Tag: Crime financeiro

  • Poderes unem forças para combater a lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    Poderes unem forças para combater a lavagem de dinheiro em Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz-MT) e a Polícia Civil promoveram um importante passo no combate à lavagem de dinheiro no estado. Em um treinamento realizado nesta semana, 66 servidores do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da PJC e da Sefaz foram capacitados sobre a utilização de documentos fiscais em investigações.

    O objetivo da capacitação foi compartilhar o conhecimento dos fiscais de tributos sobre a legislação tributária e o uso dos documentos fiscais com os policiais civis que atuam no combate à lavagem de dinheiro. Essa troca de informações permitirá uma análise mais aprofundada e completa de fraudes fiscais, fortalecendo as investigações e levando à identificação de esquemas criminosos.

    De acordo com Jackeline Bonatelli, chefe da Unidade de Inteligência Fiscal e Operações Estratégicas da Sefaz, a combinação do conhecimento dos fiscais e dos policiais é fundamental para desvendar casos de lavagem de dinheiro. “Essa parceria permite uma análise mais profunda e completa de fraudes fiscais, expertise compartilhada nesse treinamento com servidores da PJC que investigam a lavagem de dinheiro”, afirmou.

    Eduardo Sangreman, coordenador de Documentos e Declarações Fiscais da Sefaz, destacou a importância da capacitação para direcionar as investigações. “Esse conhecimento mais detalhado também propicia, quando da quebra de sigilo por demanda judicial, que as solicitações realizadas sejam mais claras e diretas, gerando um atendimento desses pedidos de forma mais direcionada e ágil”, afirmou.

    A capacitação contou com a participação de servidores da Unidade de Inteligência e da Coordenadoria de Documentos Fiscais da Sefaz, além dos integrantes do Laboratório de Lavagem de Dinheiro da PJC. Essa iniciativa demonstra o compromisso das duas instituições em fortalecer a cooperação e o combate à criminalidade financeira em Mato Grosso.

    O Laboratório de Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil de Mato Grosso, criado em 2013, faz parte da Rede-LAB do Ministério da Justiça e tem como objetivo apoiar as delegacias da Polícia Civil, produzindo relatórios de análise financeira que auxiliam nas investigações de diversos crimes, com foco especial em casos relacionados à lavagem de dinheiro.

    Com essa parceria, a expectativa é que as investigações de lavagem de dinheiro em Mato Grosso se tornem mais eficazes, levando à desarticulação de grandes esquemas criminosos e à recuperação de recursos ilícitos.

  • PF deflagra Operação Midas do Cerrado contra golpes financeiros

    PF deflagra Operação Midas do Cerrado contra golpes financeiros

    A Polícia Federal deflagrou hoje (6) a Operação Midas do Cerrado, para investigar um grupo que, há mais de dois anos, usa as redes sociais para aplicar golpes, convencendo suas vítimas a fazer investimentos extremamente lucrativos similares a pirâmides. Os golpistas prometiam lucro de até 10% ao dia.

    Mais de 30 policiais federais cumprem sete mandados de busca e apreensão e 10 medidas cautelares no Tocantins, nas cidades de Palmas e Porto Nacional.

    De acordo com a PF, a investigação teve início em 2021. “Verificou-se que os suspeitos praticavam diversos crimes, autointitulando-se traders, como se fossem investidores acima da média, quando não o eram”, informaram os investigadores.

    “O grupo utilizava uma plataforma que tem sede nas Ilhas Seychelles e não possui autorização da Comissão de Valores Mobiliários para operar no Brasil. Além disso, usava robôs, operando em contas de terceiros, praticando um sistema de pirâmide para lucrar em cima do prejuízo de diversas vítimas, que lhes seguiam e repassavam dinheiro para que fosse investido, acreditando em ganhos estratosféricos prometidos pelos investigados”, detalhou a PF.

    Ainda segundo os investigadores, o grupo fazia propaganda e ostentava “alto padrão de vida” nas redes sociais, onde publicavam fotos de carros caros para atrair novas vítimas para a base da pirâmide.

    A estimativa é de que mais de R$ 10 milhões tenham sido movimentados durante as ações criminosas. Se condenados, os suspeitos poderão responder por crimes contra o sistema financeiro, organização criminosa e lavagem de dinheiro.