e ex-aluno de engenharia da universidade. O próximo edital será lançado em agosto de 2022.

    Duarte explicou que o modelo de doação (endowment), adotado pelo Instituto Reditus, se caracteriza por receber doações para formar um patrimônio e repassar para os projetos o rendimento obtido por esse patrimônio. “O tamanho de repasse vai depender de quanto a gente consiga captar”. Duarte observou que quanto mais gente doa, mais se consegue repassar e gerar impacto para os alunos da UFRJ e os projetos deles.

    Inclusão e equidade

    A opção para apoio são projetos que incentivem o desenvolvimento tecnológico e o progresso científico. No edital de 2021, entretanto, a banca formada por ex-alunos e professores da UFRJ selecionou o projeto “Tem mina no circuito”, na categoria inclusão e equidade. “São professores da UFRJ que identificaram que uma das maiores dificuldades para uma mulher de escola pública estar na engenharia da UFRJ é que ela não tem o interesse. Eles visitam escolas para contar um pouco como são a engenharia e os cursos de exatas na UFRJ e depois levam as alunas para conhecerem o campus‘”. Segundo destacou o presidente do instituto, é tecnologia com inclusão e equidade.

    O Reditus é um instituto privado, sem vinculação formal com a UFRJ, controlado por cerca de 180 grandes doadores, a maioria ex-alunos da universidade. Grandes executivos estão entre os doadores, como Carlos Brito, ex-CEO da AB InBev, e Sidney Levy, presidente do Conselho de Administração da Valid. A relação inclui Geraldo Tomás e Mariano Gomide, fundadores da VTEX, empresa que acabou de abrir capital na Bolsa de Valores de Nova Iorque; Luiz Fernando Edmond, ex-CEO da AB InBev; e Gilberto Castro, ex-CEO da Estácio, entre outros. Outra grande doadora, criada por ex-alunos da UFRJ, é a Consultoria Viságio. Cerca de dez pessoas doaram mais de R$ 500 mil, cada. “É um quadro bastante grande. Tem muita gente envolvida”, disse Duarte. “É um negócio que só é possível quando você engaja toda a comunidade”.

    Turmas

    Gilberto Castro afirmou ter comprado a ideia de imediato. ”É muito empolgante poder devolver à UFRJ parte do que ela me ajudou a conquistar e, assim, contribuir para a manutenção de sua história de sucesso”. O fundo patrimonial investe os valores doados por quem já passou pela instituição. Em outubro deste ano, duas turmas de engenharia da universidade, formadas em 1989 e 1997, doaram juntas R$ 1,4 milhão para o Reditus. Em 12 meses, o fundo já arrecadou R$ 10 milhões.

    Henrique Duarte afirmou que não há uma meta estabelecida para as doações. “O céu é o limite quando você olha para os endowments‘”. Informou que a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, por exemplo, conta com um fundo de US$ 53 bilhões, e os rendimentos desse montante são responsáveis por sustentar mais de um terço de seu orçamento total. “No longo prazo, essa é a nossa meta”. No curto prazo, a meta era alcançar este ano R$ 15 milhões. Ele considerou, entretanto, que embora esse valor não tenha sido captado, “foi super bom o resultado”.

    O presidente do Reditus destacou que, no Brasil, não há costume de serem feitas doações por turma. As duas primeiras reuniram recursos de R$ 700 mil, cada uma, para ajudar os alunos atuais da UFRJ. “É um modelo super interessante. Imagine se cada turma fizesse isso. O endowment cresceria muito rápido. Fica aí a sementinha, a ideia para que esse modelo de doação em turma cresça para ajudar a UFRJ”, sugeriu o presidente do Instituto Reditus.

    Corrente solidária

    O Reditus foi fundado em 2018, a partir de uma corrente solidária. Em 2011, o ex-aluno Daniel Spilberg decidiu pagar uma bolsa de estudos na Itália para Raphael Sodero, então na UFRJ. Alguns anos depois, Sodero, por sua vez, arcou com as despesas de estudos de Henrique Duarte em Portugal. Juntos, eles integram o grupo fundador.

    De lá para cá, transparência e austeridade na administração dos recursos se firmaram como compromissos fundamentais. O instituto conta com auditoria da Ernst & Young e consultoria jurídica do Pinheiro Neto Advogados. Informações sobre doações podem ser obtidas no e-mail.

  • Mato Grosso recebe reforço da Força Nacional para combater crimes ambientais

    Mato Grosso recebe reforço da Força Nacional para combater crimes ambientais

    Após a solicitação do Governo de Mato Grosso, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviará no mês de agosto agentes da Força Nacional de Segurança Pública para combate a queimadas, incêndios florestais, e desmatamento ilegal. O reforço integra a chamada Operação Guardiões do Bioma, deflagrada pelo Governo Federal para proteger o Bioma Amazônia.

    O apoio da Força Nacional se soma aos esforços de todos os órgãos que trabalham em conjunto neste período de estiagem. A secretária de Estado de Meio Ambiente, Mauren Lazzaretti, avalia que esta é uma parceria que vai dar continuidade ao trabalho bem-sucedido de combate aos crimes ambientais que começou em julho, com o apoio do Exército Brasileiro à Operação estadual Amazônia.

    “O reforço da Força Nacional é importantíssimo para Mato Grosso. Contribuiu muito quando esteve no estado no mês de julho, onde alcançamos uma redução de 60% nos alertas de desmatamento em comparação com o mesmo mês do ano passado, intensificando a fiscalização nos municípios que mais desmatam. A expectativa é de que este trabalho conjunto possa nos auxiliar a combater de modo ainda mais efetivo o desmatamento ilegal, os incêndios florestais, e a implementar a política de tolerância zero com os infratores”, explica.

    A portaria foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (03.09) estabelece que os agentes empregados nas ações atuarão também em “atividades de defesa civil, defesa do meio ambiente e nos serviços imprescindíveis à preservação da ordem pública e da incolumidade [segurança] das pessoas e do patrimônio”.

    O quantitativo de efetivo que virá para o Estado, bem como os locais em que serão realizadas as intervenções ainda serão definidos de modo estratégico. O governo federal também enviará reforços para o estado da Amazônia, que também detém em seu território a Amazônia Legal.

    Em Mato Grosso, o desmatamento ilegal e incêndios são combatidos o ano todo, com investimentos de R$ 73 milhões.O Estado autua infratores, apreende maquinários, e monitora em tempo real por meio do Sistema de Monitoramento por Satélites Planet toda a alteração de vegetação no território estadual.

    O uso do fogo em áreas rurais segue proibido para qualquer finalidade em todo o território de Mato Grosso até 30 de outubro de 2021, conforme o decreto estadual  nº 938/2021. O uso do fogo em áreas urbanas é proibido o ano todo.

     

     

  • Forças Armadas atuam no combate a crimes ambientais

    Forças Armadas atuam no combate a crimes ambientais

    No combate a crimes ambientais como desmatamento ilegal e queimadas, as Forças Armadas e agentes ambientais entram na floresta amazônica em meio a vegetação densa para evitar os ilícitos e punir quem os pratica. Uma das ações é a Operação Samaúma, autorizada no dia 28 de junho para atuar no Amazonas, Mato Grosso, Pará e Rondônia. A operação foi batizada com o nome da maior árvore da Floresta Amazônica, que pode alcançar 70 metros.

    Na operação já foram apreendidos mais de R$ 1,2 milhão vindos de ilícitos cometidos por infratores ambientais. Foram confiscados 700 metros cúbicos de madeira, seis maquinários de serraria, quatro espingardas e munição, dois tratores, uma retroescavadeira e aplicados R$ 173,5 mil em multas. Os dados foram atualizados até o dia 16 de julho.

    Sobre

    A Operação Samaúma ocorre em parceria com agências ambientais, militares das Forças Armadas na prevenção e na repressão a crimes ambientais em terras indígenas, em unidades federais de conservação ambiental e em áreas de propriedade ou sob posse da União. Também podem atuar em outras áreas dos estados abrangidos pela operação, desde que haja requerimento do governador.

    “As Forças Armadas estão sendo empregadas para apoiar as agências ambientais, os órgãos de segurança pública, e todas as instituições que têm responsabilidade na preservação ambiental. Essa capacidade das agências foi ampliada e consequentemente agora com a operação pode-se focar em alguns objetivos mais específicos. Este decreto estabelece crimes ambientais com foco maior na parte do desmatamento, com o caráter preventivo”, disse o chefe do Estado Maior da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, Coronel Sousa Filho.

    A força-tarefa prevê trabalho conjunto em área menor, focada onde há registro de maior incidência de ilícitos e mais integrada com as equipes dos órgãos que participam, em especial do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

    As Forças Armadas trabalham em coordenação com o Conselho Nacional da Amazônia Legal, presidido pelo vice-presidente Hamilton Mourão.

    O Tenente-Coronel Barreto, oficial de operações da 17ª Brigada de Infantaria de Selva, explicou que o foco é o combate ao desmatamento e aos ilícitos. Segundo ele, cada agência tem sua função e cabe às Forças Armadas, principalmente, a segurança e a logística. “É feito todo um trabalho de inteligência com dados do Ibama, do próprio ICMbio para levantar onde está sendo extraída essa madeira e para onde está sendo levada. A partir daí levantam-se os alvos e o papel do Exército é complementar, montando esta estrutura logística para dar o suporte para às operações”.

    GLO

    A operação foi iniciada a partir de decreto que autoriza o emprego das Forças Armadas, para a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo Presidente Jair Bolsonaro e ocorre até o dia 31 de agosto. O decreto especifica que objetivo é realizar ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais, em especial o desmatamento ilegal.

    Desde 2019, haviam sido autorizadas duas operações das Forças Armadas na Amazônia, chamadas Verde Brasil 1 e 2. A mais recente delas se encerrou em abril.

    Apreensões em Rondônia

    Na última terça-feira (14), em uma ação da Operação Samaúma, foram apreendidos 700 metros cúbicos de madeira na Floresta Nacional (Flona) de Jamari, a menos de 300 quilômetros de Porto Velho, em Rondônia. O volume corresponde a 60 caminhões carregados com toras de madeira.

    Foram mais de 10 horas de operação para que os militares das Forças Armadas em conjunto com as polícias Civil e Militar e o ICMBio chegassem até às toras que estavam escondidas. O comboio contou com 40 homens, que se deslocaram em dois caminhões do Exército e cinco motos.

    “Falar de operação na Amazônia é tudo superlativo. A Amazônia tem mais de 5 milhões de quilômetros quadrados. Então, o desafio é muito grande, mas temos a convicção que com o trabalho conjunto, essa união de esforços, realmente o agente que comete o ilícito tende a ficar mais coagido. Uma vez que a gente tem uma presença mais constante, com essa operação, o foco realmente é sufocar esses locais e coibir a ação por parte dos infratores”, afirmou o Tenente-Coronel Barreto.